Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Heeey!!!

Sei que demorei a atualizar a fic, e peço mil desculpas pela pausa, mas estive elaborando novas coisas para a história, já que ela está entrando em uma parte bem... Interessante, hahahahahaha.

Já tenho mais dois capítulos prontos no "Caderno Destroyers" e preparem-se, porque com certeza vocês irão curtir muito ;)

Dedico o capítulo a Um Leitor, que recomendou a história!!! MUITO OBRIGADA :D

E aos novos leitores que estão comentando, BEM-VINDOS!!! Espero que aproveitem a fic, e que se divirtam ao lê-la! Pretendo responder os reviews de vocês o mais breve possível, ok?

Boa Leitura!



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Sophia

Eu não deveria ter ido até lá.

Enquanto sou atingida pelos primeiros pingos da chuva que ameaça cair, meus pés atingem uma velocidade surpreendente, passo ante passo, em uma corrida implacável.

Não sei o que fazer!

Depois do jogo de NovaHead – com sua vitória “impressionante”, pelo que ouvi falar -, revolvi aparecer no baile de comemoração.

Não sei porque decidi isso tão de repente, mas senti que o certo a se fazer. Então, resolvi seguir meus instintos por mais perturbadores que fossem.

Graças aos meus poderes de invisibilidade, aproveitei a festa a minha maneira. Eu usava jeans e sapatilhas em um baile, sem que ninguém me visse como uma pessoa anormal.

E isso foi ótimo... Até que tudo “desandou”.

Palhaços-terroristas e o próprio Coringa surgiram do nada, explodindo tudo e tornando a festa um completo caos.

Um dos alunos foi morto, e nesse instante me encontrei fugindo. Porque sou covarde o suficiente para enfrentar qualquer coisa!

Quando tentava escapar sem ser percebida ou morta, vi o exato instante que a famosa Metallick foi derrotada de maneira covarde por um cara com roupa verde e uma prancha. E não falo do Coringa; refiro-me a um segundo vilão.

Paro com minha fuga, sem saber para onde correr. Olho pelos dois lados da rua úmida e deserta. Não posso ir para casa, pois ela se encontra bem longe daqui (interior da cidade, sabem como é).

– Olha só o que temos aqui – uma voz debochada me sobressalta, fazendo com que eu pare de chofre, com olhos arregalados voltados para a pessoa que se encontra a minha frente.

Uma mulher de longos cabelos castanhos, pele clara e trajando um longo vestido verde-escuro (com um decote exagerado, diga-se de passagem), me encara com um ar de superioridade, e concluo que ela não é do bem.

– Q-Quem é você? – pergunto, com a voz fraca e trêmula.

A mulher arqueia uma das sobrancelhas, com ar de pura impaciência, como se minha dúvida fosse a mais ridícula do universo.

– Morgana Le Fey – diz, pausadamente, como se eu tivesse problemas mentais. – Mas pode me chamar de “Bruxa Imortal” se preferir, querida.

– O que quer comigo? – me surpreendo com a intensidade de minha voz, que passa de fraca a decidida, em questão de segundos.

– Você não gostaria de saber – Morgana se eleva com os seus braços servindo de asas para seu vôo. Ela me encara uma última vez, antes de dois carros voarem em minha direção e quase me esmagarem.

Quase.

Antes que isso acontecesse, braços me envolveram e me tiraram da linha de fogo, levando-me para outro ponto da rua.

Tenho uma visão de meu herói quando sou deixada na calçada. A figura solta grunhidos e ofegos, enquanto volta um olhar preocupado para mim. Sua pele é esverdeada, e ele possui mais músculos do que qualquer ser humano comum.

Contenho um grito, porque no fundo de minha mente sei que ele não me fará mal. Ele me salvou. E além disso, sei bem quem ele é.

– Hulk! – Morgana confirma minhas suspeitas, enquanto pousa no meio da rua, uma expressão furiosa preenchendo sua face. – Vai pagar caro por salvar essa vadia-mirim.

O maior, solta um urro de fúria para a bruxa, e se lança na direção dela, em uma velocidade assustadora.

É então que tudo acontece em câmera lenta; no momento que Hulk está pronto para golpear sua oponente, os carros destruídos em cima da calçada se voltam para o herói, o acertando em cheio e mandando-o para dentro de um prédio velho, sacudindo a estrutura frágil e erguendo uma nuvem de pó extremamente densa.

Morgana move suas mãos agilmente, acima de sua cabeça, criando raios de luz prateada e mandando-os diretamente para dentro do prédio.

A explosão ocorre lá dentro, sacudindo mais uma vez o lugar. Morgana volta seus olhos impregnados de maldade para mim, e percebo pela lógica mais simples, que serei a próxima vítima.

– Por que quer me matar? – questiono, contendo as lágrimas que ameaçam rolar por minhas bochechas.

– Você sabe demais, querida – responde, fazendo com que chamas dancem pela palma de minha mão. - E não queremos que nossos planos sejam interceptados, hum?

Sua voz falsamente doce me dá nojo, mas não ouso dizer isso em voz alta. Afinal, eu tenho que sobreviver. Sou uma das poucas pessoas que pode avisar alguém do ataque a NovaHead – nem todos os alunos conseguiram sair ainda.

E com isso, concluo que está na hora de usar meus poderes por uma boa causa. Dessa vez, não pretendo me esconder; pretendo lutar.

Posso não ser uma heroína oficial, mas um herói não precisa ter roupas bonitas e falar demais. Um verdadeiro herói ajuda, faz coisas boas e pensa no próximo.

Portanto, está na hora de eu provar essa teoria, de uma vez por todas.

Levanto-me, decidida, sem tirar os olhos da figura poderosa que me encara. Esqueço minha condição social no colégio, dos medos que sempre tive e da solidão que se manteve ao meu lado, como uma sombra derradeira.

Agora eu sou muito mais do que isso. Sou Sophia Tompson, uma mutante.

Com esse pensamento animador e de puro estímulo, início minha troca de passos na direção dessa bruxa, irritada por ela ter afastado a única pessoa que se preocupou em salvar minha vida, que me fez estar aqui nesse exato momento, inteira.

Corro como se tudo dependesse disso. Minha fúria apenas cresce, por perceber que Morgana não se abala com a escolha que fiz. Muito pelo contrário, ela já prepara um novo feitiço.

Quando ela o lança em mim, fico invisível e me jogo para o lado, desviando do ataque.

– O que? – Agora sim Morgana parece abalada. Isso só serve para aumentar minha confiança. – Então, você tem poderes? – murmura mais para si, do que para qualquer outro. Forma em suas mãos mais um círculo de luzes douradas, que brilha de forma ameaçadora. – Sua morte será ainda mais dolorosa!

Trinco os dentes, mas não devolvo o insulto. Ao invés disso, me lanço até suas costas, golpeando-a com um bom soco. Morgana emite um grito e se vira de imediato, buscando-me com o olhar.

Ela cambaleia alguns passos, provavelmente sentindo suas costas doerem pelo golpe recebido.

Aproveito a chance e acerto um chute certeiro em seu estômago, fazendo-a gritar novamente e ser lançada para trás. Sem emitir qualquer som, afasto-me da linha de fogo, no instante em que a bruxa começa a lançar feitiços ao seu redor, demonstrando a fúria que sente.

Nunca sonhei que isso fosse tão divertido. Entretanto, tenho que acabar com ela de uma vez, e sei bem como fazer isso.

Esgueiro-me para perto de um carro estacionado na rua, enquanto Morgana está de costas para mim, atacando sua frente, provavelmente crendo que eu estou ali.

– Apareça, sua vadia! – berra a bruxa, furiosa. – Está com medo de mim? Por isso se esconde tanto?

Silenciosamente, tento abrir a porta do veículo, mas percebo que está trancada. Respiro fundo, contendo certas palavras que ameaçam escapar por meus lábios. Penso em algo melhor e acabo por ter uma ideia; chuto o vidro do carro, quebrando-o em mil pedaços.

Esqueça o lance do “silenciosamente”.

Como previsto, Morgana vira-se e começa a lançar feitiços em minha direção, mas eu já pulo para dentro do veículo, pela janela que acabei de destruir.

A bruxa para de imediato com sua magia, e pelo seu tom de voz, sei que um sorriso maquiavélico percorre seus lábios.

– Então – fala, lentamente, e consigo ouvir o barulho de seu salto alto contra o asfalto úmido. – No fim você se esconde dentro de um carro.

Deito no chão do veículo, rezando para que meu plano dê certo. Coloco as mãos aos lados do corpo e fecho os olhos.

A única vez que fiz isso foi em uma situação nada agradável, onde por instinto esse segundo poder foi revelado. Só que desde então, nunca mais consegui repetir o feito.

Espero mesmo que dê certo.

– Deplorável criança! – a risada de Morgana ecoa em meus ouvidos, entretanto, não ajo impulsivamente.

Sou paciente, o que é uma vantagem enorme.

– Adeus, mutante. Foi muito bom conhecer você. – diz, e com isso imagino o que está por vir.

Aperto os olhos e chego a ouvir o ataque dela. Cruzo os dedos mais uma vez, antes que o feitiço acerte o carro e o faça chacoalhar de modo ameaçador para mim.

Nesse exato momento, uso toda minha concentração nesse último ataque.

Levanto-me a tempo de ver Morgana arregalar os olhos, uma prova de que meu plano deu certo.

O carro fica invisível, assim como eu estou. O feitiço da bruxa é absorvido pelo veículo, que resplandece em chamas, mas não queima. A única prova de que um carro está parado nesse lugar, é o fogo que marca o veículo, como se desenhasse seus contornos.

– Hora da devolução – digo, ficando visível novamente. Meu de voz soa irônico e debochado, algo que me surpreende. Morgana trinca os dentes, mas já é tarde demais para qualquer insulto.

O carro sacode quando as chamas partem dele tão rápido quanto qualquer coisa veloz que se possa imaginar. Morgana solta um grito logo que é atingida em cheio e voa para trás, colidindo com um prédio.

Seguro o lado do corpo, enquanto saio do carro aos tropeços.

Mesmo com as dores de meu corpo, não posso deixar de sorrir, maravilhada com o que acabo de fazer. Eu consegui. Derrotei a Bruxa Imortal – ou pelo menos a detive temporariamente.

Caio de joelhos no asfalto, exausta. Meus olhos se voltam para o prédio velho, onde Morgana e Hulk devem estar.

Ainda não acredito que o herói foi derrotado tão facilmente, mas creio que o ataque tivesse algo a mais. Talvez Morgana não usou qualquer feitiço no Hulk.

Um barulho chama minha atenção para o prédio em ruínas. Gritos e urros preenchem o ar, e os reconheço de imediato.

Consigo me levantar a tempo de desviar de uma “mulher voadora” que é lançada do prédio e colide com o carro que fora usado por mim.

O “grandão e verde” salta pela janela da construção e alcança o asfalto, deixando uma cratera no lugar do pouso. Urra a plenos pulmões, avançando para Morgana, que começa a se recompor, parecendo temer a surra que está prestes a levar.

Seu olhar pousa em mim, e por um momento, penso se ela irá me atacar novamente. Entretanto, não é exatamente isso que acontece.

– Nos veremos de novo, mutante. – E sem acrescentar qualquer outra coisa, a bruxa desaparece em nuvem de fumaça esverdeada.

Hulk urra mais alto por seu alvo ter escapado, e em fúria, lança o carro para longe como se este fosse de brinquedo.

O grandão volta seu olhar para mim, que esboço um pequeno sorriso em agradecimento. Ele pode ser violento e estranho para muitos, mas ele salvou minha vida e é isso que importa.

– Obrigada – digo de modo sincero.

Hulk não responde, mas percebo sua guarda baixar.

– Minha escola foi atacada – baixo os olhos, estremecendo ao lembrar-me dos palhaços e do Coringa, sem falar da aparente morte de Stella. – Eu fugi de lá para buscar ajuda... Tem gente inocente morrendo. – falo, com os olhos marejados.

O herói parece refletir por um instante, até se virar abruptamente e saltar para o prédio mais próximo, desaparecendo pelos telhados e por entre a escuridão.

– Não! – grito, inutilmente. – Espere! Hulk!

Mas o grandão não retorna, e novamente me vejo sozinha em meio a fina chuva que cai sem cessar.

Olho para minhas mãos e as cerro em punhos. Viro-me e começo a correr de volta para o caos que NovaHead se tornou.

Eu mesma vou ajudá-los, custe o que custar.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Mereço comentários?

Dependendo do número de reviews, tento postar até o dia 03/03 no mínimo!

O próximo capítulo será dedicado ao James õ/

Obrigada a todos os leitores que tem comentado e me motivado a continuar postando! Graças a vocês, a fic chegou aos 55 comentários com apenas 10/11 capítulos õ/

Muito, muito obrigada mesmo! Não sabem como fico feliz por ver meu trabalho sendo reconhecido :)

PS: Tenho um Cronograma de Fanfics no meu perfil. Quem quiser acompanhar o andamento da Destroyers, é só dar uma olhada ;) Pode ser que eu adie a data de postagem, por algum imprevisto, ou eu adiante caso os reviews me deixem ainda mais animada com a história!

Beijokas!



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