Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 8
Capítulo 07


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem com vocês?

Como prometido, aqui está o sétimo capítulo ;) Agradeço pelos reviews mandados e espero que gostem do capítulo.

Para quem estava ansioso para conhecer Ashley Turner e ter um capítulo maior, esse vai compensar os anteriores...

Boa Leitura!



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Ashley

– O que você pensa que está fazendo aqui? - Indago, furiosa com sua presença.

Hoje decididamente não é o meu dia. Geralmente nada me abala (nem quando meu salto dez quebra, ou quando acabo perdendo alguma liquidação), e nunca fico tão frustrada quanto estou agora.

Mas James consegue me irritar, consegue me tirar do sério. Depois de tudo o que ele fez não sei como ainda tem coragem de olhar na minha cara e paquerar minha melhor amiga.

– Hoje é a segunda vez que você me pergunta isso, Ash – James desvia os olhos de mim por um momento, apenas para lançar uma piscadela à Aurora, que cora feito um tomate.

Dou um soco em seu braço, fazendo com que James contorça sua face em uma careta ridícula, enquanto massageia seu braço.

– Não mexa com a Aurora – aponto um dedo diante de seus olhos, fazendo James franzir o cenho, parecendo preocupado.

– Mana, sugiro que procure um analista ou psiquiatra – djz, suspirando dramaticamente. – Se desce cedo você tem problema de memória...

– JAMES TURNER! – grito, cerrando os punhos.

– Presente! – Ele levanta a mão, prontamente, com ar de pura ironia.

Suspiro pesadamente, buscando paciência. Ainda não entendo como essa criatura pode estar na mesma sala que eu, sendo que ele é dois anos, mais velho.

Ah claro, James deve ter usado suas “virtudes” na diretoria inteira de NovaHead.

Algumas garotas observam-no como se o comessem com os olhos, e riem bobamente de cada piscadela ou piadinha por parte dele.

– Pare de ser babaca! – repreendo, fazendo James rir loucamente feito um retardado.

– Você deveria parar de ser implicante – Ele olha para as garotas com um sorrisinho debochado e as mesmas param de observá-lo imediatamente e começam com afazeres diversos.

O.K, James acaba de invadir a mente de dez garotas ao mesmo tempo. Assustador? Talvez.

– Você está aprontando, James – acuso, em tom de pura tristeza. Lembro-me de quando meus pais morreram e em como James fugiu, sem nem ao menos olhar para trás ou se recordar de sua irmã caçula. – Não quero que aconteça de novo. Se for para estudar em NovaHead e conviver com meus amigos prometa que não vai enlouquecer ninguém.

Ao nosso redor, nenhum dos meus colegas parece nos ver ou nos ouvir. Mais uma prova do poder de James Turner.

Ele me analisa por um momento. Seu olhar demonstra certa pena, o que eu não queria. James suspira, dessa vez indicando cansaço.

– Já disse que não posso prometer algo que não cumprirei – E passando por mim, estala os dedos, fazendo com que tudo volte ao normal.

Ele me prendera em uma ilusão e eu nem percebi.

Observo enquanto James começa a se enturmar, com os meus amigos, e isso só serve para me deixar preocupada.

Qual seu interesse em Aurora?

– Pelo jeito, seu irmão chegou chegando – Clarissa Wayne surge ao meu lado, me assustando. Ela nunca falou comigo, o que é estranho agora.

– Você conhece o James...? – Minha pergunta paira no ar, pois Clarissa me deixa falando sozinha e se dirige para o fundo da sala.

Metida! Clarissa me dá nos nervos.

Sigo até minha mesa, sentando-me ao lado de Simon. Ignoro James por completo e fecho os olhos por um instante, querendo relaxar.

Mas nessa escola é impossível relaxar.

Risadas gerais fazem com que eu abra os olhos e busque o motivo dos risos. O que vejo me faz gargalhar.

Dylan Allen, capitão do time de futebol americano e namorada de Lexi Riddle, ou melhor, da vadia do colégio (coitado, não sei como Dylan suporta aquela vaca!), adentra a sala com algemas prendendo seus pulsos, e uma expressão entediada no rosto.

Se dirige até nosso grupo, sob muitas risadas vindas de nós. James não contém uma piada maldosa.

– Dylan, quem você pegou na noite passada para te deixar assim? Acabou com você, hein? – Perai, o James também conhece o Dylan? Só eu que não sabia disso tudo? Que ódio!

– Também quero – debocha Zack, fazendo com que todos gargalhem, exceto eu, que não acho a menor graça nisso tudo.

– HaHa – Dylan revira os olhos. Esperou até que as risadas cessassem, para nos encarar. – Alguém pode tirar isso de mim?

Dylan é um dos poucos que tem conhecimento de nossos poderes, - provavelmente o único fora do grupo – e sempre recorre a nós quando está com problemas.

Nossos olhares se voltam para Stella, que é a única no grupo capaz de resolver o problema (obviamente não seria eu, pois não posso olhar para a algema e incentivá-la a se abrir).

Stella olha ao redor e percebendo que ninguém presta atenção em nós, forma uma chave de metal na palma de sua mão, em poucos segundos. A chave serve perfeitamente, pois a algema se abre e Dylan sorri aliviado.

– Valeu, Stella – agradece, enquanto massageia seus pulsos vermelhos.

– Mas diz aí, Dylan – James baixa seu tom de voz. – Quem te meteu nessa furada?

Dylan move a cabeça, indicando a garota no fim da sala.

– Clarissa? – questiono incrédula.

– Cara, ela é gata! – James sorri, maliciosamente. Contenho o impulso de socar sua nuca. – É difícil! Como você conseguiu...

– Não é nada disso! – Dylan revira os olhos. – Ontem eu estava fazendo meu turno e a encontrei próximo aquele galpão em chamas?

– Foi ela? – Zack faz uma careta. – Que tenso.

– Sim – Dylan balança a cabeça. – O fato é que ela escapou de mim... Mais uma vez.

– Eu não a julgo – Stella atrai nossa atenção. – Quero dizer... Ela só quer se dar bem.

– Só? – Enfatizo, sem acreditar nas suas palavras; Sério não sei como você se tornou heroína.

Stella ignora meu comentário por completo, lançando um olhar discreto na direção de Clarissa.

– Ela deve ter sofrido muito para ser assim – supõe, o que só serve para aumentar minha raiva. Não acredito que Stella Richard está defendendo a Wayne.

– Sofrido? – questiono, em um sussurro furioso. – Fala sério! Ela é filha do Bruce Wayne e tem uma das maiores empresas do mundo nas mãos. Que tipo de sofrimento é esse, Stella Richard?

– Não se sabe, Ash – diz Zack. Ah, até esse estrupício está contra mim? – Onde estão os pais dela, então?

– Ela deve ter fugido de casa – se pronuncia Aurora, convicta. – Ou brigado com os pais.

– Ou deve ter dado chilique – sugere Simon. Finalmente dois dos meus amigos recuperaram a razão!

– O papo está bom, mas – Dylan ajeita sua mochila sob o ombro. – Tenho que ir.

E sem esperar por despedidas, saí de nossa rodinha, seguindo para sua amada mosca-morta – ou Lexi Riddle, como preferir.

– Para animar – Zack prende nossa atenção, enquanto sorri largamente. – Amanhã será o grande jogo de NovaHead.

– Espero que vença – diz Stella, com o olhar distante. – Porque aí teremos o baile.

– Baile? – pergunta James, perigosamente interessado.

– É – Simon se pronuncia, e quase torço seu pescoço por isso. – Todo final de jogo tem um baile, dependendo do resultado.

– Ah – James encara Aurora, que está absorta demais em seu livro para perceber que certo Turner está cheio de segundas intenções.

Por alguma razão que vai além do interesse de James na minha melhor amiga, sinto que esse baile será inesquecível. Basta saber se isso é bom, ou na pior das hipóteses, terrivelmente ruim.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Espero que sim :)

O próximo capítulo será dedicado a Zack Oliver.

Para quem está ansioso pelas tretas que falei, fiquem tranquilos, que logo logo as coisas vão ter rumo. Depois do próximo capítulo, no caso õ/

Dependendo dos comentários, tento postar até terça-feira.

Até a próxima! Thanks *-*