A floresta se erguia a sua volta, sufocando Marina, ela corria ofegante, fugindo de uma sombra feroz, ela já sabia o dono da sombra e isso a desesperava ainda mais. Ela ouviu um rugido forte e alto e se forçou a ir mais rápido. O animal era bem mais rápido do que ela, mas ele ainda não a alcançara. Precisava parar, se organizar, sua pistola estava na mochila e ela não podia pega-la.

Parou para respirar, ela não podia mais continuar correndo, tinha que se esconder, rápido. Ela podia ouvir o animal chegando mais perto, olhou em volta e achou uma árvore com os galhos razoavelmente baixos e começou a subir, não subiu muito mais do que um metro e noventa de altura. Ela se encostou no tronco da árvore, sentindo as pernas pesadas e o gosto salgado do suor.

Ouviu o animal chegando, era somente uma sombra um pouco disforme, mas ela sentia que se a pegasse, despedaçaria com garras e dentes. Ela pegou a mochila e procurou sua arma, sua mão envolveu o metal da arma e ela sentiu sua perna ser puxada para baixo.

O animal estava em cima dela, um vulto negro um pouco transparente preparado para atacar. Mesmo com o espaço limitado, ela conseguiu mirar e atirar.

Ela acordou ofegante e suada. Ela sabia que era um sonho, a história de verdade fora bem menos dramática, ela estava nas ultimas semanas do treinamento, quando eram mandados para floresta por uma semana para treinarem técnicas de sobrevivência. Era seu quarto dia na floresta e ela "tropeçou" em uma onça. Marina só conseguiu correr poucos metros antes da onça pular em suas costas e rasgar sua pele do ombro ao quadril, ela acertou a pata da onça com uma pequena faça que carregava e ela fugiu.Ela tomou um copo de água que estava do lado da cama e olhou tablet acoplado na parede que a acordou. Ele a chamava para uma reunião na sala três.

Ela se levantou, pediu o café da manhã e foi se arrumar, quando terminou o café da manhã já estava no pequeno compartimento por onde a comida chegava todos os dias, engoliu tudo muito rápido e correu para a sala de reuniões. Nunca a chamaram para uma missão, o que Marina achava muito injusto, ela era melhor e mais capaz de ir em uma missão do que metade das pessoas que habitavam aquele complexo, então ela estava muito animada, mas não demonstrava isso. Quando chegou lá duas pessoas já a esperavam, um homem de cerca de vinte e tantos anos, com as feições sérias olhava impaciente para a porta, era alto, esbelto, com os cabelos lisos e negros e a pele pálida. A outra era uma garota tinha cerca de 17 anos, era esbelta e tinha o rosto bonito, os cabelos ruivos e a pele pálida e quando ela chegou deu um olhar rápido em sua direção e voltou a encarar a parede.

Ela se encostou na mesa digital que havia no meio da sala e começou a imaginar para onde a mandariam. Dois minutos depois uma segunda menina chegou na sala tropeçando nos próprios pés e se desculpando pelo atraso. Tinha os cabelos longos e loiros, era baixinha e tinha a pele pálida.

Quando ela chegou o homem se virou para a parede, ligando a mesa e a tela na parede, que mostrava um mapa da Europa e todas as regiões do segundo maior país do mundo. Havia dois pontos marcados no mapa, um na cidade de Berlim, na região da Alemanha e outro na divisa das regiões da Alemanha e da Polônia. Elas se reuniram ao redor da mesa e ele começou.

_Eu sou o general Takashima, vocês devem ser Audrey White, Marina Clark e a soldada Birthday.

_Ahan. Então, pra onde vão nos mandar? _disse a que deveria ser Audrey White.

Takashima não gostou nem um pouco da interrupção, ele dirigiu um olhar irritado e desafiador a ela e continuou a falar.

_Vocês irão para a Polônia, ficarão no Olho e realizar sua missão em Berlim._ele tocou a mesa e imagens de uma explosão e o perfil de dois agentes e um soldado apareceram na tela_ Esses e outros dados da missão serão passados para vocês por meio de seus computadores pessoais e quando chegarem ao Olho, estejam prontas depois de amanhã às seis.

Dizendo isso ele desligou a mesa e saiu da sala, Marina ainda ficou lá algum tempo analisando as imagens e imaginando qual seria a missão.