O rei Fergus estava discutindo com os lideres dos outros clãs havia horas, Merida não fazia ideia do que estava acontecendo, como sempre aliais, seu pai estava constantemente participando de discussões com os lideres dos outros clãs, mas nunca comentava nada do estava acontecendo, não importava quantas vezes Merida perguntava, ele sempre dava a mesma resposta.

"Merida isso é sijiloso!"

E essa resposta não era nada explicativa, só deixava Merida mais curiosa, sua mãe era a unica que sabia o que estava acontecendo, e Merida chegou ao desespero de perguntar a ela, a resposta dela era diferente, mas tambem não muito explicativa.

"Merida, isso não é assunto para uma princesa"

Merida não tinha outra escolha se não ficar em seu quarto e tentar dormir, mas o sono simplismente não vinha. Pois Merida não parava de pensar em o que estava acontecendo, tentava juntar todas as peças, e enfim estava começando a conseguir.

Isso tudo começou logo depois do reino de DunBroch ser atacado, foi um ataque pequeno, mas não deixou de ter prejuisos, e Merida estava lá , mas não se lembrava de muita coisa, apenas que ela estava andando por entre as casa e os comércios, e então o fogo, tudo ficou coberto de chamas, e então a multidão ,todos corriam desesperados, cheios de medo e angustia, fugindo de seus lares a qual lutaram para conseguir, Merida fora arrastada pela multidão , até que caiu e quase fora pisotiada, em pouco tempo ela não conseguia mais respirar por conta da fumaça, e então tudo ficou preto, e ela acordou em sua cama, ela soube que depois de desmaiar alguem a levou para o castelo, e acabou por ai , não tinha mais nenhuma lembrança, e tudo que ela sabia era que alguem causou um incêndio , mas não sabia quem e nem por que,provavelmente tinha coisa maior por trás para terem que chamar os outros clãs, mas claro, ninguem contava a ela.

E isso era tudo que ela sabia, ela odiava saber tão pouco, ela odiava o modo que seus pais escondiam tudo dela!

E agora não podia fazer outra coisa se não ficar trancada no quarto, pelo menos ela não tinha que cuidar de seus irmãos, claro ela os amava, mas eles tinham o talento de serem absurdamente irritantes, e se eles aprontassem alguma coisa, e eles sempre aprontavam, a culpa seria de Merida, e essa era a ultima coisa que ela precisava.

Então Merida resolveu parar de pensar nisso e tentar dormir, ela passou a pensar em coisas boas, como cavalgar em Angus, com os cabelos soltos ao vento, atirando flechas nos alvo que ela mesma havia preparado na floresta, pensando na liberdade.

Até que adormeceu, e seu sonho nunca fora tão estranho, estava em DunBroch, caminhando por entre as casas e os comercios novamente, até que derrepente, chamas consumiam tudo, e ela pode ver duas pessoas fugindo, um garoto corpulento e de ombros largos, ele vestia uma capa e estava de costas impedindo Merida de ver mais que isso. A segunda pessoa era uma garota , ela não vestia a touca da capa que usava e dava para ver seus cabelos loiros balançando em suas costas, e Merida só os viu correndo até que sumiram na escuridão, Merida tentou correr atrás deles, mas quando foi pasar no meio de duas casas um de seus escombros caiu em cima dela a esmagando. E então ela acordou assustada, se sentando imediataventa na cama.

E alguem bateu na porta.

- Merida? Está acordada? - Perguntou a voz de sua mãe

- Sim, a porta está aberta.

Então Elinor abriu a porta e entrou no quarto.

- O que foi mãe?

Elinor limpou a garganta.

- Seu pai quer falar com você.

- Só isso?

- Sim, agora vamos. - Disse Elinor com pressa.

Por sorte Merida havia dormido com seu vestido verde-musgo, que era o mais confortavel que tinha, mas seus cachos ,como sempre, estavam cheios e desarrumados, sua mãe teria desaprovado completamente a ideia de Merida ver seu pai junto com os Lordes dessa maneira, mas não disse nada, o que Merida estranhou completamente, mas se levantou e seguiu Elinor até a sala onde se encontrava seu pai.

Elinor apertava cada vez mais o passo, passando rapidamente pelo corredor, quase que correndo, o que preucupou muito Merida, sua mãe nunca corria. Quando chegou na frente na porta, Elinor respirou fundo, tomou uma postura elegante, e a abriu.

Todos tornaram a olhar para a porta e então para Merida, os Lideres dos quatro clãs olhando cheios de expectativa para ela, Merida sabia que aquilo não poderia ser boa coisa.

- Minha filha! Venha aqui! - Disse seu pai

Tudo aquilo parecia estranho demais para Merida, ela não sabia o que pensar, então foi na direção do pai.

- Merida, durante esses dias você tem perguntado o que está acontecendo, e chegou a hora de lhe explicar tudo, o incêndio de alguns dias atrás foi causado por alguem, não sabemos exatamente quem, mas sabemos de onde veio aquela pessoa, ela veio de Berk!

- Você quer dizer Berk a ilha dos Vikings? - Perguntou Merida

- Exatamente.

O ódio e a raiva preencheu o corpo de Merida, não podia acreditar que aqueles vikings tinha incendiado parte do reino! Naquele incendio morreu gente inocente, gente boa, pais e mães de familia! Merida estava lá vendo todo o medo e a angustia de seu povo, ela nunca perdoaria os Vikings pelo que eles fizeram!

- E nós decidimos mandar um espião para lá. - Continuou Fergus

- E por que está me falando tudo isso? - Perguntou Merida

- Por que decidimos que a melhor pessoa para fazer isso é você!

- O QUE?!