Manual De Como Irritar Os Deuses escrita por Allie Luna


Capítulo 5
V — Atena


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. I'm back, haha.
Ent, qria pedir pros leitores fantasmas aparecem. Ah e quem comentar nesse capitulo, ganha uma previa com o primeiro item (com historia) do prox cap. E quem acertar de quem será, ganha um "premiozinho" extra haha. [Diquinha básica: O nome dele aparece no capitulo, como citação ou como personagem]
Espero que gostem ♥

[19.01.17]
O capítulo foi editado e alguns erros foram corrigidos. Além disso, pequenas partes foram alteradas e algumas adicionadas.



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CAPÍTULO V:

10 maneiras superloucas de fazer a deusa anti-aranhas te matar, digo, se irritar.

Nota dos autores: Olá caro semideuses que querem atormentar a vida daqueles velhotes que insistem em se acharem jovens. Nós estamos aqui com mais um capítulo de como irritar eles, dessa vez com a… Tcham, tcham, tcham… A veia corujona. Haha, se existir algum filho bem vida louca (e corajoso) dela aqui, espero que use para a infernizar tanto quanto ela nos inferniza no colégio. Falando nos filhos dela, desculpem por qualquer grito, medinho ou nojo que vocês possam ter de uns certos bichinhos pretos e cheios de patas que aparecem por aqui nesse capítulo. Quer saber? Desculpa nada, queremos mais é que vocês sofram por ter ganhado de nós no capture a bandeira. Sem ressentimentos, é claro.

Método 1: Quando ela discutir com Poseidon, no próximo conselho olimpiano (isso sempre acontece, já virou rotina) fale que é tudo amor reprimido.

Era apenas mais um dos conselhos olimpianos, algo normal e comum para os deuses gregos. Seria cheio de discussões, decisões importantes, discussões, decisões inúteis, mais discussões, pena para certos tipos de delitos cometidos, já foi mencionado as discussões? Elas são a melhor parte dessas reuniões.

Porém, além destas coisas, este conselho tinha algo diferente para ser discutido, a reforma e reconstrução de partes do Olimpo, que com toda essa coisa da guerra contra Gaia, teve que ficar pra depois.

Já fazia 6 meses desde a última vez que Annabeth acompanhou os deuses para uma visita a todos os lugares que estavam passando por algum tipo de reparo. Basicamente, eram pequenas vistorias onde eles viam o progresso das obras, se elas indo muito devagar, se algo precisava ser mudado ou refeito. Geralmente, eles reclamavam de alguma coisa, já que é o que o melhor que sabem fazem.

Dessa vez, tinha uma coisa diferente, Annabeth iria usar a vistoria/visita pra começar a pôr em prática a lista dos Stoll de irritar Atena. Por mais que ela gostasse da mãe, sabia que ela tinha sua parcela culpa em colocar os semideuses para fazer o trabalho sujo dos deuses e se virar com seus inimigos, que só tinham por serem filhos dos deuses.

O primeiro lugar que o grupo viu foi o templo de Atena, que teve o portão destruído, assim como parte do teto.

O novo portão era feito de madeira maciça, com alguns desenhos em alto-relevo de galhos e folhas de uma oliveira.

— Ficou ótimo — elogiou a deusa.

— Ótimo? É só um portão, qualquer um faz isso — resmungou Poseidon, revirando os olhos.

— Não do jeito que ela vez. Olha os ramos de oliveira, parece até que são reais. — Atena já se irritava.

— Quem liga pra isso? Ninguém, coruja, ninguém. Não tem nada demais.

— Ora, seu peix-

Ela foi interrompida por Hermes.

— De novo não. Parem, por favor — reclamou, tapando os ouvidos.

— Isso. Por favor, parem com todo esse amor reprimido e assumam logo, é muito mais fácil — Annabeth falou olhando para os deuses que sempre discutiam.

Afrodite bateu palmas, aprovando a frase dela, enquanto Atena apenas lançou um olhar mortífero para as duas.

— Olhem aqui, eu e esse peixe podre aqui não nos amamos — gritou.

— Mentir é feio. — A filha falou.

Método 2: E que ela só se tornou uma das deusas castas porque levou um fora dele.

Hermes ainda ria do que a semideusa tinha falado para Atena e zoava a irmã por isso. Detalhe: o grupo já estavam na parte de dentro do templo, para ver o teto novo, que agora estava num tom dourado, assim como as sancas. Já as colunas, de ordem jônica, e as paredes estavam brancas.

Ainda tinha algumas escadas e alguns baldes de tinta espalhados, que seriam usados para terminar os detalhes, como os capitéis e desenhos que seriam feitos no teto.

— Que teto lindo — disse Afrodite, batendo palmas e com os olhos brilhando. Se havia alguma cor que ela gostasse tanto quanto gostava de rosa, essa cor era o dourado. — Quero um desse também.

— Eu tambéeeeeem — Apolo disse fazendo uma carinha fofa.

Antes que a semideusa pudesse responder alguma coisa, Poseidon começou a falar, por sinal, bem alto.

— Di immortales. Essa cor não é tão ruim, mas está muito brilhante. Não tinha algo menos ofuscante, não? Chega a doer meus olhos, parece até que eu vou ficar cego.

Na verdade, ele não havia odiado tanto assim, até mesmo gostou um pouco. Mas precisava manter as aparências e reclamar de tudo que tinha a ver com a deusa da sabedoria. Esse era um dos seus maiores hobbies e, ele precisava assumir, era ótimo ver a cara dela se contorcendo de raiva dele.

— Estava até demorando pra começar de novo — disse Ártemis, revirando os olhos.

— Muita bobagem vem saindo da sua boca hoje. Será que dá para você parar de reclamar, velho das algas? — Atena falou alto.

— Vejamos… — Fingiu pensar. — N. A. O. Til. NÃO!

— Já chega. Eu estou aqui tentando mostrar como está a droga da reconstrução e vocês ficam aí discutindo o tempo todo. Qual o problema de vocês, afinal? Olha, eu não tenho culpa se você, mãe, levou um fora a uns séculos atrás, tomou rancor e cismou com essa bosta de juramento de castidade só por causa disso. Muito menos que Poseidon se arrependeu e agora fica te perseguindo, querendo seu corpo nu numa banheira de água salgada, falando que você é o atum que faltava na rede dele ou perguntando que quer ver o “tridente de um dente” — Fez aspas com as mãos. — dele. Então, se beijem logo ou parem com essa palhaçada que já deu.

E foi assim que Annabeth, mais uma vez, quase morreu, mas, dessa vez, foi protegida por Afrodite, (que concordava com exatamente tudo que ela tinha falado) Hermes, (que adorava uma boa zoeira e gostava da semideusa) e Apolo (que, bem, era Apolo. As coisas que faz, quase sempre, não tem um motivo específico).

Método 3: Encha o templo dela de aranhas, principalmente de caranguejeiras.

Annabeth aproveitou que o Olimpo estava praticamente vazio e se vestiu com uma daquelas roupas de apicultor, que eram pra impedir que abelhas picassem. No caso da semideusa, era para evitar ter qualquer contato, por menor que fosse, com as aranhas que estavam dentro da caixa, em cima do carrinho de jardim que ela puxava.

Apesar de se sentir com vontade de desistir quando leu esse item da lista que Connor deu pra ela, achou que talvez fosse bom poder encarar seu medo de aranhas e mostrar que era mais forte que isso. Enquanto ia para o templo de Atena, pensava se não seria melhor ter desistido. Mas não dava mais para voltar atrás, já tinha começado a fazer as coisas da lista e, também, não voltaria atrás numa decisão.

Assim que chegou no templo, pegou a caixa com cuidado, e subiu a escada que dava pra uma janela no quarto de Atena, que estava ali pelas obras. Apoiou a caixa aberta no batente e a empurrou pra dentro do lugar.

[…]

Annabeth estava na sala, que tinham dado pra ela usar para fazer os planejamentos das obras e coisas do tipo, com as portas abertas. Dali, ela viu a mãe passar, indo para o templo, que ficava a poucos metros.

A semideusa riu sozinha e alguns segundos depois, ouviu um grito estridente que era capaz de destruir qualquer vidro que estivesse por perto. A deusa da sabedoria saiu correndo pela rua, gritando cada vez mais e se sacudindo, como se tivesse levado um choque elétrico.

— SOCORRO, EU VOU MORRER. TIRA ELAS DE MIM — gritou, antes de se jogar num chafariz.

Método 4: Faça uma guerra de balões de água na biblioteca dela.

Annabeth andava pelo Olimpo de um lado pro outro, tentando pensar em um plano. Ela precisava fazer o item 4 da lista de Connor e Travis, mas não tinha a menor ideia de como. Ela era boa em estratégias de batalha, não em como fazer alguma pegadinha com alguém. Os irmãos tinham falado que mandariam alguém pra ajudar, afinal, não dá para fazer uma guerra de balões de água sozinha. Mas, Travis disse que a pessoa iria aparecer as 12 horas e já eram 14 horas.

A melhor ideia (quer dizer, menos pior) foi a de inventar que estava tentando acertar alguém que tinha roubado seu boné de invisibilidade. Deuses, ela preferia se esconder num buraco a fazer isso, mas era o que, provavelmente, acabaria usando como desculpa.

A semideusa estava indo comprar os balões para encher, já que os Stoll esqueceram, quando esbarrou em alguém que parecia ter saído, literalmente, do nada. Quando viu seu rosto, reconheceu na mesma hora.

— Nico?! — Estranhou o semideus estar lá, já que ele evitava ao máximo o Olimpo — o que tá fazendo aqui? Achei que não gostasse desse lugar.

— Não gosto mesmo, mas tenho uma pequena missão de ajudar alguém. — falou e levantou uma das mãos, balançando um pacote de balões de festas.

[…]

— Pelo meu santo Hades, essa sua ideia é ótima. — Nico falou e amarrou um dos balões, já cheio de água.

Ela terminou de encher o que estava na mão e respondeu:

— Sério? Achei meio boba, nada em que Atena acreditaria.

— Mas é pra ela não acreditar mesmo. A intenção é ser engraçado, fazer eles ficarem com raiva por ser mentira e, acredite, vai ser — riu — Acho que já está bom de balões.

Annabeth assentiu.

— Quantos tem?

Nico se abaixou para contar as bexigas que estavam em cima de um carrinho de jardinagem. 1… 2… 3… E, ao todo, tinha 18. Era suficiente para o que os dois iriam fazer.

— 18. Está bom esses. Afinal queremos irritar Atena, não sermos mortos por ela. — Ele respondeu e Chase deu uma risada.

Ele puxou o carrinho até a biblioteca da deusa, que ficava numa sala nos fundos do templo dela. Era hora da ação. Cada um pegou dois balões e começaram a jogar. O primeiro, foi da semideusa e acertou em cheio o meio de uma estante com livros raros. Apesar de sentir uma pontada de dor no coração por estragar livros, estava gostando. Era bom dar o troco nos deuses, mesmo que indiretamente, por tudo que eles tinham feito ela passar.

Nico gritou um “Isso ai” e atirou o seu, acertando uma estante com uns livros coloridos. Annabeth se preparou para jogar o próximo, mas, na hora de soltar, ele escorregou de sua mão por estar molhado e acabou acertando a estante atrás de Nico, poucos centímetros acima dele, encharcado o cabelo e a blusa do semideus.

— Ah, então é assim, corujinha? — perguntou, sorrindo ironicamente e preparou o próximo balão.

— Deuses, Nico, desculpa, escorregou, não era pra ac-

Ela nem conseguiu terminar a frase, porque um balão acertou em cheio sua barriga.

— Já que é guerra que você quer — Nico falou —, é guerra que você vai ter.

Annabeth pegou mais uma bexiga e jogou no semideus. Acertou direto no ombro dele, que estava distraído, tentando tirar a água do cabelo de uma forma totalmente inútil.

E alguns poucos minutos depois, os dois estavam encharcados, assim como uma grande parte dos livros da biblioteca, principalmente os mais raros e antigos.

O filho de Hades se preparava pra tentar surpreender Annabeth, que estava atrás de uma estante com clássicos literários da década de 1920. A ideia dele era ir pelo lado que ela não estava olhando e acertar por trás, mas antes que ele pudesse jogar, um barulho bem alto atrapalhou.

Atena apareceu parada na frente dos dois, com as mãos na cintura, bufando mais que um touro numa tourada e vermelha de raiva.

— Será que algum dos dois pode me explicar o que está acontecendo aqui? — Ninguém respondeu. — AGORA!

Chase fez a maior expressão de desespero que conseguiu.

— Você não sabe o que aconteceu! Meu boné de invisibilidade sumiu, mas não achamos em lugar nenhum. Então só podia ter sido roubado e a pessoa colocou ele. Por isso estamos molhando os lugares onde mais pareciam não ter nada. Se acertar o homem invisível, vamos poder saber onde ele está.

Nico concordou com a cabeça.

— E precisava ser na minha biblioteca? — perguntou Atena.

— Ah, é que tava muito seco aqui.

Método 5: E depois faça uma fogueira com eles, com a desculpa que era para secá-los.

A deusa tinha feito Annabeth separar todos os livros molhados e colocar em pilhas no chão. E depois que terminou, Atena começou a gritar como Afrodite quando via uma liquidação de sapatos.

— Você tem duas horas! — gritou — Não quero saber como; use secador, compre outros novos, peça pra Apolo, use alguma dessas mágicas esquisitas de Hecate, o que for. Quero todos os livros secos.

— Mas e-

— Não quero saber! Quero eles secos e ponto final. Se não estiverem quando eu voltar, as coisas vão ficar feias pro seu lado. — E saiu da biblioteca.

Annabeth tirou um frasco de fogo grego do bolso e colocou em cima de uma das pilhas de livros. Olhou ao redor e achou Nico escondido na sombra de uma das prateleiras, ele estava com outras roupas, secas. Mas o cabelo ainda estava molhado.

— Ela gritou tanto que você já foi, se trocou e voltou? — perguntou Annabeth.

— Na verdade, ainda peguei um pedaço da gritaria, como ela não ficou sem voz? Então, vai tacar fogo agora?

— Na verdade, vou esperar um tempo.

Ele se sentou numa das pilhas de livros.

— Tá, vou esperar então. — Ela olhou para ele sem entender. — O que foi? Realmente achou que eu fosse perder uma filha de Atena queimando livros? Nem morto.

[…]

— Acho que já esperamos bastante tempo — disse Annabeth e Nico guardou o celular no bolso.

Ela pegou o frasco de fogo grego, abriu e jogou por cima das pilhas de livros. Eles começaram a queimar rapidamente, fazendo uma enorme fogueira. O barulho da porta da biblioteca chamou a atenção dos dois.

— Minha deixa. Já tô indo, mas mandou bem. — Ele fez um hi-five com a semideusa e sumiu numa das sombras do lugar.

— O QUE, HADES, É ISSO? — perguntou, ops, gritou Atena.

— Eu estou fazendo o que você pediu, secando eles.

— Eu não mandei você fazer isso! Eu disse que era para secar, não queimar! Ficou surda ou louca, garota? — berrou. A imortal fez cara de choro. — Meus preciosos livrinhos queridos. Coitado deles.

Em pouco tempo, todos eles já tinham virado cinzas.

— Bom, agora eles estão secos — Annabeth se abaixou e pegou um pouco das cinzas que já não queimavam mais. — Olha.

Ela abriu a mão e soprou em cima de Atena, fazendo a deusa tossir.

— Viu? Eu disse que estavam secos.

Método 6: Pergunte se ela tem umbigo, já que ela saiu da cabeça do próprio pai e não nasceu normalmente.

Annabeth havia pedido pra que Atena fosse até seu próprio templo porque ela tinha feito algumas mudanças e melhorias no projeto anterior. A semideusa explicava tudo calmamente e detalhadamente para a deusa, que parecia gostar bastante das mudanças. Assim que a garota terminou de falar, foi a vez da deusa:

— Certo, tudo bem, pode mudar, eu aprovo essas mudanças. Aliás gostei mais assim, você está fazendo um ótimo trabalho.

A deusa sorriu e os olhos da semideusa se iluminaram. Ela adorava ser elogiada, principalmente por Atena.

— Que bom que gostou. Trabalhei nessas mudanças ontem e hoje, durante horas, mas fiquei com medo de que não aprovasse. — desabafou, sorrindo.

— Claro que iria gostar. Até hoje nunca vi nenhum projeto seu que não tivesse gostado, Annabeth. — A deusa disse, com a mão no ombro da semideusa.

— Nossa, obrigado. — Sorriu novamente e pensou que seria a hora certa para o que iria fazer. — Hã… Posso te fazer uma pergunta? É que eu tenho uma curiosidade, mas é um pouco estranha.

Atena franziu o cenho, estranhando, mas concordou com a cabeça.

— Er… É meio idiota mas, você tem umbigo?

A deusa ficou pálida como a sua estátua de gesso do templo.

— Ora, que pergunta é essa? Mas é claro que s-

Ela foi interrompida antes que pudesse terminar a frase.

— Não, né? Acho… quer dizer, tenho certeza que não. Já que você não nasceu normalmente, não teve o cordão umbilical e logo o umbigo. Espere, meus deuses, seu umbigo é na cabeça?

O rosto da deusa estava vermelho de raiva da garota.

— Olha, eu tenho umbigo sim, e não é na minha cabeça! Agora parede de falar nisso! — esbravejou.

— Certo, desculpe, como eu disse era só uma curiosidade. Mas, já que você tem, então porque está sempre com o cabelo preso? — Atena arregalou os olhos e abriu a boca para falar alguma coisa, mas logo fechou novamente. — Viu? Sabia, você tem umbigo na nuca.

— JÁ DISSE QUE NÃO TENHO!

— Olha, acabou de assumir. Eu disse que não tinha. — Chase riu, rezando internamente para Hermes e Apolo, pedindo para não morrer.

— CHEGA! Não foi isso que eu quis dizer — gritou, ficando mais vermelha ainda.

— Então me mostre sua nuca e a barriga que eu só acredito vendo.

Método 7: Diga que preferiria uma fonte de água a uma oliveira, já que odeia azeitonas.

Annabeth estava com Atena no templo da deusa, decidindo quais e como seriam os desenhos das sancas do teto. Várias folhas com desenhos estavam espalhadas pela mesa do salão de entrada do templo, para que a deusa visse e escolhesse.

Ela levantou um com raminhos de oliveiras, e o analisou.

— Gostei deste, mas como já tem um desenho parecido no portão, não sei se escolho. — murmurou pensativa. — O que acha?

— Que deveria escolher outro — respondeu Annabeth, sem tirar os olhos dos papéis que olhava.

— O que quer dizer com isso?

A semideusa deu de ombros.

— Não sou muito fã de azeitonas.

— Como assim? — Continuou as perguntas.

Os papéis foram deixados de lado e Chase olhou para a imortal. Não sabia exatamente como e o que dizer das azeitonas, já que ela gostava, mas tinha que falar o contrário.

— Ah, é que eu odeio azeitonas. São ruins, tem um gosto horrível e me dão vontade de vomitar. Tenho que tirar sempre das pizzas quando vou comer. Azeite também é ruim, odeio o gosto. E, sabe, foi muita sacanagem a fonte de Poseidon ter pedido pras oliveiras. Céus, se há uma coisa ruim são as oliveiras e o que vem deve. A fonte não, seria lindo ter uma fonte em Atenas — disse e olhou para a deusa que estava vermelha e apertava o desenho com força, amassando entre os dedos. — Ai meus deuses, eu esqueci, desculpe.

Método 8: Pergunte sobre a tapeçaria que está no templo dela. Depois pergunte se ela já viu as de Aracne e diga que são lindas e maravilhosas, as melhores que já viu.

A pedido da deusa da sabedoria, Annabeth havia criado uma sala dentro do templo de Atena para que a deusa pudesse exibir e guardar suas obras, tanto os quadros, quanto as tapeçarias e esculturas, que eram feitas por ela.

Atena olhou atentamente para as tapeçarias, que estavam expostas do lado direto da enorme sala. Lado a lado, com um vidro de proteção e moldura. A semideusa parou ao lado dela e perguntou:

— Está bom nessa ordem? Ou quer que mude alguma coisa de lugar?

— Não, não. Gostei assim, está ótimo — respondeu.

As duas andaram pela sala, observando as várias tapeçarias, já que eram as únicas coisas ali. Os quadros e esculturas ainda não tinham sido colocados.

— Sabe, eu conheci uma ótima artesã há algum tempo. Ela fazia umas tapeçarias maravilhosas também. Tão boas quanto as suas — comentou.

A deusa riu alto.

— Querida, não há nenhuma melhor que eu. Zeus decretou isso.

— Olha, acha que Zeus deveria rever isso aí. Pois ela é ótima, talvez até melhor que você, sem ofensas. — disse a semideusa.

— Isso é impossível. Mas já que insistem, quem seria essa tal artesã perfeita? — ironizou. Nossa, quem diria que Atena sabe o que é ironia.

— Uhn, Aracne — disse, fazendo a deusa ficar seria e extremamente vermelha. Para piorar, a semideusa completou. — Conhece?

Método 9: Tranque ela junto com Poseidon numa das salas do Olimpo.

Annabeth estava preparando as coisas trancar Poseidon e Atena na pequena sala que virou um depósito dos materiais usados para reconstruir o Olimpo nas duas vezes partes da obra. A primeira, quando acabou a guerra contra Cronos. Depois, com a guerra contra Gaia, foi preciso dar uma pausa, e depois que acabou, as obras continuaram.

Ela tinha mandado dois recados, um para cada um dos dois deuses.

A de Atena era:

"Mãe, preciso que a senhora venha até a sala dos materiais ao meio dia, houve um problema com os tons das tintas.

— Annabeth Chase."

Já na de Poseidon estava escrito o seguinte:

"Caro Senhor Poseidon, gostaria de, se possível, solicitar sua presença na sala de materiais amanhã, ao meio dia, pois nos entregaram um tom diferente do que o senhor pediu.

— Annabeth Chase."

Nada como usar a formalidade para evitar ser fulminada pelo pai do meu namorado, que odeia a minha mãe” pensou quando escrevia.

Ambos responderam que iriam, pra felicidade da semideusa.

Annabeth corria para conseguir instalar a câmera antes que desse o horário marcado, que era 18:00 e só faltavam 18 minutos.

Quando deu 17:48, a semideusa conseguiu terminar e conectou elas ao notebook de Dédalo. Deu o sinal para Percy se esconder, já que quando tivesse na hora, ele iria fechar a porta e trancar os dois deuses lá dentro.

Atena foi a primeira a chegar, exatamente na hora marcada. Ela entrou na sala e procurou por Annabeth, mas como já estava de noite e as luzes estavam apagadas, estava um pouco escuro para que ela conseguisse ver alguma coisa direito.

— Annabeth? — chamou —, onde você está?

Naquele momento, Poseidon chegou no lugar. Assim que ele entrou, a porta atrás dele bateu e Percy trancou com a chave.

O deus não entendeu nada e tentou abrir a porta. Quando não conseguiu, gritou, tentando chamar alguém.

Annabeth, que estava do lado de fora do depósito, ligou a luz principal do lugar. Ela ficava acima de uma mesa na cor azul, diferentemente das outras, que eram brancas. Essa luz chamou a atenção dos dois deuses, fazendo eles irem até a mesa.

— Ah não, isso só pode ser brincadeira — gritou a deusa ao ver Poseidon. —, o que você está fazendo aqui, seu velho das algas?

— Eu é que pergunto, comedora de livros.

— Ora, seu… Seu… Peixe podre — disse, aumentando a voz.

— Que tal você parar com os insultos e pegar esse papel em cima da mesa? — Apontou para o papel amarelo.

Atena, mesmo irritada, pegou o papel e leu.

— "Olá Poseidon e Atena. Desculpem por isso mas vocês precisavam se entender e parar de brigar, por isso trancamos vocês ai. Annabeth e Percy Jackson, com apoio total de Afrodite.

Atena não sabia o que a deixou mais a irritava, se era o fato de estar presa com o ser que ela mais odiava ou o fato de Annabeth ter dado a entender que tinha o mesmo sobrenome de Percy.

Método 10: E mande a filmagem pra TV Hefesto.

Depois de quase uma semana presos na sala, finalmente os dois deuses puderam sair, já que alguém destrancou a porta (Coisa que aconteceu no segundo dia que ficaram ali, mas eles só perceberam dias depois. E ainda dizem que o Percy é o lerdo da história).

Após conseguir sair, Atena andava apressadamente para o seu templo. Ela só queria um longo descanso após aturar Poseidon e suas idiotices. Nem ela mesma sabia como não o mandou para o Tártaro.

No caminho, ela percebeu que algumas ninfas riam, enquanto olhavam para ela. Apenas ignorou, mas quando isso aconteceu pela quarta vez, começou a estranhar. “O que está acontecendo? Estão todos loucos, só pode” pensava.

— E aí, comedora de livros?! — Apolo cumprimentou e zombou ao mesmo tempo. Alguns sátiros e ninfas, que estavam perto, riam.

— O que? — perguntou, franzindo o cenho. Apenas uma pessoa a chamava assim e era Poseidon.

Apolo apenas gargalhou e se afastou.

Definitivamente, estão todos loucos” pensou, balançando a cabeça. Logo uma voz chamava sua atenção, na verdade, o que a voz dizia que chamou sua atenção. Era Nyx, em algum dos programas da TV Hefesto:

— É pessoal, hoje o nosso reality show preferido e mais assistido de todos os tempos, infelizmente acabou. Pra nossa infelicidade, o casal mais amado do Olimpo saiu da sala de matérias. Choremos. Sentiremos muita falta das briguinhas desses dois lá dentro, mas vocês podem comprar o DVD para relembrar os melhores momentos. Ele ainda vem com cenas de todas as câmeras na íntegra. Apenas 10 dracmas e está disponível aqui na sede da TV Hefesto, no Hermex e na Soll Store. Adquira já o seu, preço promocional e por tempo limitado.

A deusa, que estava roxa de raiva, cerrou os punhos e soltou um grito.

— Hoje, cabeças rolaram — disse entre dentes.

É, meus caros semideuses, há um limite pra tudo, principalmente, pra paciência dos deuses.


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Notas finais do capítulo

Explicações e etc:

§ Sancas: Moldura, normalmente em gesso ou madeira, instalada no encontro entre as paredes e o teto.

§ Ordem Jônica: Um dos três tipos de colunas/pilastras gregas. São altas, nela tem linhas esculpidas de cima para baixo. A base de uma coluna jônica se parece com uma pilha de anéis, e o capitel no topo da coluna parece ser um pergaminho gigante. (fonte: umabrasileiranagrecia).

§ Capiteis: É a parte de cima de uma coluna/pilar/pilastra.

Então é isso, espero que tenham gostado e comentem falando o que acharam ♥
Kisstolls, xx.