Far, far away escrita por Soufis


Capítulo 5
I - Jace e Alaska: Quem ri por último ri melhor




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Jace:

–Você precisa ir comigo – insistia enquanto saiamos dos destroços.

–Não! Você é um louco! LOUCO! – Alaska gritava enquanto saia apressada. Ela estava em choque... Tínhamos acabado de fazer um tumulo para aquela menininha, Lucy.

–Você é uma de nós! Você é uma semideusa!

–Vai para o hospício.

–Alaska, me ouça. Por favor.

Ela parou e se virou, por um momento achei que iria se aproximar e me ouvir, mas não, ela colocou os dedos no ouvido e começou a cantarolar.

–La, la, la, la eu não estou te ouvindo.

–É sério isso?

–La, la, la, la, la eu não estou... – ela havia se virado novamente e seguido seu caminho.

Suspirei, teria que ser da pior maneira: ergui meus braços e minha palma para o céu e raios invadiram o céu e um caiu na frente de Alaska fazendo-a dar um pulo para trás e solar um gritinho.

–PUTA MERDA! – Ela gritou.

É não foi um gritinho.

–Você vai me ouvir? – indaguei, ela havia se aproximado.

Ela suspirou.

–Ah, certo. – Ela disse se sentando em um banco e batendo no lugar ao seu lado me chamando para sentar.

Sentei ao seu lado e comecei.

–Sabe aquela história de deuses gregos, romanos, semideuses e tudo mais? – Ela assentiu com a cabeça. Prossegui- Então, eles existem e bam! Você é filha de um deles!
–Como tem certeza disso? – Ela indagou

–Cada conjunto tem uma profecia, falando onde cada semideus está e o que ele irá fazer... Digo, precisamos decifra-las... Mas enfim, te achamos.

–Como assim “de um deles?” Não da para saber de quem exatamente sou filha? O termo Deuses é muito relativo. Sei lá, exame de sangue? Teste de paternidade, maternidade? Qualquer coisa!

Ri, ela achava tão fácil...

–Não, não da para fazer teste nenhum, para saber se você é filha de algum deus você tem que ser reclamada...

–Mas como tem certeza que sou eu uma das semideusas da profecia?

–Com isso – Levei a mão ao bolso desenrolando um pedaço de papel com a profecia do cunjunto 13 dando-o a Alaska.

–Sob o céu de marmelada ela segue sua jornada. – Ela soltou um riso nervoso – Parece que isso estava predestinado a acontecer.

E estava... A morte de Lucy fazia parte do destino de Alaska... Fiquei calado.

–Ah... – Ela sussurou, afundando-se no banco. – O universo é cruel.

–Sim... Ouça Alaska, você pode estar segura com a gente, aqui fora você corre perigo. O cheiro de uma semideusa é mais forte do que o dos humanos.

–Está dizendo que eu estou fedendo?

– Não é isso...

–Tsc, eu sei, estava brincando. Vocês tem senso de humor, né?

–Suponho que sim – Olhei para o céu aprensivo, estava ficando de noite. – Vamos logo, dois semideuses sozinhos é melhor do que um, mas... – Um grito agoniante tomou conta do local. – merda, ele está aqui. Vamos logo – Peguei no pulso dela e corri até o instituto.

–O QUE FOI ISSO?! – Ela gritava atrás de mim enquanto corriamos

–É um... – Nesse momento uma figura metade homem, metade touro saltou de seu esconderijo entre as árvores e parou em minha frente. Alaska gritou– É um minotauro.

Levei a mão até o cinto onde havia uma espada de bronze celestial erguendo-a e deixando essa em riste para o monstro.

–Alaska, fique escondido. Eles são fortes... Mas completamente idiotas. – Quando disse, ela correu até uma das árvores. Ela estaria segura. Virei-me ao monstro – Vem aqui, cabeça de vento.

(...)

Alaska:

Resumo do dia: primeiro eu acordei em um bombardeio com Lucy, nosso quase-lar foi distruido então saimos correndo no meio de um bombardeio até nos refurgiamos em uma casa cheia de anjos chorões assasinos, encontrei um garoto estranho (e provavelmente pirado) e saimos correndo, uma bomba caiu na casa e matou Lucy. Ai eu descobri que era uma semideusa. E oh! Estamos sendo atacados por uma coisa metade homem, metade touro!

O que eu bebi?

– CABEÇA DE VENTO. VENHA ME PEGAR – Jace gritava para o monstro e saia correndo, atrapalhando o Minotauro, algumas vezes tentava golpear o monstro, mas sempre o monstro desviava. Aquilo estava virando uma dança esquisita que não levava em lugar nenhum.

Jace estava atrás do Minotauro e movimentou as mãos de uma forma que controlasse os ventos e o fazia voar (vai por mim, eu não duvido de mais nada) e acabou por cima do Minotauro. Ele ergueu a espada no ar e segurou em um dos chifres do Minotauro que balançava ferozmente para tirar o individuo de cima dele.

Jace ergueu a espada e enquanto se segurava em um dos chifres, cortou o outro fazendo o Minotauro uivar de dor. Jace ergueu o chifre acima da cabeça como um troféu enquanto brincava de touro mecânico.

–EU TE FALEI ALASKA! COMPLETAMENTE IDI... – Jace balançava o chifre e eu comecei a rir. Meu riso foi substituído por um grito. Jace havia se desequilibrado do Minotauro e agora estava caído no chão.

O Minotauro havia se abaixado para golpear Jace. Seria um golpe fatal, ele era do dobro de Jace... E ele estava desarmado.

Algo brilhava a poucos metros de distância de onde estava: a espada de Jace. Corri até ela e apanhei-a sem hesitar, correndo até o Minotauro.

–EI SUA BUNDA GRANDE! – Ergui a espada no ar e a desci, desferindo um corte raso nas costas do bicho. Ele se virou e grunhiu.

Eu estava levemente ferrada, suponho.

–ALASKA, SAIA DAI AGORA. – Jace berrou, obedeci-o e sai correndo andando em direção as árvores e o monstro me seguia.

Passava pelas árvores na maior velocidade que conseguia, enquanto isso ele arremessava elas para longe, abrindo caminho para passar. Virei-me para trás para ver se estava em vantagem, comecei a rir, ele tinha saído do meu campo de visão.

Continuei correndo olhando para trás quando meu pé é enroscado em um tronco de árvore, me fazendo perder o equilíbrio e cair de bruços sobre a terra.

Sabe aquela expressão quem ri por último ri melhor? Então, isso aconteceu literalmente: enquanto me recuperava dos sentidos o monstro havia se aproximado e eu juro que eu ouvi-o grunhir. Uma risada triunfante talvez?

O bicho havia se aproximado e agora parava em minha frente: o rosto devia estar a cinquenta centímetros do meu, aproximadamente, mas já era possível sentir o cheiro de seu hálito podre. Aquele cheiro não me deixava pensar direito. Iria morrer ali, era óbvio.

Olhei para o lado procurando pela a espada, ela estava a poucos centímetros da minha mão, estendi-a fazendo força para pega-la. O monstro se aproximava a medida que fazia força para pegar o cabo da espada.

–Pode vir bafo de onça – Ele veio em minha direção, com a boca aberta e as presas expostas quando em um alento consegui pegar o cabo da espada e o deixei em riste para a boca aberta do animal, golpeando-o e fazendo ele se transformar em cinzas.

Larguei a espada do chão e soltei um riso. Quem ri por último, ri melhor.


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Notas finais do capítulo

HÁ!



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