Humans 2 - Interativa escrita por JPA extreme


Capítulo 27
Enzo Banty - Sob o Capuz




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/455659/chapter/27

Enzo estava com as mãos e os pés amarrados com correntes. Se fossem correntes comuns ele poderia te-las partido rapidamente. Mas, eram correntes feitas de Guingam, o único material existente na terra que anula os poderes de Humans 2 ou 3 em contato com este.
A porta de sua cela também era feita desse material para impedir fugas, quando esta se abriu não foi surpresa para Enzo quando seu irmão, Luigi, adentrou no recinto. Ele não levava nenhum instrumento de tortura com ele, ele não precisava de qualquer ferramenta para fazer as pessoas sentirem dor.
  Luigi ficou algum tempo parado encarando seu irmão. Então, começou a gargalhar. Uma gargalhada sinistra, uma gargalhada insana.
   -Finalmente enlouqueceu de vez irmão-disse Enzo.
   A risada morreu. Entre os labios de Luigi não tinha sequer um resquício de um sorriso.
   Com um movimento de mão, Enzo começou a cuspir sangue.
  -Foi muita coragem sua dar as caras aqui depois de trair a federação. Você não sabe o quanto esperei por isso. O quanto aguardei...depois que você me abandonou. Depois que você me traiu. Porquê irmão? Diga porque fez isso?-Gritou Luigi.
   Como resposta Enzo cuspiu sangue no rosto de seu irmão.
   -Que mania vocês tem de cuspir em mim- Diz Luigi limpando o rosto com um pano que trazia no bolso. Ele posicionou-se em frente a Enzo e segurou seu rosto-Tem alguns truques novos que aprendi...
  Os gritos de Enzo ecoaram pela noite toda. Kiara em sua cela tapou os ouvidos, só queria que aquilo acabasse.

*****

Ian pedira a Eston para conversar com este a sós. De todos ali, depois de Ian, Eston era o que mais estava incomodado com aquela situação. Afinal, eles eram motoqueiros não deveriam ficar parados tanto tempo num lugar.
  Eston sentia falta do vento batendo no seu rosto e do gosto de liberdade. Cléo e Yamato eram sua família, mas se tivesse que deixa-los para ter aquelas sensações novamente, ele não pensaria duas vezes. Mas isso não significava que ele gostasse de Yan, na verdade detestava o cara. O achava metido demais e não gostava de seus joguinhos. Mas quando Ian o chamou para conversar sozinhos, Eston aceitou.
  -Porque me chamou aqui?- Perguntou Eston a Ian. Os dois estavam nos fundos do galpão onde escondiam as motos voadoras.
Ian acendeu um cigarro e deu uma baforada antes de responder.
  -Eu tenho uma proposta, Cocking- Eston odiava aquele apelido- E preciso de sua ajuda.
  Eston o encarou cheio de ódio.
  - Não quero me envolver em suas tramoias, cuzão. Nem em seus planos de merda.
  Ian riu.
  -Então não sente falta de correr por ai com sua moto sem rumo. De parar naqueles bares de beira de estrada e arranjar briga com qualquer um que te encarar. De ter qualquer mulher que desejar-Disse Ian.
  Eston franziu a testa confuso.
  -Isso é do que você sente falta. E eu nem curto mulheres.
  Ian deu de ombros.
  -Falta de algo você deve sentir, Eston. Ou estou enganado? Se eu disser que você poderia ter tudo de volta.
  Eston o encarou desconfiado.
  -Isso não vai prejudicar minha familia. Vai?
  Ian apagou o cigarro na parede do galpão.
  -Não, acho que vai até ajuda-los, principalmente o Yamato.
  Eston suspirou vencido:
  -O quê é que tenho que fazer?
  Ian sorriu vitorioso.
  - Só vai ter que me ajudar a retirar o Khaos do caminho!
  O cigarro caiu sobre o piso de concreto e Ian o esmagou com a sola do sapato.

*****

  John estava realmente se afeiçoando a Sadie e ao pequeno Aiden. Já fazia quatro dias que estava ali e apenas um que de recuperará e passara a ajudar a garota nas tarefas da casa.  As vezes, quando limpavam o mesmo cômodo da casa, Sadie sorria daquele jeito que só ela sabia sorrir para John que fitava o chão envergonhado. John Sheep nunca fora do tipo timido, mas se sentia culpado toda vez que olhava para Sadie. Ele pensava em Charlotte e questionava o que teria acontecido com ela depois que fora teleportada por Lando. Será que estava bem? Será que havia conseguido escapar? Será que estava...
   John não gostava nem de imaginar essa hipótese. Ele havia decidido que assim que se recuperasse iria atrás de seus amigos e levaria Sadie e Aiden. Não se imaginava deixando algum deles para trás.
  Era uma quarta feira e ambos estavam sentados na sala de estar. Aiden estava adormecido no colo de Sadie que lia um conto de fadas para ele de um livro antigo que haviam encontrado no porão. A sala estava iluminadas por velas já que a energia da cidade fora cortada por tempo indeterminado. A população só era permitido sair de casa as quintas feiras naquela região de New York.
  Quinta era o dia das execuções públicas. Só que ele e Sadie não saiam de casa por motivo algum para evitar serem encontrados pela Federação. John havia contado tudo sobre o Instituto, a fuga e os Humans 2 para ela. E Sadie aceitou aquilo muito naturalmente o que deixou John perturbado. O human dois só não mencionou Charlotte. E até agora ele se perguntava o que não havia feito.
  Sadie não tinha muito o que contar ja que havia perdido a memória. Mas lhe contou sobre o grupo de malfeitores que tentou captura-la e Aiden no dia em que acordou sem memória. Quando saisse dali, John iria ter uma conversinha com essas pessoas.
  John estava sentado em uma poltrona observando Sadie ler para um Aiden adormecido.
  - Porque esta sorrindo?-Perguntou  Sadie.
  John não havia percebido que exibia um sorriso bobo no rosto.
  -É só que...vou sentir falta disso...-Disse o garoto.
  Sadie sorriu e afastou seus cabelos que Aiden já começara a morder, exibindo aquele pingente H3 que tanto intrigava John. E ele não sabia o porque.
  "H3" porque essas duas letras lhe trazia uma sensação tão ruim. Um forte aperto e apreensão.
Essa questão John não tinha como responder.
Sadie se levanta e coloca Aiden no berço. Tudo o local se ilumina quando a energia volta e o rádio antigo começa a tocar uma música que John havia reconhecido.
  Ele se levanta e estende a mão para Sadie.
  - Me daria o prazer desta dança, madame?- Diz ele beijando a mão de Sadie que ri.
  -Com certeza, meu nobre senhor...- Responde a garota.
  Então John puxa Sadie para perto dele, com os rostos a poucos centímetros um do outro, braços enlaçados na cintura, o halito de Sadie cheira a hortelã, por um momento John esquece Charlotte, os rostos se aproximam e os lábios se tocam. 
  Os dois se beijam e toda a preocupação de John desaparece por alguns segundos.

*****

Khaos está em seu quarto observando a foto de uma Melanie de 12 anos que guardava desde a época do Instituto. Era a unica coisa que ele levara no local. Na foto, Melanie estava sentada na mesa do refeitório exibindo seu sorriso banguela.
  Khaos não a amava apenas, Khaos a admirava, por sua coragem, por após ter passado por tudo que passou ainda pudesse sorrir daquela forma. Khaos acaricou o rosto de papel e sorriu ao lembrar dos acontecimentos daquele dia.
  Khaos estava sentado sozinho na mesa do refeitório mexendo em uma câmera fotográfica que havia surrupiado de um dos guardas. Ele mexia irritado nos botões tentando entender como aquela maquina primitiva funcionava.
  Melanie o vindo solitário no canto, veio em sua direção e sentou se no banco da frente. Ela sorria e questionava o que era aquele objeto.
   -Um daqueles trecos antigos dos humanos!-Disse irritado por ter que explicar aquilo a garota- Tira fotográfias...
  O flash da camera atingiu seus olhos quando a camera disparou com a lente virada em direção ao seu rosto.
  Melanie começou a gargalhar. Khaos jogou a câmera sobre a mesa irritado.
  - Não teve graça!-Disse Khaos irado. Mas Melanie continuava a rir. Khaos voltou a mexer na câmera e descobriu seu funcionamento.
   Melanie ainda ria. Khaos achava aquele sorriso lindo queria guarda-lo para sempre. Melanie parou de rir quando foi atingida pelo flash da câmera. Khaos começou a gargalhar do susto que ela havia levado. Em pouco tempo, os dois estavam gargalhando. Chamando atenção de todos em volta.
  Khaos sorriu com a lembrança. Batidas soaram pela porta. E  guardou a fotografia sob o travesseiro.
  -Entre!-Disse irritado.
  Eston adentrou no quarto.
  -Precisamos conversar...-Disse o cozinheiro.

*****

   Três vultos encapuzados observavam a rua vazia de cima do telhado.
  -Tem certeza que é ali?- perguntou o encapuzado de voz masculina.
  A encapuzada sentada sobre a beirada do telhado riu balançando as pernas observando a casa da frente de onde podia ouvir se a música lenta.
  -Sim, Sim. Tenho certeza. A um deles aqui- Disse a encapuzada.
  O terceiro vulto que permanecera quieta até então retirou o capuz, olhando fixamente para a casa da frente.
  - Finalmente iremos nos encontrar, John- Disse Charlotte- Pena que terei que mata-lo!
 
*****

  Catelyn caminhava entre os becos da cidade de Nova York com a mochila nas costas. A garota havia deixado um bilhete se despedindo dos amigos. Mas não aguentava mais ficar parada sem fazer nada.
  Eric era o pilar de Catelyn, o que a mantinha viva. Mas ele havia sido tirado dela. David o havia tirado dela.
  Catelyn queria vingança e iria até os confins da terra para consegui-la.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Humans 2 - Interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.