Amor ou Desejo escrita por luanda


Capítulo 9
Capitulo 8 conflitos


Notas iniciais do capítulo

ola meninas e meninos espero que curtam e comecem a entender os pontos de vista de ed e bella



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O silêncio tomou conta do ambiente. Enquanto Edward dirigia, Bella o observava. Ele suspirou.

— Você me conhece muito bem.

— Talvez não o suficiente.

Edward olhou para ela e voltou a atenção para a rua.

— Está bem, eu estava abrindo a boca para dar uma resposta diplomática quando ouvi Jacob defendê-la. Aquilo me irritou. Ele fazia elogios a você de uma forma que me deixou pouco à vontade.

De repente Bella entendeu: Edward podia ser um excelente diplomata nas relações profissionais, mas também era muito machista. Ele era poderoso, embora escondesse isso atrás de uma personalidade carismática. Um líder natural entre os homens, ele costumava ser mais dominador que os diplomatas de países muito maiores.

E ele não gostou de ver outro homem assumir uma atitude protetora com sua garota. Era uma atitude tão machista que Bella precisou disse reprimir o riso.

— Você também me defendeu Bella.

— Mas não teria defendido se não fosse Jacob.

— E no fundo é isso que o incomoda, não é?

— Sim.

Jacob adotara um caminho que só agora Edward admitia como sendo o certo. E ele estava irritado consigo mesmo porque seu hábito de agir diplomaticamente o impedira de reagir logo, como devia, mesmo que ninguém mais ali pensasse dessa forma.

— Eu sabia que você era diplomata quando entrei nesta relação. Entendo as limitações que sua profissão impõe.

— Entende? — O interior escuro do carro fazia sombra no rosto angular de Edward e Bella não conseguiu perceber o que ele pensava.

— Sim.

— Mas não entende as limitações que minha família me impõe.

— Não me agrada sentir que você se envergonha de mim. — Não era exatamente isso que bella sentia, mas era próximo.

Incomodava-a saber que a família de Edward se envergonhava do papel que ela desempe­nhava na vida dele. Como resultado, sentia-se mal quanto a esse papel. Mas amava Edward e não poderia abandoná-lo. Nem agora, nem nunca.

— Não estou envergonhado.

— Mas seus pais ficariam, de me conhecer. — Será que ele não entendia qual era o pro­blema? O quanto aquilo a fazia sofrer?

— Eles têm uma maneira diferente de ver a vida.

— Eles não querem conhecer sua amante? Khalil fez uma careta.

— Não.

— Mas eu não sou sua amante. Sou sua garota, sua companheira, sua parceira, e vivo com você.

— Minha família não vê a diferença. — Edward fez uma pausa, como se tivesse volta­do a atenção para o trânsito, mas bella teve a impressão de que ele avaliava o que deveria dizer. — Você já pensou que se trabalhasse para mim talvez eles aceitassem conhecê-la na condição de minha funcionária?

Não, ela nunca pensara nisso.

— E a nossa relação não seria reconhecida?

— Naturalmente que não.

Não havia nada natural nisso, mas bella não esperava que Edward entendesse. Eles tinham sido criados de maneiras muito diferentes.

— Então não, obrigada. Edward suspirou, irritado.

— Por que não? Você sempre quer conhe­cer minha família. Essa é uma maneira de via­bilizar isso.

— Talvez. Não há nenhuma garantia.

— É verdade — reconheceu Edward.

— E mesmo que eles me recebessem na qualidade de sua funcionária em algumas ocasiões, eu ainda seria excluída das reuniões familiares?

— Sim.

bella estremeceu diante da idéia daquele tipo de vida. Parecia-lhe pior do que a situa­ção atual. Seria como mentir para a família de Edward, coisa que não lhe agradaria.

— Como eu disse na recepção, gosto do meu trabalho.

— Quero vê-la mais.

— Mas o fato de eu trabalhar para você não implicaria em nós nos vermos muito mais. Eu quase não via meu chefe em Washington, D.C.

— Para mim, seu trabalho teria uma cono­tação diferente.

— Sexo fácil no trabalho?—brincou ela, na verdade sem estar tão bem-humorada assim.

Edward olhou para ela de uma forma que a fez corar.

— A idéia é animadora. — Nem pense nisso.

— Está bem. Mas que tal lhe parece ser mi­nha assistente pessoal?

— Você já tem uma assistente pessoal.

— Pois então terei duas. Tanya apreciaria a ajuda.

— tanya poderia administrar as Nações Unidas com a mesma tranqüilidade com que trabalha para você.

— Por que está tornando isso tão difícil?

— E por que você não aceita que eu não quero trabalhar no seu escritório?

— Porque eu a quero lá.

— E o que você quer, sempre consegue?

— Eu a consegui, não foi?

— Sim, mas não parece saber o que fazer comigo.

— Nisso você está errada. Sei exatamente o que quero fazer com você.

— Fazer amor. — A voz de bella era fria. Aquela conversa não lhe agradava.

— Isso é ruim?

— Não, mas não pode se resumir nisso.

— Você sabe que não é assim.

— Tem certeza?

— O que quer então?

— Saber se você gosta mesmo de mim e por que não posso compartilhar uma parte im­portante da sua vida.

— Você disse que nós nunca mais teríamos essa conversa.

— Foi você quem começou. Tecnicamente, fora ela.bella não conseguira se conter. Mas Edward prosseguira no assunto.

— Eu falei em você trabalhar para mim. — Quer dizer que se eu tivesse qualquer outra posição na sua vida, sua família aceita­ria me conhecer? Mas não nessa vergonhosa condição de sua amante. Não, obrigada. Pelo menos o que vivemos agora é sincero, sem mentiras. Se não se importa, prefiro continuar assim.

— Não costumo mentir.

Edward não refutou. Manteve-se em silêncio durante todo o percurso. Apenas os movimen­tos bruscos revelavam sua irritação.

Já se preparavam para dormir quando bella quebrou o silêncio.

— Você conseguiu acomodar sua agenda para ir comigo ao batizado dos bebês de rose?

— Eu não disse que faria isso.

— Mas eu sabia que tentaria. — Essa era uma área em que Edward aprendera a agir com igualdade desde o começo da relação.

Assim como bella fazia o possível para co­ordenar sua agenda com a de Edward, esperava que ele se esforçasse para acompanhá-la em ocasiões importantes. Na verdade, sua atitu­de de dizer que pretendia ir ao batizado so­zinha era uma simples reação ao fato de não ser bem-aceita por pessoas que eram muito importantes para ele, mas não acreditava que Edward pudesse não comparecer.

— Tentei mesmo.

— E então?

— Na opinião de meu pai o batizado não tem a mesma importância política que o jantar em Washington, D.C.

— E então?

— Você sabe que emment ainda não tem

condições de se afastar de rose e do bebê, nem de levá-los em viagem até a crian­ça crescer um pouco mais.

— Você explicou ao seu pai que se tratava de um assunto pessoal importante?

Edward despira quase toda a roupa, menos a calça, e parou com as mãos no fecho.

— Não adiantaria.

Como sempre, bella sentiu seu corpo des­pertar ao ver-lhe o tórax e os pêlos negros que desciam como uma seta num convite que já aceitara muitas vezes. Mas não podia se dei­xar desviar de uma conversa tão importante por sua reação física a Edward.

— Então você espera mesmo que eu vá so­zinha?

— Eu lamento. — A expressão no rosto e no olhar dele indicava que de fato ele la­mentava. — Eu gostaria de poder mudar meu compromisso, mas não posso.

— E você acha que se eu trabalhasse para você esse tipo de problema seria resolvido?

Ele retesou o maxilar.

— Não.

— Pois é, apenas facilitaria as coisas para você.

— E é por isso que você não quer trabalhar para mim? Porque, na sua opinião, eu teria mais vantagens que você?

Logo Edward lhe perguntaria por que não queria passar mais tempo com ele. Na ver­dade, ela queria, mas não cairia nessa. Nesse terreno, podia perder o chão com muita faci­lidade.

— Não quero trabalhar para você porque preciso ser bem-sucedida e reconhecida como profissional.

— Há quase dois anos você mora na minha casa e depende do meu sustento.

— O que quer dizer com isso? — pergun­tou bella, sentindo que poderia desabar se ele repetisse a horrível palavra "amante".

Suas emoções estavam muito mais à flor da pele do que supunha. Há meses tentava re­primir o sofrimento, mas agora a dor parecia crescer dentro dela com uma força avassala­dora.

— Que o fato de você trabalhar ou não para mim não fará de você minha amante. Nossas circunstâncias não se modificarão.

— Porque você já me vê como sua amante?

— Porque você é uma pessoa bonita e inteli­gente, e trabalhar para mim não mudará isso.

As palavras eram perfeitas, diplomáticas e tranqüilizadoras... Mas não aliviavam a dor que tomava conta de bella. Edward de fato a via como sua amante. Sempre fora assim, mas bella não se dera conta, já que ela própria nun­ca se vira como tal. Por isso ele aceitava com tanta passividade e compreensão a atitude da família em relação a ela.

Edward, por sua vez, também não a respeita­va. Pelo menos não o suficiente para defender a relação por causa de bella, ou para se casar com ela. Mas homens como ele não se casa­vam com suas amantes, certo? A mulher na recepção tinha razão quanto a isso.

Agora que bella já morava com Edward, a fa­mília dele jamais a aceitaria como noiva dele. E ele sabia disso quando pediu que ela se mu­dasse para a casa dele. Não se importou por­que não a via como parte do futuro. Por que ela demorara tanto para perceber isso?

— bella?

— O quê? — perguntou ela, dirigindo-se para o banheiro, onde pretendia deixar que as lágrimas se misturassem à água do chuveiro.

As amantes não se permitem ser vistas cho­rando, certo?

— Você está bem?

O que ela deveria responder? Estava mui­to ferida para suportar mais alguma conversa aberta e sincera aquela noite.

— Vou tomar um banho — disse, fugindo da pergunta.

bella sentiu as mãos de Edward em seus om­bros, e aquilo também doeu. Era uma dor tão visceral quanto a dor resultante de um feri­mento físico. Foi preciso reunir todas as for­ças para não vacilar. O toque de Edward sempre lhe proporcionara conforto ou prazer, mas agora ela queria se afastar.

Amava aquele homem, mas, para ele, ela não passava de uma amante, um caso passageiro.

Sentiu as carícias dos polegares de Edward Khalil em seu pescoço e ouviu a voz dele junto à sua orelha:

— Eu lamento mesmo. Se pudesse, muda­ria esse compromisso.

— Não se preocupe. Não é o fim do mundo. — Na situação atual, não representava muito diante da dor que a engolfava.

Carinhoso e conciliador, Edward beijou-lhe a nuca.

— Também peço desculpas por ter sido tão tolo com relação a jacob. Sei que você não quer mais ninguém, assim como eu só quero você.

— Está tudo bem. —bella precisava se afastar dele. Mas sabia que se tentasse se livrar de seu toque, ele a seguiria e insistiria em saber qual era o problema.

Isso era a última coisa que bella queria.

— Você está muito gentil. — Seus lábios desceram pelo ombro de bella. — Quem sabe posso convencê-la a sê-lo mais vezes?

O timbre da voz de Edward, que lhe produzia estremecimentos, não deixava dúvidas quan­to ao que ele queria dizer.bella deveria estar furiosa, ou pelo menos fria, diante da reação tipicamente machista para pôr fim a uma dis­cussão. Mas a voz de Edward despertava-lhe sensações que disputavam com sua dor. Sen­sações que podiam afastar o sofrimento... pelo menos temporariamente


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Notas finais do capítulo

eles vao se entender mais vao ter que superar cada um seus obstaculos o que sera em breve espero que tenham curtido me digam o que acharam
que acha que o ed ta perdendo em?
ate mais ;D



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