Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá povo! Estão todos bem?

Não tive tempo para responder aos reviews do capítulo anterior, porém, agradeço por aqui à Pedroo, Kira, Um Leitor, danic, Catwoman e Henrique Cruz, que comentaram e me incentivaram a prosseguir com a fic ;)

Estou muito animada com o rumo que a história está tendo.

E, como planejado, uma surpresa para vocês neste capítulo, hahahahaha.

Boa Leitura!



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Sophia

Estou entre um bando de heróis, e por incrível que pareça sinto-me perfeitamente encaixada neste grupo.

– Sophia? – A exclamação de Simon, no entanto, deixa-me completamente sem ação. – Encolho-me, tentando não ficar corada demais.

– Essa daí não é aquela que não fala? – pergunta Ashley Turner, a patricinha do colégio, como se eu não estivesse aqui.

– Ash! – repreende Aurora, e de certa forma me sinto grata. Ashley fica em silêncio.

– Creio que podemos iniciar esta reunião – diz Fury, caminhando até a frente da mesa.

Com todos ocupando seus lugares, acabo sentando-me ao lado de Clarissa Wayne, com certo medo, admito.

Porém, quando todos estão acomodados, as portas da sala se abrem mais uma vez, revelando Thor, o Deus do Trovão. Este parece furioso, o que assusta bastante.

– Sabia que estava faltando alguém – comenta Tony, reflexivo.

Thor ignora o colega, e volta seus olhos para cada um de nós, como se estivesse desafiando-nos a interrompê-lo.

– Alguém estava controlando meus raios. – Ele ergue seu martelo enquanto se pronuncia, e percebo Zack Oliver, do outro lado da mesa, se encolher. – Imaginei que fosse um inimigo e resolvi verificar.

– E o que descobriste, oh, poderoso Thor? – questiona o bilionário, com certo sarcasmo.

Os outros heróis se mostram imparciais, enquanto risos por parte dos garotos podem ser ouvidos.

No entanto, quando Thor ergue seu martelo na direção de Zack, um silêncio mortal se instala a mesa, encerrando qualquer risadinha.

Ele andou brincando com o que não lhe pertence! – declarou, irritadiço.

Capitão América solta um pigarro.

– Não acha que está exagerando, Thor?

Zack parece prestes a ter um infarto com a arma do deus ainda apontada para ele.

– É – concorda Stark, com um menear de cabeça. – Deixe de ser tão possessivo com seus raios.

Isto. Não. É. Brincadeira. – retruca o deus, embora seu tom de voz esteja mais ameno.

– Que tal nos acalmarmos? – propõe o Dr.Banner, com um nervoso sorriso, alternando seu olhar entre Thor e Zack.

– Eu estou super calmo. Paz e amor. Lembra da ONU! Lembra da ONU! – o Oliver, engrola sua fala, a testa brilhando de suor.

Thor baixa seu martelo, e Zack solta o ar de seus pulmões. Finalmente, as atenções se voltam para Nick Fury, que parece acostumado com as discussões entre os Vingadores.

– Estamos em uma crítica situação – Ele indica a tela atrás de si, que exibe imagens de completa destruição, e por trás disso, Bane e Coringa ressurgindo em meio à poeira. – Alguns de vocês já devem ter visto essa gravação, suponho. Por meio dela, percebemos que dois grandes vilões mortos há anos, estão vivos.

Questiono-me do porque disso estar acontecendo. Lembro-me de Morgana Le Fey, que há poucas horas enfrentei. Será que ela também estava morta?

– Já tem alguma pista da causa disso? – pergunta o Gavião Arqueiro, de cenho franzido.

Fury coloca as mãos sobre a mesa, encarando-nos.

– Aparentemente, é um mutante com capacidades fora do comum – diz preocupado. – Não sei quem é, mas no momento nossa preocupação é outra...

As imagens da tela mudam, e dessa vez, o Duende Verde e Morgana conversam com um homem desconhecido por mim.

Entretanto, Clarissa parece perplexa com o que vê.

– Stanley? – murmura entredentes.

Estremeço com a fúria perceptível em seu tom de voz, dando graças aos céus por ela estar presa.

Dylan franze o cenho para a Wayne.

– Não é aquele que você matou e depois estorou o cartão de crédito?

– Cala a boca que isso não te interessa! – Clarissa revira os olhos.

Certamente percebendo que uma nova discussão teria início, Fury interrompe os dois.

– Por isso que você está aqui, Wayne – diz, e Clarissa arqueia uma das sobrancelhas. – Sua relação com o mundo do crime pode vir a calhar. – seu único olho volta-se para James, que parece mais interessado em seu baralho de cartas. – Tal como você, sr.Turner.

Ele encara Fury da mesma forma que Clarissa, o que não é um bom sinal. Ambos não parecem exatamente “animados” com a possibilidade de ajudar heróis, consequentemente traindo suas antigas origens.

Após algum tempo de silêncio, Wanda (ou Feiticeira Escarlate) se pronuncia.

– Pietro e eu somos novos entre os Vingadores – fala, lentamente. – Mas não acho que seja uma boa ideia confiarmos em vilões.

Natasha Romanoff não parece muito contente com a percepção vinda da jovem heroína.

– Eu já fui contra a S.H.I.E.L.D, Wanda – lembrou, um tanto fria por sinal. – E hoje estou desse lado.

– Natasha tem razão – concorda o agente Barton, com um leve menear de cabeça. – Não acho errado confiarmos nos dois se tivermos certeza de que estão dispostos a nos ajudarem.

O silêncio predomina novamente, dessa vez com os olhares voltados para James e Clarissa, os inquirindo, silenciosamente.

As cartas são embaralhadas agilmente pelo Turner, que parece refletir sobre a questão que lhe é imposta. Depois de um suspiro, ele resolve falar.

– Eu banquei o herói em NovaHead – relembra, colocando as cartas (literalmente) sobre a mesa. – No entanto, eu já fiz muita merda nessa vida, inclusive abandonei minha irmã à própria sorte, depois que meus pais morreram. – Ashley permanece com a cabeça baixa, sem nada dizer. – Não acho que eu possa ser considerado um herói, mesmo salvando o planeta inteiro. As vidas e famílias que destruí, não serão esquecidas tão facilmente.

Pega as cartas com um ágil movimento, tornando a embaralhá-las. Suas palavras pareceram sinceras, embora, no fundo, ele não pareça arrependido pelo que fez.

– E você, Clarissa? – indaga o diretor da S.H.I.E.L.D, tranquilo.

A Lady Assassina permanece séria, e pensativa. Imagino o que passa por sua cabeça, mas ela sempre foi um mistério, até mesmo para mim, que conheço a todos (sem ser conhecida).

Seus olhos se voltam para Fury, sem qualquer emoção.

– Eu mato pessoas – diz indiferente a todos os olhares voltados para si. – Não salvo elas.

– Essa daí não tem jeito – afirma Zack, com impaciência.

No entanto, Nick Fury não parece surpreso com a resposta de ambos. Muito pelo contrário; um breve sorriso de canto surge em seu semblante, antes que ele se volte para o restante de nós, autoritário.

– Sendo assim – ele se mostra um tanto confiante. – Quais de vocês estão dispostos a entrar para a mais nova iniciativa da S.H.I.E.L.D?

– Mais nova iniciativa? – Stark franze o cenho. – Quer dizer que os Smurfs terão um nome também?

– Certamente melhor do que Smurfs – Aurora ri, sem humor, no entanto. – Bom, eu já estou dentro.

– Eu não sei – Dylan se mostra pensativo em relação à proposta. – Acho a iniciativa boa para darmos uma surra nesses vagabundos que não querem morrer. Só que preciso falar com meu pai primeiro, para ele ver o que acha.

Fury concorda.

– E o restante? - incentiva, cruzando os braços.

– Por mim, tudo bem – diz Ashley, sacudindo graciosamente seus cabelos escuros. – Com tanto que eu escolha meu uniforme...

Simon mexe nos óculos, um tanto nervoso, atitude que considero extremamente fofa.

– Não acho que eu tenha qualquer poder como vocês, mas quero ajudar com o que for necessário.

Zack, assim como Ashley, se mostra animado.

– Isso tudo parece bem legal – diz, encolhendo os ombros. – Acho que posso fazer isso.

Com a resposta dele, os olhares se fixam em mim. Contenho o impulso de me encolher, e apenas baixo os olhos.

– Ainda não sei lidar com a questão de salvar pessoas e ter tantas responsabilidades – digo, com sinceridade. – Mas seria egoísmo caso eu negasse ajuda.

Sinto o sangue subir para minhas bochechas, e dou graças aos céus por ninguém dizer nada. Ou melhor, por Ashley não fazer nenhum comentário “engraçadinho”.

– A partir de agora, a Iniciativa Destruidores têm sua primeira fase completa – anuncia Fury, fitando-nos. – Claro, sem dois dos que seriam extremamente fundamentais, e com Stella Richard morta...

Percebo Clarissa abrir e fechar a boca, sem emitir som, atitude que não passa despercebida pelo diretor da S.H.I.E.L.D.

– Ou melhor, Metallick. – ele intitula a melhor amiga de Zack, Simon, Ashley e Aurora. Ninguém diz qualquer palavra, porém, a frase seguinte perturba a todos, sem exceção. – A fornecedora de armas da Lady Assassina.

Aurora se coloca de pé, batendo as mãos à mesa.

– Não pode estar falando sério! – encara Clarissa, a raiva sendo ponto principal de sua fala.

Dylan cruza os braços.

– Stella não seria tão idiota a ponto de fazer isso. – balança a cabeça negativamente, antes de fitar a Wayne, com o cenho franzido. – O que prometeu a ela? Ou melhor, como a obrigou?

– Se eu pudesse obrigar qualquer um a me obedecer, você já teria se lançado de uma ponte com a própria garganta cortada, queridinho. – ironiza Clarissa, e eu me questiono seriamente do que ela seria capaz sem essas algemas.

Thor ri com escárnio.

– Essa discussão é patética!

– Esses dois já são patéticos. – Ashley finge estar interessada nas próprias unhas.

Estou começando a acreditar que essa garota não será, nem de longe, minha amiga. Seu sarcasmo e superioridade não são características que me agradam.

– Que tal você enfiar a cabeça em uma privada? – Clarissa sorri ironicamente. – Já que você só tem merda no lugar do cérebro...

– Sem brigas, Smurfs – alerta Stark, em falsa repreensão.

Ashley fecha a boca e sacode os cabelos, engolindo qualquer ofensa que pretendia soltar contra Clarissa.

Fury cruza os braços.

– Os treinos para o time Destruidores tem início amanhã pela manhã. Por enquanto, vocês permaneceram nas acomodações da base, até que estejam prontos para retornar às suas antigas vidas.

Todos concordam, mas a Wayne interrompe o que parece ser o fim desta reunião.

– Talvez a Stella não tenha realmente morrido. – diz com os seus dedos mexendo em suas mechas ruivas escuras, distraidamente.

– Como assim? – Aurora se encontra sentada, com James contendo um segundo ataque de raiva vindo de si. – A S.H.I.E.L.D não erraria um diagnóstico tão óbvio.

Clarissa fecha os olhos por um instante.

– Quero dizer que como defesa, a Stella pode fingir que está morta.

Mais uma vez, todos ficam silenciados. Alguns instantes depois, a Viúva Negra se pronuncia.

– Está falando que a Richard pode se “desligar”?

– Nunca ouvi falar de algo assim – comenta Pietro, encarando Steve Rogers. – Bom, talvez...

– E como faz para trazê-la de volta? – Dr.Banner arqueia uma sobrancelha.

Clarissa estende as mãos algemadas, uma falsa expressão de inocência se formando em sua face.

– Se vocês me soltarem...

(...)

O local onde o corpo de Stella permanece se encontra em uma das salas mais ocultas e distantes da base.

Clarissa teve sua condição atendida a princípio, entretanto, a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro não deram brechas para uma possível fuga durante todo o trajeto.

– Acham que ela vai salvar a Stella? – ouço Zack Oliver questionar para os outros.

– Talvez – a voz calma de Simon Walker soa por meus ouvidos antes de adentrarmos a sala no fim do corredor.

Estremeço com o frio do ambiente e sem dificuldades reconheço a figura imóvel (e morta) de Stella Richard.

Clarissa pega uma estaca de metal conjurada pela Feiticeira Escarlate. Estranho que a Wayne tenha pedido isso. Como ela pretende “ligar” a Metallick?

Sem exceção, heróis e futuros heróis encontram-se agrupados pela sala, ao redor da maca.

Clarissa gira a estaca entre os dedos, fitando Stella, completamente impassível. Não me contenho, e acabo por perguntar:

– O que você vai...?

Não chego a completar a frase, pois um grito de pânico emitido por mim ecoa por toda a sala.

O susto é consequência do que acaba de ocorrer; Clarissa fincou a estaca com toda a sua força, sem hesitar, perfurando o peito de Stella.

– Você é louca? – o grito de Ashley faz com que Dylan puxe a Lady Assassina com brusquidão, arrastando-a para longe do corpo da Metallick.

– Dessa vez você tá fudida, projeto de vagaba! – a sacode, mas a expressão vazia de Clarissa só serve para mostrar que ela não se importa nem um pouco com seu possível destino.

Ou que ela sabe que está certa, afinal...

– Esperem um pouco! – Dr. Banner parece perceber algo, atraindo a atenção de todos.

James franze o cenho para o corpo, notando o que o Dr.Banner quis dizer.

– Ela está... Absorvendo o metal?

Clarissa se solta de Dylan, um sorriso desafiador e vitorioso iluminando seu semblante.

– O que dizia Relâmpago McQueen?– brinca com seu nome, e vejo os punhos do Allen cerrarem fortemente.

A cor, aos poucos, começa a voltar à face de Stella e logo é perceptível que ela está respirando.

E como ato final, com a estaca completamente absorvida, os olhos de Stella Richard se abrem.


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Notas finais do capítulo

Para aqueles que pensaram que nossa Metallick tinha realmente partido... Eu não sou uma autora tão má assim, hahahahahaha.

Em breve, vou dar início à relação entre os Vingadores e os Destruidores. Estou cheia de ideias, então, preparem-se!

E como imaginado, o próximo capítulo será da diva Stella!

Até o próximo!

Beijokas *-*



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