Walking on starlight escrita por Hamish


Capítulo 5
Parte 5


Notas iniciais do capítulo

Acho que já repararam que eu demoro para escrever. Já vou avisando que esse capítulo tem cenas mais... Bom, vocês vão ver. Espero que gostem



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Tauriel acordou com a cabeça doendo extraordinariamente. Malditos sejam esses anões, malditos sejam. Eles não mereciam a ajuda de elfos pois quando a recebiam, agradeciam daquela forma tão... Ingrata. Sim, a palavra que ela procurava era essa. Pela dor que ela sentia em sua cabeça, ela só podia ter sido atingida por uma pedra.

Malditos anões!

Ela tentou se levantar, mas estava com as mãos atadas.

Mais uma vez, malditos sejam esses anões.

Ao abrir os olhos, ela notou que o acampamento deles estava escuro, com apenas a luz da fogueira que estava ao seu lado. Olhou para o outro lado e viu o anão mais moço, Kili, sentado, com os braços fortes cruzados em cima do peito. Com um esforço irritante, ela se sentou e se virou de frente para ele, cutucando-o com a pontinha dos seus pés. Ele acordou de sobressalto, fazendo com que ela abrisse um sorrisinho.

Lembre-se que eles ainda são malditos, Tauriel.

– Me desculpe por isso – ele falou com uma carinha tão adorável que Tauriel esqueceu completamente de como ele era maldito como os outros anões – Só quero deixar claro que não foi minha ideia... Apesar de ter querer perto de mim eu nunca de prenderia contra a sua vontade.

Ela sorriu involuntariamente. A expressão de culpado do rosto do anão a fez sentir como se os anões ainda tivessem alguma coisa boa. Olhou em volta e o acampamento todo dormia, com exceção do hobbit que os acompanhava, mas ele estava ocupado demais olhando para alguma coisa pequena em suas mãos para se importar com a elfa. Tauriel virou para Kili, que mexia numa pedrinha polida em sua mão.

– O que é isso? – perguntou Tauriel, olhando de maneira encantada para a pedrinha.

– É um presente da minha mãe – ele mexeu a pedra entre os dedos e levantou o olhar para a elfa – Ela me fez prometer que eu voltaria até ela e me deu isso.

– Posso ver? – perguntou ela.

Kili olhou para os dois lados, pegou sua adaga em seu cinto e desatou as mãos da elfa. Tauriel ficou surpresa. Se ela fosse aproveitadora, usaria dessa oportunidade para escapar e levar Kili de refém, mas ela realmente gostava do pequeno e de qualquer forma, suas pernas também estavam amarradas e ela estava sem suas armas. Ele lhe entregou a pedra e ela passou os dedos levemente pela superfície polida da mesma. Era realmente muito linda. Tauriel estendeu a mão para Kili, devolvendo o amuleto, mas ele fechou sua mão em volta da pedra e pousou delicadamente sua mão calejada em cima da delicada mão da elfa.

– Pode ficar – ele falou, acariciando a mão de Tauriel com seu polegar.

– Por que está me dando isso? – perguntou ela, tentando manter a calma e seu ritmo cardíaco na velocidade normal.

– Porque assim vou saber que você vai voltar para mim um dia – Kili sorriu fazendo com que a elfa fizesse o mesmo.

Tauriel levou a mão livre até o rosto do anão e se inclinou até que seus narizes se tocassem. Ela nunca havia feito algo assim em toda a sua vida, ficar tão próxima de alguém... Talvez só de Legolas, mas ela realmente não havia desejado aquele beijo como estava desejando este. Os olhos dos dois se fecharam e esperaram o que seus lábios fariam em seguida, mas um pigarro bem alto fez com que os dois se separassem rapidamente e fingissem que aquilo que eles iam fazer não estava prestes a acontecer.

Fili os olhava. Ele parecia estar mais se divertindo do que com raiva. Ele estava sorrindo, o que fez o irmão ficar mais sem jeito do que ele já estava.

– Eu sabia que você gostava dela, só nunca imaginaria que ela gostaria de você de volta. – ele falou com uma risada bem alta, sendo repreendido pelo irmão mais novo. – Eu deveria estar bravo pois Thorin vai nos matar se souber que ela foi solta, mas não estou. Espero sinceramente que vocês dois saibam da confusão que vão causar.

Fili virou de costas, mas antes de sair continuou.

– Só depois me conta como é, irmão – ele sorriu de maneira sacana – com uma elfa...

Se não estivesse tão escuro, Tauriel conseguiria ver que Kili ficou tão vermelho quanto seus cabelos. Tauriel também estava envergonhada, mas não havia largado a pedra até o momento. Ela levou a pedra aos lábios sorridentes e continuou olhando para o anão, sentindo seu coração aquecido de um jeito completamente estranho, mas que era aconchegante demais para que ela se preocupasse com isso. Kili olhou para ela e os dois riram. As mãos não estavam mais juntas, mas ela tinha a sensação de que poderia segurar a mão dele se quisesse. A elfa abriu a boca para falar alguma coisa, mas Kili pegou sua adaga e cortou as amarras dos seus pés também.

– Pode ir embora se quis...

Ele não conseguiu terminar de falar pois foi calado pelos lábios de Tauriel, que se jogara em cima dele com sua agilidade élfica. Ele não protestou, a pesar de ter ficado bem confuso no início, já que o corpo dela estava completamente em cima do seu. Ela tinha cheiro de flores e seu beijo tinha gosto de alguma fruta que Kili jamais havia experimentado.

– Isso foi estranho – ele falou, separando seus lábios por um breve momento – Muito estranho, muito errado e muito inconveniente.

– Até parece que você não estava esperando por isso a noite toda - Ela falou, jogando os cabelos ruivos para trás e se jogando no chão, ao lado de Kilil.

– Eu realmente estava, mas não esperava que você fosse dar o primeiro passo...

– Elfos são mais ágeis que anões – ela falou, ficando de lado e passando os dedos pelo peito de Kili, fazendo com que seus dedos andassem até o coração do anão, que batia forte.

– E mais bonitos também – ele se virou de frente para ela. Deitados a altura não importava.

Ela sorriu e se esticou mais uma vez para dar um beijo em Kili, puxando ele para cima dela. Dessa vez foram atrapalhados por outro pigarro que não era tão amigável quanto o primeiro. Ao levantar o olhar, Tauriel viu Legolas parado, com as mãos na cintura e uma expressão de desapontamento e raiva no rosto fino.

– Atrapalho? – perguntou ele, cerrando os dentes.


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