Influência Shakesperiana escrita por Fernanda


Capítulo 8
Suprises on a dinner


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas;
Bom, venho com mais um capítulo, agradecendo novamente os comentários carinhosos de vocês e as minhas desculpas por não respondê-los. Espero que este capítulo esteja bom, pelo menos contém algumas revelaçõeszinhas que não sei se serão agradáveis.
Boa leitura
=D
Beijos



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"I swam across

I jumped across for you

Oh, what a thing to do

'Cos you were all yellow"

(Yellow)

Coldplay

Anabelle's part

Assim que sai do hospital, Austin e eu, como sempre, meus pais me enviaram um carro e nós dois fomos levados para minha antiga casa do lago que ficava em Riverklin, uma cidade próxima da minha. A família de Austin ficara em Vacancyville para resolver coisas do casamento, então ele ficaria comigo, novamente como sempre.

–Estamos quase chegando, senhorita Cartore. -Freddie me alertou, provavelmente percebendo a minha vontade de sair do carro. Retribui a atenção com um sorriso.

Austin ficou calado a viagem inteira, desde aquela última frase dele no hospital: "Estou te mostrando que você tem sim futuro comigo e estou te fazendo acreditar que nós dois valemos a pena." Eu estava convicta de estar quase me apaixonando por ele, e sabia também que ele gostava de mim, mas eu ainda não via um futuro com ele, porque alguma coisa me impedia de ver isso.

Da estrada, passamos por campos e fazendas até, finalmente, avistar a minha casa. Uma casa de madeira com uma varanda ampla na frente, um espaço bem amplo e aberto, uma piscina atrás e a casa de Pipa, uma cachorrinha adorável que pertencia ao caseiro. O que me surpreendeu foi avistar uma casa, tipo chalé, ao lado da minha.

–Chegamos. -Freddie abriu a porta para mim e se voltou para o porta malas, pegar minha mala que estava no hospital.

–Obrigada, Freddie. -Eu e Austin agradecemos a ele e entramos na casa.

Ninguém estava lá dentro, avancei um pouco mais e pude ver Richard tomando sol, minha irmãzinha no lago sentada num "colchão flutuante" e minha mãe regando suas flores. Ninguém me viu. Me voltei para Austin que agora subia o lance de escadas para o segundo andar. Eu o segui. Procuramos nos cinco quartos qual deles seria o nosso, nenhum estava diferente, aparentemente Eva estava aqui também e o outro quarto era da governanta da casa, que era casada com o caseiro. Descemos, eu procurei em mais cômodos e encontrei meu pai sentado na biblioteca, procurando por um livro.

–Pai? -O chamei.

–Anna! -Ele veio me abraçar. -Quando chegou? Que horas são?

–Cheguei agora pouco, são quase quatro da tarde.

–Meu bem, eu tenho uma notícia um tanto agradável para vocês dois. -Ele apontou para mim e Austin. Eu não estava gostando nada daquilo. -Vocês já devem ter visto aquele pequeno chalé aqui do lado, não é?

–Sim. -Assentimos.

–Então, esse chalé é o presente de noivados que eu e sua mãe e os seus pais, Austin, preparamos para vocês, ninguém sabia, era uma surpresa que sua mãe pedira para eu contar quando você chegasse.

–Eu devia saber. -Suspirei cansada. -Nossas coisas já estão lá?

–Devidamente arrumadas.

–Tudo bem, senhor Cartore, mas por que fizeram isso? -Austin perguntou, tirando as palavras da minha boca.

–Bom, nós pensamos que vocês gostariam de um lugar mais privado quando seus filhos nascerem.

–FILHOS?! -Eu e Austin perguntamos juntos.

–Sim, filhos –Minha mãe completou, ela olhou para nós e sorriu. –Aqui esta a chave da mini casa de vocês, espero que gostem.

–Mãe, acho que é um pouco cedo para termos filhos, não acha? - Eu estava ficando um pouco assustada com essa história de casamento, afinal achei que era só casar e pronto.

–Calma, meu amor, a mamãe só está brincando. -Ela riu um pouco, sendo acompanhada pelo meu pai, enquanto eles nos levavam para nosso chalé.

Atravessamos a piscina e o olhar de Richard parou em nós. Ele passou a me dar calafrios, os mesmos que eu sentia ao pensar em Emma me empurrando para piscina adentro. Ignorei sua encarada

e segui para o chalé. Percebi que meu irmão nos seguiu e, obviamente pela sua expressão, ficou claro que ele também não sabia que eu e Austin moraríamos juntos de novo.

–O que é isso?! -Ele perguntou nervoso, arrancando as chaves da mão do meu pai, quando ele estava prestes a abrir a porta.

–Richard, meu filho, que comportamentos são esses? -Papai arqueou a sobrancelha e tomou as chaves de volta. -Essa é a nova casa da sua irmã e do seu cunhado, eles viverão aqui, já que estamos sem lugar na casa.

–Isso é a coisa mais ridícula que eu já ouvi na minha vida! -Ele jogou com força no chão a toalha que segurava. -Vocês ultrapassaram todos os limites!

Ele bufou e saiu de nossas vistas. As feições dos meus pais exprimiam confusão e incredulidade.

–Vamos entrar. -Austin falou, quebrando um pouco o clima tenso.

Meu pai deu um sorriso torto para ele e abriu a porta. O chalé era de tamanho médio, a lareira estava apagada, a mesa de centro larga e baixa e duas das poltronas eram feitas de madeira com um estofado de couro branco, o sofá era bege e em L, havia estantes do lado esquerdo de cima da lareira e uma televisão em baixo próxima a lareira, havia almofadas vermelhas e uma decoração hospitaleira.

–Está linda a casa. -Falei, sentando em uma poltrona.

–Sim, fizemos com muito carinho. Aproveitem. -Minha mãe sorriu e ela e meu pai saíram da "mini casa", deixando eu e Austin sozinhos.

–Quer descansar? -Perguntou. -Eu arrumo nossas coisas.

–Não, estou bem. Quer apostar quanto que eles construíram apenas um quarto e o outro está completamente vazio?

–Um beijo.

–Eu estava brincando, seu bobo. -Levantei e segui casa adiante.

Era um imóvel térreo, porém bem amplo, feito quase completamente de madeira. Atravessei um banheiro e uma sala que tinha outra televisão e sofás pretos e dividia espaço com a cozinha que fazia estilo americana. Quando cheguei em um espaço lindo que seria, provavelmente, o nosso quarto. Eram uns seis metros de janelas de vidro que davam vista para uma parte ensolarada e arborizada do lago, tudo lindo. Austin entrou no quarto e abriu um armário, nossas roupas já estavam arrumadas e o banheiro, cujo a entrada ficava ao lado da porta do quarto, estava limpo e pronto para o nosso uso.

–Vou tomar um banho. -Ele sorriu e pegou uma roupa aleatória. -Ah, sua mãe pediu para avisar que o jantar sai em uma hora.

–Obrigada.

Ouvi o chuveiro sendo ligado.

(~.~)

Ele não demorou muito e já estava pronto. Eu tomei um banho longo e coloquei um vestido preto estampado com algumas flores brancas pequenas e prendi meu cabelo em um coque. Fiz uma maquiagem leve e coloquei uma havaianas qualquer. Quando terminei de me arrumar, vi que Austin dormia na espreguiçadeira da varanda do nosso quarto. Pensei em deixá-lo lá mas como estava escuro, fiquei com medo de algum inseto picá-lo ou no caso de um morcego aparecer.

–Austin. -Cutuquei seu ombro levemente. -Estamos atrasados.

–Só mais cinco minutinhos. -Ele bateu na minha mão.

Me inclinei e beijei seu pescoço algumas vezes , achei aquilo meio provocativo ou muito desnecessário mais o fiz. Austin deu um pulo e me encarou.

–Estamos atrasados.

–Ah... -Ele esfregou os olhos. -Tive um sonho tão bom.

Eu ri e saímos do nosso chalé. Minha família já estava a mesa e Ághata e Eva estavam com seus pratos prontos e quando meu viram os olhos delas brilharam.

–Aleluia! Podemos comer agora? -Minha irmã perguntou para minha mãe.

–Agora sim.

Austin foi cavalheiro e estendeu a cadeira para eu sentar, ele sentou ao meu lado e tomou um gole de água, percebi que Richard não parava de nos olhar feio do outro lado da mesa.

–Você o ama. -Ele se inclinou na minha direção e arqueou a sobrancelha grossa.

–Como é, Rich? -Eu dei um gole na minha água.

–Bom, já que estamos todos reunidos... -Richard se levantou e olhou fixamente para mim. -Eu queria lançar uma pequena bomba, não vou permitir que esse casamento aconteça!

–O que?! -Meus pais exclamaram em uníssono.

–É isso mesmo, eu estou apaixonado pela Anna, não vou deixar que eles se casem, que você, Senhora Melissa Civilly Cartore e o Senhor Edward Gabriel Cartore, queiram ou não. -Ele deixou a taça cair no chão.

–JÁ CHEGA! -Austin gritou. -Seu problema sempre foi comigo, não envolva sua família nas suas maluquices.

–Você não sabe de nada. -Richard falou.

–Richard Edgar Cartore! -Meu pai explodiu. -CHEGA! Já me decepcionei demais com você, para o seu quarto! AGORA!


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