Thiefs Tale escrita por Hoko


Capítulo 1
Primeiro Crime


Notas iniciais do capítulo

Neste primeiro capitulo vemos as habilidas de Thar postas em ação, entrando na casa de um Barão para elimina-lo, nada mais do que um dia típico e comum para um membro do clã dos assassinos, uma introdução rápida para apresentar o personagem e ver as habilidades dele em ação.

Espero que gostem *-*



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Thar era um jovem comum com seus 17 anos de idade, cabelos curtos e negros assim como seus olhos que estavam concentrados em seu objetivo...

 

- Talvez não seja tão comum, garotos comuns não são assassinos profissionais, muito menos membros do Orberus creio eu. – Um sorriso largo brotava de seu rosto ao proferir tais palavras.

 

Recomeçando assim a escalar a pequena muralha de 5 metros que cercava a mansão  do Conde Von Blan seu alvo atual, envolto em sua longa capa negra que o fazia ser confundido com a noite de nuvens densas, sem estrelas o assassino sequer pensava no motivo pelo qual aquele homem merecia e iria morrer afinal sua vida sempre fora assim, cumprir ordens e efetuá-las, sempre fora assim e não seria agora que iria mudar. Deixando de lado esses devaneios volta a se concentrar na sua missão, repassando para ninguém num tom sussurrado e imperceptível para outros ouvidos que não os dos membros treinados do Orberus, o Clã dos Assassinos.

 

- Bom o plano é simples, como deve ser, terminando de escalar esse muro irei mergulhar atrás dos arbustos após de escorregar lentamente pelo lado interno do mesmo, entrar na casa sem ser visto pelos dois guardas que fazem a ronda do lado de fora, para em seguida subir ao segundo andar, apagando o guarda com alguns dardos tranqüilizantes, entrar no quarto e meter esta adaga que roubei das posses pessoais de um outro nobre que sempre teve desavenças com o nome Conde, iniciando assim, uma pequena encrenca dentro do reino... rápido, fácil e com uma gorda recompensa esperando por mim ao fim de tudo isso. Ah a vida é doce.

 

Começando a por em prática aquilo que havia dito, terminando a escalada prende um pequeno gancho com uma corda em uma das pequenas “pontas de lanças”, como são chamadas as proteções que existem no topo das muralhas, envolvendo a outra extremidade em sua cintura, começando assim a descida em um canto escuro que tornava invisíveis seus movimentos e o barulho do vento que soprava gelado sobre os desavisados guardas encobria também os sons que podia produzir até que finalmente pousa sua bota de couro sobre o chão gramado do pequeno jardim da residência, até então tudo corria bem e de acordo com os seus planos.

Memorizando o ritmo das passadas dos guardas após vê-los passar 2 vezes a frente de seu esconderijo fixa em sua mente o tempo que teria até a passagem de um dos guardiões do local novamente, correndo para dentro da mansão que estava quase sem iluminação alguma salve a cozinha onde o descuidado guarda responsável pela parte interna do local comia vorazmente um belo pedaço de pernil de porco que a jovem cozinheira, seu amor correspondido, ficava fitando docemente seus olhos, aproveitando para trocar caricias doces com seu amado, como pequenos olhares e toques suaves de mão. De fora Thar apenas sorria deliciado ao pensar em quantos pernis não poderia comer com o dinheiro que ganharia com aquela missão.

Subindo então para o segundo andar, poderia pular a parte de matar o guarda, tanto melhor assim, não se importava em matar, mas isso também não queria dizer que gostava, evitando mortes poderia ao menos manter sua consciência em paz e diminuir o numero de pessoas que viriam em busca de vingança atormentá-lo em incessantes pesadelos cheios de culpa e remorso durante a noite. O quarto estava apenas recebendo iluminação natural que vinha da janela, sua rota de fuga já previamente estudada nas outras vezes que visitara a mansão para realizar de melhor forma possível sua tarefa.

 

- Maldito, ronca como um porco e ainda tem doces sonhos, o verdadeiro vilão aqui é você que vive por um titulo e dinheiro roubado do povo, matar pessoas como você é fazer do mundo um lugar melhor... – Falava isso no mesmo tom de voz treinado, sabendo que o Conde não iria ouvi-lo, assim como não iria acordar daquele que seria seu ultimo sonho.

 

Tirando a adaga com o cabo em formato de cabeça de falcão símbolo do Barão Starvens  inimigo declarado do homem que tão tranquilamente dormia sem esperar a terrível peça que o destino resolvera lhe pregar o rapaz anda em direção ao seu alvo parando a apenas alguns paços do lado da cama confortável no estilo árabe, com um grande toldo por cima da mesma coisa comum entre os nobres, mas para o jovem que iria matá-lo nada mais do que uma peça desnecessária e sem cabimento. “Um lençol mal colocado, gostaria de saber quem foi o burro que teve a idéia de fazer isso.” – Dissera certa feita para seu primeiro treinador, quando ainda uma criança de 10 anos começara seu treinamento no Clã, deixando sua infância de lado para conseguir dinheiro e dignidade na vida, coisa que nunca tivera.

Voltando a realidade, Thar se repreende por se perder em devaneios em momentos tão importantes e promete a si mesmo, começar a praticar meditação como prometera para o seu atual mestre a alguns dias atrás. Pega a adaga e larga um liquido vermelho cobre de um vidrinho transparente que trazia em um de seus muitos bolsos, um poderoso veneno, mesmo o alvo sendo o coração do velho e sabendo que mesmo que ele estivesse a 50 metros de distância atirando a adaga não erraria queria fazer com que o crime parecesse o mais amador possível, afinal só pessoas que não tem certeza da própria capacidade de matar pensariam em usar algo a mais para garantir a eficácia do seu plano.

Depois de preparada a arma crava rápida e precisamente a adaga no coração do velho que não tem nem tempo de abrir os olhos para morrer, o único som que se ouve é um suspiro abafado de alguém arrancado de forma tão repentina do mundo dos sonhos para o mundo dos mortos, se permitindo um sorriso pela precisão de seu plano Thar caminha em direção a janela, abrindo-a delicadamente para começar a sua retirada em mais uma missão perfeita.

Mal sabia ele que uma sombra o vigiava de longe do topo de uma árvore avaliando o desempenho do jovem a quem chamava de aluno, afinal não admitiria erros de um dos seus alunos, mesmo sabendo estar diante do mais brilhante dele, jamais revelaria o orgulho que sentia do jovem Thar, o filho de escravos que aos poucos se tornava uma peça mais e mais fundamental na história da Orberus.

Saindo pelo ponto onde havia entrado, começava a rumar para a cidade se misturando as pessoas, as sombras e até mesmo as casa agora que despira sua capa negra guardada em uma pequena mochila o jovem de sorriso largo não parecia nada mais que um jovem comum.

- Sim nada alem de um jovem comum... – Dizia para si mesmo dentro dos pensamentos que percorriam sua cabeça, enquanto acelerava o passo e ia até a sede do clã disfarçada de igreja para uma bela refeição e uma cama quentinha, sem contar em um bom saco cheio de moedas de ouro. – Um garoto comum...


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Notas finais do capítulo

Critiquem, xinguem, elogiem, ou simplesmente leiam, o que importa para mim é que apenas sejam sinceros caso resolvam comentar, se preferirem não fazê-lo e continuarem como leitores anônimos só posso desejar uma boa leitura agora e nos próximos capítulos.



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