Nossa História escrita por Isamu H Ikeda


Capítulo 7
Nossa História - Ato 07


Notas iniciais do capítulo

* .........Oi? UAHSUAHUSHAUSHUSH eu sei que demorei horrores com essa fic, mas... Entendam que uma fic como essa não poderia ter sido feito de qualquer jeito. Afinal é um presente para uma das minhas mais incríveis amigas, Tinúviel. Assim como foram incríveis os dias que passei com ela nessas férias. Amo você, Yacchan. ;;



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“Eu te amo”. Foram essas as três palavras proferidas pelo espanhol. Três míseras palavrinhas que o torturavam. Ele tinha medo delas. Medo de dizê-las para Aioros. Desde quando? Esse eu te amo era em que sentido? O sagitariano ficou ainda mais confuso. Não conseguia entender. Afinal de contas o que tudo aquilo significava?

— Medo de dizer que... Me ama? – Indagou. Mas Shura não respondeu, nem sequer o encarava. – Shu? – O maior continuou – Olha para mim, por favor... – Demorou cerca de um minuto e meio, mas ele obedeceu e o grego reconheceu aquele olhar. Era o mesmo daquele garotinho que contemplava entristecido o céu estrelado. Um olhar solitário. Por que tanta tristeza? Por quê? – Shura, estou ficando assustado... Você está bem?

— Estou. – Ele respondeu depois de respirar fundo. Sua voz, que já era rouca, estava quase inaudível. Parecia doente.

— Pare de mentir...

— O que mais você quer que eu diga?

Aioros o olhou preocupado. Queria que o amigo sorrisse como momentos atrás, nem que fosse aquele sorriso fraquinho e agora isso parecia ser a mais difícil de todas as missões impostas a ele.

— Só... Só me diga o que quer realmente dizer... E que nunca conseguiu antes. Eu prometo ouvir com calma.

Lágrimas desciam pelo rosto abatido de Shura. Ele queria parar de chorar, parar de fazer o suposto papel de idiota que acreditava que estava fazendo.

— Eu queria poder dizer que te odeio, mas isso seria uma grande mentira. Quem verdadeiramente odeio sou eu mesmo e mais ninguém. Eu me odeio por ter duvidado de você e ter trazido tanta tristeza ao Aiolia... Por minha culpa ele ficou só. Não éramos mais os três... Era eu para um lado, ele para outro e você... Morto... Você tinha morrido e pelas minhas mãos! Eu que tanto queria ser como você... Que queria receber seus elogios por finalmente ter me tornado Cavaleiro. Eu... Estraguei tudo, não foi? Fiz a maior merda da minha vida.

Era difícil alguém ver o Cavaleiro de Capricórnio chorando. Muito difícil. Shura era muito reservado com o que sentia, nunca deixando as pessoas se aproximarem mais do que deveriam. Aioros era um dos únicos que conheciam o outro lado do espanhol. Um lado meigo, sensível e chorão até.

Para ele, o mais novo tinha um coração machucado e triste com a injustiça do mundo imposta as pessoas que não tinham culpa de nada. Um senso de moral bem apurado desde pequeno, com a distinção exata do que era certo e errado. Mas isso também era o seu pior inimigo. Era isso que dividia a sua consciência, tornando-o vulnerável.

— Shura... – Aioros disse baixinho – Não... Você não estragou nada... O que está feito, está feito. Apenas isso. Você fez o que tinha que fazer e eu nunca o culpei por isso. Sim, eu fiquei triste naquele dia... Me perguntei várias vezes por que tinha que ser você ali. Você que era e ainda é tão querido por mim... – Sagitário envolveu-o em um abraço, mesmo que o outro não manifestasse nenhuma reação, receptiva ou mesmo de rejeição. Só mantinha-se completamente imóvel, recusando-se a aceitar aquilo que tanto desejava. – Mas eu nunca senti raiva de você. Está tudo bem, Shura. Acredite em mim... Eu estou aqui. Você não está mais sozinho.

Finalmente a rocha que o Cavaleiro de Capricórnio teimava ser desabou e retribuiu o abraço. Suas mãos tremiam tanto como se ainda não acreditasse que o amigo estava ali. Como se tivesse receio de Aioros sumir mais uma vez.

— Por que você é assim...? – Shura perguntou em meio ao choro. – O que eu fiz para te merecer?

O grego apertou o abraço e naquele momento várias coisas vieram a sua mente, o fazendo sorrir. Eles eram inseparáveis antes e continuariam sendo. De um jeito ou de outro.

— O que eu fiz para te merecer, Shura. – Disse – Amar alguém por mais de treze anos... Isso é muito tempo, não é? Acho isso incrível... Talvez seja uma coisa que só alguém como você conseguiria fazer. E eu agradeço por isso... Por ter todo esse carinho seu. – O mais velho se afastou um pouco somente para poder olhar com ternura para o outro. – Eu não tenho palavras para descrever o quanto agradecido estou. E aliviado... Eu não queria te perder...

— Eu quem não queria te perder...

— Mas você nunca perdeu.

Não era preciso que nenhum deles dissesse mais nada. Eles já sabiam. A torturante espera por respostas enfim terminara. Aioros permaneceu grudado em Shura, que não conseguia parar chorar. Chorar de felicidade. A dor se dissipara. Não sentia o peito mais pesado como antes, nem que algo estava faltando, pois o buraco havia sido preenchido novamente. O vazio que sentia sumiu mais uma vez e foi substituto pelo sorriso do sagitariano. E podia sentir que se apaixonara por ele uma segunda vez.

Mas de fato, o sentimento ali ultrapassava tanto a amizade quanto o amor.

Se fosse um sonho, Shura jamais acordaria. Se fosse verdade, ele agradeceria todos os dias por isso. O outro lado que só Aioros conhecia do amigo voltara. Um Shura de sorriso tímido, riso de moleque, semblante leve e olhar curioso.

Ainda teriam tempo para dormir. Mas antes do sono voltar, Aioros  o chamou e disse:

— Ah! Eu ia esquecendo... - Riu - Eu também te amo.

Como ele era bobo.


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Notas finais do capítulo

* Um agradecimento especial para a Isadora, que me ajudou com algumas palavras 8D por que eu tava zumbificada demais para pensar direito sozinha. q

* Até depois!



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