A vida de outra garota... escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 16
XVI - First Game


Notas iniciais do capítulo

{Vocês estão deixando reviews, certo? Não vale ler sem avisar para mim que estão lendo *ri com a fala estranha*}



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~Mundo da Amy~

Pov. Amy

Quando cheguei em casa Dan já havia chegado. Segundo minha mãe ele entrou no quarto e se trancou do mundo.

Decidi que ia dar mais um tempo para ele, e fui até a cozinha fazer algo para nós comermos enquanto conversávamos, optei por fazer cookies de chocolate, que eram os favoritos de Dan, depois de 30 minutos estava com uma bandeja cheia de cookies e dois copos de leites grandes indo para o quarto de Dan.

Bati na porta, equilibrando todo com alguma técnica de ninja de irmã mais velha, e esperei a resposta, mas como não obtive ela, tentei abrir a porta. Trancada.

— Dan abre, é a Amy.

— Vai embora! — Ouvi-o gritar em resposta. — Quero ficar sozinho!

— Ora... Vamos Dan! Ou quer que os cookies esfriem? — Perguntei, irônica, sabendo que havia tocado no ponto certo.

— Cookies? — Dan parecia mais animado. Uma vez Dan, sempre Dan.

— De chocolate – disse sorrindo. — E eu trouxe leite.

A porta foi aberta e eu entrei.

Dan estava jogando-se na cama novamente e eu sorri para isso. O vídeo-game ligado, e ele parecia irritado enquanto jogava, era sempre assim... Enquanto algumas pessoas choram quando ficam tristes, Dan prefere jogar vídeo-game.

— Dan, o que houve com Natalie foi realmente ruim. Você tem que falar com ela... – comecei enquanto Dan pegava dois cookies e dava um gole grande de seu leite.

— Falar com ela por quê? Se ela nem abre a porta... — Embora seu comentário fosse irônico, senti um toque de tristesa na fala.

— Dan, Natalie está mal, dê tempo para ela. — Falei calma, nunca me imaginei nessa posição, consolando meu irmão mais novo que quebrou o coração de uma amiga.

— Não Amy, eu e ela não temos nada, nem entendi por quê ela pirou daquele jeito. — Lá estava a irritação novamente.

— Dan, ela gosta de você, por isso pirou. Mulheres são assim. — Eu sabia exatamente o que ela estava passando. Afinal, não fora Ian que ficou olhando para a bunda de Celeste? Eu estava até ficando irritada.

— Ah claro Amy, ela nunca disse isso.

— Porque não deve dizer, quem tem o dever de dizer é você! — Expliquei irritada.

— Por quê? — Ele perguntou gritando.

— Pois ela não sabe sobre os seus sentimentos, e tem medo que você ria dela! — Gritei de volta irritada.

— Isso é Natalie e eu, não você e Ian! — Ele disse forte, mas quando olhou para meu rosto recuou. — Amy desculpa... Eu não quis, ah céus, Amy...

— Não, Dan! — Me levantei, deixando um copo de leite intocado, e cookies de chocolate para trás. — Não quero suas desculpas — disse agora com raiva. — Mas acho bom você falar com ela! — E com isso bati a porta, saindo dali.

A vida de outra garota...

~ Algumas semanas depois ~

— Vamos, Amy! – Regan berrou lá de baixo.

— Nem adianta Reg, ela só quer se atrasar... — Ouvi Natalie dizer, e pensei seriamente em jogar meu sapato nela pela janela. As duas voltaram a se falar e pelo que sei Regan pediu desculpas, mas bem de boa, o único que ainda está mal é Dan, por quê? Porque ele não falou nem com a Nat nem com a Reg... E faz 3 semanas!

— Calma vocês duas! — Berrei de volta, pegando minha mochila. — Pronta! – Cantarolei, do topo da escada.

— Até que um dia... — Regan levantou as mãos para o céu, claramente dramática. — Até a Maddie já deve estar pronta.

— Menos mal — disse descendo e nesse momento Maddie passou pela porta da frente.

— Qual é a de vocês? To esperando a duas horas lá fora e as mariquinhas! — Mariquinhas? Ah céus! — E vocês estão aqui dentro batendo papo... Por acaso querem uma xícara de chá e biscoitos?

— Por favor! — Fingi desespero. — Meu chá tem que ser de erva-doce. — Todas riram, enquanto Maddie fingia me entregar uma xícara. — Ok gente, agora falando sério, a gente ensaiou muito, nós estamos prontas para essa estreia! Vamos se não os garotos ficam sem torcida.

Corremos até o carro, Nellie deu partida e começou a dirigir até a escola. Hoje é o primeiro dia do campeonato de futebol americano entre escolas, e como líderes de torcida, não podemos faltar. Sinead me ligou quando estávamos no meio do caminho.

— Alô, você está falando com Amy Cahill, fique feliz pois eu atendi sua ligação, posso saber com quem estou gastando meu tempo precioso? — Atendi rindo, já que sabia que era a Sinead.

— Com a maravilhosa e gostosa Sinead Starling, princesa, eleita e futura imperatriz desse planeta. — Ela brinca enquanto eu caiu na gargalhada. — Agora sério Amy, onde vocês estão? O jogo começa em meia hora e os garotos estão uma pilha!

— Estamos chegando, calma, segura as pontas princess, já, já, chegamos.

— Ok, mas venham rápido, queen.

— Claro, beijos Amy desliga.

Ri do nosso papo maluco, sempre fora assim com Sinead, nós duas eramos babacas demais para nós levar a sério.

Assim que chegamos na escola ouvimos berros vindos do campo, as meninas me olham nervosas e eu só digo uma coisa:

— Corre!

Corremos até o grande estádio,passando por inúmeras portas e trancas até chegar lá. Graças aos deuses, o cara que controlava o acesso da entrada do campo já nos conhecia e permitiu que nossa entrada sem demora. Ao entrar no estádio me senti pequena, era sempre assim.

O estádio era simplesmente gigante. Com arquibancadas grandes e espaçosas. Havia uma multidão dentro do estádio, então as arquibancadas estavam lotadas, até fiquei assustada quando vi uma equipe de médicos no local, isso parecia sério. Estávamos ofegantes e cansadas, mas continuamos correndo.

— Amy! — Si pulou na minha frente. — Vem, rápido! — Ela me puxou e eu fiquei assustada com a quantidade de pessoas em campo, eram muitas, e os berros da multidão abafavam os berros em campo, mas eu ainda conseguia ouvir a voz do treinador Holt.

— ... eles estavam se aquecendo! Há regras contra isso! Foi uma péssima conduta, o senhor tem que expulsar!

Chegamos mais perto das pessoas que formaram um círculo na ponta do campo, assim que abri passagem vi uma coisa que me assustou.

Kaus estava deitado no chão, se contorcendo de dor, havia algo errado com o ângulo da sua perna. Fique com náuseas só de olhar. Virei meu olhar para o treinador Holt, que estava do lado do treinador do outro time, com o juiz entre eles. Ian e Hammer estavam do lado de Kaus, tentando acalmá-lo.

— Amy! — Ian saudou, como se agradecesse por eu estar ali, assim que me viu e veio para o meu lado, seus olhos pareciam urgentes, e eu esqueci que ainda estava brava com ele.

— O que houve? — Questionei olhando para o treinador Holt.

— Nós estávamos nos aquecendo, todo mundo estava meio nervoso, e os jogadores do outro time queriam um mano a mano, eu avisei que ia dar merda, mas o Kaus aceitou, e quando ele pulou para pegar a bola... Bem, um dos jogadores chutou as costelas dele... Ele acabou caindo com a perna,anh, você sabe.

— Ah, deuses, isso precisa de suspensão! — Eu brigo, falando alto demais. O juiz se virou para mim.

— Quem deixou uma torcedora entrar no campo? — Ele perguntou, com um ar tão superior que me encheu de raiva.

— Amélia Cahill, senhor. — Apresentei-me andando em direção a ele, a raiva me movia. — Sou Capitã das líderes de torcida da escola Hearts. — Estendi minha mão, mas quando ele estendeu a dele, tirei a minha rápido, sem apertá-la. — Meu capitão sofreu uma fratura séria, claramente por causa do outro time, e o senhor se recusa a expulsá-los?

— Não bem assim que acontece, srt. Cahill. — O homem recuou, embora tentasse manter uma boa postura, os papéis desejeitados na sua mão.

— Pois bem, então, se o mundo é justo, pelo menos expulse o jogador. — Proferi.

— Não! — O treinador do outro time berrou. — Ele é o nosso capitão, não podemos jogar sem ele.

— Bom, o nosso capitão está no chão e teremos, pelo jeito, de conseguir um capitão novo do nada. Por que o senhor acha que não pode fazer o mesmo que nós? — Minha raiva era palpável. Olhei para o juiz colocando pressão e ele disse:

— Vou pensar, me dêem 15 minutos.

Quando o treinador Holt ia se manifestar, eu o calei com o olhar.

— Claro senhor, até porque temos um jogador machucado, e nossos jogadores são tudo para nós. — Pensei em Silena, a namorada de Kaus, como ela deve estar desesperada sem saber com ele está.

Andei de volta até o Kaus que estava recebendo força dos outros, Ian que estava comigo disse:

— Quero você perto de mim quando for fazer qualquer negócio. — Ele declarou, levando-me a rir levemente. Embora tenha parado quando lembrei que estava brava com ele.

— Johanna! — Chamei uma das líderes.

— Sim? — Respondeu prontamente a garota dos cabelos louros e olhos azuis.

— Por favor, vá atrás de Silena e diga que Kaus está indo para o hospital. – Johanna assentiu com a cabeça rápido. – E depois volte rápido para cá. Lindsey, já que você já está com a roupa de líder permaneça no campo, e avise nossa torcida que as líderes precisam deles.

— Certo, capitã! — Lind correu até a ponta do campo, arrumando seus cabelos escuros em um rabo de cavalo.

— O resto, rápido para o vestiário, troquem de roupa e voltem pra cá. Dois minutos! — disse e todas saíram correndo me deixando com os meninos. — Vocês façam o seguinte, fiquem parados, onde toda a torcida possa ver, com cara de bravos, ok? E alguém... — Falei, virando-me para a equipe de médicos. — Leve o Kaus para o hospital de uma vez!

Saí correndo para me trocar e consegui estar pronta junto com as meninas. Prendi meu cabelos em um rabo de cavalo enquanto caminhava até o campo novamente.

— Qual o plano? — Sinead me perguntou, nervosa, mas com aquele olhar de: “Nada vai nos parar”.

— Pressão. Aquele juiz é um ladrão, mas acho que se colocarmos pressão tudo fica bem... Até porque são muitos torcedores dos Hearts lá fora. — Levantei minha voz e berrei: — Líderes, código 66, se preparar para a entrada 32, objetivo: pressão para o juiz expulsar o jogador que fez aquilo com o Kaus.

— Entendido. — Responderam prontamente, terminando de se preparar para entrar em posição.

Ás vezes me sentia mais no FBI do que como capitã das líderes.

Entramos no campo, em silêncio mas fazendo os movimentos de sempre, Lindsey se juntou a nós e paramos na frente da nossa torcida.

— Johanna rápido... — Sussurrei, implorando para ela chegar logo. A mesma apareceu minutos depois, já vestida e pronta., vi as meninas passarem para ela e Lindsey o que íamos fazer e comecei a andar na frente.

— Machucaram o nosso jogador! — Berrei o mais alto que conseguia, e as meninas fizeram coro as minhas palavras. — E não querem expulsar o time! — Enquanto as meninas repetiam a plateia na minha frente fazia barulhos de raiva. — Mas quem sabe, se o juiz — sugeri irônica, e as meninas falaram igual. — Decidir que o jogador agressor deve ser expulso — esperei elas falarem, fixando os olhos na torcida silenciosa a minha frente. — Nós possamos conseguir igualdade de novo! — Eu não me cansava de gritar com facilidade, afinal, era uma líder de torcida, mas naquele momento, eu só queria ouvir o coro de várias vozes. — Então, digam para todos o que acontece quando se mexe com um Hearts? — Berrei mais alto e as meninas gritaram junto comigo. Essa parte a plateia sabia, era um dos nossos gritos de guerra.

— Mexe com todos! – Eles responderam, e aquela massa, aquele poder, era algo bom... Eu me sentia bem toda vez que pisava em um estádio, embora uma parte de mim, aquela parte confusa e esquisita, sentisse medo daquele lugar.

Depois de muitas brigas juiz deu a expulsão do jogador, e o treinador Holt elegeu Ian como capitão.

— Oi? — Engasguei assim que ouvi isso, estava tomando um copo de água, e tive que me controlar para não cuspir tudo na cara dele.

— Ian é nosso melhor jogador, Amy.

— Mas e o Hammer?

— Hammer é ótimo, mas Ian é melhor. — Treinador Holt informou, com ar de quem lamenta. Não só você, titio, não só você...

— Ah não.. Só pode ser brincadeira! — Exclamei e todos me olharam, confusos. — O quê? Uma coisa é torcer pro Kaus, outra pro Hammer, mas pro Ian?! Ai não dá!

— Então deixa comigo — uma voz chata atrás de mim pediu. — Eu torço pra ele. —Olhei pra trás e vi Celeste.

— O que essa puta mal comida faz no campo? — Pergunto alto e com tom de que não entende, fazendo as garotas, e até alguns meninos, rirem, deixando Celeste com cara de poucos amigos.

— Eu ouvi você dizendo que não torce pro Ian, então me dá o seu lugar, como capitã das líderes, prometo que sou bem melhor que você.

— Ah não! — Exclamei novamente. — Dai já é demais! Vacas não podem falar, sweet heart! Leo, amor da minha vida, tira essa coisa daqui, por favor? — Perguntei para um dos jogadores que me lançou um sorriso e olhou pra Celeste como quem diz: “Foi mal.”

— Adeus, projeto de vadia. — Aceno enquanto Leo arrasta ela pra saída.

Todos me olham de novo, e Ian está com um sorriso do tipo “eu sou superior”. Aquele metido, unf.

— O que foi? De novo, alías.

— Você só, ahn, tipo...

— O quê? Acham que eu daria o meu lugar pra Celeste, justo pro projeto de vadia, por que vou ter que torcer pro Ian? Coitadinhos de vocês. Meninas vamos! — Bati palmas duas vezes, saindo de lá como se fosse uma rainha, deixando todos me olhando. Sinead riu, mas me seguiu sem nem pensar duas vezes, o mesmo pode ser dito de todas as outras.

— Gata, maravilhosa do meu coração! — Ouvi Jonah gritar e eu sorri. Jonah só estava me ajudando, como sempre, a fazer ciúmes. Não que eu quisesse fazer aquilo.

— Toda sua, meu lindo. — Pisquei rapidamente enquanto dava uma giro, e consegui pegar o olhar de raiva do Ian antes de virar novamente.

A vida de outra garota...

Hammer pegou Sinead no colo para comemorar, e correu com ela pelo campo, ri ao ver aquilo, mas fiquei muda assim que senti alguém me levantar.

— Fala ai, gatinha. — Jonah cumprimentou, enquanto eu ria. Ele me colocou nos ombros dele e correu comigo como se eu fosse uma rainha. — Abram alas para a Sua Alteza Real!

Assim que me colocou no chão eu abracei todos os jogadores, menos Ian, nós havíamos ganhado. Dan estava feliz, e eu não o via assim desde que brigou com Natalie, esta que olhava para ele a cada cinco segundos.

— Posso falar com você? — Aquela voz terrivelmente familiar me retirou dos devaneios.

Olhei para trás e vi Ian, ele estava suado, mas ainda assim lindo. Seus cabelos escuros brilhavam com a luz do campo, e seus olhos cor de âmbar eram uma perdição.

— Hm, acho melhor não...

— Ah vai Amy, rapidinho, juro! — Ele fez uma cara tão linda que não resisti em aceitar. — Por que não me abraçou também? Eu sou o capitão, e sei que joguei bem. — Agora parecia que estava com raiva, tipo do nada.

— Não sei Ian, talvez por que eu esteja com raiva de você? — Supôs, sendo tão grossa quanto ele.

Eu não fiz nada para merecer isso!

— Fez!

— O quê?

Parei por um tempo para pensar, e Ian deu um sorriso.

— Você e defendeu aquela... aquela... — respira Amy, nada de bom sai da boca de quem não pensa. — A Celeste.

Ian riu irônico.

— Sério? Tudo isso por que eu defendi a Celeste? — ele riu mais.

— O que há de tão engraçado nisso?

— Você.

— Hein?

— Você ficar com raiva, só porque está com ciumes.

Respirei fundo, calma Amy, calma.

— Como já lhe disse antes Ian Kabra, eu não tenho motivo algum para ficar com ciumes de você.


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Notas finais do capítulo

{Quem nunca recebeu cookies e leite de alguém na hora daquela conversa? Eu! Mas quem já fez isso? Eu!
Minha vida é uma droga... *ri*}
[corrigido e revisado]