Walking on starlight escrita por Hamish


Capítulo 1
Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic contemplando o universo Tolkien, então antes de começar quero deixar algumas coisinhas bem claras:

a) Sou uma puta fã de todo o universo, então eu não vou passar nenhuma mensagem errada e nem vou me aventurar a escrevem em élfico porque não quero desonrar o idioma.

b) Eu sei que o Kili e a Tauriel não ficam juntos no livro, sem muito bem disso, mas sempre quis escrever uma história de amor na Terra Média e, nossa, olha que conveniente, não?

c) Quero saber a opinião das demais fãs, sendo ela positiva ou negativa, ok?

Obrigada, aproveitem a leitura.



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Kili pegou seu arco cuidadosamente e respirou bem fundo, colocando uma das flechas élficas que encontrara na caverna dos Trolls e mirando precisamente em sua presa. A Floresta Negra estava silenciosa, fazendo com que ele ficasse completamente imerso naquilo que estava prestes a fazer. Esticou o arco, fazendo com que a flecha cortasse levemente sua bochecha barbada. Contou até cinco e atirou, acertando em cheio a lebre de pelos acinzentados. Aquele seria o café da manhã dele e de todos os outros anões... Então ele precisaria caçar mais umas vinte para que pelo menos a fome de Bombur fosse saciada. Andou até a lebre, tirou a flecha de seu corpo, limpando o sangue da mesma na manga de seu casaco. Pegou o animal e o prendeu em seu cinto, junto com os outros três da mesma espécie que já estavam presos ali. Bufou e decidiu andar até o acampamento novamente. Aquela floresta era doente demais e nenhum alimento viria dela, não importando o quanto ele tentasse.

Andou até o acampamento, pensando em como teriam uma vida completamente diferente quando retornassem a Erebor. Ele nunca mais teria de caçar algo para comer, faria isso somente por diversão. Talvez dessa vez tivesse tempo até de ter uma namorada. Imagine só, uma anã bem bonita para se casar e criar uma família. Ele seria rei um dia, assim como seu tio Thorin e faria dela uma rainha, uma bela rainha. Canções seriam compostas a respeito de sua vida e feitos. Inclusive, comporiam uma canção a respeito do dia em que o Rei Kili pensou a respeito de ter canções ao seu respeito.

Com um sorriso ele adentrou a clareira em que montaram o acampamento, mas um baque em sua cabeça o fez cair com o rosto na grama fétida da floresta. Vozes sussurravam palavras que ele nunca havia escutado antes e algumas que ele até conhecia, reconhecendo o idioma como élfico. Não tivera tempo de concluir seus estudos na língua antes de se juntar à Companhia de Thorin. As vozes eram todas masculinas, ou tão masculino quanto um elfo podia ser, com exceção de uma, mas que era a mais agressiva de todas.

Olhou para frente e viu os outros anões amarrados com cordas finas e delicadas, mas feitas de um brilhante material mágico. Tentou se mexer, mas reparou que estava preso com o mesmo tipo de corda. Tentou cortá-la com seus dentes ou se desamarrar com o movimento do seu corpo, mas a corda era extremamente resistente.

Elfos desgraçados.

De repente ele sentiu alguém puxando seu cabelo e o levantando até que ele ficasse de pé. Viu que era a elfa, a única mulher de todo o grupo. Seus cabelos eram ruivos e chegavam nos joelhos, formando belos cachos nas pontas. Ela olhou no fundo dos olhos do anão e abriu um sorriso, um sorriso de quem sabia que estava no comando e gostava disso.

- O que vocês fazem aqui, anões sujos? - Ela perguntou, com o sotaque elfo bem carregado,

- Não te interessa – Falou ele, sem desviar os olhos dos dela – Pode me torturar se quiser, me prender, fazer qualquer coisa, mas eu não vou lhe contar nada.

Ela riu, como se debochasse do esforço do pequeno.

- Veremos se um tempo na prisão de Thranduil será suficiente para você mudar de ideia. – Ela gritou algo em élfico e soltou os cabelos de Kili, fazendo com que ele caísse novamente, mudando a visão dos olhos castanhos da elfa para a grama da floresta negra e para a escuridão da inconsciência.

...

Kili acordou ao ser jogado em uma cela bem suja e pequena, até mesmo para um anão. Um colchão de palha jogado em um canto, um buraco que ee sabia muito bem para o que servia em outro canto e um caneco de metal cheio de água. E aquela seria a moradia de um dos herdeiros de Durin? Escutou a cela sendo trancada e viu a elfa com um grande molho de chaves pendurado no cinto, colocado graciosamente em cima de seu quadril. O anão a olhou de cima a baixo e viu que ela era a mais bonita elfa que ele já havia visto em toda a sua vida. Galadriel e as elfas de Elrond não chegavam aos pés daquela.

E ainda por cima ela era uma guerreira.

- Você não vai me revistar? - perguntou ele com um sorriso no rosto.

Ela apenas lançou um olhar de reprovação para o anão e voltou a contar o número de celas que estavam sendo utilizadas. Provavelmente estava muito nervosa de ter todo o seu palácio invadido por anões fedorentos.

- Então, eu acho que você deveria me revistar, sabe? - Continuou Kili - Eu posso ter alguma coisa guardada nas minhas calças.

Ela arregalou os olhos castanhos para o anão e abriu um sorriso irônico, abriu a boca para fazer algum comentário, mas um chamado a fez voltar ao trabalho.

- Tauriel - Falou uma voz masculina que Kili não conseguia ver de onde vinha - O rei lhe chama.

Tauriel.

Kili guardou o nome em sua mente, com um carinho maior do que um anão deve guardar o nome de uma elfa. Continuou olhando para ela, que fazia uma reverência para a voz desconhecida e em seguida se virou para o anão:

- Aposto que não tem nada dentro das suas calças que precisem da minha inspeção - Ela sorriu e virou as costas para a cela de Kili, fazendo seus cabelos ruivos esvoaçarem.

O jovem anão ficou olhando-a até perdê-la de vista, quando isso aconteceu, ele balançou a cabeça, tentando tirar os pensamentos que estavam invadindo sua mente, todos envolvendo Tauriel e seus belos cabelos ruivos. Ela era bela, sim era, mas ainda sim era uma elfa. Uma elfa. Ele não podia estar tendo aquele tipo de interesse por uma elfa. Ainda mais uma elfa da floresta, do reino de Thranduil, aquele traidor.

- Kili - Ele ouviu a voz de Fili chamando na cela ao lado - Nem tente.

- Tentar o que? -Perguntou o anão, repetindo o sorriso de Tauriel em sua mente até conseguir dormir em seu desconfortável colchão de palha.


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