Desventuras de meio-sangues. escrita por Lia, Janie


Capítulo 8
Amor e Luke


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está muito fofo e um pouco meloso



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Se eu tiver coragem de dizer que eu meio gosto de você
Você vai fugir a pé?
E se eu falar que você é tudo que eu sempre quis pra ser feliz
Você vai pro lado oposto ao que eu estiver? Eu queria tanto que você não fugisse de mim
Mas se fosse eu, eu fugia – Clarice falcão, Macaé.

Thalia já estava preparada pra dormir. Melanie tinha uma coleção de pijamas de tamanhos variáveis. Não quis explicar bem o motivo, mais Thalia sabia que era importante. Havia uma pequena janela na parede (N/a: Avá) perto da cama de casal. A morena suspirou. Um suspiro pesado que consistia em puxar quase todo o ar existente no quarto e soltar de novo. Ajoelhou-se e olhou pelo vidro.

A chuva estava cada vez mais fraca. As mechas azuis se soltavam e caiam por cima dos ombros da garota. Enquanto o coque afrouxava, Thalia imaginou que sua felicidade se apertava na mesma velocidade com que as gotas de chuva caiam, ou seja, muito rapidamente.

Fechou com dificuldade seus belos olhos azuis e ficou de costas para a janela. Os pensamentos simplesmente voavam e dominavam sua mente. Uma sociedade onde reina a paz sendo tomada por um terrorista. E o nome desse terrorista era Luke.

“Se não quer que as pessoas saibam seu sobrenome, não carregue sua carteira de identidade no bolso.”

– Isso não está acontecendo – seus gelados lábios cor de sangue sussurraram para o vazio.

–Cê tá doida? Eu estou tentando apenas ajudar.

– Me ajudar? Eu despenquei do topo daquela árvore medonha.

– Por que quis. – Luke deu de ombros.

– Pare de tentar dominar a minha mente, Castellan. – Falou um pouco alto de mais.

Caso não esteja entendo, a coisa toda é muito simples. Se você é uma daquelas pessoas que entende rápido, bastaria dizer que os poderes de Afrodite estão dominando-a. Mais se você é meio lerdinho, posso resumir em algumas palavras.

• Um fato muito agradável, ou tão agradável quanto pode ser •

Thalia Grace estava apaixonada. O nome do sortudo? Bom, você não deve ser tão lerdo a ponto de não poder deduzir quem é.

Fechou os olhos e tomou uma decisão inteligente. Decidiu tentar lutar contra Afrodite. Aliás, qualquer um o faria. Calçou seus chinelos emprestados e vestiu sua jaqueta, com o objeto de esconder o máximo de seu corpo exposto possível.

Caminhou silenciosamente até o quarto no final do corredor. Seus passos eram pesados, e a incentivavam a desistir. Quando ficou de frente para a porta do final do corredor, pensou em dar meia volta. Mais por algum motivo desconhecido, não o fez.

Bateu na porta.

A maçaneta se abriu com dificuldade. Quando a porta se abriu, revelou um Luke de shorts de corrida e camiseta rasgada. O olhar era sonolento e ao mesmo tempo agitado. Os cabelos loiros estavam bagunçados e tinham um tom muito próximo ao ouro. Quando a focalizou, um sorriso enorme se formou em seu rosto. Também expressava confusão.

– Lia...?

Não pode terminar a frase, pois a garota ficou na ponta dos pés e o abraçou. Ele retribuiu com um sorriso de surpresa e as sobrancelhas relaxadas.

– Desculpe – ela disse se afastando e parecendo revigorada. Todo o cansaço, sono e desolação que estavam nela por conta da lembrança de sua mãe (que você viu no capítulo anterior) haviam sumido.

Luke encarou discretamente os lábios vermelhos e gelados de Thalia. Por alguns segundos desejou que ela sorrisse. Embora não estivesse entendendo o motivo dela estar ali, viu uma expressão de pura tristeza no rosto dela antes de abraçá-lo. Thalia deu as costas para ele, o deixando com o corpo arqueado e encostado na soleira da porta á observa-la indo.

– Luke – Ela disse ainda de costas – Desculpe por ter te metido nessa... Quer dizer – Ela se virou. Um pequeno sorriso brincava nos lábios delicados. – Por estar fazendo você ser perseguido.

– Está insinuando – Luke ergueu a sobrancelha, fingindo –se de ofendido. – Que eu não atrairia monstros se não fosse você? Quer dizer que eu não valo um mostro, senhorita Das graças?

A garota parecia culpada por tê-lo “ofendido”. Tentou se desculpar:

– Foi mal Luke, não foi minha intenção te ofender, sabe? Só queria me desculpar por...

Luke a beijou, calando-a. Suas ágeis mãos soltaram o coque de Thalia, fazendo as belas mechas caírem sobre o ombro. Sentiu as pernas de Thalia serem envolvidas em sua cintura.

– Por que você teria que se desculpar, gata? – Sussurrou com um sorriso, interrompendo o beijo.

Thalia pareceu só então entender o quê havia acontecido e saiu do colo do garoto depositando um tapa forte na bochecha do filho de Hermes.

– Você é um idiota. – Afirmou, prendendo seu cabelo em uma trança e lhe ofereceu a língua.

– É uma pena que ache isso – Luke sorriu. Sussurrou bem baixinho: - Eu amo você.

Pensou ter ouvido um “Eu também”. Encarou a garota com confusão, tentando identificar algum sinal de que Thalia tivesse falado isso. Resolveu não perguntar.

Ouviram um estrondo de porta se abrindo em algum lugar no andar superior.

– A melzinha acordou – debochou ele – Quem entrar primeiro e fingir melhor ganha.

– Fechado. – Thalia sorriu.

Os dois correram para os respectivos quartos e se meteram entre as cobertas. Felizmente, Melanie não entrou em nenhum dos quartos. Estava recebendo uma visita especial e que podia contar seus dias.


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Notas finais do capítulo

gostaram? espero que sim. Se estiverem achando confuso e que eu estou adiantando tudo é só me avisarem ok? Reviews, favorits ou algo do gênero?



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