Uma Vida em 90 Dias escrita por Betta


Capítulo 3
Capítulo 2 - 90 Dias


Notas iniciais do capítulo

Oi oi galera! Demorei, admito. Eu fui viajar para o interior e me esqueci do carregador do computador (e do celular) em casa, além disso, lá não tem nem sinal de TV direito, quem dirá de internet.
Eu vou parar de encher linguiça e vou deixar vocês lerem, desculpem se houve algum erro.



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Eu, Annie e Clove estávamos indo dormir na casa de Madge. A loira havia tagarelado tanto sobre esse dia que tínhamos ficamos mais enjoadas do que ela quando sente o cheiro de peixe cru. Era 3:30 da madrugada, estávamos no quintal de sua casa, comendo brigadeiro e olhando as estrelas. Os pais dela não haviam voltado ainda no baile beneficiente de seu clube, então nós podíamos ficar acordadas, desde que não acordássemos seus vizinhos rabugentos. Eu havia me sentado enquanto raspava as últimas colheradas daquele doce que me trazia tantas lembranças, e encarava meus pés que estavam cobertos por uma meia de ursinhos e pantufas de dinossauro. Um dos itens da lista de cuidados que Dr. Beninni tinha me preescrito há quase cinco anos atrás era nunca deixar meus pés gelados, em outras palavras, nada de andar descalça.

Annie e Madge estavam histéricas com a festa de aniversário de Finnick que ocorreria hoje, ás 20:00. Annie planejava se declarar para Finn na frente de todos e sonhava com o momento. Já Madge, bom, Madge não precisava planejar, ela era namorada de Gale, era meio que óbvio que os iriam se beijar e fazer outras coisas se ambos quisessem, mas isso não vem ao caso. Clove e eu não iríamos na festa, eu porque odeio festas, e sendo portadora de uma doença que pode me matar há várias coisas que não se pode fazer, como beber, por exemplo. E Clove porque Cato estaria lá, eles são um casal típico de filme, se odeiam mas, na verdade, se amam. Se ela descobrir que tenho fotos dos dois se beijando no vestiário masculino, vou acordar, no mínimo, com uma perna quebrada e várias facadas, e no máximo, decapitada. Voltando ao assunto, Annie e Madge tentavam pela última vez nos convidar a ir à festa.

"Não adianta Undersee! Eu já disse que não!" repetia para a única loira entre nós

"Olha Kat..." disse Annie calmamente "Se você não for nós não iremos."

"Pois então não vão." disse rindo vitoriosamente

Annie revira os olhos enquanto Madge murmura um "aff".

"Porque vocês duas não vão e deixem eu e a Kat na minha casa? Nós podemos fazer o que sabemos de melhor: ouvir música, comer e reclamar sobre tudo." disse Clove que se encontrava sentada ao meu lado.

"Porque vocês duas têm de aproveitar, pô." disse Madge Vocês só sabem comer.

"COMER É BOM!" eu e Clove dissemos juntas

"MAS DEIXA VOCÊS GORDAS." Annie rebate "Olha, vocês duas têm 18 anos..."

"Eu ainda não tenho." digo

"Daqui a uma semana você terá, então, dane-se." diz Madge visivelmente irritada

"Continuando..." diz Annie "Vocês têm que aproveitar a vida, sabe? Vocês não têm motivos bons o suficiente para não irem, além do mais, é a festa de aniversário de um amigo de vocês, vocês vão deixar ele na mão?"

"E vocês sabem que o Finn sabe muito bem dar um gelo em quem o decepciona, a Annie tem experiência nisso." conclui Madge

"Ah, droga. É verdade." diz Clove "Mas, garotas, o Cato vai lá. Vocês sabem que sempre dá merda quando eu e ele estamos juntos."

"Pois bem, mostre a ele que você é diferente, que não precisa brigar com ele pra ser do jeito que é, e se ele vir falar algo mostre a ele quem manda. É simples." diz Madge

"Hum..." Clove dá um sorriso malicioso "Ótimo, eu vou."

"Isso!" diz Annie

"Mas eu vou precisar de roupas novas." continua Clove "Não tenho nada pra vestir."

"Deixa que eu te arrumo Clove. A gente passa na sua casa e pega dinheiro, e passamos a tarde no shopping, como nos velhos tempos..." diz Madge "Annie e Katniss nos acompanham, não precisam comprar roupas se não quiserem, mas eu e Clove vamos comprar." finaliza com um meio sorriso de canto de boca

"E você Katniss?" pergunta Annie

"Eu o quê?"

"Vai comprar roupas?"

"Eu não vou nem ir nessa festa, pra que eu vou comprar roupas?"

"Ah, você vai comprar roupas e ir nessa festa sim, mocinha!" diz Annie

"Sabia que não adiantaria nada dizer que não, suas maníacas." respondo

"YEY!" grita Madge me abraçando "Ai sua praga, eu te amo tanto."

"Eu sei." digo a ela "Eu sei."

Ficamos até ás 4:30 da manhã planejando o resto do dia. Annie era extremamente organizada, então havia anotado em sua agenda tudo o faríamos, pra não perdermos tempo. Depois disso simplesmente dormimos, porque não tinha mais nada a se fazer.

Agora são 11:30 da manhã, nós estávamos prontas para ir para o shopping, e a primeira coisa que faríamos seria almoçar, depois compraríamos as roupas e tudo o que havia que comprar... A mãe de Madge iria conosco, seu nome é Rebecca, ela é praticamente igual a Madge, com exceção da sua altura, que é 1.78 cm, e a de Madge 1.65 cm. Quando ela era mais nova ela até foi modelo em uma agência, mas depois que conheceu a medicina ela se apaixonou pela mesma, agora ela é psicóloga e trata de casos especiais de Panem. Ela é apaixonada por moda e maquiagem, então ela irá nos dar de presente um dia de princesa, cada uma será produzida em um salão de uma amiga sua e ela nós dará roupas também.

Cada uma pediu uma comida diferente, a minha era massa ao pesto, uma de minhas favoritas. Saímos da mesa e fomos direto comprar milkshakes de baunilha com cobertura de chocolate, somente Rebecca não quis. Já era 14:30 da tarde, ela nos disse que teríamos que comprar as roupas até ás 17:00, pois o salão estava marcado para 17:15. Assentimos e ela nos acompanhou nas lojas, nem eu nem Clove entendíamos muito de moda, por tanto, Annie e Madge escolheram as roupas/sapatos/acessórios que vestiríamos na festa. Meu despertador tocou ás 16 horas, hora de tomar o Tricípalopex, o remédio que faz com que eu não vomite nas pessoas. Minha mãe me ligou logo em seguida.

"Katniss! Tomou seu remédio?" diz ela do outro lado da linha

"Aham."

"Ótimo." ela faz uma pausa "Dor de cabeça? Vômitos?"

"Nada."

"Ok. Adeus. Até amanhã."

"Hã?"

"Ora, você não vai na festa de Finnick?"

"Vou."

"Então voltará tarde, não é?"

"Estou de carona com Madge, então... Sim."

"Você irá dormir lá na casa dela de novo. E nós só nos veremos amanhã, quando eu te pegarei ás 10 horas para irmos para a consulta com dr. Beninni."

"Oh, sim. Claro. Entendi."

Alguns segundos se passaram até ela finalmente dizer algo.

"Boa festa. Se cuida."

"Ok." murmuro

Volto até a loja em que estávamos comprando roupas e encontro com todas no caixa. Pelos meus cálculos eram 16:15 da tarde.

Quando finalmente saímos da loja já eram 16:50, Rebecca nos levou o salão e foi comprar algumas coisas no supermercado mais próximo, tivemos de esperar vinte minutos a mais do que prevíamos para sermos atendidas, tudo por causa de uma garota que derrubou sem querer, acredito eu alguns vidrinhos de esmalte, quebrando a maioria deles. Um homossexual chamado Júlio - pronuncia-se Rúliu - começou a fazer meus cabelos, primeira dando a ideia de fazer um coque, já que eu sempre deixava meus cabelos presos em uma trança, mas depois de ver que meu cabelos era liso com alguns cachos nas pontas ele somente fez uma escova simples. Conversamos bastante, ele era bom de papo, e, devo dizer, era bonito também. Tinha mais ou menos 1,80 de altura, era moreno e usava um chapéu cinza. Eu até contei a ele sobre a minha doença, coisa que não faço muito. Depois ele fez uma maquiagem degradê em mim, dizendo que isso ressaltava o cinza-claro de meus olhos. Por fim ele cortou, lixou e pintou minhas unhas. Estava me sentindo orgulhosa pois elas estavam grandes, havia parado de roê-las há alguns meses pois entendi que isso era prejudicial a mim. Já eram 19:50 quando saímos de lá, e Annie não parava de tagarelar sobre seu amor por Odair, ás vezes isso me dava fortes enjoos, fomos direto para a casa de Madge, o que não era muito longe, cada uma somente pôs sua roupa e saímos em direção à magnífica casa que sediaria a festa do Sr. Assanhadinho.

– x-

Tocar a campainha de Finnick Odair é anunciar a todos do bairro que alguém chegou lá, sério, o blim blom era tão alto que senti meu corpo vibrar.

"Meninas! Oi!" diz ele enquanto abria a porta Podem entrar.

"Feliz Aniversário, Nick." digo enquanto dava um abraço de urso nele "Seu zíper tá aberto."

"Então Katniss Everdeen fica olhando para minhas partes baixas, não é?" ele dá um sorriso malicioso

"É que sua cueca amarela fluorescente se destaca demais." digo dando tapinhas em seu peito

"Aham. Sei." ele faz uma pausa "Os meninos estão ali, as bebidas são ali, se quiserem comer alguma coisa é ali mesmo, pra transar com alguém só no quintal ou nos quartos do segundo andar, nada de manchar o sofá novo da minha mãe com esperma... É isso, o resto da casa vocês conhecem." diz ele apontando para cada coisa, ouvimos o som ensurdecedor da campainha "Mais gente chegou."

"Caralho Finn, você tem que pedir pra alguém arrumar isso." diz Clove calmamente

O resto da noite foi tranquilo, Magde e Gale - o nosso casal ioiô - brigou e se beijou, Cato pegou umas três, contando com Clove. Clove pegou dois dos sete que pediram para beijá-la, digamos que ela é bem seletiva quanto ao homens que ela beija. Annie se declarou para Finnick na frente de todos, admito, foi até bonitinho, eles se beijaram e Finnick recitou uma poesia que ele mesma fez para Annie, ah, o que os homens não fazem quando estão amando. E eu? Bom, eu passei a noite inteira sentada no sofá de Finnick, mexendo no celular, comendo, lendo pelo tablet do dono da casa, fazendo tudo menos beijar/pegar/ir além com alguém do sexo masculino (ou feminino). Mas já estou acostumada, é sempre assim, quando não estou sozinha, sem nenhum amigo de companhia, estou servindo de "vela" pra algum casal.

Chegamos em casa ás 4:30 da manhã, tomei um banho e pûs meu pijama do Pikachu que ganhei de minha mãe ao retrasado, ele era o meu favorito. Clove dava indícios de muita embriaguez, Madge babava enquanto cochilava e Annie falava ao telefone com Finnick com a voz um pouco rouca. Ela terminou de falar com o seu amoreco, me ajudou a dar banho, vestir e pôr pra dormir as duas loucas bêbadas, depois ela mesma tomou um banho e comeu alguma coisa, eu somente bebi uma garrafinha de água e fui dormir.

–x-

"ACORDA CLOVE!" grito em seu ouvido

"FILHA DA PUTA!" ela me responde amigavelmente "PRECISAVA GRITAR, PORRA?!"

"Precisava, o Cato tá lá em baixo sem camisa procurando por você."

"Sério?" diz ela com um brilho nos olhos

"Não."

"Idiota."

"Tu me ama que eu sei."

"Vai se foder, Everdeen."

"Sua mãe lá embaixo, esperando você se arrumar porque ela disse que você vai almoçar com seu pai hoje."

"Ah, sim. Já vou descer." ela se levanta da cama juntando sua bolsa e indo para o banheiro se arrumar "Todas já estão acordadas?"

"Annie foi embora agora há pouco, Madge está no quarto dela se arrumando pois irá passar a tarde na casa dos tios, e eu estou indo agora para a consulta."

"Ok. Beijo, até segunda no encontro de alunos e ex-alunos."

"Eu nem me lembrava disso." eu não estava mentindo "Até."

Esse encontro foi uma babaquice que a diretora Coin inventou pra Capitol School, todos os anos, todos os ex-alunos e alunos do 1º ano do ensino médio em diante são praticamente obrigados a ir nesse encontro, é como se fosse uma gincana, nos dividimos em grupos e temos de competir por uma medalha que nem sequer é de ouro. Como a maioria das atividades é física eu quase nunca faço, e, bem, raciocínio e lógica não é bem o meu forte.

Como concluirei o ensino médio daqui a 40 dias, é lógico que minha presença é obrigatória.

Entro no carro e mamãe me faz uma série de perguntas sobre a festa enquanto começo a sentir uma tontura forte, logo sinto meu nariz escorrendo e minhas pálpebras fechando enquanto um latejar na minha testa começa.

Tudo fica escuro.

Acordo na maca do Dr. Beninni com ele e mais alguns médicos em volta de mim, eles ajudam a sentar-me e pergunto-me internamente quantas vezes eu já passei por isso. Tento pôr a mão na cabeça mas isso é bem difícil, contando que estou amarrada.

"Ele se confundiu de novo?" digo referindo a meu cérebro

"Katniss, a coisa é mais séria do que isso..." Dr. Beninni responde dando um suspiro demorado e arrumando seus óculos no rosto, ele continua o resto na frase enquanto desamarra minhas mãos "Sabe quando eu expliquei sobre sua doença há um tempo atrás? E sobre as pessoas viverem até mais do que 40 anos?"

Apenas assinto com a cabeça.

"Você sabe que pra toda regra há uma exceção? Não sabe?"

Curvo um pouco a cabeça para o lado e arqueio as sobrancelhas, mostrando que não estava entendendo onde ele queria chegar. Dr. Beninni se aproxima um pouco mais de mim, põe a mão sobre minha cabeça e faz uma espécie de cafuné desajeitado em minha juba que estava presa em uma trança lateral.

"Katniss, você vai morrer."

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer.

Katniss, você vai morrer

Katniss, você vai morrer.

Demorou um pouco para eu processar as palavras que ecoavam em minha mente. Uma lágrima escorreu pela minha face, lentamente, pelo contrário do que a maioria pensava, não era de tristeza, era de felicidade. Sim, você leu certo. FELICIDADE. Não é fácil vomitar praticamente toda madrugada durante quatro, quase cinco anos, não é fácil acordar com o seu próprio sangue coagulado em forma de bolha em seu nariz, não é fácil não poder fazer cento e treze coisas que toda garota faz, ou pelo menos, já fez uma vez na vida. Não é fácil nem agradável saber que você vai morrer, isso é fato. Mas pelo menos, esse sofrimento iria acabar de uma vez.

"Morrer?" suspiro "Como... Morrer? Eu sigo o tratamento direito, nunca deixei de tomar os remédios, aliás, era pra eles me deixarem viva, não é?" falo calmamente, porém não consigo tirar o tom de surpresa que consome minha voz

"Sinto muito, Katniss." diz o médico pesadamente

"Não adianta nada você sentir." bufo "Desculpe Dr. Beninni, eu só estou surpresa, e, abalada." faço uma pausa "Eu não fiz nem metade das coisas que eu gostaria de fazer na vida."

Ele dá um sorriso cansado e me entrega um roupa, pede para eu vestir e tomar um pouco de água com açúcar, após isso ele viria me explicar o aconteceu. A roupa era um short rasgado que tinha uma estampa do Star Wars o meu favorito , uma camiseta gola 'V' branca, meu colete jeans e meu coturno preto. Em outras circunstâncias, eu teria amado essas roupas, mas como são elas que estarei vestindo no momento que saberei quanto tempo ainda tenho de vida, elas de certa forma me assustam. Dr. Beninni volta no momento que estou terminando de prender meu cabelo com um elástico preto. Dou uma sacudida na minha cabeça fazendo minha franja balançar, dou uma risada fraca. Sento-me na cadeira à frente de Dr. Beninni e o médico começa a explicar.

Ele adora explicações grandes e cheias de detalhes, ao contrário de mim, por que eu não consigo de maneira nenhuma compreender o que ele fala.

"Entendeu Katniss?"

Pisco meus olhos algumas vezes.

"Na verdade, não."

"Eu imaginava" diz, suspirando "Seu cérebro entende que tudo que você põe pra dentro de seu corpo deve sair, como se essas 'coisas' fossem parasitas, só que seu cérebro não consegue distinguir sangue de outros alimentos ou líquidos, com a quantidade de sangue que você perderá daqui pra frente, pelos meus cálculos, você tem 90 de vida."

"90 dias?"

"É."

"Isso é... Pouco."

"Eu que o diga Katniss."

Uma longa pausa se faz enquanto ele me observava atentamente.

"Dr. Beninni?"

"Sim?"

"Eu só queria saber se, hum, er..." digo enrolando-me nas palavras "O que eu direi para meus pais?"

"Nada, eles sabem do seu destino há uns 10 dias, foi o tempo que você estava em coma."

"Eu estava em coma?"

"Sim."

"Uma última pergunta, dr. Beninni."

"Pois faça-a."

"Morrer, dói?"

Ele ajeitou seus óculos pela 13ª vez naquela tarde, eu havia dado-me o trabalho de contar.

"Foi bom conhecer você Katniss."

Entendo aquilo como uma deixa, saio de sua sala e encontro minha família em prantos, até meu pai, um homem que não expressa muita emoção ou sentimento estava consolando minha irmã com suas lágrimas calmas e constantes.

"Oh minha filhinha." foi a única coisa que ouvi antes de enterrar o rosto no peito de meu pai, encharcando sua camisa pólo verde com as minhas lágrimas.

Eu não fiz nada além de chorar nesse dia, cheguei em casa chorando, meus amigos vieram me visitar chorando, eu dormi com os olhos dormentes e com a cabeça doendo de tanto chorar.

Tomei o Tricípalopex com dois minutos de atraso, pela primeira vez após todos esses anos, fui dormir como uma pedra, acordei somente para ir no banheiro, lá pelas quatro horas da manhã, quando além de urinar, vomitei o que havia comido naquele dia e junto com esse líquido pastoso uns bons litros de sangue se foram através do vaso sanitário bege claro que havia no banheiro espaçoso. Mas eu já estava acostumada, sangue é um elemento bem presente em minha vida, infelizmente a coisa pioraria nos próximos 90 dias.


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Notas finais do capítulo

Como eu demorei, amanhã (sem falta, podem cortar minhas orelhas se eu não postar) eu vou postar outros dois capítulos (sobre o encontro de ex-alunos e mais uma coisa que não posso falar). Eu quero agradecer à Alice Sales, Clove Flor e Lana Malfoy por terem comentado o capítulo anterior, muito obrigada! E eu tomei uma decisão, toda semana virá um capítulo novo, nem que eu escreva um lixo, mas virá algum. Beijos e até amanhã com dois novos capítulos fresquinhos!
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