Encenando o Amor escrita por Uzumaki Jiraya, wtfhonda


Capítulo 1
Uma Vida Não é Um Conto


Notas iniciais do capítulo

Oê povo, akê é o Jiraya. Bem, estou começando esse projeto superlegal com minha Nii-san(de coração). Além de ser um original, ainda tenho uma parceira heheher rsrsrs (rindo a toa).
Espero que os leitores que me acompanhavam nas minhas outras fics olhem essa e a faça ser o sucesso que foi "A Lenda de Uzumaki Naruto".



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-Não passa daqui! -Gritou o brutamontes.

-Estou cansado de avisar. Saia de minha frente senão vai morrer da forma que seus amiguinhos morreram. -Disse sério, fitando meu inimigo.

-Não me faça rir. Não sei como conseguiu passar por meus guardas, mas sei que agora é seu fim! -Ele veio pra cima de mim com aquela espada gigante. Prontamente, empunhei minha espada e disparei em sua direção.

Depois de muita luta, meu grupo invadiu o castelo do Lorde do Leste. Fazendo proveito do tratado de paz entre nossos reinos, ele mandou raptar a princesa do Norte. A paz já durava 30 anos, mas o novo Lorde pediu uma oferenda para mantê-la. Pediu a princesa do Norte, porém seus pais não permitiram. O Lorde do Leste, encantado com a princesa, achava-se no direito de possuí-la de qualquer maneira. A sequestrou e quer forçá-la a casar-se com ele.

“Não irei deixar ele se casar com Violet, não por ela ser minha princesa, mas porque eu a amo!” Pensei enquanto me preparava para a batalha da minha vida.

Já estava a poucos metros de meu inimigo.

-Morra! -Gritou o Lorde.

-Não irei morrer até salvar minha princesa!

A luta iria começar. A luta pela vida da princesa.

“Farei ela me notar, só preciso derrotar esse porco!”

-Ryouji-san?

-Eu irei lutar pela minha princesa, por meu reino. Não irei perder!

-Ryouji-san?

-Eu sou um Cavaleiro da Luz, me foi dada a missão de resgatar a princesa, saia da minha fren...

-RYOUJI-SAN?

O garoto levou um susto, não lembrava que estava em sala de aula. Estava tão mergulhado em sua história que não prestava atenção no que estava ao seu redor. Nem sequer havia olhado para sua amada Violet, que aparentava ser normal, mas escondia um segredo que ninguém sequer pensava que existia.

-H-Hai! -O garoto quase berrou por conta de sua falta de atenção no que estava sendo dito.

A classe riu da situação, enquanto Akira apenas mantinha-se de cabeça baixa.

-Estava dormindo, Ryouji-san? -Perguntou o professor com uma voz séria.

“Essa é minha chance!” Pensou Akira.

-Na-Não, estava escrevendo...

-Escrevendo? Estava escrevendo o quê?

-Bem, estava escrevendo um romance.

Não havia porque sentir vergonha de falar que escrevia. Era o que ele melhor sabia fazer, e Akira tinha noção de que aquele era o motivo pelo qual ele queria ser respeitado e notado. Notado principalmente por Violet. Ele queria que ela o enxergasse além do que todos pensavam. Segundo todos da classe, ele era um esquisito, um anormal. Mas ele não queria manter essa aparência para sempre, não para Violet.

-Romance? -O professor deu um risinho. -Ryouji-san, a sala de aula não é um lugar apropriado para escrever suas historinhas infantis.

Akira sentiu-se ofendido naquele momento. Iria provar para Hioku-sensei que suas histórias iam além de meros contos.

-Não são infantis, Hioku-sensei. -Disse Akira, em um tom ríspido.

-Não são? Então, deixe-me ler para toda a turma.

-T-Toda a turma? –Indagou preocupado. O plano era mostrar somente para o sensei. Agora corria o risco de toda a turma não gostar de sua história e ter mais um motivo para provocá-lo e importuná-lo.

-Hai. Você disse que não são infantis, nada melhor que adolescentes para julgar sua obra.

-Bem, se o senhor quiser. - Disse temeroso

Hioku-sensei pegou o caderno de Akira, e começou a ler em voz alta.

-Hum... “As pessoas pensam que onde existem histórias de castelos, irão existir histórias de princesas, e onde existirem histórias de princesas, irá existir uma felicidade eterna. Todos vãos mortais enganados! Pode existir sim um castelo, mas fortemente guardado para evitar os inimigos. Também podem existir as princesas, mas inalcançáveis à reles serviçais. Também pode existir a felicidade eterna, mas não me arriscaria a beber a poção de alguma bruxa do Oeste pra obtê-la. Com certeza se tivesse o efeito que elas dizem, elas já teriam tomado. Definitivamente não quero virar sapo. Minha história não é um conto de fadas, apesar de ser...”

-Hioku-sensei...

Uma voz abafada veio do fundo da sala. Era ela. Era Violet. A garota a quem Akira intitulava deusa. Sua voz era como o canto de uma sereia encantando cada um. Akira nunca entendeu porque sua deusa não fazia parte do grupinho dos “populares”.

-“...um conto de princesas. Não as princesas que vocês estão acostumados, e sim uma guerreira de longos cabelos dourados e uma espada empunhada. Sempre pensei no que diria à ela quando ficássemos cara a cara, mas como um mero serviçal, não posso nem chegar perto dela. Mal sabia que minha oportunidade chegaria tão cedo.”

-Hioku-sensei.

-“-Serviçal, a chance da sua vida lhe será mostrada agora.

Não entendi. Do nada um Cavaleiro da Luz para na minha humilde presença e começa a falar comigo. Dizem que os Cavaleiros da Luz tem a capacidade de ver quem tem potencial só o olhando. Será se ele viu alguma coisa em mim?

-C-Como? -Murmurei atordoado.

-Qual o seu nome? –Ele me perguntou. A voz imponente me fez tremer, mas não fraquejaria no meu momento.

-A-Akihito, Hatsu Akihito.

-Uhn... Hatsu Akihito, você está convidado a fazer o teste da Guarda dos Cavaleiros da Luz...”

-Hioku-sensei!

-Q-Quem falou? -Disse Hioku-sensei, recompondo-se do susto que acabara de levar.

-Fui eu sensei...

-A-Atsuchi-san! O que quer?

-É que o senhor estava lendo e se esqueceu da aula.

-Aula? Ah sim, desculpem-me. Eu havia me perdido na história de Ryouji-san.

-Se perdeu em minha história? -Perguntou Akira, com um sorriso no rosto. Era sinal de que ele havia gostado.

-Sim, é simplesmente perfeita, mas a Atsuchi-san tem razão, temos que voltar à aula. Posso ficar com o caderno?

-F-Ficar? Mas ainda não está terminado...

-Eh... Tem razão. Mas quando terminar você me empresta?

-C-Claro... -Disse Akira, com o caderno já em mãos.

-Vamos voltar à aula, turma!

O tempo passou rápido. A aula havia acabado e Akira estava eufórico. Inspirado para continuar sua história. O sinal tocou e todos saíram.

Estava andando distraído, tão distraído que trombou com alguém. Não se preocupou em olhar no rosto da pessoa e foi pegando o que havia caído.

-Gomen! -Disse Akira, ainda olhando para o material que havia caído.

-N-Não foi nada.

E então Akira reconheceu aquela voz. A voz melodiosa de sereia. A voz de sua deusa. Encarou seu rosto por alguns segundos. Voltou a pegar o material até que acha umas folhas soltas.

-Deixa que eu pego! -Disse Violet em desespero.

-Crônicas de Carmesim? -Perguntou Akira, curioso. -O que é isso?

-N-Nada! -Violet apanhou o resto do material e saiu correndo.

Akira ficou parado ali por algum tempo, pensando.

“Nem posso acreditar que conversei com ela. Kami, ela é simplesmente linda. Aquele cabelo, aquele rosto... ela é inalcançável. Droga Akira, para de sonhar com uma deusa, você é só um reles mortal. Agora tenho que me focar em terminar minha história. Quem sabe o Hioku-sensei não me ajuda a mostrá-la para alguém influente...”

Ainda caminhando, continuava com seus pensamentos. Logo chegou em casa.

-Akira?

-Hai, Okaa-san.

-Pode vir me dar uma ajuda?

-O que foi?

-Não é nada. Só que... ah... estou presa.

-P-Presa? –Disse o garoto correndo em direção à cozinha.

-Anda filho, me ajuda...

-Mas mãe, como é que a senhora foi se meter debaixo da geladeira?

-Não foi minha culpa, eu só queria limpar atrás da geladeira. Acho que exagerei na minha puxada...

-Mas tá tudo bem? –Indagou Akira levantando a geladeira.

-Tá sim filho, foi só um susto mesmo.

-Quem bom...

-E então, vai ficar em casa de novo hoje? –Perguntou Makoto.

-Porque a pergunta mãe? Sabe que eu não saio de casa.

-Mas filho, você precisa sair com seus amigos...

-De novo essa história de amigos, mãe. Você sabe que eu não preciso disso! Eu faço meus próprios amigos.

-Quem? O anão Ger? O espadachim Escarlate? O rei Kaze? O Cavaleiro Akihito?

-Sim mãe, são eles! Eu faço meus próprios amigos, não preciso de amigos falsos!

-Akira, não tente parecer algo que você não é. Se ficar prendendo esse sentimento será pior, filho. Não pense que tem algo de errado com você. Você é um garoto bonito, jovem... Tem tudo pra ser feliz.

Akira não achava isso. Humanos eram seres repugnantes. Menos sua mãe. Sua mãe era tudo para ele.

-Mas eu não preciso de pessoas que na primeira oportunidade irão me esfaquear pelas costas!

-Não sei de onde você tirou esse medo pelas pessoas. Não confia mais nos humanos?

-Não mãe, não confio...

-Quer dizer que não confia em mim? –A mãe sabia onde tocar.

-E-Eu não disse isso! Você sabe que é tudo pra mim!

-Então filho, eu não sou a única que te ama. Você já tem 16 anos filho, e nunca deu um beijo em uma garota...

-Mãe! Eu não preciso disso! Enquanto meus personagens ficarem com as garotas nos finais das histórias, eu não preciso ficar com garotas eu mesmo!

-Não diga isso Akira. Você é um garoto tão bom, merece ser feliz. A felicidade dos seus personagens não é a sua felicidade. Quando vai entender isso?

-É SIM! ENQUANTO O AKIHITO AMAR A PRINCESA VIOLET EU VOU ESTAR FELIZ!

-G-Gomen...

-D-Desculpa mãe, eu não...

-Não se preocupe filho. Tudo bem, pode ir pro seu quarto escrever...

-Arigatou...

Akira subiu as escadas e foi para o quarto. Sentia-se idiota. Sua mãe era a única pessoa que ele tinha e continuava a gritar com ela.

-Droga! Como sou um idiota!

Então toda a inspiração que Akira havia ganhado com os elogios de Hioku-sensei havia se perdido.

Sentou em sua escrivaninha e fitou o papel.

“Era agora, a nossa luta pela vida da princesa iria começar. Finalmente a farei me notar, eu só preciso vencer esse porco!”

-Akihito-Kun! -Gritou Violet.

-Princesa Violet!

Fim. Acabou. Acabou para mim.

Aquele momento de distração foi o meu maior erro, e o meu maior acerto. Hipnotizado pela visão da bela princesa, não dei importância à lâmina que se aproximava. O Lorde me golpeou na altura do peito, em um corte horizontal.

-Akihito-kun! -Gritou a princesa.

-Princesa... corra. –Tentei falar temendo pela sua vida.

-Seu... Seu degradado! O que fez com Akihito-kun!

-Nunca pensei que um Cavaleiro da Luz pudesse ser tão fraco. Sinta-se honrada, princesa. Agora é a senhora das terras do leste.

Violet veio correndo em minha direção, só para levar um poderoso chute que a fez voar na direção contrária.

-Prin..ce...sa... -Disse gemendo de dor. Aqui acabaria minha vida. Morrerei lutando por Violet. Eu fracassei.

-Ainda está vivo? É mais forte do que pensei.

-Co..rra..

-Não morra Akihito-kun! -Violet chorava muito, estava aos prantos.

-Não cho..re...a...morte..de..um...serviçal..Violet-Hime.

-Eu estou chorando a morte de um cavaleiro.

Violet partiu pra cima do Lorde, que tentou golpeá-la com um soco, mas ela abaixou-se velozmente. Apoiou as mãos no chão e levantou com toda a força, acertando um chute com os dois pés no queixo do inimigo.

Eu estava morrendo, estava tudo acabado. Todas as minhas chances de ser feliz com Violet haviam sido anuladas de uma só vez.

-Hime...

-Não fale, por favor.

-Eu..te...amo.. –Não poderia morrer sem dizer isso a ela.

Violet me encarou por alguns segundos. A vontade de beijá-la era súbita, mas não podia nem sequer mexer seus dedos, havia perdido muito sangue.

-Eu também, agora me deixe cuidar disso!

Violet pegou minha espada, e se preparou para a luta.

-Sua cadela! Como se atreve a me bater? -Gritou aquele imundo que me separou de minha amada.

-Não deixarei você bater no Akihito-kun!

-Sorte sua que tenho interesse em você, mas esse fedelho não interessa. Vou matá-lo agora mesmo.

O Lorde partiu para cima de Violet com sua enorme espada em punho. Iniciaram uma feroz disputa de Katanas. Violet era incrível com a Katana. Talvez eu ainda fosse melhor, mas Violet não ficava muito atrás.

-Hime..corra...

-Nunca vou te deixar, porque eu te amo!

Eu a fitei. Eu estava quase chegando ao fim. Iria morrer dentro de minutos. E ela não me abandonava. Minha vontade era de gritar que ela deveria salvar sua vida, mas eu não tinha mais forças para fazê-lo.

-Não posso deixar ele machucar você. Fui fraca e me capturaram, mas não vou deixar que nada te aconteça.

-Belas palavras, princesa, mas isso não é suficiente. Entregue-se pacificamente e eu não matarei ele.

-O que?

-Se você vier comigo, eu não corto a cabeça do pirralho.

-NÃO HIME, EU JÁ ESTOU MORRENDO, NÃO DÁ MAIS!

-Eu aceito.

-Não, Violet! É uma armadilha!

-Muito bem. -Disse o Lorde.

O homem se aproximou dela, passou reto e veio em minha direção.

-NÃO! O que vai...

Não deu tempo de ela terminar de falar, o guarda me acertou mais uma vez. O fim havia chegado.

-NÃO! -Gritava Violet.

Violet, tomada pelo ódio, partiu para cima do guarda, que se defendia como podia.

-Não, Akihito-kun!

-Ainda quer lutar?

-Eu vou te matar! -Gritou Violet.

-Sabe que não consegue Hime.

As atenções foram direcionadas para uma das entradas do grande salão.

-ACHAMOS ELES!

Os Cavaleiros do grupo de Akihito haviam chegado.

-Ok, eu me rendo. -Falou o Lorde vendo que não podia lutar contra todos eles.

Violet queria aproveitar o momento para golpeá-lo, porém, foi impedida por um dos Cavaleiros.

-Hime, não faça isso.

-Ele matou o Akihito-kun. -Disse chorando.

-Sabemos, mas Akihito não iria querer que fizesse isso.

-Akihito-kun...!

A garota desabou em prantos. Caiu de joelhos no chão enquanto via dois Cavaleiros da Luz arrastando o Lorde. O ódio novamente voltou ao coração da princesa. Apertou fortemente o cabo da espada de seu amado, levantou em um salto e disparou em direção ao Lorde que estava de costas. Não pensou duas vezes e transpassou o peito do homem com sua espada.

-HIME!

-Seu desgraçado! Devolva o Akihito-kun!

-HIME, PARE! –Vociferaram os Cavaleiros enquanto viam a princesa golpear o Lorde diversas vezes.

-Me... devolva... o Akihito-kun!

-Hime...gomenasai. –Um dos Cavaleiros golpeou a princesa a fazendo desmaiar.”

-Mas porque esse final trágico? –Se perguntou Akira.

“Não posso fazer isso. Não posso deixar meus personagens infelizes. Se eles estiverem infelizes, eu vou estar infeliz.”

-AKIRA!

-HAI, OKAA-SAN!

-O JANTAR ESTÁ PRONTO AMOR...

-JÁ TÔ DESCENDO!

O garoto ficou preocupado com o rumo que a caneta o forçou a tomar. Jamais uma de suas histórias havia tido um final trágico. Mesmo as tramas não envolviam um mal supremo. Sempre era algo leve, onde a personagem passava por algum problema passageiro.

Desceu as escadas alheio a qualquer situação que não envolvesse Akihito e Violet, pelo menos até ser acordado por sua mãe.

-O que houve filho? –Makoto perguntou ao ver o estado do filho.

-É que... o Akihito morreu... –O garoto respondeu desolado.

~~~~

“Droga!” ela pensava “Se por um deslize ele tivesse lido, eu estaria perdida. Eu iria acabar sendo taxada de esquisita assim como ele. E eu não quero isso. Não posso ser assim. Vou continuar fingindo pelo tempo que for, mas não acabarei como ele. Ninguém pode saber do meu segredo, não posso confiá-lo a ninguém, senão eu estaria perdida”.

Violet refletia sobre o dia enquanto se preparava para dar continuidade à sua “segunda vida”.

“Carmesim novamente refletia sobre sua situação. De um lado, o amor incondicional que sentia por Kato, do outro, a obrigação de ser líder do clã.

-Carmesim-sama, já sabemos que não ama Tatsuo, mas você sempre soube que a líder deveria casar com o homem escolhido pelo conselho.

-Não me venha com essa conversa tentando me consolar, eu sei muito bem a minha situação! Não preciso de velhos babões me dizendo o que fazer.

-G-Gomenasai...

-Ponha essa cabeça velha pra funcionar e me diga alguma forma de contornar essa situação.

-B-Bem, você poderia deserdar o clã...

-Fora de cogitação! Não posso abandonar meu povo nessa situação!

-M-Mas Carmesim-sama, os Komura são fortes, vão superar essa crise.

-Eu já disse: Fora de cogitação! Não vou entregar o clã de bandeja pra velhotes como vocês!

-Mais respeito senhorita!

-Cale a boca! Não me venha falar de respeito em uma hora dessas! Muitos de vocês aqui são duas caras que festejaram a morte de meu pai! E ainda não engoli a desculpa da cilada, saibam que se mais alguma coisa estiver acontecendo, eu vou descobrir!

Carmesim sabia que...”

-VIOLET, É A ASAYO!

“Droga! Rápido!” Pensou a garota escondendo seus cadernos.

-Violet, o que foi?

-Na-Nada... Por que sempre tem que subir sem permissão?

-Não somos amigas? Achei que tinha passe livre...

-D-Desculpa.

-Por acaso você estava fazendo alguma coisa secreta?

-P-Porque tá dizendo isso?

-Porque você tá nervosa, tremendo e gaguejando.

-P-Para de falar besteiras Asayo.

-Não tá vendo revista pornô, tá?

-ASAYO!

-Que foi?

-Co-Como pode insinuar isso?

-Quer dizer que nuca teve vontade de dar uma espiadinha.

-Asayo, você é louca!

-Huh, você que é chata! Mas e aí, não vai sair com a gente?

-Não sei, estou ocupada.

-Fazendo o quê?

-A-As atividades!

-Atividades? Não me lembro do Hioku-sensei ter passado dever de casa...

-Q-Quem disse que é dele? Sempre é bom dar uma revisada no conteúdo...

-Às vezes você é muito estranha sabia...

-E-Eu? Por quê?

-Sei lá, sempre que estamos conversando você vem com um papo esquisito... De vez enquanto fala coisas sem sentido e faz outras que você normalmente não faria.

-Tá me chamando de anormal?

-Ca-Calma Violet. Porque tá brava?

-G-Gomen, é que você me deixou nervosa.

-Sabe amiga, eu acho que você tá querendo ficar sozinha. Vou dizer pro pessoal que você está doente.

-Sim, diz isso. Ah, desculpa amiga, é que eu estou meio estressada, história não é mesmo meu forte.

-E por falar em história. Você prestou atenção naquela história que o Hioku-sensei leu?

-Claro, era tão intensa, simples e complexa ao mesmo tempo.

-Do que você tá falando?

-Ah, nada.

-Sei... foi o anormal quem escreveu. Não sabia que ele tinha talento pra escrever...

-Pelo menos isso, já que ele é o anormal da sala.

As duas começaram a rir do garoto, que nem estava lá pra se defender.

-Então amiga, eu já vou indo. Vê se relaxa um pouco, você está muito tensa.

-Vou fazer isso, até amanhã...

“Tenho que me controlar. Quase entrego meu segredo. E o pior é que ela já tá desconfiando. Não posso deixar que saibam do meu defeito, não posso!” Pensava a garota vendo sua amiga sair.

~~~~

Em outro canto daquela cidade, um jovem que se julga cheio de problemas estava deitado em sua cama, pensado no que lhe tinha acontecido há pouco.

“Porque o Akihito morreu? Ele não deveria morrer, os heróis têm que ficar com as garotas, é a lei natural! Ele não podia morrer. Ora, como eu posso encontrar a felicidade se meu personagem não está feliz? E o que vai acontecer à Violet com a morte do seu amor? O que foi que eu fiz!? O que foi que eu fiz! Tenho que mudar isso, não posso deixar a felicidade do Akihito acabar!”

O garoto levantou de sua cama e pegou o caderno correspondente à história que queria modificar. Sentou em frente à escrivaninha e fitou possessivamente o caderno.

“Porque eu o matei? Ele merecia ser feliz. Logo quando ele descobre que a Violet o ama, ele morre!? Isso não é justo, não posso deixar que ele morra! Mas... não posso modificar o que já escrevi. Não conseguiria. Porque não posso simplesmente apagar o que escrevi e reescrever?”

O garoto tentou rasgar a folha que correspondia à morte de Akihito, mas não conseguiu.

-Porque eu não consigo? É só puxar e reescrever em uma folha em branco. Mas eu ... não tenho força pra puxar, porque não consigo?

Desistiu de tentar rasga a folha e voltou para sua cama, ter a pior noite de sono de sua vida.


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Notas finais do capítulo

Bem, para aqueles que não entenderam a capa. Da esquerda para a direita. Em primeiro plano é a Violet (a colega do Akira, não a princesa) atras dela vem a Carmesim e o Kato. Do lado direto. Em primeiro plano nosso herói Akira. Atras dele vem o Akihito e a Violet (a princesa, que por sinal tem o mesmo nome da outra protagonista [ou coadjuvante, sei lá heh])



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