Bully, no more. escrita por Mayoru Yume


Capítulo 4
Devemos Começar?


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Postando outro capítulo para compensar a demora!
(^-^)



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Eu o olho assustada, com minhas pupilas semicerradas e mareadas.

Claro que para ele, era apenas um brinde por me sequestrar. Como ele é de classe alta, pode fazer o que quiser e simplesmente pagar uma fiança. Por isso que não adianta nada tentar fugir. Ele manda pessoas me rastrearem, e depois vai verificar e deixa seu rastro.

Ele me olhou com desprezo e um sorriso sarcástico e perguntou:

– O gato comeu sua língua?

Eu continuei quieta, e o encarando.

– Acho que vou deixar mais divertido. Não tente sair dessa cadeira.

Ele havia ido perto de um armário na garagem. Ele abriu a primeira gaveta, e pude sentir a ansiedade que ele tinha. Ele pegou uma fita isolante preta.

Enquanto ele estava procurando os outros materiais, eu tentei andar sem fazer barulho. Quando escuto uma voz assustadora...

– Eu te a~vi~sei...

Eu notei que ele estava segurando uma corda grossa. Quando eu soube o que ele poderia estar pensando, apertei o passo e corri até chegar a um final sem saída.

E então ele pegou meus pulsos e amarrou-os com um pedaço cortado da corda.

– Mesmo se você tivesse continuado sentada, iria fazer o mesmo. Mas já que desobedeceu, vai ser pior. Garota má...

Eu abri as pupilas, assustada. Tentei pedir por ajuda:

– Socor...

Ele pegou a fita isolante e pegou um pedaço e colocou em cima de meus lábios.

Eu queria muito gritar, mas não podia.

Então ele me pegou novamente no colo e foi até perto da cadeira e me jogou nela.

– Acho que vou fazer algo... Diferente.

Ele pegou o pedaço que restou da corda e me amarrou na cadeira.

Então ele falou maldosamente:

– Prefere soco ou chicote? Há, é mesmo, não pode falar...

– Mummmph...

Eu não posso gritar. Por que ele escolheu fazer isso comigo?

Lembro-me do dia... Daquele dia.

*FLASHBACK ON*

Eu estava arrumando a mochila com meus materiais.

Notei que algumas pessoas estavam cochichando.

Um deles era o Peter, o estudante novo que havia se transferido há uma semana. Ninguém sabia o motivo dele ter sido transferido no meio do ano, mas havia boatos sobre ele ter agredido uma estudante, que imediatamente contou e não quis saber sobre perdoá-lo.

E ele estava conversando com o David e com o César.

Peter era consideravelmente lindo. Tinha cabelos castanhos escuros e olhos verdes. Eu o achei bonito e inteligente. Nenhuma menina confessou para ele por acharem que ele tinha más intenções, mas boatos são boatos.

Um mês depois...

Hoje é o dia dos namorados.

Sei que é besteira tentar, mas... Quero me confessar a ele.

Eu me agachei e peguei minha mochila.

Abri-a e peguei o chocolate que eu fiz para ele.

Era um chocolate médio em formato de coração, com chantilly contornando seu formato, e com dois olhos e um sorrisinho no meio.

Eu segurei o pote de formato de coração onde o chocolate estava.

Eu até abracei o chocolate; muito feliz. Claro que alguns olhos fitaram a mim, mas não me importei. O Peter era um deus grego, luz do fim do túnel. “Claro que uma filha de um dono de uma franquia de confeitarias sabe cozinhar”, pelo menos, é o que meus pais disseram após provar um pedaço de um teste do chocolate.

Eu esperei a hora do intervalo chegar, enquanto fazia os exercícios de Matemática com uma pulga atrás da orelha.

O sinal tocou, e eu peguei o chocolate. O lanche fica para depois.

Eu levantei rapidamente da carteira. Corri até a porta e passei por ela, que já estava aberta. Claro que fui uma das últimas a sair, mas enfim...

Eu apertei o passo no corredor. Meus cabelos prateados batiam sob o vento do corredor.

Eu corria apressada, mas nem tanto. Não queria chegar suada e com odor fétido. Usei meu perfume “La Cherié” antes de vir á escola. Era tal de perfume francês que me custou 60 reais. Espero que valha a pena.

Eu mal notei que eu estava quase encostando em Peter. Eu disse:

–D-D-D-Desculpa! Eu não te vi...

Ele me olhou sorridente e perguntou:

–Pra quem vai esse chocolate?

Eu corei na hora. Ele sabia muito bem que eu tinha um chocolate nas mãos, e eu falei:

–A-A-A... Esse Cho-cho-colate...

Eu estendi minhas mãos o segurando e disse:

– É pra vo-você...

Ele me olhou surpreendido e pegou o chocolate com um sorriso vibrante e disse:

–Valeu!

Eu explodi por dentro. Eu senti vários furacões dentro de mim, como se eu fosse uma garrafa de tempestade em pó.

E então ele disse:

– Siga-me, por favor?

Eu o olhei muito animado, curvei meu rosto para a direita e disse:

– Com certeza!

Let it go, let it go…

Can’t hold it back anymore

Eu o observei e o segui até chegarmos á uma sala escura. Havia uma placa onde estava escrito:

SALA F-2

Ele me olhou com um sorriso malicioso. Eu fiquei assustada, e quando eu pensei em perguntar o motivo do sorriso, ele entrou e falou:

–Venha!

Eu entrei assustada, com as mãos á tremer.

Ele simplesmente fez um sorriso sarcástico, com uma expressão tenebrosa, e disse:

–David, César...

Eles vieram, e depois o Peter chamou outra pessoa:

– Anabeth...

A tal Anabeth chegou animada, e me olhou segurando um refrigerante.

Ela pegou o refrigerante e virou em mim e disse:

– Parabéns Peter. Eu sempre soube que ela estava interessada em você, e pensei que seria extremamente útil me aproveitar disso para acabar com essa... Esquisita.

Ela me olhou maldosamente e riu maniacamente e disse:

– Eu sei do seu segredo. Abra seu olho esquerdo, agora.

Eu o manti fechado, com os braços em minha frente, por proteção. Eu estava molhada de Sprite, e meu cabelo prateado pingava gotas no chão. Minhas roupas estavam molhadas, e meu corpo estava molhado também.

Ela disse então:

– Eu vou o abrir por conta própria.

Ela abriu meu olho esquerdo e puxou uma fina camada. Sim, eu usava uma lente no olho esquerdo, porque eu nasci cega de um olho, e um olho era um lilás simples enquanto o outro era um cinza triste, sem emoção.

Ela apontou para os meus olhos, e depois de ver minha expressão chocada, pisou na lente.

Eu abri os lábios:

– Não...

Eu coloquei as mãos no meu olho cego e o tapei. Eu não queria que ele fosse visto.

A Anabeth arrancou as mãos de meu olho e disse rindo:

– Olhem isso! Parece um ET!

Ela apontou para mim e disse para os rapazes:

– Agora podem brincar.

Ela saiu andando como se fosse inocente.

Eu tentei sair do caminho deles quando se aproximaram e eu estava cercada, e soube meu destino.

*FLASHBACK OFF*

– Acho que escolho a opção B.

Disse Peter.


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Notas finais do capítulo

E então?
Bai Bai!
Já estarei escrevendo outro capítulo.



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