The Legend of The Sky's Princess escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 18
Capítulo 18 - O aviso de Hylia




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Capítulo 18 – O aviso de Hylia

– Link! – Zelda o abraçou forte, afagando seu cabelo louro, aliviada por vê-lo de novo em segurança.

– Está tudo bem por aqui? Você ficou me esperando na entrada desde que saí?

– Não, acabei de voltar pra cá. Impa me fez ficar quieta o máximo possível. Zelda* até mesmo me fez dormir com a harpa. Ela tem uma linda voz. Mas agora me digam... Como está a situação?

– Bem parecida com a última vez – Midna adiantou-se.

– Mas dessa vez está chovendo em todo lugar e apesar da ausência do crepúsculo, encontramos os monstros de Zant – Navi lhe disse.

– E as pessoas? As crianças...

– Todas escondidas. E até agora não soubemos de nenhum sequestro de crianças. Há guardas pelo reino, mas nem sempre conseguem deter as ameaças facilmente. Muitos deles estavam no bar de Thelma, tentando discutir alguma estratégia – Link lhe contou.

– Alguma indicação de como acabar com isso?

– Libertando os espíritos da luz de novo. Há muitos monstros de Zant perto deles, isso faz sua luz desaparecer. Faron Woods já está segura. E eu devo continuar com os outros lugares. O espírito em Faron me advertiu sobre algumas coisas.

Link, Midna e Navi lhe contaram sobre o que se sabia dos planos de Ganon, porque deviam proteger os visitantes do céu e sobre o novo poder da Master Sword.

– Zelda* está praticando arco e flecha em um das salas com Impa. Link* está conversando com Fi em seu quarto.

– Zelda!

Os quatro se viraram ao ouvirem a voz familiar. Era Impa.

– Não suma assim, sua travessa! Quais notícias nós temos? – Ela perguntou quando se aproximaram.

Zelda lhe repetiu o que ouvira de Link, Navi e Midna.

– Apesar de tudo estar sob controle, ainda estamos ameaçados. E se Ganon chegar aqui, de nada adiantará termos todos esses guardas. Eles vão segurá-lo por pouco tempo. Zelda* está com Link* no quarto, vá logo encontra-los – ela disse ao herói do tempo.

Link e Navi se dirigiram ao caminho dos quartos e as duas princesas acompanharam Impa para segui-los.

– Enquanto as coisas não se resolvem... Você não deve ficar sozinha – disse à Zelda – Ainda mais estando enfraquecida fisicamente, embora não saibamos por que. Sei que você detesta ser seguida por guardas, então não saia da minha vista. Você luta incrivelmente bem, mas não sabemos como Ganon se mostrará agora.

Quando chegaram até o quarto Link acabara de terminar sua explicação sobre o novo poder da Master Sword.

– Aconteceu a mesma coisa em Skyloft. Sempre que eu aprendia mais uma canção, a Master Sword ganhava um novo poder.

– Eu preciso despertar a minha. Por isso peço sua ajuda – disse a Zelda* e Link*.

– Será um prazer – ele respondeu.

– Zelda*... – a princesa lhe chamou – Tem alguma ideia de como fazer isso?

– Acredito que sim. Espero estar certa... Mas é melhor nós sairmos daqui.

Todos seguiram para uma sala maior, onde Zelda* estivera praticando arco e flecha.

– Fiquem longe – ela pediu às duas princesas, à fada e à guardiã, que imediatamente seguiram seu conselho - Vocês dois... Ergam as Master Swords.

Os dois desembainharam as espadas e as ergueram, mantendo certa distância. As notas suaves da harpa e a doce voz de Zelda invadiram o ar quando ela começou a cantar Ballad of The Goddess. À medida que a canção avançava uma luz dourada se formou ao redor da harpa, aumentando com o passar dos segundos e indo de encontro às lâminas das duas espadas. A Master Sword de Link* passou a brilhar mais intensamente, e como se disparada de um canhão, a luz colidiu com a lâmina de Link, obrigando ambos a segurarem as espadas com as duas mãos para mantê-las firmes. Ao fim da canção, a luz perdeu força até desaparecer.

– Nota alguma diferença, Link? – Navi lhe perguntou, sobrevoando a cabeça dele novamente.

Ele observou a espada, surpreendendo-se ao olhar o lado plano da lâmina.

– Não estava assim antes...

Os outros chegaram mais perto e puderam ver uma espécie de desenho na lâmina, feito na cor verde.

– É o mesmo desenho que apareceu na minha Master Sword quando comecei a fortalece-la.

– Então funcionou... – Zelda* sorriu, feliz consigo mesma.

– Muito obrigado a vocês dois.

– Estamos a postos quando precisar – ela lhe disse – Afinal, essa guerra é mais por nossa causa do que por qualquer outra coisa.

– Já falamos sobre isso, não se sinta culpada – Zelda pediu – Nossa única alternativa é derrotar Ganon novamente, então vamos fazê-lo.

Horas mais tarde Link se preparava para partir de novo com Midna e Navi, dessa vez para as minas dos Gorons na Montanha da Morte.

– Você está indo duas vezes no mesmo dia... – Zelda resmungava sentada na cama deles – Detesto ver os outros fazendo todo o trabalho e não poder fazer nada.

– Mas Link* e Zelda* também estão parados aqui – ele respondeu enquanto recolocava suas luvas.

– Enquanto você saiu ele ficou o tempo todo perambulando na entrada, caso acontecesse alguma coisa e Zelda* treinou arco e flecha e conversou por um bom tempo com Impa, estão se tornando boas amigas.

– Impa também faz parte dessa lenda, ela nasceu pra proteger você. Ela não deixa de ser uma parte da Impa que Zelda* conheceu e a quem se apegou tanto. Deve ser doloroso pra ela não poder mais vê-la, mas estar ao lado da nossa Impa deve lhe trazer algum alívio.

– Tem razão. Mas não desvie o assunto, Link!

Ele riu. Estava quase pronto, faltava apenas seu chapéu, no qual Navi estava dormindo profundamente agora. A fada se cansara após tantos anos sem toda aquela correria atrás dos inimigos, precisaria se readaptar.

– Querida, eu entendo você. Como acha que me senti quando descobri que em algum momento do tempo-espaço estive dormindo por sete anos enquanto todos lutavam pra sobreviver sem um herói? Esse reino é seu, e sinto o quanto quer mais do que ninguém lutar por ele. Sei o quanto você detesta ficar só olhando, afinal pode assustar e destruir qualquer um que a veja manejando essa espada. Lembra-se de quando os novos guardas te viram lutando pela primeira vez? A partir daquele dia passaram a treinar dobrado. Nunca vou esquecer da cara deles – Link soltou uma grande gargalhada, ouvindo Zelda rir também, mas não funcionou por muito tempo, ela sempre fora teimosa, desde criança.

– Ei! Não tente me comprar com chantagem emocional, Link!

– O que é isso? Estamos iniciando uma briga? – Ele perguntou em tom de deboche – Assim vamos acabar acordando Navi – ele sussurrou, se aproximando dela.

– Você e seu terrível dom de sempre ter um discurso pronto na ponta da língua – ela reclamou em tom mais baixo.

– Terrível? Acho que é algo bom pra um futuro rei, embora eu deteste aqueles discursos pra o povo.

Ela não respondeu, apenas continuou com sua expressão de desagrado no rosto.

– Eu sei que você não consegue ficar com raiva de mim por muito tempo.

Ele chegou mais perto e a abraçou de repente, derrubando-a deitada na cama. A princesa tentou falar alguma coisa em protesto pelo susto repentino, mas antes que as palavras se formassem Link a calou com seus próprios lábios sobre os dela. Ela resistiu, mas em segundos sentiu o rosto esquentar e entregou-se o correspondendo, deslizando as mãos pra suas costas e seu cabelo, permitindo que a beijasse mais intensamente. Enfim separaram-se com respiração ofegante e os dois pares de olhos azuis se encararam.

– Viu? Você não consegue ficar com raiva de mim por tempo demais.

Ela soltou um risinho e acariciou o rosto do marido com uma das mãos.

– Eu só quero ter certeza de que você está bem. Aonde eu estou indo são lugares hostis e imprevisíveis, podem mudar completamente de repente. É um risco até pra mim que já estive lá tantas vezes... Mas eu prometo. Zel, esse é o nosso reino e o nosso futuro, e nós vamos lutar juntos por ele na hora certa.

– Tudo bem... Mas eu não vou esquecer disso.

– À vontade, Vossa Majestade.

Ela o puxou para beijá-lo novamente por mais alguns segundos.

– Eu te amo... – ele falou ao se afastar – Mas não posso deixar você me enfeitiçar agora. Quero acabar logo com isso.

Beijou a testa de sua esposa e ergueu-se, ajudando-a a levantar também.

Pegou com cuidado o chapéu verde em cima da mesa e olhou lá dentro aproximando o ouvido. Navi ressonava de tão profundamente que dormia. Colocou o chapéu no lugar com toda a cautela para não despertá-la.

– Eu prometo que voltarei o quanto antes.

Deixaram o quarto e a meio caminho do andar de baixo encontraram Midna e Impa olhando-os de maneira estranha.

– O que aconteceu? – Link perguntou.

– O garoto do céu... – Midna começou – Quer ir com você.

– Mas... Todos nós sabemos que ele é um dos alvos de Ganon, não deve se arriscar.

– Eu não sei... – Impa refletia – Você tem razão, mas pelo que sabemos ele também já esteve num vulcão e muito mais hostil que o nosso. Eu acho que seria uma vantagem deixa-lo conhecer os Gorons e a região. Além de sintonizá-lo melhor com você em temos de combate, conhecer muitos povos é sempre útil numa crise.

Os quatro desceram o restante das escadas, pensativos. Não era prudente ariscar o garoto, mas Impa tinha razão, mesmo ela própria não querendo pôr ninguém em risco. Chegando à frente do grande salão de entrada do castelo, onde Zelda fora rendida por Ganon havia tantos anos, encontraram o casal mais novo. Link* os avistou e se aproximou com Zelda*.

– Por favor, me deixe ir. Talvez eu e Fi possamos ajudar em algo. Ganon não deve aparecer enquanto o reino estiver nesse caos, não é?

– Andei pensando... – Link lhe disse – a Montanha da Morte é praticamente um vulcão. É extremamente quente, tem lava por toda parte e os Gorons podem estar malucos de novo. O comportamento da lava é imprevisível, alguns lugares até parecem ter gêiseres feitos de fogo. E lembre-se de que você não pode morrer, esse seria o desejo de Ganon.

– Ganon e o Demon King são o mesmo. Ele nunca me mataria assim, quer acabar comigo com as próprias mãos. Eu sei dos riscos, Eldin Volcano é do mesmo jeito.

– Levarei você então, mas bem armado. Verifique seus armamentos, e saímos em pouco tempo. Midna...

– Sim?

– Você se importaria de ficar aqui dessa vez e...

Ela sorriu

– Eu já entendi. Farei isso com prazer. Tenho certeza que consigo defender esse lugar melhor do que todos esses guardas juntos – os olhos vermelhos brilhavam de satisfação.

– Obrigado – ele falou, observando a vontade de destruir Ganon faiscando nos olhos da amiga.

Aproximou-se de Link* enquanto as duas Zeldas se distraíam conversando entre si e cochichou em seu ouvido.

– Acerte-se com ela antes de ir. Zelda brigou comigo lá em cima – ele disse com um risinho e viu Link* ficar assustado – Já está tudo bem, não se preocupe.

– Isso acontece sempre?

– Não... Ela deve estar nervosa com tudo que está acontecendo sem ela poder fazer muita coisa por enquanto. Vamos, vá falar com Zelda*.

Impa se afastou com Link* e Zelda* para o estábulo do lado de fora e Midna sacou sua enorme e assustadora espada negra e alguns raios luminosos saiam de suas mãos, colidindo com a lâmina e emitindo barulhos, ela parecia estar afiando a espada. Os dois jovens Hylians de Skyloft olharam assustados para a expressão sinistra no rosto dela e se afastaram o suficiente para terem uma conversa tranquila.

– Eu não queria que você fosse pra longe de mim, mas... Hylia me disse que seria necessário, que faria bem pra você, seu crescimento como guerreiro na verdade.

– Ela disse...?

– Num sonho, Link*.

– Ela costuma aparecer sempre nos seus sonhos?

– De vez em quando... Mas na maioria das vezes são só memórias muito antigas, então achei que não seria necessário te contar.

– Ela não falou nada sobre o que está acontecendo? Sobre nós virmos pra cá?

– Não exatamente... Ela disse apenas que uma guerra diante dos seus olhos não é o único motivo para um guerreiro ser forte. Por isso eu acho que talvez seja necessário você lutar ao lado de Link, mesmo que Ganon não tenha aparecido ainda.

Os dois ficaram em silêncio. Toda vez que partia para algum lugar perigoso sem ela, aquela mesma sensação de quando a havia visto adormecer naquele cristal esmagava seu coração. Sentiu-se aquecido quando Zelda* fechou os braços ao redor de seu pescoço e o apertou de maneira reconfortante.

– Eu vou esperar você voltar. Quando chegar eu vou estar bem aqui.

Link* retribuiu o abraço e a beijou até ficarem sem ar.

– É melhor não me deixar esperando, Link*.

Trocaram um sorriso, e ela o viu desaparecer na saída do salão.

******

– Estamos perto! – Ouviu Link gritar enquanto corriam com os cavalos.

Em poucos minutos Pararam em uma parede de pedra e terra com uma escada de madeira presa até o topo. Desmontaram dos cavalos e olharam para cima. O lugar também estava coberto por nuvens assustadoramente escuras e chovia forte. Os cavalos correram na direção oposta, procurando abrigo da chuva.

– Se os Gorons estiverem mesmo enlouquecidos, quando nós chegarmos lá em cima devem vir rolando atrás de nós. Com essa chuva vai ser ainda pior, mesmo com minhas botas magnéticas. Se isso acontecer, fique atrás de mim a uma distância segura e tenha cuidado quando eu jogar o Goron pra trás.

– Eles andam acima da terra?

– Sim. São grande, redondos e duros como pedra. Quando estivermos seguros vou lhe ensinar como usá-los pra alcançar lugares mais altos.

– Os Mogmas andam pelo subterrâneo e quando sobem à superfície só saem da terra até a cintura.

– Mogmas? Interessante, fale-me sobre eles no caminho.

Link sentiu Navi agitar-se dentro de seu chapéu, devia estar em desespero por acordar de repente dentro de um chapéu molhado.

– Aguente um pouco, Navi! – Ele falou alto para tentar ser ouvido através do barulho que a chuva forte fazia.

A fada voou como pode e se agarrou ao cabelo de Link, onde era mais fácil proteger-se da água. O Herói do Tempo se adiantou subindo as escadas, sendo seguido pelo garoto dos céus.


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