Orphans vs Batsu Tamas escrita por Mei


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Etto... Tenho nem o que falar né? Eu realmente sinto muito!



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Observei Ikuto adentrar em minha casa estática. Nunca nos demos muito bem, mas apesar disso confiava nele o suficiente para deixa-lo andar com minha irmã. E claro, tentávamos não estrangular um ao outro. Amu era sempre a nossa intermediária. Procurava sempre acalmar a situação. Ela não estava em casa, sabia disso. Não era a primeira vez que isso acontecia, tinha tanto medo dela passar pelo que eu passei que só ficava aliviada quando a via sã e salva na minha frente. O incidente de três anos atrás... Ainda me aterrorizava. Balancei minha cabeça para afastar tais pensamentos e virei-me para Tadase. Parecia preocupado.

– Tadase-kun? Espero que não fique bravo comigo... Mas eu realmente não posso entrar em casa agora – encarava o chão, receosa.

– Tudo bem – colocou uma de suas mãos em minha cabeça afagando meu cabelo e levantou meu queixo com a outra. Quando o encarei, vi que estava sorrindo. Retribui com o rosto em chamas.

– Obrigada... – murmurei enquanto caminhávamos para longe de minha casa.

– Que tal irmos à feira? Podemos gastar um bom tempo por lá...

– Uma feira? – tinha certeza que meus olhos estavam brilhando. Nunca havia ido a uma antes. No impulso segurei a mão de Tadase e comecei a saltitar.

Não me importava se estávamos atraindo olhares. Eu estava feliz rodávamos a feira parando em todos os lugares. Em momento algum me soltei de Tadase. No momento estava parada admirando as bijuterias que ali havia. Eram simples, mas encantadoras.

– Por que não experimenta essa? – o vendedor perguntou estendendo-me uma pulseira de caveira de prata. Meu sangue gelou, segurei a mão de Tadase com mais força enquanto flashes invadiam minha mente.

– Sorteio da última entrada para a Casa do Terror! Participem! Última chance! – um cara fantasiado de monstro gritava.

– Vamos Ami! Quero participar!

Olhei para Mai que me empurrava em direção á entrada da Casa dos Horrores. Mas ao ver minha expressão, tirou sua pulseira de caveira prata do braço e me entregou:

– Tome para te dar coragem. Sei que não gosta muito desse tipo de brinquedo – falou sorrindo.

– Ami! Está tudo bem? – senti Tadase segurar meus ombros enquanto me trazia de volta para a realidade.

– Sim... Por quê? – dei um sorriso fraco para mostrar que tudo estava bem.

– Estava muito pálida... Fiquei com medo de... Não sei... – ele murmurou enquanto me abraçava com força. Fazia um bom tempo que não recebia um abraço como aquele, e quando dei por mim estava chorando em seu peito.

– O que houve? – parecia desesperado tentando me consolar. Queria dizer que estava bem. Talvez até fizesse um chara change, no entanto não conseguia. Tudo o que consegui fazer foi deixar ser levada para uma pracinha longe de todo aquele tumulto que a feira proporcionava.

– Estou com medo – consegui dizer por fim. Minhas lágrimas não haviam cessado, apenas diminuíram. – Pensei... Pensei que tinha superado.

Senti novamente seus braços me circundarem envolvendo-me em um abraço. Aos poucos fui me acalmando. Ficamos mais um tempo naquela posição. Os braços de Tadase eram acolhedores e me sentia segura ali. Aos poucos fomos desfazendo o abraço e passei a encarar seus olhos. Respirei fundo e comecei a falar. Talvez seja hora de falar isso para alguém. Na minha cabeça, Tadase se encaixava perfeitamente no papel. Eu confiava nele. E era nele que iria confiar minha história.

– Sabe por que não estudamos em nenhuma escola por três anos?

– Você não precisa...

– Na verdade... Acho que é o que eu mais preciso – segurei suas mãos nas minhas. E só aí me dei conta do quanto estava trêmula. Respirei fundo e deixei as memórias invadirem minha mente com força enquanto contava.

– Sorteio da última entrada para a Casa do Terror! Participem! Última chance! – um cara fantasiado de monstro gritava.

– Vamos Ami! Quero participar! - Mai, minha melhor amiga na época me arrastava em direção ao local das inscrições. Era um típico dia ensolarado, e estávamos na inauguração do Parque Mattari.

– Bom dia senhoritas! Nomes? – um rapaz simpático perguntou.

– Mai, Tokiha Mai – respondeu empolgada.

– E o seu? – ele sorria.

– Não irei participar

– Vamos, não custa nada!

Vendo que não poderia vencer a discussão acabei cedendo, afinal a chance de eu ganhar seria mínima. Havia muita gente participando:

– Nome? – perguntou sorrindo

– Hinamori Ami – e por um instante, pensei ter visto um brilho diferente em seus olhos.

Saímos dali, e fomos dar uma volta, Mai tinha esperanças que iria ganhar. Alguns minutos se passam e ouvimos novamente a mesma voz de antes:

– Inscrições fechadas!

– Mai-chan... Vamos embora? – falei apreensiva

– De jeito nenhum! Quero saber quem ganhou o sorteio! – seus olhos brilhavam de animação.

Tive que aceitar, Mai era muito determinada quando queria. Resolvemos comprar um pouco de pipoca enquanto aguardávamos o resultado do sorteio. Apenas assentia, e ria um pouco de suas piadas sem graça, ou a aturava falando de seus amores, desilusões e garotos. Uma de nossas típicas conversas cotidianas, onde parecia que o assunto não tinha fim. Fomos interrompidas pelo mesmo cara fantasiado de monstro. Mas dessa vez ele anunciava o vencedor:

– O sorteio foi encerrado! E temos o prazer de anunciar o nome da vencedora! Hinamori Ami! Venha e seja a última a entrar na Casa dos Horrores!

Olhei para Mai que me empurrava em direção á entrada da Casa dos Horrores. Mas ao ver minha expressão, tirou sua pulseira de caveira prata do braço e me entregou:

– Tome para te dar coragem. Sei que não gosta muito desse tipo de brinquedo – falou sorrindo

É só um brinquedo, apenas andarei alguns metros até a saída com pessoas e bonecos me assustando pensei. Então, olhei pela ultima vez em direção a Mai, para finalmente adentrar em uma verdadeira Casa dos Horrores.

Andava, mas estava tudo muito quieto e escuro. Nenhum boneco, barulho nada para me assustar. Nada. Apenas andava em um silencio completo. Havia algo de estranho ali. Virei em um corredor que era banhado por uma leve luz vermelha. Mesmo com pouca claridade, consegui enxergar varias portas nas paredes, devem ser falsas pensei. Mas ao passar pela ultima porta falsa, ouvi um clic e me virei para trás. Em minha frente havia cinco homens fantasiados. Certo, resolvem me assustar apenas no final. Viro para frente novamente e começo a correr, apenas queria sair dali. Antes que pudesse avançar muito, senti mãos me segurando. Debatia-me e gritava o máximo que podia. Apenas silenciei quando colocaram um pano molhado no meu nariz. Aos poucos fui perdendo os sentidos. Ouvia algumas vozes ao fundo, então tudo ficou escuro.

Quando acordei estava em uma pequena sala, com dois homens me observando. Arregalei meus olhos, isso não era um simples brinquedo. Com um sobressalto percebi que minhas mãos e pés estavam amarrados. Eles sorriram, e andaram em minha direção com um celular na mão:

– Hora de pedir o resgate...


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