Influência Shakesperiana escrita por Fernanda


Capítulo 10
Amnisia


Notas iniciais do capítulo

Olá amadas!!!
Resolvi ser legal e postar mais um capítulo hoje aeeee o/o/o/ Mas quero que vocês comentem mais, falem se está legal ou se está chato. A opinião de vocês é muito importante para mim.
Boa leitura
=D
Beijos



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"So cold baby, now I’m going crazy
Idon’t know why you need me alone
If it was true, if it was you
Don’t you think, don’t you think I would know?
Amnesia! Every memory fades away till it’s gone
Where did you go?
Amnesia, everything and nothing
No 'we' anymore, she’s a stranger that I used to know"

(Amnisia)

Justin Timbarlake

Anabelle's part

–Eu não acredito que se lembra dele e não de mim?! -Ághata gritou do outro lado do quarto.

–Mas eu não disse que lembrava, acontece que a presença dele é tão constante na minha cabeça, é estranho. -Eu o fitei, a expressão cansada fora substituída por uma extremamente alegre. -O que eu preciso mesmo saber é quem eu sou?

–Isso eu resumo para você! -Uma menina loira gordinha e uma ruiva entraram no quarto. -Nós somos suas amigas, foi meio de repente, mas somos.

–Quem são vocês?

–Eu sou Loly-pum pum, pode parecer ridículo esse nome, mas me chamam assim desde a infância, incluindo você. E está é Sarah, nós duas éramos apaixonadas pelo seu noivo. -Ela olhou para Pigplle com desejo. -Mas ele só tem olhos para você.

–Sim, bom, vamos resumir a sua vida. Você tem dezesseis anos, está de casamento marcado, não não está grávida, acontece que seus amados pais...

–Lembrei! -Gritei. -Esse casamento forçado, sim, está arquivado aqui, eu sei disso. O casamento será daqui há um ano, eu nunca amei.. Albert.. Austin?

–Sim! -Agora ele respondeu, mesmo um pouco chateado com a minha declaração.

–Mas, você passou a me conquistar, sim, e então nós comemos brigadeiro. -Detalhe desnecessário, mas já era alguma coisa. -Eu lembro de ter sofrido um acidente na piscina...

–Sua ex melhor amiga te jogou lá dentro, queria te matar, ela está apaixonada pelo seu noivo. -Ághata respondeu.

–Aquela piranha! -Loly grunhiu.

–Conte-me mais!

Bom, meus pais me deram detalhes sobre o meu nascimento, sobre a minha família, sobre o que eu havia passado nos últimos anos, sobre a escola, sobre minha vida amorosa e sobre discussões com a minha mãe se o guardanapo do jantar seria branco ou gelo. Algumas coisas eram arquivadas, outras eu conseguia me lembrar. De repente, uma senhora, que eu acreditava ser minha avó chegou perto de mim e me deu um abraço.

–Querida! -Ela sussurrou algo como: eu sinto muito pelo que aconteceu, já passou.

–A senhora é?

–Nossa avó. -Ághata respondeu um pouco impaciente. -Vamos para casa, te mostramos algum álbum de fotos e você vai recordar algumas coisas aos poucos, não adianta nada a gente ficar aqui falando um monte de coisas e você não guardar nenhuma dela.

Todos ficaram estáticos, pelo que pude perceber, Ághata não era de falar coisas tão sensatas assim. O médico entrou na sala e se assustou com o número de pessoas que estavam no mesmo quarto. Ele passou alguns medicamentos, cuidados com os ferimentos externos e precauções.

(~.~)

Assim que chegamos em casa, na cidade de Vacancyville, Austin me levou ao meu quarto, era tão grande, iluminado e aconchegante. Passei a mão por todos os móveis. Nenhuma lembrança. Fui até o banheiro. Nada. Entrei no closet e acabei encontrando uma caixa de madeira de tamanho médio e com um cadeado.

–Deveria ter coisas importantes ai dentro. -Supus.

Procurei em todos os lugares, na escrivaninha, na penteadeira e no criado mudo. Nada. Dei mais uma fuçada na penteadeira e abri um porta jóias de cristal, lá continha um colar de ouro branco com uma chavinha. Bingo! Encontrei também um pequeno caderno preto com meu nome escrito na contracapa. Folheei as páginas daquele diário.

"Dia 09 de Abril de 2008

Nossa, hoje foi um dia tão ruim, quem eu pensava que era meu melhor amigo me tratou igual a um lixo na frente de todos da escola! Mamãe avisara que fora um engano, mas Austin me tratou muito mal, me humilhou, jogou gelatina em mim, ele e aquela loira besta da minha sala. Depois a mãe dele veio aqui em casa e pediu desculpas. A mãe dele, não ele.

Odeio ele. Odeio o Austin Monville

Anabelle"

–O que você fez de tão ruim para mim?

–Eu era obrigado a te tratar mal, seu irmão me obrigava a fazer isso, ele sempre soube que um dia você se apaixonaria por mim. –Ele riu fraco. –Eu peço desculpas, mesmo você não se lembrando das coisas que eu fiz para você.

–Bom, já passou. –Abri a caixa e lá continha algumas fotos antigas, um colar dourado com o meu nome, algumas cartas de amigas de infância que eu não me lembrava, dinheiro e moedas antigas, um CD autografado do Coldplay e algumas coisinhas, tinha também uma carta um pouco amarelada.

“Oi Anna

Bom, ultimamente eu ando estranho com você, é que... seu irmão me obriga a fazer isso, acredite em mim, eu amo muito você, serei seu amigo para sempre! Minha mãe que escolheu o colar, queria muito que você usasse amanhã na aula!

Austin.”

Dia 25 de Agosto de 2009.

–Você só me escreveu isso depois de mais de um ano?! –Perguntei incrédula.

–Bom, foi o tempo e a brecha que eu tive, não conseguia nem falar com você por causa do seu irmão.

–Esse meu irmão tem algum problema com você?

–Digamos que ele é extremamente ciumento.

Fucei em mais algumas coisas da caixa, encontrei umas fotos dos meus pais, fotos dos meus antigos aniversário e uma foto de uma garota, que na minha cabeça era especial.

–Quem é ela? –Estendi a foto para ele.

–Essa é Emma, a garota que tentou te matar. –Ele pegou a foto e analisou meu rosto. –Você continua linda.

Eu corei, mesmo não lembrando tanto dele, Austin conseguia despertar algo em mim. Paixão talvez.

–Você me ama? –Perguntei a ele, inocentemente e curiosamente.

–Eu sempre amei você, Anna. –Ele me olhou, percebi que seus olhos brilharam ao fitar os meus.

Eu me sentei de perna de índio de frente para ele, toquei suas têmporas e ele fechou os olhos. Me aproximei mais de seu rosto, o cheiro de hortelã ficava mais forte a cada centímetro. Sua respiração estava acelerada, ouvia seus batimentos cardíacos ficarem acelerados a cada vez que eu chegava mais perto. Seus lábios eram quentes e se encaixavam perfeitamente nos meus. Não há dúvidas de que a minha antiga eu também amava ele, talvez até a atual já estava perdidamente apaixonada por ele.


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