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- Haruno Sakura, pirata! – respondeu a ele, fazendo uma reverencia em sinal de deboche puro.

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O futuro de Sakura

Itachi POV’s

“Então ela é mesmo filha do governador Haruno, interessante”, pensei enquanto pensava no que fazer. Sendo quem é, deveria valer algum dinheiro.

Não que fosse pedir resgate ao pai dela e depois ser mais caçado do que já sou pelos corsários, mas talvez vendê-la para algum pirata poderoso e rico, que gostam de mulheres exóticas seria uma boa idéia.

Sasuke rodeava a garota como se fosse uma presa em potencial, e eu tinha que cortar a onda dele logo. Não podia encostar um dedo naquela garota, queria ela intocada para o comprador.

Caminhei ao longo do convés imundo, indo até perto da rampa onde ela e meu irmão de encontravam. Poderia jurar que vi um brilho de admiração nos olhos dela. Era notável que meu irmão tinha herdado minha beleza, porém não era nem metade dela, eu era muito mais bonito u.ú

- Haruno Sakura, né? – disse rodeando-a como meu irmão fazia há um minuto, porém não a olhava como se fosse meu jantar. – O que fazia perdida em uma taverna da cidade? – perguntei sendo educado com ela, mais do que seria com alguma de nossas cativas.

- Isso não lhe interessa, pirata. – desafiou-me ela ainda tentando arrumar o vestido tão fino, agora sujo. – Só exijo que me leve pra casa, e talvez Deus tenha piedade de sua alma na hora da forca.

- Não deveria tratar-me assim tão mal, afinal, sua vida depende da minha boa vontade no momento. – avisei-lhe para que baixasse todo aquele ar de superioridade, já que se não fosse minha protegida, viraria um simples brinquedo na mão dos tripulantes.

- Perdoe-me, não sabia que assassinos nojentos como você mereciam respeito. – berrou ela dando as costas pra mim. Juro, eu não suporto isso.

Desembainhei a espada e a segurei pelos cabelos, encostando a espada em seu pescoço. A respiração dela ofegou e suas pernas tremeram. O cheiro de cerejeira que vinha dela me embriagou e o toque em seus cabelos macios era no mínimo tentador. Mas eu não me deixei levar, porque sabia que só sentia isso por estar a algumas semanas longe do corpo de uma mulher.

Ninguém no convés se assustou com a minha, se assustariam mais se eu deixasse aquela garota sem amor a vida falar daquela maneira comigo. Mas, ao contrario do esperado, a rosada não gritou. Era visível o nervosismo dela, mas ela continuou calada.

- É melhor baixar o tom, minha querida. – sussurrei perigosamente perto no ouvido dela. – Não vou ser tão bonzinho sempre. – e retirei a espada do pescoço dela, colocando-a na bainha.

A garota estremeceu assim que soltei os cabelos dela e caiu de joelhos no chão. Estava visivelmente em choque.

Logo a voz de Gaara me tirou de devaneios que costumava ter às vezes.

- Itachi! – berrou ele de perto da proa. – A guarda saiu atrás da princesinha. – informou-me ele.

- Sasuke, cuide de tudo. Vou lá embaixo trazer uma das cativas para cuidar da nossa hime. – comuniquei me dirigindo para o porão. – Shikamaru, leve Sakura pra aquela cabine, e volte imediatamente. – completei. Optei por Shikamaru porque ele é um dos mais controlados, e não acabaria agarrando a garota em uma cabine qualquer.

Sakura POV’s

Enquanto eu ainda estava ali no chão, ouvia Sasuke berrar algumas ordens em linguagens marinhas, coisas que eu entendia muito bem, mas não queria prestar atenção. Itachi sumiu de repente e um dos tripulantes se aproximou de mim. Era bonito, como todos no navio. Era uma beleza exótica e uma expressão de tédio, mas ainda sim era bonito.

- Venha comigo, Sakura-sama. – aleluia, era o primeiro que me tratava bem nesse projeto de navio. – Vou lhe mostrar onde vai ficar.

Provavelmente iria pra junto das tais cativas que Itachi provavelmente tinha naquele navio. Shikamaru caminhava na minha frente em passos rápidos, mas calmos, conduzindo-me por corredores lotados de portas. Chegamos a uma porta mais imponente que as outras, que ocupava toda uma larga parede. Feita de madeira de carvalho e com detalhes folheados ao que parecia ser ouro. Ele abriu a porta pra mim e saiu e seguida.

A porta não era nem metade do luxo daquele quarto. Um amplo aposento luxuosamente decorado se abria pra mim naquele momento. Adentrei o lugar olhando cada um dos móveis caros, dos tapetes importados das Índias, e cortinas feitas da seda chinesa mais cara. Havia ali no quarto uma penteadeira de mogno com alguns adornos e jóias femininos em cima, uma enorme cama de casal também de mogno com um dossel de seda pura caindo até o chão, um guarda-roupa da mesma madeira, decorado com folhas de ouro e prata.

Parecia mais um quarto de castelo do que uma cabine de um navio pirata. Olhei o estado do meu vestido lindo, havia ganhado de presente do meu noivo e agora ele parecia um trapo. E não esperava que ali tivesse algo pra vestir, a não ser roupas de homem.

De repente a porta de abriu e a primeira pessoa que vi foi Itachi. No mesmo momento me desesperei, tentando entender o motivo dele estar ali. Coisas absurdas passavam na minha cabeça, entre elas uma explicação mais plausível pra ele ter me colocado ali do que pura bondade.

Mas ao que pude ver ele não estava sozinho. Duas garotas de aparência lamentável eram arrastadas com ele com brutalidade. Elas não gritavam, como se já tivessem acostumadas aquele tratamento.

- Suas novas damas de companhia Sakura-hime. – ok, ele estava brincando comigo né? Ele é mesmo um bom samaritano? Fingi não ter notado o sarcasmo com que ele colocou o sufixo no meu nome – Espero que se deem bem. Vai achar tudo o que precisa no armário e na penteadeira.

E saiu sem mais nem menos. As duas garotas que estavam na minha frente eram muito bonitas, mas pareciam ter passado muitas provações. Passei direito por elas e fechei a porta, depois puxei a cadeira da penteadeira, com um pouco de esforço admito, e duas que estavam por aí no quarto. Sentei-me em uma e fiz sinal para que elas fizessem o mesmo.

Lentamente, como se com medo de uma repreensão, elas sentaram, parecendo estranhar o assento macio e confortável.

- Como se chamam? – perguntei tentando iniciar uma conversa.

Um silêncio nada agradável veio, até que a loura o quebrou.

- Me chamo Yamanaka Ino e essa é Mitsashi Tenten, Sakura-sama. – a voz dela era fraca e rouca, mas muito bonita e melodiosa. Falava com cadencia de alguém que estudou, ou seja, que não era uma simples aldeã.

- Sem formalidades, por favor. – pedi, não queria me sentir mais mal do que já estava. Eu era uma cativa como elas, mas ao contrário delas, eu estava sendo tratada como uma hime e elas foram tratadas como escravas possivelmente. – Vocês moram aqui?

- Pode-se dizer que sim. – começou a morena, falando pela primeira vez. Como a loura ela parecia ser uma moça instruída. – Fomos capturadas há dois anos, e dadas como mortas pouco depois. Nos mantém aqui como cativas, para limpar e cozinhar. Graças a Kami não nos usam pra mais nada.

Eu estava me sentindo decididamente mal. Mas a loura voltou a falar.

- Você, quem é? – perguntou. – Claro que sei que seu nome é Sakura, mas o que fez para eles te pegarem? Obviamente é alguém importante, Itachi-sama nunca confiou esse quarto a ninguém, nem mesmo a Hinata-sama, prima de Neji-san. – então eu não era a única mulher além delas ali, mas a primeira a merecer aquele quarto. Interessante!

- Sou a filha do governador Haruno. – respondi. – E essa Hinata, onde está ela?

- Hinata-sama é prima do Neji-san, ex-capitão do Byakugan, que afundou. Hinata-sama morava com os tios, mas quando esses morreram, ela ficou sem ninguém, o que fez o primo, já trabalhando no Sharingan buscá-la para viver com ele. Ela é tratada como uma princesa aqui dentro, já que é noiva do Sasuke-sama. – Ino começou a tagarelar. Ela parecia mais feliz. – Neji-san é um dos olhos perolados e cabelos preto azulados. Hinata-sama é muito parecida com ele fisicamente, mas na personalidade eles não têm nada haver. Neji-san é calmo e frio, já Hinata é muito metida, se acha a melhor, é irritante e nojenta.

- Não sei como Sasuke-sama aguenta ela. – lamentou-se Tenten revirando os olhos.

Agora as meninas estavam muito mais soltas e conversávamos animadamente. Até que Shino foi me avisar que eu e minhas novas damas de companhia iríamos jantar com o capitão, seu irmão e a noiva desse último. As meninas estavam muito animadas com a perspectiva de não precisar mais cozinhar pra chata da Hinata e poder dormir em outro lugar que não aquele sótão escuro.

Tomei um banho quente em uma tina de bronze que as meninas prepararam com o maior prazer e fui fuçar o guarda roupa. Achei lindos vestidos, muito finos e caros. Peguei um roxo maravilhoso. Suas mangas iam até os cotovelos e era de gola alta. Era muito apertado até a cintura, onde a saia se avolumava lindamente. Por cima da saia havia um fino pano brilhoso que dava um ar espetacular ao vestido. Ele era trançado no busto, imitando as cordas de trás de um espartilho. Todos os detalhes do vestido, desde o punho, a barra da saia e os detalhes do busto eram prateados.

Esperei as meninas saírem do banho para me ajudarem a colocar o espartilho e o vestido. Quase não consegui respirar após Tenten e Ino apertarem aquela arma mortífera até eu não sentir mais meus seios.

Depois de pronta, enquanto as meninas vestiam-se, claro que mais simples que eu, fui até a penteadeira. Encontrei uma escova muito linda e escovei meus compridos cabelos rosa delicadamente. Logo depois encontrei jóias prateadas, com pequenos diamantes incrustados. Aquilo serviria.

Ino e Tenten vestiam roupas simples que condiziam com sua nova posição. Damas de companhia. Ino estava de azul céu, que combinava lindamente com seus olhos azuis e cabelos louros. Tenten estava de verde musgo, cor que contrastava com seus olhos e cabelos chocolate.

Para completar, peguei um perfume de essência lilás com laranja e me perfumei um pouco. Não era porque estava presa em um navio pirata que iria deixar de me arrumar né? n.n

- Vamos meninas. – falei saindo com elas pela porta de carvalho em direção ao salão de banquete do navio.

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