Who Are You, Butler? escrita por Uchiha Bibis


Capítulo 17
Discovering


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Primeiro>> Quero dizer que este deve ter sido o capítulos que eu mais gostei de toda a fic. Adorei escrevê-lo e estou muito empolgada para ver o que vcs vão achar dele. E que nesse cap, duas músicas seriam essenciais para o texto.
Segundo>> Neste capítulo eu recomendo vocês escutarem Run, do Snow Patrol. Não é necessário, mas vão por mim, vocês vão querer ler escutando essa música. Não é pra botar para tocar agora, agora. Oh, as palavras chave para vocês colocarem play na música é "música lenta". Okay? kkkk por via das dúvidas, está em Itálico a frase. Sérioooo Fica muito show. ashuashaushauh
Terceiro>> Deixem a música tocar até o fim, mas não botem pra repetir.
Quartoo>> Se quiserem, novamente tem outra música, como eu havia dito, são duas músicas neste cap. A outra In The End do Linkin Park. Essa a palavra chave é "sabe", também em itálico. Mas essa música, já vou avisar é mais pra uma parte pequena mesmo. Apenas pra narração. Deixem tocar tudo.
E é isso! Espero que gostem!



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Tudo estava bem. Estávamos tranquilos, eu estava tranquila, sem lembrar de nada desnecessário. Até tocar aquela música. Essa foi à música que tocou, exatamente quando aquilo aconteceu. As imagens passaram como flashes na minha cabeça. O lobo deitado, todo ensanguentado, machucado no meio da neve, invadiu meus pensamentos e eu senti um aperto no coração. Depois, a imagem da pantera negra pulando por cima de mim, assim como o lobo, e os dois se mordendo e agarrando. As imagens continuavam vindo, como um relâmpago atingindo em cheio meus pensamentos. Senti meu coração bater mais rápido, um arrepio na espinha, e dores de cabeça. Fiquei tonta por um momento, olhei pros lados, e tudo parecia rodar mais devagar do que rápido. Olhei para Castiel ao meu lado, que tinha a expressão preocupada estampada em seu rosto. Ele me segurou quando ameacei tombar para o lado, pela cintura, firmando meus pés no chão. Olhei para ele, seus olhos acinzentados ainda estavam com aqueles raios dourados, seu olhar aflito direcionado para o meu em busca de resposta. As imagens param por um momento e lembro-me do ataque da pantera e do lobo novamente. O jeito que o lobo me encarou quando ele percebeu a minha presença... Era o mesmo jeito aflito que Castiel me encara agora. E depois quando ele pulou e eu achei que fosse pular em mim, mas ele tinha pulado para a pantera. Era como se ele estivesse me protegendo. A imagem voltava e passava, milhares de vezes, rapidamente não me dando tempo de raciocinar direito.

— Você está bem? Quer voltar para casa? – Ele pergunta me estudando firmemente, me segurando pela cintura ainda, como se achasse que eu pudesse fugir dele a qualquer momento, e eu nego com a cabeça.

— Estou bem. Lembrei-me de várias coisas, e isso apenas me pegou de surpresa.

— O lobo...

— Sim. Lembrei-me de quando ele atacou a pantera... – Digo um pouco confusa, e a dor de cabeça domina quando tento repassar a imagem.

— Tente não pensar nisso agora. – Ele fala. Sua voz impassível.

— Eu... – Começo mas paro. Olho para Castiel o estudando. Novos flashes invadem me dando uma nova e incessante dor de cabeça. Uma das imagem fica em meu pensamento. O olhar do lobo. Seus olhos eram cinzas cristal. Com a imagem em minha cabeça, seu olhar além de ser de aflição, era de medo. Ele estava com medo de algo, e a cor em seus olhos... Tinha raios dourados. A dor piora e sinto uma dor no peito, levo uma mão pra cabeça.

— Liza, respira. – Castiel fala e pega meu rosto fazendo com que eu o encare. Só ai percebo que eu tinha trancado a respiração. Solto e respiro fundo. – Você não está bem. – Ele fala ríspido.

— Estou com um mal pressentimento. – Admito e ele me abraça apertado.

— Nada vai acontecer. Nada.

— Como você pode ter tanta certeza disso?

— Eu não tenho. – Admite ele dando de ombros. Ele me solta e olha em volta. – Você precisa se distrair. – Ele olha pra mim e dá o seu sorriso estupidamente branco. – Estou te devendo uma dança. Lembra?

E foi como se por aquele momento, a dor se dissipasse e as imagens tinham me deixado em paz agora. Sorrio suavemente aliviada, a dor apesar de parecer diminuir consideravelmente, continuava ali, junto com o aperto no peito que parecia pior cada vez mais. Estava com um mau pressentimento. Como se alguma coisa ruim pudesse acontecer a qualquer momento.

Castiel sorri. Mas não foi como se ele estivesse mesmo feliz. Foi como se ele sorrisse pra mim uma última vez, e isso deixou um gosto amargo na minha boca. Seus olhos me fitavam... Como se ele estivesse com dor. Sofrendo por algo... Alguma coisa que eu não sei. Ele pega minha mão e coloca em seu ombro, depois pega a outra e encaixa com a sua. Que encaixa perfeitamente com a dele. E uma música lenta preenche o local, começando. Suspiro ao realizar a música que toca. Castiel dá um passo para o lado, e eu o acompanho no mesmo ritmo. O som da guitarra começa, baixo num ritmo calmo. Castiel se inclina ao pé do meu ouvido, enquanto estamos dançando ao ritmo da música. As baterias começam acompanhando a guitarra. Ele canta.

“I’ll sing it one last time for you Than we really have to go You’ve been the only thing that’s right In all i’ve done” { Eu vou cantar uma última vez para você, Então nós teremos mesmo que ir, Você foi a única coisa certa, Em tudo o que eu fiz }

Sinto meu coração querer sair pela minha boca, meu estomago parece realmente estar com borboletas, e sinto uma vontade estranha de chorar. Continuamos para lá e para cá. Ele não para de cantar, sussurrando ao pé de meu ouvido, fazendo-me arrepiar cada vez que o calor de seu hálito de menta entra em contato com a minha pele exposta do pescoço, ouvido...

“And i can barely look at you But every single time i do I know we’ll make it anywhere...

Away from here” { E eu mal posso olhar pra você, Mas cada vez que eu olho, Eu sei que nós chegaremos em qualquer lugar... Longe daqui }

Apesar da música estar alta, consigo escutá-lo claramente... Sua voz rouca, quente e ao mesmo tempo suave... Não sabia que ele cantava. Não sei ao certo por que, mas ao escutá-lo dizer isso... Essas palavras que apesar de serem da música Run... Parece que ele as está dizendo, ou melhor cantando para mim. O que não me agrada... Tranco a respiração quando ele canta a parte a seguir.

“Light Up, Light Up As if you have a choice Even if you cannot hear my voice I’ll be right beside you dear” { Anime-se, anime-se, Como se você tivesse escolha, Mesmo se você não puder ouvir minha voz, Eu estarei ao seu lado, querida }

“Louder, Louder And we’ll run for our lives I can hardly speak I understand Why you can’t raise your voice to say” { Mais alto, mais alto, E nós correremos por nossas vidas, Eu mal consigo falar, eu entendo Por que você não pode aumentar a sua voz para dizer }

Solto a respiração, e sinto minha garganta trancar. Quero falar com ele. Perguntar por que começar a cantar essa música de repente, mas ele volta a me encarar, e toca meu rosto, limpando uma lágrima que tinha caído.

— Por que está chorando? – Pergunta assim que paramos de dançar, ele toca meu rosto e o põe entre as suas duas mãos. Ele olha no fundo dos meus olhos, e eu olho no fundo dos seus. Posso ver a aflição neles, apesar dele não demonstrar. Posso ver o medo estampado em sua cara, apesar dele não se importar. Posso ver o jeito que me olha, e posso ver a sua alma que parece procurar por algo.

“To think i might not see those eyes Makes it so hard not to cry And as we say our long goodbye I nearly do”{ Pensar que eu não posso ver aqueles olhos, Torna tão difícil não chorar, E enquanto dizemos nosso longo Adeus, Eu quase choro}

Apesar dele não estar cantando essa parte, sinto mais vontade de chorar, mas engulo fortemente o choro.

— Por que está cantando essa música? – Pergunto sentindo um nó na garganta.

— Nada em especial. Não gosta desta música? – Pergunta-me. A música continua e eu respondo relutante.

— Gosto. Mas não é isso. É a forma como você canta. Parece que está se despedindo de mim.

Ele ri, e beija o topo de minha cabeça.

— A menos que você queria que eu me despeça de você... Caso contrário, vou ficar ao seu lado.

— Então se eu pedir para você ficar, você fica?

Castiel solta um suspiro como se sentisse aliviado, e sorri quando responde:

— Sempre.

Author’s Narration

A figura esguia aproximava-se do baile, a passos calmos. Tinha uma mão no bolso da calça preta, e a outra segurava um cigarro. Parou de súbito, e olhou pros lados. Tragou o cigarro com força, e logo soltou a fumaça pela boca, deixando um pouco escapar pelas narinas. Jogou o toco no chão, em cima do óleo que ele mesmo havia posto ali. Uma chama pequena se acendeu e foi seguindo a linha do óleo, rapidamente. Ele seguiu a chama com os olhos e sorriu satisfeito. Iria fazer um belo de um estrago. Talvez mais... Depois de certo ponto, começou a seguir a linha, calmamente, a passos lentos, agora com as duas mãos no bolso da calça. Agora que está tudo pronto, é hora do Show. Pensou enquanto seguia em direção ao baile, o lado oposto que o óleo havia seguido.

Já na frente dos portões, ele que apareceu do nada, assustou os guardas dali.

— O que está fazendo aqui? – Perguntou um guarda.

Ele ignorou e continuou andando, subindo as pequenas escadas para entrar no salão do castelo.

— Ei! O senhor não pode passar! – O segundo guarda se pôs na frente dele, mas ele sem ao menos piscar, o empurrou com o que parecia ser dois dedos, fazendo o guarda ir contra a parede, forte o suficiente para ele deixar um estrago na bela parede do castelo. Ele continuou andando e o outro guarda a esta altura já estava muito longe, lutando para não mijar nas calças.

Assim que Dake pôs os pés dentro do salão do castelo, ouviu-se um barulho alto o suficiente para que se escutasse por cima da música que tocava. O chão tremeu neste breve segundo e todos pararam de dançar, confusos, se entreolhando e cochichando. Dake viu que Castiel estava saindo do lado de Elizabeth, indo na direção dele. Dake pôs a máscara e se mesclou na multidão aflita.

Castiel tinha o visto. Ele viu Dake no baile, mas ele o tinha perdido com toda aquela confusão, que as pessoas estavam. Tinha deixado Elizabeth com Mike, junto com Iris e Bianca. Assim que viu que não ia o encontrar, estreitou os olhos assim que escutou o grito de Bianca. Começou a correr de volta, mas ele trombava em muitas pessoas, o que diminuía o seu passo mais do que ele queria. Ele começou a empurrar mais bruscamente e viu que Mike ia na direção de Bianca que estava no chão. Castiel ficou olhando para Bianca por um momento para ver se ele não a tinha machucado. Mike a ajudou levantar, ela parecia estar bem. Aliviado ele procurou por Dake novamente. Ele estava com Elizabeth. Com o sangue fervendo nas veias, ele não tinha mais nenhuma educação e empurrava quem quer que fosse de forma grosseira. Chegou de supetão por trás de Dake que tinha percebido a presença dele, e desviou, mas Castiel já prevendo isso, pegou Elizabeth na hora, e a levou para trás de si, olhando com fúria para Dake que sorria feito o demônio em pessoa.

— Isso sim é o que eu gosto de ver. Essa sua cara, de quem está com medo. E o pior e mais patético é que não é medo de mim. – Ele soltou uma risada alta. Ele lançou um olhar direto para Elizabeth, que se encolheu um pouco atrás de Castiel ao receber o olhar afiado de Dake. Castiel olhou de canto para Elizabeth, depois voltou a olhar para Dake estreitando os olhos. – Ah, eu entendi. Ela não sabe, não é?

Elizabeth, que tinha as mãos nas costas de Castiel, sentiu a tenção dele, e os ombros tremerem. Olhou pra ele e assim que o fez, Castiel partiu para cima de Dake como um relâmpago. Dake recebeu o soco e foi para trás com o impacto, mas não deixou barato e desferiu um soco em Castiel que foi para trás uns dois passos, somente. A raiva já tinha tomado conta de ambos, e Castiel sabia que não ia conseguir se segurar por mais tempo.

— Está louco não está? Está sentindo a transformação lhe consumir, mas você vai resistir a ela, não vai? – Dake falou e riu novamente, limpando o sangue que escorria de seu nariz. – Pois eu não vou me segurar.

O corpo todo de Dake começou a tremer, Elizabeth achou que ele estava tendo um colapso, ou um ataque, talvez uma convulsão, mas não era isso. E ela sabia disso. Dake caiu de joelhos no chão, seu corpo ainda tremendo. Então ele começou a se transformar bem na frente de todos os presentes do baile. No lugar de Dake, agora estava um lobo preto enorme. Ele rosnava ferozmente e de sua boca, ele mostrava seus dentes e a saliva escorria por entre eles. Dake, o lobo negro, mordeu o ar ao mesmo tempo em que rosnava, fazendo um barulho horrível aos ouvidos de Elizabeth. Ela pôs as mãos na boca, horrorizada com o que via, se segurando para não gritar o máximo que podia.

Dake começou a andar na direção dele, até pular sobre eles, Castiel se jogou contra ele e o agarrou nas costelas, o apertando o máximo que podia. Elizabeth achou ter escutado o que parecia ser um choro vindo de Dake. Ele se contorcia todo abocanhando tudo que é lado, louco para dar uma bela de uma dentada em Castiel, mas ele estava menor que Dake no momento. Castiel sentiu as pernas latejarem, junto com o corpo, e ele soltou Dake, respirando pesadamente. Dake foi pro chão, levantando-se com um pouco de dificuldade. As pessoas ao redor gritavam sem parar e corriam loucas atrás da saída. Se achavam que tudo estava correndo rápido, o momento seguinte foi mais rápido ainda. Castiel não tinha mais forças, e ele foi jogado contra o chão, caindo de joelhos, seu corpo todo tremia. Ele sentiu a dor no corpo todo. Aquela sensação nunca fora boa. Sentiu seus ossos do corpo se quebrarem um a um, se refazendo. Ele soltou um grito de dor grotesco que Elizabeth ao ver aquilo ficou espantada. Não sabia o que estava acontecendo com Castiel para ele soltar um grito daqueles, mas ele não parecia bem.

— Castiel! – Elizabeth gritou. Ela começou a ir na direção dele, mas Nathaniel tinha aparecido e a segurava. – Me solta! – Ela fala, e quando vira para ver quem a agarrava, viu que era Nathaniel e se acalmou um pouco, mas ainda queria ir ver Castiel.

— Elizabeth, você não pode ir pra lá.

— Por que? O que o Castiel tem?! – Pergunta alterada, gritando com o loiro.

Agora não, Liza! Vamos embora! –Ele fala, e tenta a puxar antes que algo a mais aconteça, mas ela fica resistindo e olha pra Castiel.

— Castiel! – Grita seu nome novamente. Ela puxa sua mão de forma brusca da de Nathaniel e consegue se soltar. Ela começa a correr pra onde ele está, desesperada querendo saber o que está acontecendo.

Ele levanta a cabeça para ela, tremulo, sentindo dores por todo o corpo. Seus olhos se encontram e ela vê o olhar dele mudar, assim como todo o corpo dele. Castiel urra de dor e sente o corpo se transformar na figura que tanto tentava esconder de Elizabeth.

O lobo branco, estava parado na frente de Elizabeth que tinha parado de súbito ao olhar a figura que tomara conta de Castiel. O lobo se ergueu diante de seus olhos e ela deu um passo pra trás, tentando entender o que acabara de ver. Elizabeth sentiu a respiração lhe faltar e a visão começou a embaçar. Levou novamente as mãos até a boca, segurando o grito. O lobo lançou novamente aquele olhar que tinha atormentado Elizabeth até agora.

Dake, o lobo preto, partiu pra cima do lobo branco que estava distraído com Elizabeth, o mordendo na pata traseira. O lobo branco soltou o que parecia um rosnado e quando Dake ameaçou atacar Elizabeth, ele se jogou na frente dela, cuidando para não acertá-la. Os lobos começaram a andar em círculos rosnando um para o outro. Os dois se jogaram um contra o outro, rápido de mais para os olhos de Elizabeth. O lobo branco mordeu o pescoço do lobo preto que saiu do local indo para fora do salão, fazendo com que as pessoas que saiam voltassem para dentro mais apavoradas ainda. O lobo branco antes de segui-lo, lançou um olhar para Elizabeth, relutante. Escutou um uivo e se virou para frente, indo atrás de Dake.

<>Não sabia Castiel, que esse sempre fora o plano dele.<>

Elizabeth sentia as pernas trêmulas, queria chorar e gritar, saber o que estava acontecendo e por que o Castiel tinha se transformando num lobo. Não sabia o que pensar ao certo. Sentia-se perdida. Elizabeth se virou e viu que Nathaniel tentava chegar até ela, mas ele estava longe e a multidão enlouquecida passava por cima dele, o deixando para trás.

Author’s Narration Off

Pessoas iam e viam de todos os cantos. Umas corriam sem olhar pra trás, enquanto outras simplesmente atropelavam umas que haviam caído. Gritos ecoavam por meus ouvidos, rasgando meus tímpanos como cacos de vidros. Não sabia o que pensar. Minha mente estava um caos e o chão aos meus pés tinha desmoronado. Uma explosão acontece. Então chão treme, e perto de mim, uma claridade me sega. Eu caio no chão e o barulho cessa. Não escuto nada.

Olho ao redor e vejo um homem passar por mim pegando fogo, ele parecia em pânico, mas eu não o escutava. Estava atordoada, as pessoas se empurrando, o som voltando lentamente com um zumbido forte ao fundo, os gritos se misturando e tudo embaralhando. As pessoas continuavam correndo sem parar. Fecho os olhos cansada de mais para mente-los abertos. Tento me concentrar em respirar, pois já estava começando a ser difícil. Abro os olhos e vejo um vulto na minha frente. A visão começa a ganhar foco e Nathaniel olha pra mim horrorizado. Ele fala comigo, mas eu não escuto nada. Tento entender o que ele fala, lendo seus lábios. Apenas consigo entender uma palavra.

“Calma” O que menos vou ter agora é calma.

Olho pra trás dele e outro vulto parece se aproximar. Ele estava longe de mim, mas num piscar de olhos (ao menos pra mim, foi num piscar de olhos. Já que afinal, tudo está girando.), ele estava ao meu lado. Minha visão ganha um pouco mais de foco e vejo Mike que me olhava de um jeito que eu não soube identificar. Outro estrondo acontece e minha visão perde o foco por causa dos tremores do chão. Sinto alguém me erguer, mas não identifico quem. Reconheço o perfume. O mesmo perfume que fez com que ele ficasse doido. Sinto uma dor aguda na perna como se ela estivesse estilhaçada. Lanço um olhar pra ela, tentando erguer a minha cabeça, e ao fazer isso, sinto minha pele arder, e a dor em meu pescoço antes suportável, agora está insuportável. Solto um gemido alto de dor e fecho os olhos com força.

— Merda! Onde é que você estava? – Escuto Nathaniel dizer, sua voz estava grave e alterada, mas continha um leve tremor.

Nathaniel me apertou mais contra seu peito e sussurrou um pedido de desculpas em meus ouvidos.

— E-Eu estava ao lado dela... – Mike começou. – Foi tudo tão rápido! – Sua voz saiu tremula, e preocupada. – De repente Dake apareceu, e ele... Ele tinha pego a Bianca.

— Ele o que? E onde ela está agora?

— Ela está bem. Iris está com ela e Lysandre.

— Merda! – Sinto os músculos do Nathaniel me apertarem com mais força.- Eu tiro meus olhos dela por um segundo...

— Aquele filho da puta... Ele usou a Bianca como uma distração. Assim que eu fui até ele, ele a jogou no chão e foi até a Liza. E ai tudo foi mais rápido ainda. Castiel surgiu do nada e o esmurrou na cara. E então os dois pareciam selvagens. Eu fiquei sem saber o que fazer! Não sabia para onde ir! Em um momento estávamos juntos, parados olhando, perplexos para os dois brigando, em outro estávamos correndo. Eu não sabia onde estava a Elizabeth, tinha perdido ela na multidão! Peguei a Iris e a Bianca e as tirei de lá. Não sabia para onde ia. O que fazia, ou o que faria. Ai, chego aqui, e você já sabe o resto.

— Eu estava com Elizabeth... Mas ela saiu correndo. Eu tentei Pará-la, mas as pessoas começaram a ficar mais loucas! Me empurravam de tudo o que é jeito. E quando eu vi, Elizabeth estava indo pro chão por causa da explosão.

— Meu Deus. – Mike diz com a voz horrorizada. – A perna dela... Temos que fazer alguma coisa!

— Eu sei! – Nathaniel esbraveja. – Precisamos levá-la para o hospital mais próximo. – Sinto que ele começa a andar, rápido. – Vá ficar junto com Lysandre.

— Não. Eu vou levar a minha prima para o Hospital.

— ...Tudo bem. Leigh deve estar com ele mesmo. Vamos. Você dirige. - Ele fala. Tento abrir os olhos e vejo que estamos parados na frente do carro do Nathaniel. Mike abre a porta de trás pro Nathaniel e ele entra comigo, e me coloca deitada no banco com a cabeça apoiada em seu colo. Mike dá volta e entra no carro, ligando o mesmo e nos tirando de lá cantando os pneus.

<>O plano sempre foi separá-los<>


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Notas finais do capítulo

Gente, escrevi tudo isso ontem, das nove até a uma e meia da madrugada. Tendo que acordar as seis e meia. Cheguei no segundo período na escola, então eu espero que vocês tenham gostado, por que eu me esforcei ao máximo para escrever esse cap e poder postá-lo hoje. Mas valeu o esforço por que saiu um cap que na minha opinião foi o melhor de todos, depois da parte fofa do chuveiro, é claro. Bom, pelo menos consegui acordar as sete e cinquenta. Claro que a essa altura a minha mãe queria me matar, mas são casos a parte.
Só gostaria de saber o que vocês acharam e se a fic está tomando um caminho legal, etc. É sempre bom saber!
Beijoooos