Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 47
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente! Como vão nesta segunda-feira, hum?

Vocês foram tão bonzinhos que resolvi postar mais um capítulo logo :)

Quero agradecer aos leitores que comentaram no capítulo anterior, me motivando a continuar escrevendo loucamente aqui! Também quero agradecer aos novos leitores que vem dando uma chance a história (BEM VINDOS!), e àqueles que favoritaram ou simplesmente leram!

Vocês são demais! ;)

Espero que gostem da narração grandinha do James!

Boa Leitura!



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James

Aurora não me encarou até sairmos da sala, ou até finalmente alcançarmos alguma batalha do lado de fora ao lado do Capitão América, Sophia, Ashley, Clary e Dylan. Eu não me sentia no direito de entrar em sua mente naquele momento, claro, mas não estava satisfeito com a distância.

Sei que os pais dela mexem com ela. Sei que a relação familiar é uma droga. De certa forma, eu adoraria poder ter livrado-a de tudo aquilo antes, mas não pude.

Os pais dela agora sabem de seu segredo. Inevitavelmente, sabem que ela é uma heroína, e repudiam suas habilidades. A culpa me invade de imediato, porque sei que grande parte desses dilemas são consequências do que eu fiz.

Da explosão naquela noite. Da explosão da cura.

Esmurro mais um agente da S.H.I.E.L.D, que cai inerte no chão. Clarissa bate com sua pistola na nuca de outro, e Dylan derruba vários com sua velocidade. Aurora meramente se estica ao máximo, realizando golpes impossíveis a qualquer ser humano com uma elasticidade comum.

Enquanto isso, Ashley e Sophia conseguiram passar pela barreira de agentes graças à invisibilidade da Tompson, e seguiram para os andares abaixo na intenção de nos ajudar.

Sorrio minimamente para ela, que finalmente me fita de soslaio, retribuindo com um breve repuxar de lábios. Vejo em seus olhos que sua tristeza não se resume a mim, mas a tudo. Resisto ao impulso de invadir sua mente, e continuo lutando como se não houvesse amanhã.

— Vocês precisam sair daqui o mais rápido possível! Eles não vão parar de aparecer! — Steve diz com toda sua autoridade (e altura) após fazer um verdadeiro strike com seu escudo contra os oponentes como se eles fossem pinos de boliche.

Clarissa dá uma risada sarcástica, ajeitando a máscara que cobre seus olhos.

— Bem que a gente queria, mas temos que ajudar Zack e Stella a saírem daqui...

— Não precisam mais!

Olhamos para trás, e Simon está ajudando Zack e Stella a se manterem de pé.

Abraço a morena com toda a força que tenho, erguendo-a do chão.

— SUA CHATA! VOCÊ TÁ VIVA!

— Acho que vou deixar de ficar no estado “viva” se você não me soltar...

Clarissa revirou os olhos para ambos, embora parecesse mais aliviada. Como se não estivesse contente por ambos estarem vivos... Do jeito que é, deve estar imaginando as maneiras de torturar Stella por conta do Charlie. Mas talvez ela se esqueça desse pequeno detalhe.

— Vamos deixar os abraços para depois — diz Steve, segurando seu escudo novamente. — Temos que sair. O restante do meu grupo vai chegar logo para nos dar apoio.

Assentimos com meneares de cabeça.

Seguimos para o elevador, e começamos a descer. Encaro Aurora, que está logo ao meu lado. Por um segundo apenas a encaro, antes de roçar minha mão na sua. Ela responde ao toque sem me encarar, sua mão entrelaçando-se à minha.

“O que está sentindo?”, questiono em sua mente, inquieto.

“Estou me sentindo vazia”.

Permaneço em silêncio, distante ouvindo tiros e bombas. O pátio principal. Sophia e Ashley.

“Eu estou aqui”, meus dedos apertam sua mão, transmitindo conforto.

“Eu sei”.

As portas se abrem, e se não fosse o reflexo perfeito do Capitão em colocar o escudo na frente, possivelmente eu seria agora um James cheio de furos.

As balas ricocheteiam, e logo que conseguimos sair do elevador (viva o maravilhoso escudo feito pelo Stark!), pelas portas principais da S.H.I.E.L.D entram Bane, Coringa, Morgana Le Fey e Duende Verde.

Mas que beleza! Que tal trazerem um café envenenado também?

— Eeeeee! Vamos morrer! — cantarola Zack, erguendo o braço em falsa animação.

Um grupo de terroristas invade as janelas do alto e descem até nós, atirando. Consigo saltar para o lado, desviando, e pego meu baralho de cartas no bolso interno do casaco.

Jogo uma carta em um dos terroristas, que cai no chão, agonizando de dor. A mente é a melhor arma — quase um segredo culinário, que se você souber dominar, vai vencer na vida das melhores maneiras possíveis.

Clarissa para ao meu lado derrapando, enquanto a risada do Coringa é ouvida claramente.

— Clarizinha! Vamos brincar!

Ela recarrega sua pistola. Vejo o corte em seu lábio.

— Pensei que esses vagabundos estariam em Vegas. Eu explodi Bane outro dia!

Olho ao redor, tentando sentir uma energia diferente. Não é possível que os vilões tenham retornado a Nova York apenas para invadirem a S.H.I.E.L.D e nos destruírem... Não.

Simon dá um soco no piso, e abre uma fissura que lança um bando de terroristas para longe. Bane corre até ele, pronto para golpeá-lo, mas Sophia se coloca na frente e faz um escudo bom o bastante.

O Duende Verde passa por nós em sua prancha, dando risadas e soltando granadas de fumaça verde.

Que grande merda é essa?

Sinto repentinamente a dor de cabeça, inicialmente fraca, mas logo atingindo proporções exaustivas.

Caio no piso. Clarissa me chama, atirando no Duende Verde assim que ele a puxa, roubando-a do chão.

— James. Está na hora de você pagar pelo que fez...

E essa é a minha querida e doce mãe.

Abro os olhos. A visão ainda embaçada, meu cérebro prestes a explodir. Estou sendo levantado por Dylan e Ashley, enquanto uma Clarissa furiosa surge à nossa frente, coberta de sangue da cabeça aos pés.

O Capitão América está lutando com Bane, disputando forças, e a risada continua reverberando através de nós.

“Isso não é real”, digo a mim mesmo, buscando Aurora com meus olhos.

“JAMES!”.

Vejo Aurora ser esbofeteada por Jack, que dá uma risada em minha direção.

— FILHO DA PUTA!

Nada mais faz sentido, e atravesso o que não sei ser real, segurando Jack pelo colarinho da camisa engomada e lançando-o longe.

Aurora está no piso, o nariz sangrando e o lábio cortado.

“Você precisa sofrer, James Turner”.

Caroline entra pelas portas da S.H.I.E.L.D, trajando um vestido rosa e sorrindo de orelha a orelha. Segura meu rosto entre suas mãos, os olhos sorrindo para mim tal como seus lábios.

“Sua vaca! O que estão fazendo?”.

“Venha para Vegas, James. E vai descobrir”.

Tudo se desfaz como poeira.

— James!

Ashley me chacoalha. Estamos dentro da nave.

— Jack... Caroline...

— Está tudo bem. Tudo se desfez — Ashley parece prestes a surtar, olhando ao redor. — Eles estão fortes. Isso não é possível. Atravessaram as barreiras psíquicas... Fizeram uma conexão à distância entre vilões e nós! Parecia... Parecia...

Zack a envolve em um abraço. Tenho a mínima sensação de que meus pais falaram com ela, assim como fizeram comigo.

— Queridos Smurfs! — Tony Stark aparece sorridente.

Nós estamos acabados e esse cara consegue sorrir!

Percebo então, pela primeira vez, que os outros Vingadores estão conosco. Feiticeira Escarlate, Mercúrio, Viúva Negra, Doutor Banner e o Gavião Arqueiro.

Tiros soam contra a nave.

O Capitão América repentinamente surge, adentrando a nave em pleno ar, graças a rampa da ponte destruída da S.H.I.E.L.D.

— Merda. — Simon diz, observando os caças tentarem vir atrás de nós.

E opa, eles estão vindo.

— O que está havendo? Alguém ai seria gentil em me explicar? — Stella questiona, colocando-se de pé.

— S.H.I.E.L.D é nossa oponente agora. Fury morreu. Estamos fudidos. Quer um resumo encadernado, querida? — ironiza Clary, passando a correia de uma bazuca por seus ombros.

Só acho que não deveriam deixar armas de tal porte nas mãos dela. Só acho!

— Derrube as naves, Wayne.

Ela vai para a porta da nave, e o ar entra bagunçando meus cabelos. Clarissa se agacha, mirando a bazuca no primeiro caça.

E BANG!

Os rastros da explosão passam por nossa nave, e a pressão nos atinge. A força lança Clary para o colo do Dylan (ui!), e nos encolhemos enquanto o Homem de Ferro fecha a porta da nave.

— Isso ai, Smurfs. Temos muitos problemas para resolver.

— Que tal começar explicando porque nós fomos deixados de escanteio? — Aurora mantém sob o rosto uma bolsa de gelo, sentada no canto oposto ao meu. — O plano inicial era ajudarmos vocês nas batalhas que não conseguiriam vencer! Mas em tudo fomos colocados de lado como criminosos! Fomos bode expiatórios para vocês! Então, que tal nos darem algumas explicações?

E uau! Essa Aurora Clarkson exibindo sua fúria flamejante. Que sexy.

A Viúva Negra respira fundo.

— Nós obedecemos ordens da S.H.I.E.L.D. Fury tinha planos significativos para vocês. Não tem um porquê. Aceitem que estão em uma equipe e que tem de nos ajudar...

— Ah claro — pela primeira vez em toda a história da humanidade, Sophia está sendo irônica. É algo tão histórico que todos a encaram, e de imediato ela cora. — Vocês não nos deram as informações sobre Vegas...

— Vocês tinham sido demitidos, Sophia — Doutor Banner explica com toda a calma existente em seu interior.

— Mesmo assim! Era justo sabermos onde estavam a porra dos heróis para ajudarmos! — se revolta Simon, mexendo em um fio solto de seu uniforme preto. — Estou cansado disso. Ou trabalhamos todos juntos ou nos desmembramos de vez.

— Você está falando como se fosse o líder cara — Ri Zack, batendo no ombro do amigo.

— Talvez porque ele seja agora — Ashley sussurra como se fosse um segredo. Zack arregala os olhos, perplexo. — Vocês perderam muuuita coisa!

O Gavião Arqueiro limpa a garganta, deixando a nave no piloto automático e vindo até nós.

— Clarissa e James. O que vocês roubaram exatamente da S.H.I.E.L.D?

Clary mantém os olhos fechados, a cabeça recostada contra a parede da nave. A encaro, notando que ela não vai falar nada mesmo, e suspirando decido responder:

— Copiamos uns arquivos da S.H.I.E.L.D. Falavam sobre nós aparentemente. Mas não conseguimos destravá-los ou algo do gênero. — Não me admira que estejam sendo caçados. Sinceramente, tem motivos para isso — o Mercúrio debocha encostado em um canto.

A Feiticeira Escarlate revira os olhos.

— E vocês não fazem a mínima ideia do que tem nesses arquivos?

— Talvez são apenas nossas fichas... Ou talvez seja algo a mais — Clarissa encara a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro, semicerrando os olhos levemente. — Vocês não fazem ideia, suponho?

— Não. Mas se soubéssemos também não falaríamos. — a ruiva desdenha com um sorriso de lado, e Clarissa retribui cinicamente.

— Certo então. Vocês querem respostas? — Tony questiona pegando o pendrive. — Eu libero o arquivo para vocês, e vocês fazem um favorzinho para a gente.

Clarissa me encara.

— Está falando sério? — Dylan arqueia as sobrancelhas. — Sim, sim, sim. Vamos cuidar da S.H.I.E.L.D e do Soldado Invernal aqui, e vocês descobrem o que eles estavam escondendo de vocês. Então, vão para Vegas se quiserem, libertam os nossos amigos e bingo! Vamos todos lutar felizes contra os vilões pela eternidade. — Precisamos. Descobrir. Quem. Está. Ressuscitando. ELES! — Stella exclama, um tanto irritada. — Vamos bater na mesma tecla centenas de vezes? — A missão é de vocês agora — Steve responde, calmamente.

Pisco atordoado.

— Tipo... Oficialmente?

— Temos informações que podem ajudar. Vocês nos ajudam com esse pequeno problema, e cuidamos das coisas por aqui. Temos sérios... Problemas aqui também. — a Viúva Negra hesita, respirando fundo. — A S.H.I.E.L.D quer acabar com a gente também, e o Soldado Invernal é um velho amigo do Capitão. Não vai ser nada fácil.

— Las Vegas parece melhor gente — digo rapidamente, fitando meus queridos amiguinhos. — Cassinos... Jogos... Brigas... Vamos para lá!

— Jarvis, preciso que me ajude com um pequeno problema de senha aqui — Tony começa a falar com seu amigo imaginário, que logo o ajuda com o arquivo do pendrive.

Olho para o teto da nave, tentando não reclamar de dor quando uma nova pontada em minha têmpora me atinge. Não estou querendo ser nenhum Harry Potter com visões e conexão mental com vilões, mas parece que estou virando algo do gênero.

Aurora senta-se ao meu lado, logo que os Vingadores começam a planejar uma trajetória. Sua mão pausa em minha perna, e sinto aquele típico conforto quando estou perto dela.

— Você está bem? — pergunto, tocando a face dela.

Aurora deita a cabeça no meu ombro.

— Você está?

Sorrio, antes de suspirar e fechar os olhos.

— Não.

— Então também não estou.


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Notas finais do capítulo

Em breve, Capítulo 44 com o retorno da narração do Zack (YEAH!), iniciando nossa série em LAS VEGAS!

Cassinos! Romance! Tretas e tretas!

Mal posso esperar (muahahahaha).

Beijokas!