Desventuras de meio-sangues. escrita por Lia, Janie


Capítulo 1
Apresentação e o começo de tudo.


Notas iniciais do capítulo

primeira fic minha,então peguem leve.



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Uma apresentação formal.

Olá.Mesmo que você não saiba que eu sou, é obrigação sua saber. Pois bem: Eu sou Atena,deusa grega da sabedoria.

Você deve estar se perguntando: Porquê a deusa da sabedoria e da guerra justa estaria narrando uma história de amor de dois meios sangues, quando Afrodite é a deusa do amor?Afrodite. Sim ela tem um papel fundamental na narrativa,mas por enquanto ela será apenas um objeto de raiva pra mim.

Eu estava examinando projetos de arquitetura recentes em meu templo. Então um trovão ribombou do lado de fora.Mal sinal.Pensei.Zeus estáestressadonovamente.

Depositei os projetos em minha escrivaninha e resolvi tentar acalmar meu pai. Após alguns passos, parei diante do tribunal. Barulhos de sapatos divinos ecoaram pelo chão do olimpo. Até que Apolo e um monstro-marinho-cujo-nome-atende-por-Poseidon apareceram ao meu lado.

- Olá Atena. - Poseidon cumprimentou, com o desgosto estampado na coisa horrenda que ele chama de cara.

- Oi. - Eu disse sem fitá-lo. - Apolo.

O deus do sol respondeu com um aceno de cabeça.

-Alguma coisa está deixando Zeus nervoso. - Comentou Poseidon.

-Eu não sabia disso, barbas de alga. - Ironizei, revirando os olhos.

- Sabia que ironia não leva a lugar algum?

- Legal. Eu não pretendia sair do templo pra ir pra ''lugar algum''.

- Atena: 1 Poseidon:0 abaixo de zero. - Riu Apolo.

Eu estava pronta pra corrigi-lo, quando uma criatura perfumada nos abordou.

- Atena querida! - Afrodite sorriu,jogando os cabelos para trás. - Zeus quer vê-lá.

Eu bufei.

- Por quê sempre sobra pras pessoas mais competentes?

-Você não é competente.

-Não pedi sua opinião, monstro marinho. Porquê não vai ver se a medusa quer? Aliais, acho que ela quer um pouco mais que sua opinião. Vamos Afrodite.

Segui com a deusa do amor até o tribunal. Zeus estava em sua plena altura de 6 metros de altura. Trovões pareciam ganhar vida ao redor dele. Macabro.

-Olá,pai. - Levantei a cabeça para fitá-ló. Parecia extremamente aborrecido.

-Oi Atena.

Que mal educado.

- Porquê o senhor gostaria de falar comigo?

- Em primeiro lugar - Ele arrumou a postura,ficando ereto. - Não sou eu que vou falar. Mais sim sua meia-irmã. E não será conversa, e sim um desafio.

- Qual das minhas meio-irmãs?

Afrodite bufou.

-A mais linda delas, é claro.

- Há sim. Mais não vejo como eu possa desafiar eu mesma.

Afrodite revirou os olhos.

- Sou eu! -Ele deu uma pequena risadinha. - Sente-se Atena.

Assumimos nosso tamanho natural e nos acomodamos nos tronos. Afrodite começou:

- Querida Atena. Gostaria de desafiá-la. Você vive dizendo que se o amor tivesse sabedoria, seria melhor. Duraria mais. Por isso eu a desafio a encontrar sabedoria no amor e fazer com que ela dure.

Os dois me olharam na expectativa.

- Eu acho que... - Afrodite sorriu e a expressão de Zeus suavizou.- ISSO É UM TREMENDO ABSURDO!

Afrodite revirou novamente os olhos.

- Aff. Eu já esperava este tipo de reação de ti.

- Francamente,porquê não arranjam meios de diversão menos estúpidos? Tem como eu recusar isso?

- Obviamente tem. - Afrodite sorriu. - Mais pra isso existe uma punição.

-O QUÊ? E O QUE É? - Gritei, exaltada.

- Casar com Poseidon, Ateninha.

O sangue me subiu a cabeça. Como Afrodite pode jogar tão baixo?

- Pai. - Disse em meio a respirações nervosas.- O senhor não concordou com isso.

Silencio.

-Não é?

Silencio novamente.

-Ótimo. Pois saiba que eu aceito esse desafio ignóbil.

E assim começou meu desafio.

****

Alguns milhões de Km abaixo do olimpo, uma garota se escondia em baixo de uma árvore. Estava apavorada. Amedrontada. Assustada. Sua mente se perdia em um milhão de pensamentos. Sua mãe. Seu irmão perdido. Seu padrasto que agora devia estar acusando-a de ter feito aquele raio incendiar a casa.

E tinha a questão dos monstros. Milhares a estavam perseguindo. Ela ainda conseguira resgatar um faca afiada do incêndio e conseguira matar 3 deles. Mais ainda tinha um. Um gigante imenso, que toda vez que a farejava dizia: Vou pegá-lá, filha de Zeus.

Aliais, o nome dessa garota é Thalia. Tinha olhos azuis, elétricos, tão penetrantes quanto as nuvens. Cabelos negros até a altura dos ombros. Usava uma regata do nirvana, que corria perigo de se desintegrar, uma calça jeans ( com rasgos feitos por garras) já destruída até a altura dos joelhos, e uma jaqueta que levava para o caso de fazer frio.

Diante de tais circunstancias precárias, ela havia fugido de casa após o incêndio provocado por si mesma.

Observei com tristeza que de seus olhos não paravam de jorrar lágrimas.

Então ouviu-se barulhos de galhos se quebrando. olhas farfalhando. Então uma sombra imergiu das sombras: Um garoto alto e loiro. A mente de Thalia só pode processar essas informações antes de notar que ele estava sendo perseguido.

Num ato dominado pelo reflexo, ela sacou a faca. O garoto pareceu só então notá-lá. Olhos azuis.Observou quando o olhar dele encontrou-o seu. Sua cabeça girou por alguns segundos.

Até um gigante emergir das sombras.

- Filha do raio. - Ele sorriu desviando seu olhar para a garota. Ele pareceu não notar o garoto loiro que aproveitou a situação para fugir.Covarde. Pensou Thalia empunhando a própria faca e avançando na direção do monstro.

Foi um desastre: Ela tentou acertá-lo no bíceps mais seu golpe foi desviado, obrigando-a a rolar para trás, para não ser atingida por um punho gigante. Depois, tentou cortar seu braço. Golpe desviado novamente. Mais seu maior erro foi tentar atingir a cabeça do monstro. Ele conseguiu encurralá-lá.

- Ora ora, Thalia.

-Como sabe meu nome? - Grunhiu ela. - E o quê você é?

- Um lestrigão, naturalmente. E não é da sua conta. - Ele sorriu entre dentes amarelados. -Vou te matar rapidinho. - As mãos dele deslizaram pelo queixo de Thalia. Prontas para matá-la.

Então o gigante parou. Algo o acertara. Thalia levantou os olhos a tempo de ver o loiro de minutos antes acertar o monstro com um taco de beisebol.

- Olá.- Sorriu ele.

****

Thalia se encolheu. Não gostava de admitir que um estranho a havia salvado. Não queria fitá-lo. Porém fez isso. Quando ergueu os olhos, uma espécie de conversa silenciosa ocorreu entre eles.

*Algumas palavras trocadas silenciosamente*

-Oi. Meu nome é...bem...Luke.

-Prazer,Thalia. Você...Como...

Luke sorriu naquele momento.

-É o que mais tenho feito nas últimas semanas. Está machucada?

-Não - Ela sorriu. - Obrigado. Você é... Um meio sangue?

-Filho de Hermes. - Confirmou ele. - E você?

Thalia exitou. Fazer aquilo a esgotava. Mais algo lhe dizia que poderia confiar no garoto.

Ao erguer o dedo,um raio cruzou o céu. Luke a fitou, incrédulo.

- Cara...Nunca vi uma filha de...Zeus.

Ela assentiu,esgotada. Encostou a cabeça na árvore e encolheu-se.

- Você parece esgotada.

Thalia ergueu os olhos para o loiro.

- Como sabe?

- Os olhos não escondem os sentimentos.

- Droga de olhos. - Resmungou Thalia reprimindo uma risada. - Não sabem que sua função é ver? Não precisam ficar revelando coisas sobre mim. Idiotas!

Luke riu.

-Hei,não culpe seus pobres olhos. Eu é que sou bom em ler as pessoas.

-Há é? - Disse investindo no tom de desafio. - Pois me leia.

-Olha. - Ele a estudou. - Eu diria que você está com frio. E com fome.

A filha de Zeus se assustou. Porém,limitou-se a bufar.

- Ok,você acertou.

- E eu diria, que eu poderia te dar comida e abrigo. Isso é claro,se você quiser vir comigo.

- Há,você é mesmo um cafajeste! - Riu ela, dando socos fracos no peito do filho de Hermes.

-Hei! De que maneira você acha que eu convenceria uma garota tão...Uau como você, a ir comigo pra algum lugar?

- Hum.. Eu acho que não há outra maneira mesmo. - Ela disse um pouco corada. - Mais... Porquê está aqui?

Imagens de uma mãe soltando fumaça verde pela boca,um pai ausente, e um filho rejeitado tomaram a mente de Luke. Acho que devo falar mais dele pra você.

*Alguns dados sobre Luke.*

Seu nome é Luke Castellan.Tem 13 anos.Seu pai é Hermes, deus dos ladrões e um pai ausente de primeira, com uma mortal chamada May Castellan. Luke não sabia o motivo,mais sua mãe soltava uma fumaça verde pela boca. E falava coisas estranhas. Isso o levou a fugir de casa.

Após contar sua história há filha de Zeus, ficou chocado com a maneira compreensiva com a qual ela lidava com as situações da própria vida. Ao saber do padrasto maligno de Thalia, seu punho imediatamente serrou.

Após minutos de reflexão, enfim decidiu: Levaria ela para seu esconderijo.

-Vamos! - Ela disse guardando seus poucos pertences.

-Você está esgotada. - Observou ele. - Eu posse te carregar.

- O quê? - Ela perguntou,incrédula.

Antes que ela protestasse, ele a colocou em suas costas. Thalia segurou em seu pescoço. E juntos partiram para o esconderijo de Luke.


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Notas finais do capítulo

reviews?