Awkward escrita por Mellynnaa


Capítulo 27
Finalmente nós


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa! Penúltimo capítulo, em? Pois é, o último capítulo será o próximo. Não tenho muito o que dizer aqui, mas quero muito agradecer a todos que leem a história. Obrigada!
Boa leitura ;)



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Os últimos dias me mudaram completa e definitivamente. Will e eu estávamos oficialmente namorando – e isso estava sendo maravilhoso. Quando contamos a família, todos ficaram felizes – tirando a parte em que meu pai caiu da cadeira. Ele era um pai ciumento, e levaria tempo para digerir isso. Mas ele sabe que Will é um bom garoto, e sabe que ele me faz feliz.

– Obrigada por não ser contra isso, pai – falei para ele assim que tivemos algum momento a sós. – Sei que pode ser difícil para você, mas é totalmente incrível para mim. Will é incrível.

– Eu sei disso. Sempre percebi, na verdade.

– Obrigada de verdade por não se ‘rebelar’ novamente, como da outra vez – falei, lembrando-me do nosso primeiro beijo e da expressão de poucos amigos do meu pai. – Confesso que você quase conseguiu estragar a minha felicidade naquele momento.

– Han, posso atrapalhar? – Will entrou no quarto e ficou em pé ao meu lado.

– Já que estamos nós três aqui, esse é um bom momento para conversarmos – disse meu pai, pedindo para que Will sentasse ao seu lado na cama. Eu estava sentada em uma cadeira de frente para os dois. – Bem, as coisas estão acontecendo rapidamente para mim. É estranho saber que vocês estão... Se relacionando. Nunca pensei nessa possibilidade. Sempre pensei que teria que colocar Georgia em algum programa de relacionamentos. Ela nunca foi do tipo que gosta de namorar alguém.

– Pai! – sorri para ele, e ele sorriu para mim. – Eu já namorei antes, tudo bem?

– Com um idiota completamente imaturo. Pois é, namorou mesmo. Ponto para você – ele riu. – A questão aqui são vocês dois. Will – ele se virou para Will. – Sei que você é um bom rapaz, e fico feliz por isso. É um alivio. Mas somos homens, e sabemos que homens gostam de... Bem, você sabe... Daquilo.

Meu pai falou essa palavra como se estivesse sendo socado por alguém. A palavra saiu de sua boca tão sem vida que é como se ele tivesse medo de usá-la. E eu havia entendido sua preocupação. Ele tinha medo de mim e Will. Tinha medo de relações entre nós dois. Sorri para ele, e aproximei minha cadeira um pouco mais.

– Pai, não sou esse tipo de garota, tudo bem? Eu sou virgem, e pretendo ser por mais algum tempo.

– Virgem. – disse ele, olhando para as próprias mãos. – Puxa, que palavra complicada, não?

– Olha, sei que Will entende que não quero isso. E nem ele quer isso. Não é nossa intenção. Estamos bem assim, obrigada.

Ele suspirou, aliviado.

– Obrigado.

Will e eu nos levantamos, de mãos dadas, e fomos até o jardim. Era bom andar com ele, ficarmos sozinhos por um tempo, sem preocupações. Eu iria embora em poucos dias. Ele ficaria ali, e seria um namoro a distância. Novamente.

– Faltam apenas alguns dias – disse ele.

– Alguns dias – concordei.

– Então, eu... Eu preciso contar uma coisa – disse ele, fazendo-me pensar que ele terminaria comigo ou algo do tipo.

– Já quer terminar? Nem começamos! – respondi, brincando. – Não se preocupe, sei que não é isso. Né?

– É claro que não é isso! Não confia em mim?

– Não sei. Vamos ter certeza ao longo do tempo.

Ele suspirou.

– Eu entendo. E respeito sua opinião. Mas não é sobre isso que quero conversar com você.

– Não? – perguntei

– Não – respondeu ele, sério. Will parou de andar e fez com que eu olhasse para ele, fitando-o sem parar. – É sobre minha faculdade.

Esse era um assunto na qual eu não queria chegar perto. Ficaríamos longe por um tempo indeterminado – talvez até o Natal – e a faculdade pesaria muito para ele, algo que faria com que nossa relação ficasse um pouco mais distante do que ficaria. Olhei para o chão, suspirando.

– Precisamos falar sobre isso agora? – perguntei.

– Precisamos – respondeu ele. – Eu sempre quis fazer uma faculdade que me agradasse, e decidi tentar por algum tempo. Não sei ao certo qual é a minha vocação, mas pretendo descobrir. Sei que pode parecer um pouco precipitado, mas...

– Mas?

– Conversei com minha família e também com seu pai hoje de manhã, e eles concordaram que eu viajasse por um tempo para tentar descobrir qual é a minha verdadeira vocação. Posso começar a faculdade ano que vem, talvez.

– Puxa, isso é mesmo repentino. E legal, já que é o melhor para você – respondi, não entendo a que ponto chegaríamos.

– E estou indo morar com você por algum tempo.

– Muito legal, e... – parei por um momento, repensando suas palavras. – O quê?

– Surpresa! – disse ele.

Eu não sabia como reagir. Não sabia se deveria chorar ou sorrir. Não sabia se devia gritar ou correr. Apenas fiquei na ponta dos pés e o abracei, dando um leve selinho em seus lábios.

– Isso é maravilhoso, Will! – falei para ele. – Quando você vai?

– Em alguns meses ou semanas. Quero permanecer um tempinho aqui, mas é praticamente certeza que eu vou.

– Puxa, nem começamos a namorar e já seremos praticamente casados? – sorri para ele. – Muito antecipado de nossa parte.

– Quem se importa?

Ele abaixou a cabeça, dando-me o mais demorado dos beijos. E eu finalmente senti que estava, aos poucos, completando antigas páginas em branco da minha vida, e que tudo seria novo dali pra frente. Era uma nova eu, mais conservada e feliz. E, inesperadamente, a palavra felicidade veio a minha cabeça. Uma palavra simples, mas bonita, que bastava pouco para que ela se tornasse real.


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Notas finais do capítulo

Reviews? ;)



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