PET - 3ª Temporada - Combate nas Sombras escrita por Kevin


Capítulo 16
Capítulo - 16 Habilidade


Notas iniciais do capítulo

Salve, salve!!!

Quero dizer que a postagem atrasou por causa da minha internet, mas aqui estamos e vamos nessa!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456351/chapter/16

– Está tudo bem Marjori? -

A menina estava sentada no banco da frente do trailer, bem ao lado do motorista. Calada, ela parecia pensativa e distante. O motorista evitou falar qualquer coisa para não incomodá-la, mas decorrido 4 horas que ela estava ali na mesma posição, começou a se sentir incomodado.

A equipe de viagem já estava assustada com tantos ataques da Estilo de Poder, agora que eles viajavam com algumas pokebolas negras da Estilo de Poder eles estavam apavorados. Toda a equipe, e até mesmo Nivek, insistiu para que Marjori não as levasse com ela, mas não tinha como convencer a menina. O medo da represaria só aumentava com a menina prostrada na frente do ônibus olhando para o nada.

O motorista questionou-a sobre como ela estava, sem tentar puxar papo ou qualquer coisa parecida, afinal já imaginava que a resposta não fosse ser tão amistosa. Mas, ao menos saberia se ela estava preocupada em ser atacada ou não. A surpresa de não receber resposta o fez ficar preocupado ainda mais preocupado. Naquele emprego onde ele era xingado, apanhava da patroa e às vezes das fãs que tentavam invadir o veículo, mas era bem pago e conseguia ótimos contatos além de aprender muito sobre o mundo artístico. Agora, parecia que teria de aprender a sobreviver a organizações terroristas.

– Como será que ele está? -

A voz da menina parecia tão casual que o motorista até sentiu-se mais a vontade de responder com toda a sinceridade.

– Ele parece ser duro na queda. - Comentou o Motorista. - Não precisa se preocupar com ele. -

– E alguém te perguntou alguma coisa? - A menina fuzilou-o com o olhar deixando-o completamente desnorteado.

Olhou para trás e não viu nenhum dos dois companheiros de equipe. Marjori realmente havia lhe feito uma pergunta. Ele pensou em dizer algo, mas percebeu que ela voltou a parecer distante. Além de falar na terceira pessoa dela mesma, agora estava falando sozinha ou pensando em voz alta. O motorista começava a se perguntar por que gostava daquele emprego.

Marjori realmente havia falado sozinha sem perceber. Os pensamentos dela estavam bem perturbados naquela manhã de domingo. Estava curiosa sobre o novo visual e nome que Kevin havia adotado, sobre as novas habilidades que ele demonstrou e sobre a cura espantosa que a equipe de viagem dizia que ele realizou.

Deixaram o menino o mais próximo possível do local que ele indicara e ainda deu-lhe dinheiro para conseguir um transporte que o levaria ao encontro de fosse o que fosse. Afinal, não havia motivos de ele permanecer na comitiva, em especial porque ele tinha seus próprios assuntos para resolver. Sem contar que mais cedo ou mais tarde o disfarce de Nivek que ele parecia ter incorporado não seria tão firme para o trio que acompanhava Marjori. Além de haver uma Estilo de Poder caçando aos dois. Mesmo sabendo disso Marjori estava angustiada.

Nunca vi nada parecido com aquilo. Uma pessoa que apenas com a presença fica totalmente ameaçadora e deixa o ar pesado em sua volta. Ele tinha um ar inocente para divertido. Algumas vezes o senti bem sério, mas no deserto parecia ser realmente outra pessoa, parecia ser realmente Nivek.

Não notei na hora do incidente na caverna, mas senti quando ele saiu pelo deserto para encontrar e capturar Skarmory eu senti perfeitamente. Não diria que era mal, mas era assustador. Em especial quando encontramos o Furia do Deserto. Ele ficou simplesmente parado deixando que a ave metálica voasse em direção a ele, preparando um ataque letal para um humano.

Aquilo é irreal. O pokemon deu cinco ataques, três ele desviou apenas se movendo para o lado. Já vi gente calculando perfeitamente a força, a intensidade, o nível do ataque, a distancia segura e outros. Sim Kevin naquelas três desviadas calmas que fez do Asas de Aço, Golpe cortante de ar e Ataque Rápido, calculou bem o desvio. Eu me assustei com aquilo, mas o Fúria do Deserto se assustou ainda mais. Berrando preparou um Fúria dos Pássaros totalmente assassino. Mas, Kevin não se mexeu, deixou o pokemon ir contra ele encarando-o com aquele olhar frio e sem vida.

Era como se o olhar de Kevin hipnotiza-se o pokemon. Sei que algumas pessoas conseguem conversar com os pokemons só com o olhar. Mas, o que Kevin poderia dizer para aquela fera metálica para ela simplesmente não trucida-lo?

Isso me corrói, porque somado ao fato dele dever estar estraçalhado e quase paraplégico pelo golpe na coluna, ainda sonho com aquele infeliz. Pensando tanto nele, claro que eu deveria sonhar, mas não esse tipo de sonho.

Eu fui dormir tão bem! Deitei tão tranquila com o sentimento de que fiz a coisa certa o ajudando e não o interrogando. Bastava eu abrir os olhos hoje e me dedicar a minha música e a responder e-mails de meus fãs. Mas, ao invés disso, havia um sonho no meio do caminho. Como é que pode, eu, Marjori Star, na mesma cama que um retardado com crise de identidade e ainda com ele me beijando?

Tudo bem que foi apenas um sonho. Tudo bem que o retardado salvou minha honra. Tudo bem que realmente ficamos sem brigar de quinta a sábado. Tudo bem eu sonhar com ele. Mas, ele tinha que estar na minha cama e me beijando? Tudo bem que ele já acordou na minha cama. Mas, eu posso beijar qualquer galã de cinema, escolher qualquer modelo das passarelas, porque eu iria querer um menino careca que está pirado com as mortes dos amigos? Se bem que no sonho ele estava com a cabeleira loira.

O pior de tudo não é sonhar com ele me beijando. O pior foi que retribuí o beijo e acordei agarrada ao travesseiro querendo mais. Meu travesseiro não estava com gosto bom. Acho que preciso comprar fronhas com gosto para melhorar esses meus pesadelos.

– Será que estou necessitada? -

O motorista congelou atrás do volante e olhou para ela com o rabo de olho. Ele respirou fundo, sem saber o que responder. Era difícil saber se ela estava falando com ele ou com ela mesma. E se estivesse falando com ele era o tipo de pergunta que ninguém deveria responder, mas não responder significava uma baita gritaria.

– Isso explicaria os suspiros chamando por Kevin durante a noite anterior. -

A voz da assistente de Marjori quase matou o motorista de medo. Ele grudou no volante e não se atreveu a olhar para o lado.

– Como é que é? - Marjori berrou irritada levantando-se e olhando para a assistente. - Como ousa? -

A assistente se viu acuada. Ela chegou e apenas escutou a pergunta. Estranhou, mas nunca havia visto Marjori falando sozinha, pensando alto ou o que fosse. Se ela estava fazendo aquele tipo de pergunta em um tom tão casual ela estava querendo realmente uma resposta.

– Nunca mais diga nada sobre aquele moleque e Estrela dos Palcos juntos. - Berrou a menina indo para cima da assistente.

– Alguém pode me explicar porque me colocaram para lavar uma fronha cheia de marcas de beijo feitas de protetor labial? Tem alguém necessitada aqui? -

O último membro da equipe ia para parte dianteira do trailer revoltado com a tarefa que lhe fora imposta logo pela manhã. Mas foi surpreendido por uma Marjori saltando sobre ele enfurecida.

– Repete! Repete se for homem! Repete que estou necessitada que você vai ficar necessitado pelo resto de sua vida. - Ela gritava dentro do veículo em movimento. - O próximo que falar sobre isso aqui dentro vai amarrado no teto. -

Pokemon Estilo de Treinador
3ª Temporada - Combate nas Sombras
Capítulo 16
Habilidade

O local estava infestado de policias. A represa mais parecia uma zona de guerra. Além de rachaduras por grande parte da estrutura, muitos equipamentos estavam danificados. Já havia descartado ataque terrorista, realmente sabiam que havia acontecido uma batalha naquele local, mas não identificavam quem teria batalhado. Pelo nível de destruição mais parecia que uma guerra havia acontecido.

Esperando o fim das pericias vários operários estavam aguardando no portão, antes do túnel de acesso. Eles estranhavam a demora, em especial pela pressa com que foram acionados já que as rachaduras e as máquinas danificadas comprometiam o abastecimento de energia da região.

– Ouvi dizer que encontraram uma espada quebrada. -

– Espada quebrada? Tem cartuchos de bala espalhados. -

E de tudo que havia sido encontrado o que menos chamou a atenção fora um Raticate vasculhando o local e saindo correndo assustado quando uma policial o afugentou. Afinal, a policia não precisava de pokemons selvagens modificando a cena do crime.

– E então, conseguiu alguma coisa? -

Se um dos policiais tivessem acompanhado a trajetória de Raticate teria descoberto que de Selvagem ele só tinha as atitudes. A pouco mais de um quilômetro em uma parte mais elevada estava o treinador do pokemon que observava tudo que acontecia. Infelizmente chegou depois que a policia já havia cercado a área, não podendo ele mesmo averiguar o local da luta.

A opção de Nivek foi mandar um de seus pokemons para verificar o local. Sendo Presas Selvagem a opção mais lógica, não apenas por ser o mais obediente e treinado dos três que estavam com ele, mas por ser o pokemon que não levantaria suspeitas se fosse encontrado rondando o local. Um Skarmorys ou um Nuzleaf com cara de poucos amigos chamariam muita atenção.

– Isso é interessante. - Nivek recebia do pokemon marrom de pelos ouriçados uma pedra azulada com um brilho esquisito.

Ainda havia outro detalhe que para Nivek era fundamental, Raticate era o único que poderia leva-lo na direção de Lucas e Murilo. Sem saber o paradeiro do amigo ou do trapaceiro que o vendeu-lhe uma pedra folha falsa, a única solução seria rastreá-los a partir do último lugar que tinha certeza que pelo menos um dos dois estaria.

Raticate desceu ao local para rastrear o cheiro de Lucas, mas temendo que o amigo pudesse ter sido atacado por Murilo explicou a história a Raticate, da maneira mais simples possível e mostrou a pedra falsa. Raticate em suas buscas encontrou o rastro dos dois e de uma pedra com o cheiro do farsante.

– Tem certeza que o cheiro que está nessa pedra também está nessa? - Questionou Nivek para confirmar recebendo apenas um aceno de cabeça. - Então, já temos algo. -

Nivek pareceu confiante. Seu olhar estava sem brilho e bem amargurado, mas não estava tão vazio quanto sempre. Parecia determinado a realizar uma missão. Estava pronto para seguir seu pokemon na direção que ele indicasse, mas parecia que ele ainda tinha mais a informar.

Raticate começou a fazer traços no chão, terminando com cinco traços ao total. Nivek abaixou diante aqueles traços tentando entender o que era aquilo. Imaginou que haviam cinco rastros com aqueles odores para seguir, o que não faria sentido nem se Lucas e Murilo estivessem em separado e tivessem chegado e saído por caminhos diferentes, pois ainda faltaria um traço. Não poderiam ser 5 rastros para serem seguidos.

Olhou o pokemon procurando compreendê-lo. Ocorreu uma fungada por parte do pokemon e Nivek compreendeu, realmente haviam 5 rastros, mas de pessoas diferentes. Nivek sorriu para o pokemon afagando seus pelos. Era incrível como havia uma ligação entre aqueles dois, pequenos gestos e apenas alguns olhares permitiam comunicar-se perfeitamente. Claro que entender que eram rastros de pessoas diferentes coube mais a percepção de Nivek do que as indicações.

– Vamos admitir que o primeiro é o Lucas e o segundo o falsário das pedras. - Nivek disse demarcando os rastros e recebendo a confirmação do pokemon. - Então esses outros três rastros são de outras pessoas que você conheceu, certo? -

Raticate confirmou e viu seu parceiro humano fechar os olhos. O pokemon deu de ombros e ajeitou-se na terra para descansar e esperar ele acabar de pensar. Não havia como ele informar quais eram os três outros que ele identificou.

Nivek refez todos os passos que fez na liga usando Raticate. Havia Ganicus, o primeiro que tiveram uma um confronto. Depois seu primeiro adversário que ele sequer lembrava o nome. Veio o dono do Ratata que era Miller. Então os três traços restantes deveriam ser eles.

Mas, aquele era um evento do Gaulês e até onde Lucas contava nunca um organizador aparecia no evento de outro. O que significava que algo havia acontecido de diferente nele ou não era Ganicus.

– Um deles seria seu antigo treinador, correto? -

Nivek viu o pokemon abrir os olhos e confirmar com a cabeça. Então Nivek mexeu nos traços, reorganizando-os. O primeiro traço era Miller, o ultimo Murilo. O segundo vinha coo Lucas.

– Essa seria a ordem que você conheceu-os, na minha visão. Não tem como garantir que não os viu antes. Então vamos colocar a ordem em que você os viu após estar comigo. - Nivek parou. - Murilo seria o último, pois nem o ver ainda o viu, só está seguindo o cheiro. -

Kevin retirou as marcações dos cinco rastros que Raticate fez. E marcou o Murilo sendo o último sem que Raticate fizesse nada para impedir.

– Lucas foi o primeiro com quem fez contato e ... - Nesse momento Nivek foi impedido por Presa Selvagem indicando que ele havia sido o segundo. - Tudo bem. – Nivek ficou pensativo, mas seguiu a linha de raciocínio. - Seu treinador, Miller foi o quarto. Isso é, um antes de Murilo. -

Raticate consentiu. Faltava alguém que Raticate com Nivek conheceram antes de Lucas e alguém após Lucas e antes de Miller que poderia ser Ganicus ou o primeiro adversário deles na liga das sombras.

– Conhecemos alguém antes de Lucas na liga? -

Nivek tentou imaginar quem, afinal antes de encontrarem Lucas na floresta estavam no orfanato pokemon e duvidava que uma das crianças estivesse ali, ou mesmo o dono do orfanato. Mas, o pokemon não mudou a opinião, saindo de seu descanso e indo para cima de uma arvore onde roeu um galho que caiu próximo ao treinador.

– Ei! - Nivek saltou para o lado. - O que está... Entendi! O cara que derrubamos secretamente para salvar Lucas. - Nivek via seu Ratata animado com a resposta.

Ronald era o nome do rapaz e ele havia enfrentado Lucas novamente e perdido, mas Nivek e Raticate não tinham como saber disso. Por isso segui-lo não parecia tão importante Miller por outro lado poderia ser necessário, já que no último evento ele causou muita confusão. Mas, antes de decidir, faltava a terceira pessoa que eles conheciam entre as cinco que Ratata havia sentido cheiro.

– Ganicus? - Questionou Nivek recebendo uma negativa de seu pokemon. - Aquele cara que comandava a Roselia com chicotes de aço? - Outra negativa veio dele.

Alguém que conhecemos de importante entre Lucas e Muller. Tem que ter sido no evento de Ganicus, pois não tivemos nenhum contato grande com ninguém. Se tivéssemos o conhecido fora da liga Raticate já teria me feito um sinal. Então foi no nosso primeiro teste. Alguém que conhecemos no evento de Ganicus e não é Ganicus nem o cara dos chicotes de aço, que fez Raticate lembrar o cheiro dele em meio a vários outros e que ele sabe que eu lembraria. Não tem ninguém que tenha causado tanto impacto dessa...

– DEX! -

Nivek espantou-se pelo fato dele ser um rastro que Raticate listou. Tudo bem que parecia que ele havia trago todos os rastros que identificou, mas não estava disposto a ir atrás de Dex. Não parecia haver motivos. Apenas Lucas, Murilo e Miller poderiam ser perseguidos. Raticate, no entanto, uniu correu até os caminhos desenhados e uniu os de Lucas e os de Dex.

– Lucas e Dex estão viajando juntos? - Nivek não entendia qual seria o motivo. - Mas, isso não faz muito sentido. Lucas vive falando que tem que ficar longe de Dex porque ele é totalmente perigoso. Ele de olhar sabe a força e o nível do pokemon. Em uma batalha, mesmo que ele não esteja batalhando diz com quantos golpes um pokemon será abatido, mesmo antes do inicio da luta. Fora o Gengar monstruoso que anda com ele para realizar movimentos proibidos em algumas ligas. - Nivek parou olhando o pokemon que ficou com cara de quem não estava entendo. - Tudo bem. Qual é o rastro mais fresco, ou mais forte? -

Raticate apontou para o rastro do falsário. Ele seria o alvo.

<><><><>

Se havia algo que Nivek podia dizer era que confiava plenamente nos três pokemons que estavam com ele. Raticate era realmente um Presa Selvagem, sua fúria e inteligência no ataque só era superada por sua vontade de reconhecimento.

Tê-lo encontrado fez toda a diferença para a jornada de recuperar as anotações de Tobias, o antigo Caçador das Sombras. Anotações que faziam Kevin, ou Nivek, ir a um novo nível de habilidade para com os pokemons. Com o olhar ele conseguia transmitir tudo o que estava sentindo para o pokemon e conseguia olhar dentro da alma do pokemon o que ele realmente queria.

Na verdade ele não olhava na alma do pokemon, era toda uma analise anterior para compreender o motivo de tudo o que o pokemon fazia. A técnica dos pokemons rangers para conseguir uma sinergia com os pokemons a quem eles pediam auxilio.

Presa Selvagem foi o primeiro. O pokemon tinha muito potencial, mas havia se tornado preguiçoso por não ter seus esforços reconhecidos pelo treinador antigo. Ele tinha vontade de mostrar que era bom e achava uma oportunidade em Kevin que tinha essa mesma vontade, mostrar que era bom. Mas, aos poucos os dois foram entendo que precisavam mostrar algo além do ser bom, eles teriam que chegar ao nível da selvageria.

Nuzleaf foi a segunda captura realizada pelo Kevin usando dessa habilidade. O pokemon planta era selvagem, incansável e indomável. Muito parecido com os outros pokemons planta do jovem treinador, ele demorou um pouco para compreender o último ponto que ligavam aqueles dois pokemons. Eles não tinham apenas sede de sangue e de vingança, tinham medo. O guerreiro planta ainda não estava completamente ligado ao treinador, mas reconhecia-o como igual, como alguém que iria ajuda-lo em sua sede de sangue, vingança e a superar o seu medo. O Monstro do Pântano

O último componente que entrou para o grupo era um Fúria do Deserto. Pokemon ave de metal conhecido como Skarmorys. Diferente dos outros pokemons aquele nasceu furioso. Era de filhos de pokemons que se perderam no deserto e tiveram que aprender a lutar contra tudo e todos. A alta temperatura do lugar normalmente o machucaria, mas somente o deixava mais irritado e agressivo. Kevin sequer teria uma chance de entendê-lo não fosse a Estilo de Poder. Quando soube da história dos 7 outros fúrias capturados ele finalmente tinha algo a ofertar ao pokemon.

Skarmorys era o último de um grupo caçado, provavelmente de forma cruel. Solitário ele tentava vingar-se dos que levaram sua família. Ele já era furioso por si só, mas forçado a viver sozinho estava além do que poderiam chamar de comum, assim como Kevin que tinha perdido família e amigos em meio a mentiras e perigos. Kevin queria vingança e a ave metálica também queria. Ambos queriam vingança contra o mesmo grupo e se isso não bastasse para uni-los nada poderia.

Kevin transmitia desde o primeiro momento sua vontade de vingança e de morte, mas demorou até Skarmorys pudesse perceber que não era contra ele tudo aquilo. E sentia o desejo de vingança emanado do corpo e do olhar do humano a frente. Não conhecia muitos humanos e era o primeiro que via ser tão decidido em lhe mostrar algo. Ele não tinha porquê não aceitar ver o que o jovem vingativo tinha a oferecer, a família já não estava ali e se ficasse mais algum tempo provavelmente se juntaria a família e não tinha certeza que eles estavam vivos. Aceitaria o desafio do jovem de vingar seus iguais.

Desafio. Era isso que meu pai queria dizer em seu diário. Na época eu desafiei Chickorita, mas não tinha ideia do que fazia. Meu olhar determinado e a não desistência a fez me ver como igual, alguém que não desistiria enquanto não alcançasse o que desejava mesmo sem saber o que era. Os olhos de tigre. Com os olhos disse a ela que eu não era um desistente, que eu não desistia das minhas coisas, mesmo sem saber o que eu iria fazer. Ela também não era desistente e também não sabia o que estava fazendo ou para onde estava indo. Estávamos os dois perdidos lutando para continuar em um caminho que não sabíamos qual era. Entendemo-nos e unimo-nos para descobrir juntos.

Nivek parou a beira da estrada vendo que Raticate parava. Ele apontava para uma trilha que daria em uma casa no alto da montanha. Era antiga, mas parecia estar bem movimentada. Ficava a pouco mais de 10 quilômetros do local do evento, o que indicava que poderia ser um local para os mais corajosos e ao mesmo tempo os mais burros.

Raticate ainda olhando em volta encontrou uma placa, caída, mas como não estava suja nem encoberta, devia ter caído há pouco tempo, dizia que era uma pousada. Nivek aproximou-se e pode identificar que a placa foi quebrada por um golpe de pokemon, mas não soube dizer qual.

– Existem outros da Liga lá? -

Nivek tentou se precaver, mas Raticate não soube informar. Ele realmente sentia cheiro de alguns que participavam, mas não sabia dizer se estavam indo ou vindo.

– Vai ter que ser na raça. - Nivek suspirou. - Mas, vamos fazer isso na encolha. - Nivek recolheu o pokemon. - Fez um ótimo trabalho presa selvagem. -

<><><><>

Não foi difícil para Nivek encontrar Murilo, aparentemente a pedra azul que achou realmente foi vendida como uma pedra de evolução verdadeira. O enganado da vez parecia ter um grupo de amigos bem fieis e barra pesada. A pousada havia sido toda revirada e os funcionários presos na cozinha.

Murilo teve que sair lutando, mas acabou sendo cercado pelos seus caçadores no estacionamento. Muro a suas costas e rodeado por alguns membros da liga o acuado trapaceiro acabou se mostrando um excelente treinador derrubando não apenas os pokemons, mas também os humanos. O rapaz apresentava um potencial para lutas tão grande quanto para trapacear. No entanto, Nivek o encontrou em uma situação onde ele não teria chances de lutar.

– Desculpe garoto, ele é meu! -

Bloqueando a passagem de Murilo estava Lubia Mar, pronta para realizar sua vingança.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "PET - 3ª Temporada - Combate nas Sombras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.