Versus Infernum escrita por Amanda Bricio, Leticia Parsons Jackson, Natan Medeiros, Snowflake Angel, MakeItEasy


Capítulo 14
Ilustre ilusão


Notas iniciais do capítulo

Hello! Depois de um tempo sem postar, voltamos com a Versus Infernum para vocês. Eu tô pensando em procurar um Beta para me ajudar a revisar os capítulos, será que é bom? Se algum de vocês tiver uma dica para mim pode mandar por bate papo que eu ficaria muito agradecida (bp da Amanda). Quero que tudo fique sempre legal para vocês lerem!
Boa leitura e até o próximo capítulo! o/



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Muriel mergulhou na floresta guardando suas asas, seria impossível voar por ali devido à proximidade das árvores. Então deixou que o instinto a guiasse até a fonte de água mais próxima, correndo entre as árvores o mais rápido que podia e se afastando da cidade onde batalhara com Lilith vários quilômetros em poucos minutos. Entretanto ela não poderia ir muito mais longe que isso, pois ainda tinha que encontrar Kalel e, em algum lugar naquela floresta, estava também a druida.

Ela entrou em contato com Théa que logo lhe mandou uma imagem: era uma cachoeira que escondia, atrás de sua parede de água corrente, uma caverna. “A queda d'água é bastante forte, será um ótimo esconderijo”, a anja pensou. Com isso, ela seguiu em direção ao lugar, mas foi interrompida um pouco antes de chegar ao se deparar com uma clareira e uma sensação estranha. “Magia... Há alguém ali.”, ela concluiu em instantes. Com agilidade, a anja impulsionou-se para uma árvore e enviou à Théa um aviso, sacando uma de suas espadas e aguardando por algum movimento próximo.

A essa altura algo já havia despertado a entediada criatura que estava em um galho próximo. Ele, por um momento, havia pensado que fosse apenas mais um animal entediante daquela floresta entediante, mas viu algo de relance que o fez pensar melhor. “Um animal desses não vejo todo dia.”, ele ponderou, mas logo ignorou, ficando novamente sem mais nada para se entreter .“ Acho que vou me refrescar na cachoeira ou procurar comida até decidir o que eu vou fazer amanhã.”, ele refletiu e logo começou a caminhar. Porém, quando chegou próximo à fogueira que tinha feito de manhã, viu Muriel subindo em uma árvore e, ao observá-la um pouco, descobriu que fora ela quem o acordara instantes antes. “Acontece que não é todo dia que a gente vê uma cena dessas. Hora dos truques”, ele pensou animado.

— Hey ave que não voa! Acho que você não mora aqui, não é?”. — ele a chamou.

Se fosse possível uma anja enfartar, isso teria acontecido com Muriel naquele momento. Ela escorregou do galho e teria levado um belo tombo se não tivesse aberto as asas e diminuído a velocidade queda. "Ele me surpreendeu", ela constatou chocada ao chegar ao chão, “Como ele fez isso?”. Então a anja se endireitou e segurou sua espada ao lado do corpo, analisando seu oponente: ele tinha cabelos lisos e cinzentos, pele morena e um corpo esguio. “Não parece ser um guerreiro, mas talvez dê trabalho em uma luta corporal”, ela ponderou. Suas roupas eram meio esfarrapadas e ele usava uma capa marrom de aparência velha e desgastada; seus olhos também eram cinzentos, mas de um tom mais claro que os da anja.

Muriel registrou tudo isso em questão de segundos, porém o que mais lhe chamou a atenção foi a enorme foice que ele carregava nas costas; ela poderia ser uma arma bem poderosa se o portador soubesse como usá-la. A anja enviava as imagens do homem para Théa, sem perceber que a companheira já estava empoleirada ali perto observando o estranho. Então refletiu sobre suas opções: podia atacá-lo ou podia fazer dele um aliado.

— Quem é você? — ela perguntou seca.

— A questão não é essa, mas como alguém tão importante como você se esconde nesse lugar? — ele rebateu.

— Não, a questão é quem é você e por que está falando comigo — afirmou Muriel assumindo uma posição ameaçadora. Sentiu Théa se irritando e não podia culpa-la. “Que sujeitinho atrevido.”, pensou.

— Não, a questão é que a questão é quem é você. — ele falou normalmente, como se aquilo fosse óbvio.

Muriel respirou fundo e tentou se acalmar, o sangue dela ainda estava quente por causa da briga e da tentativa de se esconder. Apesar de sentir a magia que provinha dele, ela notou que aquele homem não estava necessariamente ameaçando-a e lembrou-se que não deveria atacar alguém sem motivo, era uma anja afinal.

— Eu me chamo Muriel. — ela disse.

— Nunca vi um anjo tão desconfiado, mas, como eu sou educado, apresento-me aqui. Sou Revil e, pra falar a verdade, nunca vi um anjo. — ele disse em um tom brincalhão não muito diferente de antes e em seguida prosseguiu mais sério — Eu não teria tanta firmeza em sua espada se fosse você, posso não ser um ser abissal ou celeste, mas eu sei defender-me. Digo isso porque pelos seus gestos você não está aqui na minha frente para me dar bom dia.

— É notável que nunca viu um anjo se resolve ameaçar o primeiro que encontra – Nesse momento Théa voou da árvore para o ombro de Muriel – Acredite, seja lá o que você for, não seria páreo para uma capitã celestial... Muito menos acompanhada. Agora eu sei que você não é humano, mas não é necessariamente uma ameaça. Você acabou de conhecer um anjo, mas como eu, na verdade, sequer tinha intenção de falar com você e considerando que nenhum de nós quer um combate, eu partirei. Adeus.

— Espere, não me leve a mal.— Revil disse antes que ela se virasse completamente — Nessa vida de nômade fico um pouco solitário e, quando vejo alguém, eu me exalto e brinco demais. Além do mais, você estava falando com o indivíduo errado esse tempo todo.

Nesse momento, desceu de cima da copa de uma árvore uma pessoa idêntica ao ser que falava com Muriel e, com a voz também idêntica, continuou o que o outro falava.

— Desculpe o mal jeito, é só um truque, eu sou o verdadeiro Revil. — a primeira figura então desapareceu, criando uma pequena distorção do ambiente em volta dela — Isso que você estava vendo era apenas o efeito da Imagem Ampliada.

“Ilusão.”, ela concluiu alarmada “Pior, uma ilusão que eu não consegui perceber.”. Era a segunda vez que ele a surpreendia e isso fez com que ela voltasse a se sentir ameaçada, o que instantaneamente se refletiu em sua postura.

— Você conseguiu ver que sou um anjo mesmo com minhas asas disfarçadas, e agora truques!? Além disso, você emana magia — a última palavra tinha uma pontinha de desprezo — Eu realmente não desejo um combate, então vamos colocar as cartas na mesa. O que quer comigo... Revil?

— Olha, na verdade eu não prestaria atenção a suas asas normalmente, mas é que você me acordou quando passou por essas matas e, quando te vi, você estava usando suas asas para subir em uma árvore. Aí mandei minha cópia e agora estou aqui, o original. — ele explicou, com paciência — Agora, quanto as minhas intenções, eu não seria preciso. Com essa guerra entre anjos e demônios acontecendo recentemente, descobri em minhas andanças que estamos em perigo. Você me dirá se estou certo ou não.

— Não existe nenhuma guerra. — “Não ainda”, pensou Muriel consigo mesma. Tinha que acabar com aquilo e procurar um refúgio — Você está interessado na guerra, eu até perguntaria o porquê, mas tenho que seguir. De novo, Adeus.

— Antes de ir, ouça... Você ainda vai precisar de mim. — Então, uma neblina envolveu a clareira e restaram apenas Muriel e Théa.

“Ótimo. Briguei com demônios, conheci um mágico maluco, preciso ficar esperando um meio anjo irritante para irmos atrás de uma elfa ou algo assim. É... esta está sendo minha missão mais excêntrica.”, pensava Muriel impaciente.

— Não sei se levo isso a sério ou se morro de rir — falou ela olhando para Théa – Talvez se todas essas pessoas não fossem morrer eu até daria umas risadas... Onde fica mesmo aquela cachoeira?

Théa levantou voo e guiou-a, fazendo com que as duas percorressem cerca de mais um quilômetro no sentido nordeste até chegarem. A cachoeira logo apareceu entre pedras, árvores e flores que cresciam ao seu redor, as águas cristalinas formavam uma piscina natural e era possível ver as plantas e outras formas de vida que seguiam pelo rio. O lugar era extremamente “paradisíaco”, Muriel sorriu ao lembrar-se da palavra, estava tão longe do Paraíso. Então calmamente se impulsionou na margem do pequeno lago abrindo um pouco suas asas e atravessando a queda d’água para chegar até a caverna úmida, escura e fria.

— Perfeita... – sussurrou a anja.

Logo que entrou Muriel se dirigiu até uma das paredes da caverna em que havia uma forte torrente de água caindo junto às pedras e a tocou, fazendo a água congelar aos poucos e admirando-a passar do estado líquido para o sólido. A guerreira adorava aquilo, realmente a acalmava. Agora só precisava esperar Kalel aparecer.

Chibi - Revil


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Notas finais do capítulo

Pelo jeito teremos mais um personagem para apresentar a vocês!

"Eu sou Revil Selac. Desde muito novo descobri ter habilidades especiais em magias que me definiram como um feiticeiro. Diferente de um mago eu posso conjurar magias naturalmente, como se ela fosse parte de minha alma. Sempre tive que me virar sozinho, pelo fato de que antes da adolescência eu fugi para aprimorar meus poderes e não tive mais contato com meus familiares.
Apesar de ter talentos naturais em magia, desenvolvi também pericia em armas. Minha arma é uma foice que roubei de um castelo durante minha jornada. Ultimamente meu passatempo é testar meus poderes em seres superiores, para aumentar minha magia. Com essas experiência consegui um baralho de surpresas.''



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