O mistério de Múringan escrita por Flavio


Capítulo 16
Capítulo 16 - Os detetives.


Notas iniciais do capítulo

Brent, Mary e Juliet finalmente encontraram uma pista para seguir com o plano, encontrar Philip e finalmente desvendarem o mistério.



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Havia vários turistas que chegaram pelo mesmo navio que estavam perambulando na ilha, eles iriam ficar mais três dias até o retorno ao navio. Brent estava preocupado com o que havia descoberto, não iria manter aquele segredo por muito tempo em sigilo, ele pedia para ser revelado. Correu até Mary e combinaram que revelariam o que guardavam a Juliet, que estava muito cansada por tudo que estava passando naquela ilha misteriosa.

Juliet estava sentada numa sorveteria conversando com a jornalista que havia conhecido dias atrás e refrescando-se com uma bela taça de sorvete de um litro. Ao ver seus parentes chegando, repentinamente reparou algo de errado.

–Pessoal o que houve? Já sabem alguma notícia de Philip?

–Não foi bem isso. –Mary respondeu insegura.

–Então... vocês irão me contar ou preciso forçá-los a falarem.

–Não, Brent contará tudo que descobriu. –Mary sai de perto e pede um Milk shake.

As pessoas não esperam a hora de receber a notícia que abala totalmente da cabeça aos pés. Juliet sentiu o mesmo quando Brent contou sua história que desvendou sobre a ilha. Não esperava que Juliet sentisse muito. Desde quando perdeu Philip, ela não come da mesma forma, mal dorme devido aos seus pesadelos e apertos no coração que lhe apavorava toda noite.

Apesar de estarem numa ilha, Juliet não via outro lugar melhor para passar suas férias em família e a procura de Philip, que não aparecia a mais de uma semana.

***

Mary saiu para dar uma volta, olhar o tempo, ver as barracas cheias de itens e comidas tropicais, os vários turistas de cada lugar do mundo enquanto sentia uma refrescante brisa de ar fresco. Após um tempo, quando foi dar uma olhada nos animais de um zoológico da ilha, escutou um grito estridente e aterrorizante, vindo das jaulas dos chimpanzés, que dava direto para a floresta.

Ela correu em direção ao local do grito, enquanto vários outros faziam o mesmo. Ao chegar, viu um guarda florestal, a repórter que havia conhecido a poucas horas e uma mulher com sua filha com aparência de ter oito anos chorando desesperadamente.

Mary teve um treinamento policial anos atrás, influenciada por morar sozinha e num apartamento cheio de pessoas estranhas com aparência de assassinos ou traficantes de alta qualidade.

–Ei! Senhora, o que houve... –o guarda interrompeu.

–Me desculpe senhorita mas você não pode ficar aqui estamos solucionando um caso aqui.

–Fique tranquilo, eu sei o que estou fazendo.

–Mas senhorita...

–Olha cara, eu tive treinamento policial, sei como lidar com pessoas apavoradas. – o guarda ficou sem palavras e saiu de sua frente.

Mary olhou fundo nos olhos da moça e perguntou:

–O que aconteceu senhora?

–Por favor, nos deixe em paz. –implorou.

–Sim, claro, venha comigo, vamos tomar uma água ali na sorveteria e lhe darei tempo para explicar o tão de errado que aconteceu aqui. –Mary saiu com um olhar desafiador, para o guarda, de forma que ele absorveu-o de imediato.

***

Brent estava sentado experimentando um ótimo Sunday com calda de caramelo, quando viu Mary trazendo uma moça com aparência de vinte anos e sua filha de oito (ambas estavam desesperadas) para dentro da sorveteria. Brent sussurra para Mary:

–O quê esta acontecendo?

–Depois conversamos, correto? –Brent saiu curioso.

Enquanto ela pegou o copo com água, a moça bebeu desesperadamente aquela água que refrescou seu corpo.

–Agora que estamos a vontade, sem muitas pessoas por perto, prazer meu nome é Ann Mary. –falou tentando acalmá-la.

– Prazer em conhecê-la, meu nome é Margarida e essa é minha filha Kennedy.

–Agora pode me falar o que aconteceu, eu posso lhe ajudar.

–Minha... –quase começou a chorar. –minha filha, o grito foi de minha filha... , minha outra filha, a mais velha.

–O que aconteceu.

–Bom, eu Kennedy e Samantha, estávamos andando no zoológico e tirando fotos dos animais, ao irmos olhar os macacos, quer dizer, quando minhas filhas foram olhar os macacos, eu só vi Samantha... –começando a chorar. –sendo levada para o meio daquela floresta assustadora enquanto Kennedy estava jogada no chão gritando meu nome.

–A senhora viu a pessoa que levava sua filha, nada?

–Tinha uns rastros dentro da jaula, mas eu achei que fosse dos macacos, e só percebi que foi minha filha quando ouvi o grito... –não conseguiu falar mais.

***

Juliet olhou em direção ao navio enquanto descansava seu corpo de uma longa caminhada e lia um livro romântico em seu dormitório de cinco estrelas. Brent sai do banheiro e vê Mary assistindo TV num canal de série criminalística e senta ao seu lado.

–Vai me contar o que houve na sorveteria?

–Claro.

–Então...

–Então... o quê?

–Você não vai me contar tia.

–A sim, aquela moça perdeu sua filha. –contou a história ouvida letra por letra.

Brent se entusiasmou com o caso, não entrou numa aventura há dias, e esta era sua oportunidade.

Mary convenceu Juliet da história da garota desaparecida e por vingança, os três saíram no meio da tardezinha ao zoológico para coletar mais pistas. Ao chegar lá, Brent tirou algumas fotos dos rastros deixados na jaula dos macacos e reparou que foram apagados por uma pessoa muito esperta e brilhante.

Juliet olhava em volta das árvores, o local de onde a garota foi levada para coletar algo diferente e notou que havia um pedaço de roupa rasgada num galho de uma árvore baixa, mas não era um pedaço comum, estava sujo e envelhecido, com certeza não era da garota e sim de uma pessoa. Mary estava fazendo o mesmo e avistou, a poucos metros dali, uma trilha entre rochas, onde passa normalmente um grupo de pessoas.

–O que vocês acham? –Brent e Juliet olham para onde Mary chamou.

–Com certeza é uma pista. –falaram em coral.

–Mas é claro. O que eu quis lhes dizer é que devemos entrar?

–Você está doida, está quase escurecendo. –responde Juliet desesperada.

–Por isso eu trouxe lanternas. Quanto antes olharmos, mais cedo nós descobriremos, talvez Philip esteja envolvido.

Os três concordaram e adentraram a floresta...


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