Humans 2 - Interativa escrita por JPA extreme


Capítulo 22
Sadie - Gritos Na Noite


Notas iniciais do capítulo

Gente devido ao fato de que o JPA não pode postar eu irei postar na fic nós próximos meses.
Qualquer dúvida - http://ask.fm/IzzyLessa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/455659/chapter/22

Antes mesmo de acordar Sadie percebeu que tinha algo errado. Não era pelo fato de que ela estava com o cabelo molhado de sangue ou porque em seus braços havia um bebê adormecido.

Era porque além de seu nome, Sadie não se lembrava de nada. Não sabia sua idade, seu sobrenome, o nome dos seus pais (isso se ela tiver pais) ou qualquer outra coisa que uma pessoa normal deveria saber. Ela não sabia nem se o bebê em seus braços era realmente seu filho ou se ela havia roubado. Não era um bebê muito novo, devia ter 10 meses de idade e pelo seu rosto Sadie determinou que ele era um menino. Não ter o controle sobre as coisas a sua volta estava deixando ela louca.

Estava chovendo e o céu já escurecia. A rua estava deserta e Sadie abraçou o bebê em seu colo e correu para o outro lado da rua, o bebê estava acordando e Sadie se permitiu dar uma olhada nele. Ele tinha cabelo castanho escuro e olhos azuis claros. O bebê sorriu para ela e Sadie inconscientemente sorriu enquanto acariciava a bochecha dele com o polegar.

– Ei... - ela falou lentamente e com uma voz fina - Ei...

O bebê sorriu e pegou o cabelo dela fazendo Sadie finalmente olhar para si própria. Ela era alta e pelo seu tamanho não daria mais que dezesseis anos de idade, os fios que o bebê pegou eram castanho. Um padrão genético. O bebê agarrou seu pescoço e Sadie abraçou suas costas, estava muito frio e Sadie sentiu uma sensação enorme de esquenta-lo. O bebê encarou Sadie e sorriu mostrando dentes nascendo em suas gengivas.

– Oi... Aiden - ela não tinha certeza se esse era o nome verdadeiro de seu bebê, mas pareceu combinar. As mãos gorduchas de Aiden agarraram seu colar. Ela nem havia percebido que estava usando um, havia uma letra e um número. H3. Nada havia sido ativado em sua mente e Sadie gemeu de frustração, como ela deveria cuidar de um bebê sem nem saber que era ela?

As mãos de Aiden estavam com sangue também e ela o examinou rapidamente atrás de um ferimento, não havia nada. Enquanto o examinava Sadie percebeu algo de familiar no bebê, os olhos dele. Eram muito azuis, mas em algum lugar de sua vida ela devia ter visto este olhos, ela apenas não se lembrava.

Sadie começou a andar ainda abraçando Aiden para tentar lhe dar o máximo de calor possível. O bebê não parecia reclamar, mas dava para ver que assim como ela, Aiden estava tremendo. Todas as lojas e casas estavam fechadas e nem pareciam querer abrir para ela, talvez nesta cidade as pessoas não fossem tão gentis como ela gostaria que fossem. Sadie passou a mão em seu pescoço e gemeu de dor no momento que encostou as mãos em sua nuca, era como se ela tivesse furado a nuca e retirado algo de lá de dentro. A dor era indescritível, Sadie logo retirou seus dedos e a dor pareceu aliviar o que ela agradeceu mentalmente. Investigava isto mais tarde.

Aiden estava quieto com a cabeça apoiada em seu ombro e as pernas sendo seguradas pelas mãos de Sadie. A garota chegou no que parecia ser um centro comercial, as lojas estavam fechadas também. Ela viu alguns animais chegando e se escondeu em um beco qualquer. De alguma forma ela tinha pavor de animais.

– Você tem certeza disso Khaos? - perguntou uma voz feminina.

– Eu sei o que vi Mel - uma voz masculina e grave respondeu - Andy trouxe Henryck de volta a vida.

Henryck. A simples menção do nome levantou um arrepio por todo o corpo de Sadie.

– Que estranho - a mesma voz masculina murmurou.

– Qual o problema? - a voz feminina respondeu. Os dois estavam na frente do beco e se olhasse com atenção conseguiriam ver a bota de Sadie. Merda. Ela puxou sua bota, mas como consequência chutou uma tampa de lixo chamando a atenção dos dois.

– É como se aqui tivesse um ser muito poderoso - a voz masculina disse - E ele provavelmente fez este som.

Sadie sabia que tinha que se esconder. Não sabia porque, mas apenas que sim. Todo o seu cérebro lhe dizia para fazer isso, ela abraçou Aiden mais forte do que o normal e quando percebeu que ele poderia começar a chorar pelo desespero dela, Sadie se forçou a ficar calma.

Ela colocou Aiden atrás de algumas latas de lixo vazias e ele ergueu os braços na direção dela. Sadie retirou seu colar e o colocou no pescoço do bebê, o coração apertado por o estar abandonando, mas fez o possível. Talvez consiga distrair os dois e depois voltar e pegar seu filho.

– Tem mais de uma pessoa aqui - a menina disse - Consigo ouvir a respiração deles.

– Talvez seja apenas uma pessoa com uma respiração esquisita - ela já conseguia ver os sapatos dos que a procuravam, por que ela sentia tanto medo deles a por o de esconder seu bebê? Por que ela queria fugir, mas seu coração apertado a impedia de abandonar o bebê?

– Eu já volto - ela sussurrou - Vou lá em cima e depois vou voltar. Eu juro.

Aiden parecia prestes a chorar e Sadie teve que morder o lábio para não derrubar algumas lágrimas.

– Amo você - Sadie disse e se levantou vendo seus dois perseguidores. Ela pulou para a escada de incêndio enferrujada e começou a subir. O garoto a seguiu, mas a menina ficou o que deixou Sadie assustada. Por favor não encontre o Aiden. Quando estava na metade da subida para o topo do prédio ao seu lado Sadie ouviu um choro muito alto. O garoto que a alcançava colocou as mãos no ouvido e quando Sadie olhou para baixo percebeu que a menina e os dois animais, um husky siberiano e um morcego, faziam o mesmo.

Sadie aproveitou a chance e pulou das escadas. Segundos antes de se estatelar no chão ela segurou no que parecia ser um pedaço quebrado de um degrau ficando a centímetros do que poderia ser a morte certa se ela não tivesse se segurado. O choro de Aiden continuava, mas Sadie não sentia uma dor no ouvido como parecia que seus companheiros sentiam. Assim que chegou ao chão correu e pegou Aiden no colo fazendo com que ele parasse de chorar e o casal voltasse a si. Era agora ou nunca.

Sadie correu o máximo que pode e começou a pensar em como ela queria estar em casa. Seria muito bom. Sadie não sabia onde era sua casa ou como ela sabia que seria muito. A morena se amaldiçoou mentalmente por sua estupidez e quando seus pulmões clamavam por ar ela parou e se permitiu recuperar o fôlego. Antes que pudesse fazer alguma coisa um grito estridente foi ouvido na noite e assim que sua garganta começou a doer Sadie percebeu que o grito era dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sadie: http://images6.fanpop.com/image/photos/34600000/Teen-Vogue-2013-photoshoot-zoey-deutch-34676878-500-649.jpg



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Humans 2 - Interativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.