The Legend of The Sky's Princess escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 20
Capítulo 20 – As skills secretas e a flecha de luz




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Capítulo 20 – As skills secretas e a flecha de luz

— Bom dia, Zelda – Link sussurrou, ainda abraçado à sua princesa, e ergueu-se, se apoiando no braço esquerdo e beijando o rosto de sua esposa adormecida.

Suspirou, um tanto angustiado. Olhou para a janela, que mesmo coberta pelas cortinas, denunciava um pouco da luz do sol.

— Nunca achei que fosse dizer isso, mas começo a sentir falta de você me acordando cedo.

O hylian levantou-se e ajeitou as cobertas sobre ela. Trocou de roupa e ficou a observá-la.

— Bom dia, Link – ouviu um sussurro em seu ouvido e virou-se, vendo uma luz azul.

— Bom dia, Navi.

— Eu acordei durante a noite. Ela está dormindo desde ontem. Se mexeu, mas não acordou.

— Obrigado, Navi. Precisamos ir à cidade e depois encontrar Link*.

Não tinha tempo a perder, mas não queria deixa-la sozinha. Ouviu duas leves batidas na porta, conhecia o som, tinha certeza que era Impa.

— Bom dia – ela falou quando apareceu numa brecha da porta semi-aberta.

— Bom dia, Impa – os dois disseram juntos.

A guardiã entrou e fitou a cama do casal.

— De novo... Também estou preocupada. Não acordou nenhuma vez?

— Navi disse que até se mexeu durante a noite, mas não acordou.

Link pode ver uma preocupação maternal nos olhos castanho-claros da guardiã. Ela cuidara de Zelda mais do que fizera qualquer outra coisa em sua vida, desde que a princesa era uma recém-nascida.

— Vão em frente. Eu ficarei com ela.

— Obrigado, Impa.

Quando Link e Navi deixaram o quarto, ela se dirigiu à cama e sentou-se na beirada ao lado da princesa, levando uma mão à sua testa.

— Novamente não tem febre... Ando ficando cada dia mais desconfiada. Talvez você não esteja doente, minha princesa – disse acariciando os cabelos dourados – Espero estar certa...

******

— Eu devo lhe ensinar as Skill secretas. Elas são úteis em batalha.

— Acha que o Hero Shade deve aparecer de novo?

— Não sei... Eu posso lhe ensinar. A dor dele era não ter repassado o que sabia e ele já fez isso.

— Aonde ir agora?

— Gerudo Valley. Nós também chamamos de Gerudo Desert. Ouvi dizer no bar que não está chovendo, mas está coberto de neve.

— Então é até lá que vocês foram hoje cedo?

— Sim, bem cedo. Só vi Midna quando saímos. Ela me fez correr como lobo pela cidade de novo – ele bateu a palma da mão no rosto, fazendo Link* e Navi rirem – Até que foi útil, encontramos aqueles bichos estranhos de novo. Mas voltando ao que eu dizia, encontrei o pessoal lá, eles estão de olho no que está acontecendo, parece que tudo isso se estendeu ao reino dos Zoras também. Há Zoras onde você vive?

— Não.

— Vivem na água. Pode encontra-los no lago Hylia ou nas águas do subsolo. Esse pequeno riacho ao lado do castelo pode leva-lo até eles se você segui-lo. O reino está nas mãos de dois comandantes, ele é muito extenso no subsolo. Se você seguir pelo riacho, provavelmente vai encontrar Ruto, a princesa Zora. Se for pelo lago Hylia, vai encontrar o príncipe Zora. Eu o conheci como criança, mas ele já cresceu bastante.

— Como eles são?

— Parecem uma mistura de humano e peixe. Pele azul e olhos puxados. Falam como nós.

— E quanto ao deserto?

— Iremos o mais rápido possível, não temos tempo a perder. Só quero lhe ensinar as skills e ver Zelda antes. Geralmente, o deserto tem javalis enormes, eu costumava andar neles quando Epona não estava por perto, mas com a neve... Acho que precisaremos dos cavalos. Devem estar escondidos.

— Não ajudaria Midna transformar você em lobo? – A fada perguntou.

— Sim, mas ela é um elemento de proteção importante aqui quando não estamos. E eu quero que Link* conheça aquele lugar. Não sabemos pra onde essa guerra nos levará daqui algum tempo.

— Com está Zelda?

— Estou ficando cada dia mais preocupado. Ela melhora e apresenta sintomas estranhos de novo dias depois... Ainda estava dormindo quando saí do quarto. Impa ficou com ela. Ela nunca dormiu tanto. Sempre me acordava todas as manhãs e às vezes isso já não está acontecendo.

Ele suspirou pesadamente, passou a mão pelos cabelos num gesto nervoso e levantou-se.

— A primeira skill se chama Ending Blow. Você deve fazer seu oponente tombar para trás com um golpe, avançar sobre ele com um pulo e cravar a espada no peito.

Os dois empunharam as espadas e em alguns golpes Link* foi arremessado ao chão, e num piscar de olhos, Link o prendia ao solo e segurava a Master Sword apontada para seu peito. O garoto manteve bem o controle, apesar de ambos sentirem seu coração disparado com o susto.

— É assim que você faz. Não vamos parar até você acertar cada uma dessas skills em mim, mesmo que nossa visita ao deserto seja um pouco adiada.

— Então não devo demorar.

Ele empurrou Link e levantou-se, os dois voltando a combater como se sequer tivessem parado. Link* dava golpes sem fim, até finalmente ter derrubado o outro, e sem perder tempo, avançou sobre ele, prendendo-o ao chão com a Master Sword apontada em sua direção. Após Navi parar de gritar “Hey! Watch out” várias vezes seguidas, Link sorriu.

— Foi bem. Você aprendeu o Ending Blow. Agora eu vou lhe ensinar o Shield Attack. Navi, você não precisa me alertar nesse treinamento...

— É apenas a força do hábito, Link.

Os dois se levantaram e Link olhou em volta.

— Seria muito útil ter Zelda aqui agora... Com magia ou uma flecha de luz ficaria fácil... Mas não tenho em meus planos como absorver o ataque quando ele voltar.

— Talvez Zelda* possa cuidar disso.

— Ela pode?

— É uma das coisas que aprendeu durante a nossa guerra.

— O Shiled Attack consiste em atingir o adversário com o escudo e golpeá-lo na cabeça. Também server pra repelir energia com o escudo e manda-la de volta ao inimigo. É nessa parte que precisamos de ajuda.

— O herói está precisando de ajuda? Hihihihihihi.

Ouviram a voz infantil de Midna como se fosse um eco, sem saber de onde vinha, bem na hora em que, após algumas tentativas, Link* finalmente conseguiu bater forte o suficiente seu escudo com o de Link, para empurra-lo para trás e golpeá-lo, com a Master Sword passando a milímetros de sua cabeça.

— Onde você está?! Estamos trabalhando sério aqui – Link disse, um tanto irritado.

— Aqui...

Ainda não puderam vê-la.

— BOO!!! – Ela gritou quando apareceu do nada da sombra de Link, assuntando os dois heróis, que recuaram de olhos arregalados, enquanto Midna se contorcia de rir – HAHAHAHAHAHA! Tinham que ver as suas caras!

— Chega! Precisamos de ajuda! – Link finalmente disse.

— Deixe Zelda descansar. Eu posso fazer isso. E a menina está vindo aí.

Olharam na direção que ela apontou, e viram Zelda* vindo em passos rápidos da direção do castelo.

— Zel*, precisamos de uma ajuda – pediu quando ela os alcançou.

— O que há, Link*?

Após Link lhe repetir as condições da segunda utilidade da skill, ela concordou. Midna lançou uma esfera de energia negra em direção a Link*, que a repeliu prontamente com o escudo, porém com o coração prestes a sair pela boca quando Zelda* se preparava para defender-se do ataque, extinguindo-o. Ele sabia que ela podia fazer aquilo, mas nunca vira realmente. Ela estendeu as mãos na direção do ataque e uma luz dourada surgiu entre elas e a esfera negra de Midna colidiu, começando a esvair-se, como se dissolvesse no ar, até desaparecer. Link* finalmente relaxou, soltando um suspiro.

— Ainda me assusto toda vez que você faz algo desse tipo.

— Eu já lhe disse que não é necessário.

— Tudo está ordem. Deixe-me mostrar a terceira skill. Se chama Back Slice. Os adversários normalmente atacam bastante de frente, mas o Shield Attack pode não ser suficiente contra eles. Com o Back Slice você deve rolar no chão até estar atrás do seu alvo e então ataca-lo pelas costas.

Link sumiu de vista quando rolou pelo chão em incrível velocidade e apareceu atrás de Link com a Master Sword em mãos.

— Não é difícil, você só tem que encontrar uma brecha pra fazer isso.

Os dois voltaram a combater durante alguns instantes até que Midna e Zelda puderam ver não só Link* falhar algumas vezes como também os dois encontrarem brechas e executarem a terceira skill habilidosamente.

— Perfeito.

Nos momentos seguintes, Link lhe ensinou as quatro skills restantes. A quarta skill, chamada Helm Splitter, parecia uma mistura do Ending Blow com o Shield Attack. Link* teria que saltar por cima da cabeça do combatente e ataca-lo pelas costas. Após os dois olharem de cara feia para Midna, que dava longas risadas, obviamente devido aos dois serem muito menores em altura do que deviam, seguiram novamente com o treino. Link* tinha total capacidade de dar saltos poderosos para seu pouco tamanho, mas sempre o fizera à distância, nunca em altura, mas deixando tal coisa o amedrontar, logo dominou a nova skill. Link rir longamente de Midna, que o olhou uma careta, e após quase chorar de rir explicou a quinta skill, Mortal Draw. A tarefa era bem simples, atingir o adversário de frente, sem hesitação ou tempo para deixa-lo revidar, o que não foi difícil para Link*. A sexta skill chamava-se Jump Strike. Toda a força era concentrada na lâmina da espada para atingir o máximo possível dos inimigos em volta.

— Midna, pode nos ajudar?

— Com prazer! – Ela disse, levantando-se da pedra em que estivera sentada junto com Zelda.

A menina parecia imersa em pensamentos enquanto observava uma flecha em suas mãos. Link* estranhou aquela situação, e nos segundos que se seguiram jurou ter visto uma luz dourada envolver o objeto, porém logo sumiu e Link* tentou ignorar por hora, procurando concentrar-se no próprio treinamento.

— Bom... Tente atingir nós dois – Link lhe disse, armando-se com o escudo.

Midna tirou, sabia-se lá de onde, um grande escudo negro brilhante, triangular, onde as sombras pareciam dançar, as bordas eram adornadas com prata e um símbolo branco de Twilight se destacava no centro.

— Nossa! – Os outros quatro exclamaram.

Link* atentou-se ao fato de Zelda* ter voltado a prestar atenção neles, mas perguntaria a ela sobre o ocorrido depois.

— Bonito, não é? É uma das coisas que não pude lhe mostrar naquela época, Link.

— Sim, ele é incrível.

— É realmente feito de sombras? – O mais novo perguntou.

— Sim, mas é tão sólido quanto qualquer bom escudo.

Após os três se concentrarem novamente nas skills, Link e Midna se puseram à frente do garoto, com os escudos os protegendo. Link* não atacou de imediato. Ficou longos segundos parados, centrando-se em seu objetivo e tentando pôr o máximo de sua energia na lâmina da Master Sword, até finalmente avançar sobre os dois, atingindo ambos os escudos derrubando Link no chão.

— HEY! WATCH OUT! Link foi derrubado! – a fada exclamou, morrendo de rir.

— Cala a boca, Navi... – ele rosnou entre dentes para a fada - Estou surpreso! – Disse se pondo de pé e sacudindo a terra da roupa – Acabamos de chegar à sétima e última skill, Great Spin. Você só deve usá-la quando sua energia vital estiver em boas condições. Caso não, você será facilmente dominado. Tem que juntar toda a sua força e brandir a espada ao seu redor, num movimento circular e derrubar todos de uma vez.

Link e Midna se dispuseram com alvos novamente e após segundos de concentração, Link* executou o movimento, que na verdade ele já costumava usar, desde a guerra na superfície. Derrubou Link na segunda tentativa, mas Midna continuou de pé até a terceira. Sem dúvida, em boas condições de saúde, a princesa era assustadoramente forte.

— Muito bem, Link* em miniatura! – Ela disse com um grande sorriso quando agarrou Link* e bagunçou seu cabelo com a outra mão, ouvindo risadas de Zelda* e Navi.

— Mestre! – Fi apareceu de repente – Eu registrei dados de novas estratégias e movimentos de luta. Se tiver alguma dúvida sobre qualquer um deles, pode me consultar – ela falou, voltando à espada.

— Foi ótimo, Link* - Zelda* lhe falou ao aproximar-se – Como sempre.

Ele sorriu em resposta, mas sua atenção foi desviada, bem como a dos outros, por passos se aproximando. Eram Zelda e Impa.

— O Hero’s Shade vai ficar orgulhoso de você – a princesa falou ao se aproximar do marido.

Impa tentou distrair os outros, até mesmo a fada, os dois precisavam conversar.

— Você dormiu pesadamente a noite toda, passei a noite com você e você nem se mexeu. Está me deixando com medo.

— Impa me disse... Falaremos melhor sobre isso em breve.

— Como assim? Isso é algo ruim? Você já descobriu do que se trata?

— Não sei, Link. Mas estou bem, lhe garanto que me sinto ótima. Não fique preocupado.

— Vou ficar até estar tranquilo sobre o que está acontecendo com você... Me desculpe por chegar tarde ontem. O caminho dentro da Montanha da Morte é enorme.

— Eu sei. Como estão as coisas agora?

— Em ordem. Encontramos Kaepora.

— Kaepora?! Ele está vivo? – A princesa sorriu.

— Sim, um pouquinho mais velho que naqueles tempos, mas continua forte e bem humorado. Disse que não estava por perto dez anos atrás. Resolveu tirar férias justamente quando Ganon nos atacou.

Após um momento de silêncio, Link a chamou de novo.

— Zel... Penso em partir ainda hoje ao deserto. Soube que está coberto de neve.

— Deve levar Midna com você. Principalmente se for à noite, como lobo será mais fácil.

— E Link*?

— Fala dos sonhos de Zelda*?

— Sim. Pelo que Hylia lhe disse é importante que o outro herói também conheça o território de batalha, ao menos um pouco. Mas só vocês duas e Impa darão conta se algo acontecer? E do jeito que você está?

— Link! Estou só um pouco fraca, não presa num quarto. E minha força é muito maior do que naquela época. O mesmo vale pra Impa. E não esqueça que temos a reencarnação mais próxima de Hylia aqui – concluiu, vendo o herói refletir por um tempo.

— Tentaremos ser rápidos. Partiremos em algumas horas. Tenham cuidado.

******

— Outro sonho?

O casal estava encostado na cerca do estábulo. Atrás deles, Epona fazia festa saltando pela grama. O dia estava bem ensolarado, algo surpreendente no meio de uma guerra contra Ganon, mas o castelo com certeza não ficaria naquele clima aparentemente feliz para sempre. Link observava a lâmina da Master Sword. Novas marcas haviam aparecido quando Zelda* inseriu o poder de Eldin nas duas espadas.

— Hylia me concedeu um poder.

{Flash Back}

— Por que estou aqui? – Zelda* perguntou para si mesma.

Lembrava-se de ter adormecido. De repente estava dentro do Templo de Hylia em Faron Woods, como era agora. Iluminado, limpo e livre de monstros. Surpreendeu-se ao olhar para si mesma e ver o vestido branco e os adornos lilás da deusa. Aquilo lhe trouxe um mal pressentimento. Lágrimas vinham aos seus olhos só em pensar em prender-se naquele cristal de novo.

— Não fique assim. Aquilo não vai mais acontecer.

Ergueu a cabeça e olhou para os lados, procurando a origem daquela voz feminina adulta, doce e gentil.

— Estou aqui.

Zelda* sentiu um toque suave em seu ombro de repente e surpreendentemente não se assustou. Sentiu-se ser invadida por um sentimento de paz e segurança. Virou-se para olhar a mulher, que lhe sorria.

— Hylia...?

Ela ajoelhou-se à frente de Zelda*, e os olhos azuis, iguais aos da garota a fitaram com carinho. A cascata de cabelos dourados, também iguais aos de Zelda*, caiu pelos ombros. A deusa usava as mesmas roupas que ela. Sem dúvida, parecia uma versão adulta da menina.

— Está preocupada porque anda sonhando muito comigo, não é? Eu só venho pra te ajudar, você não deve temer a nova guerra. O herói está com você.

— Mas se está aqui, deve haver algo que precisamos saber.

— Na verdade, é algo que eu quero lhe dar. Será útil a você.

Ela ergueu as mãos e uma luz dourada surgiu entre elas, até materializar uma flecha dourada, firme e brilhante, que Hylia tomou em suas mãos e estendeu até Zelda*.

— Eu, Hylia, lhe concedo a habilidade para usar as flechas de luz.

Ela segurou o objeto em suas mãos. Lhe era familiar.

— Zelda já lhe falou sobre isso, não é?

— Sim.

— Agora você poderá fazer o mesmo que ela. As flechas douradas tem um poder muito maior que flechas comuns. Quando você precisar delas, qualquer flecha normal que tocar se transformará em uma dessas. E quando a hora certa chegar, você deve conceder o poder a seu herói, e as duas Master Swords poderão despertar.

— Obrigada.

— Não há de que. Sinto... Que há algo que você gostaria de me perguntar.

— A triforce... Ganon a quer de novo? Ou somos só nós?

— Ganon sempre a quer. Um corpo morre, mas a alma é eterna, sentimentos muito fortes fazem coisas incríveis. O ódio de Ganon foi tão grande que sua alma pode voltar e seu perdeu no tempo, foi assim que ele descobriu sobre vocês, mas não conseguindo encontra-los, voltou ao lugar onde guerreou pela última vez e assim que Link* tocou a ocarina do tempo, sem nada saber, os portais do tempo se conectaram e Ganon não só conseguiu voltar a Hyrule e invadir Twilight, como também puxar vocês pra lá. Vocês foram o começo de tudo, o nascimento da lenda de Zelda. Se algo acontecer com vocês, não existirá mais lenda. Mas não se aflija, eu tenho certeza que vocês poderão dar um jeito nisso. E a triforce... Vocês a encontrarão no momento certo.

Zelda* absorveu as palavras silenciosamente.

— O que mais a preocupa?

— Zelda.

— A princesa? – Hylia deu um risinho, parecendo feliz – Não se preocupe, ela ficará bem.

— Então ela não está doente? Ganon não a está enfraquecendo?

— Tudo a seu tempo. Vocês logo saberão... Eu lhe deixo agora, Zelda*. Mande minhas saudações a Link*. Nos encontraremos de novo.

— Muito obrigada, Hylia!

A flecha dourada em suas mãos pareceu dissolver-se no ar e a deusa sorriu para ela. Dessa forma, tudo desapareceu.

{Fim do Flash Back}

— Então é isso que você estava tentando fazer naquela hora?

— Sim.

— Já testou esse novo poder?

— Não, eu só devo fazê-lo quando for necessário. Tenho certeza que dará certo.

— É um alívio saber que nada mais como aquele cristal vai se pôr no nosso caminho. Zel*... Nós devemos partir ainda hoje na direção do deserto. Zelda diz que vocês ficarão bem.

— Nós ficaremos, Link*. Você deve ir.

— Hey! Watch out! – Ouviram ao longe.

Link estava parado junto com a fada. Um homem magro e esquisito, com roupas que pareciam um uniforme corria desesperadamente na direção de Link, que o observava com cata de tédio. O homem lhe entregou o que parecia ser um envelope e saiu correndo para outra direção como se o mundo fosse acabar. Link abriu a carta e a leu por alguns instantes, depois seguiu na direção do casal no estábulo.

— Esse carteiro é louco! Depois de tantos anos continua agindo desse jeito esquisito. Shad, Ashei e Auru acabaram de confirmar.

Ele mostrou um pergaminho e um envelope.

— Aquele carteiro esquisito me trouxe isso agora. O deserto está coberto de neve e cada minuto fica mais frio. Acho que chegaremos lá no escuro, devemos levar bons estoques de poções e óleo de lanterna.

— Então vamos logo cuidar disso. Zel*, eu acho que deve contar sobre seu sonho aos outros.

Ela relatou seu sonho a Link quando se dirigiam ao interior do castelo e novamente às duas princesas e à guardiã quando os dois se afastaram para buscar mais óleo. As horas correram o fim da tarde chegou logo. Midna estava sentada numa pedra ao lado dos cavalos, que comiam grama à espera dos dois heróis. Zelda* sentara-se a seu lado com um olhar distante para o horizonte.

— Impa... – a princesa começou, as duas mantinham certa distância das demais.

— Os sonhos que ela tem com a deusa sempre tem algum significado. E agora ela tem o mesmo poder que você. Mas ainda acho que precisamos ter um bom diagnóstico do que realmente é o seu problema, princesa. Já devíamos ter colocado um ponto final nisso.

— Você sabe... Minha magia me permite saber certas coisas. Ultimamente... Eu tenho sentido algo aqui dentro – ela falou pondo as mãos sobre o ventre.

A guardiã arregalou os olhos ao entender onde ela queria chegar, mas não teve tempo de responder, os dois Links haviam chegado. O garoto se dirigiu à noiva e entrelaçaram suas mãos trocando algumas palavras. Impa afastou-se quando o mais velho andou na direção de Zelda e beijou suavemente a testa da princesa.

— Eu te amo, Zel. Voltarei o mais rápido possível.

— Vou ficar esperando, herói – ela devolveu o sorriso e o beijou.

Minutos depois, a princesa viu seu marido distanciar-se na companhia da fada, da princesa das sombras, escondida na sombra de Link, do garoto que tanto se parecia com ele, enquanto as cores do céu começavam a mudar do laranja do pôr do sol para o escuro da noite.

— Não vai contar a ele? Ainda temos tempo.

— Não tenho certeza de nada... Ainda é muito cedo. E se eu estiver mesmo doente?

— Saberemos em breve.

— Quero que ele esteja aqui. Vamos esperar que voltem. Ele se desconcentraria se eu dissesse algo agora, ainda mais se não for verdade.

— Acho que ficaria mais tranquilo.

— Talvez não - viu-os desaparecer no horizonte.

— Vamos entrar, está ficando frio aqui.


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