A vida de outra garota... escrita por Becky Cahill Hirts


Capítulo 12
XII - Party/part I


Notas iniciais do capítulo

{Esse foi o capítulo mais alterado durante a revisão. No lugar de seis capítulos sobre a festa, eu juntei tudo. Desculpa se ficou muito longo, espero que gostem.}



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~Mundo da Amy~

POV. Amy

Ah deuses, Natalie Kabra, você quer me matar...

Coloco minhas roupas e biquínis na mala enquanto resmungo pela casa, a Nat simplesmente convidou todo mundo para essa droga de festa. E com todo mundo eu quero dizer que sim, ela convidou a Sinead e o Hamilton, e eles já CONFIRMARAM presença!

Argh!! Ela é uma traíra, eu tenho que parar de andar com gente assim!

Dan quase canta pela casa enquanto eu quase me mato. Ótimo irmão, não?

— Amy! — Ele grita pela 17219723678º vez. — Estamos atrasados!

— Dane-se Dan! — Berro de volta. – A gente ainda não tem que chegar na hora!

— Diga isso para a Nat! — Ele grita em resposta.

— Dane-se!

Coloco alguns vestidos na mala, sabendo que não ia usar mas.. sei lá, eles são tão fofos! Por fim coloco minha escova de dentes e o meu melhor e único amigo, Ty , meu tigre de pelúcia.

Desço as escadas devagar, querendo irritar Dan.

— Tchau mommy, bye dadday. — Digo passado por eles, e beijando-lhes o rosto.

— Se cuida, petit – mãe diz.

— Sempre, mother.

— Vamos Amy! — Dan berra.

Mamãe e papai dão risadas, e papai fala:

— Até parece que vai casar.

— Quase isso, daddy, quase – digo saindo de casa.

A vida de outra garota...

— Vá, agora, se trocar! — Nat diz quando chego na casa dela, ela dá um rápido beijo na bochecha do Dan, o que faz ele corar, e manda ele para a parte dos garotos da casa, colocar a roupa de banho, já comigo ela tem que falar naquele tom.

— To indo Nat, to indo. — Resmungo, subindo as grandes escadas de mármore da mansão dos Kabra.

Como Nat disse, terceira porta a esquerda, abro e vejo o maior e mais incrível quarto de toda a minha vida. Aquilo é uma fonte de chocolate? Por Deus!

— Amy! — Reg e Maddie me abraçam e me levam para uma parte mais particular do quarto, que aliás estava CHEIO de garotas berrando e colocando biquínis.

— Por deus, o que houve? — Pergunto assustada.

— Sinead está aqui. — Reg disse baixo.

Olhei em volta e elas estavam certas, sentada em um canto, perto da janela estava Sinead Starling, minha ex-melhor amiga. Vê-la na janela, quieta e com a cabeça para baixo, com os olhos, provavelmente, cheios de lágrimas me deu uma dor no estômago. Sinead era uma vaca, mas era uma das vacas mais amáveis que eu já vi.

— Affs, chega disso! — Reclamo e vou até ela. — Olá, Sinead — Cumprimento, ao chegar ao seu lado. Ela me olha com uma cara de surpresa , e por um momento me arrependi de ter ido até ali.

— Olá, Amy. — Ela disse e vira-se para a janela.

— Sinead – eu chamei novamente e ela olhou, com certa arrogância no olhar. — Eu sei que você está brava comigo, sinceramente eu estou brava com você. Mas esta é a festa da Nat, e se a gente quer brigar que seja lá fora, aqui, por favor, vamos agir como damas, tá? — Mesmo uma de nós não sendo nem um pouco comportada, né querida? Acrescentei mentalmente.

Sinead suspirou.

— Concordo com você.

Dito isso, me retirei e fui colocar meu biquiní.

A vida de outra garota...

Nat entrou no quarto e todas perguntaram se já dava para descer, Nat confirmou e disse:

— Os meninos acabaram de descer! Bora fazer essa festa queimar lindas! — E com isso metade das garotas desceu as escadas, praticamente pulando.

Reg e Maddie, se juntaram a mim, e fomos até a Nat:

— Então — ela começou. — Como somos as mais lindas, modéstia parte, vamos deixar o ralé descer primeiro. — Uma vez Nat Kabra, sempre Nat Kabra.

Natalie pegou Danny, e colocou no colo, sorriu para Sinead, que era a única que ainda estava no quarto, e disse:

— Vamos Si, você desce com a gente. — Ok Natalie Kabra, o que deu em você? — A Amy não se importa, não é Amy?

Sim, eu me importo muito. Como assim essa vadia vai descer conosco? Ela roubou meu namorado...

— Não. — Respondi com um sorriso falso na face.

— Oba! — Nat diz e puxa Sinead para ficar do lado dela. Reg e Maddie me lançam um olhar de: “Ela não tem noção” e vão para o meu lado.

Enquanto descemos as escadas, Hamilton está lá embaixo esperando, quando nos vê ele arregala os olhos:

— Hm...Amy... Posso falar com você? — OI? Comigo? Ahn? O mundo tá uma bagunça hoje.

— Não! — Reg e Maddie falam juntas. I ♥ my friends.

— Ahn... Hammer... Tipo, não é o momento certo para isso... — Nat fala, lentamente.

— Não Nat, não se preocupe, ninguém vai brigar. — Hammer diz, mas parecia nervoso.

— Tudo bem, você não, mas e ela? — Nat sorri levemente, apontando para mim.

Natalie Kabra eu vou quebrar seu pescoço!

— Claro que não vou brigar com ninguém Nat. — Talvez com você, mas falo rindo, jogando meus cabelos ruivos para trás.

Todos me olham e eu paro de rir. Alguns parecem assustados – Sinead e Hamilton – outros preocupados – Nat, Reg e Maddie.

— Ah, gente, qual é a de vocês? Ninguém vai se matar.

— Só acredito vendo. — Maddie profetiza. — Deixa eles conversarem.

Ela, Reg, Nat e Sinead saem para a piscina e eu fico encarando Hamilton, sem nenhuma vontade de rir.

— Desculpa. — Ele fala no fim.

— Por? — pergunto com a raiva voltando. — Por ter me traído esse tempo todo? Por ter me traído com a minha melhor amiga? Por me fazer de tola? Idiota? Pelo que a Sinead fez no refeitório? Ou por tudo? Pelo que você pode desculpas Hamilton? – Pergunto jogando as palavras nele, mas não alterando o tom de voz.

— Por tudo. Sinto muito. — Ele olha pra baixo, envergonhado. — Por tudo isso e por ter falhado com o meu dever de melhor amigo, eu jurei sempre te proteger e acabei te machucando... Eu deveria ter terminado com você quando comecei a gostar da Sinead, eu nem deveria ter começado esse namoro. Agora eu vejo que você só estava comigo para me ver feliz... Desculpa! — Ele pediu, e eu pude ver que ele estava mesmo mal.

Esqueci meu ódio. Minha raiva. A traição. Tudo. Quando o vi tão fragilizado daquele jeito a única coisa que eu queria era reconfortá-lo. Afinal, ele era o meu irmaozão, meus intistos sempre foram de protegê-lo. Corri até ele e o abracei.

— Eu sei que você sente muito Hammer, e eu não consigo mais ficar com raiva de você grandão. Eu sempre soube que você e Sinead se gostavam e mesmo assim continuei esse namoro... Sinto muito, Hammer. Nós... Nós, podemos voltar a ser pelo menos amigos?

Ele me olhou, com os olhos brilhando.

— Amy, você é incrível! — Ele me levantou no ar e eu ri, sendo girada pelo grandão. Eu sabia que havia feito a coisa certa, jamais conseguiria ficar brava com Hammer. — Você é simplesmente a melhor pessoa que existe! — ele beijou minhas bochechas, muitas vezes. — E você é a minha melhor amiga ruiva, eu te amo com toda a minha força, e como você disse, somos irmãos! — Ele riu e eu o acompanhei.

— Sim Hammer, podemos sim, manão. — Rimos e fomos até a parte de fora da casa, com ele me levando. Todos nos olharam e eu corei.

Hammer elevou a voz e disse:

— Seu bando de enxeridos, eu e a Amy somos só amigos, ok? Nossa relação terminou em amizade! Vão cuida da vida de vocês! — Com a fala dele eu não evitei e capi na gargalhada. Como esse menino é sem noção.

A vida de outra garota...

— Amy — Nat me chamou, eu estava na piscina, bem de boa com a vida. — Vamos jogar Verdade ou Desafio?

Sempre esse jogo...Sempre esse jogo... Por que sempre esse jogo? É para dar merda mesmo.

— Ok Nat, quer que eu chame todo mundo?

— Não, chamei só algumas pessoas. — Ela sorriu.

Ah claro...

— Ok.

Segui ela para longe da piscina e ela parou atrás de uma árvore, sorriu e bateu três vezes na árvore. Uma escada de corda caiu lá de cima.

— Ahn... O que é isso?

— Bem, é para ninguém saber onde vamos, eu e Ian construímos essa casa na árvore, colocamos a corda lá em cima hoje e deixei Ian lá. Não reparou que ele não estava em lugar nenhum? – Na verdade, mais do que eu gostaria.

— Ah... — Resmungo, subindo pela corda, minhas mãos estão suadas e o trabalho e cansativo, mas assim que chego lá em cima dou um sorriso. — Uau.

O lugar parecia uma versão menor, mas nem tanto, tá sala de estar da mansão dos Kabra. Grande, plana, com piso de madeira rustica e paredes pintadas de branco. Havia dois sofá e um tapete no meio do “comodo” e umas caixas de isopor (provavelmente as nossas geladeiras) no canto.

— Oi Amy. — Dan fala. — Cadê a Nat?

— Subindo Romeu. — Brinco e tento sair do burraco, mas quando pensei que poderia tirar o pé da escada sinto meu corpo caindo.

Ah não, é assim que eu vou morrer. Que vergonha!

Mãos fortes me seguram, me puxando para cima. Ian Kabra sorri para mim.

— Mais cuidado Amy, ninguém quer ter que lhe levar para o hospital. — Ele ri, e me deixa ao lado de Reg, que me lança um olhar de ‘Hmmmmmm’.

Na sala além do Dan, Reg e Ian, também estão, Maddie(claro), Sinead, Ned, Ted, Jonah e Hamilton. Estranho...Só o nosso “grupinho”.

Maddie está tendo uma conversa animada com Ned. Reg está rindo com o Ted e Jonah fala amigavelmente com Ian. Sinead e Hammer está brincando de cutucar um ao outro e eu dou sorrisos para todos.

Quando Nat sobe, manda todo mundo fazer uma roda.

— Ok, todo mundo sabe jogar isso né? Boca da garrafa responde, fundo pergunta.

Ela gira a garrafa e da Ned pergunta para Sinead.

— Vamos lá maninho, quero verdade.

— Ahh – Ned e Ted falam juntos.

— Bem... Te desafio a dizer o que me disse mais cedo. — Ned disse sorrindo, como se falar seja lá o que Sinead falou mais cedo fosse pior que qualquer desafio.

— O que? — Sinead parece assustada.

— Aquilo. — Ele dá um sorriso de: “eu sou demais”.

— Ahn...

— Anda logo Sinead, não temos o dia todo! — Ted resmunga, provavelmente ele também sabe que “aquilo” é esse.

— E-eu... eu sinto...saudades...da minha...melhor...amiga... — Ela para e respira fundo, como se tentasse encontrar coragem para o que ia dizer. — Eu sinto saudades da Amy.

Mais hein?! — Exclamo sem acreditar.

Todos olhavam para nós, o olhar alterando entre Sinead e eu. Hammer abraçou Sinead por trás que havia começado a chorar.

— Me desculpa, Amy — Ela disse entre lágrimas, como se as palavras fossem dolorosas e ao mesmo tempo aliviantes. — Eu realmente sinto muito pelo que te fiz! Eu fui egoísta, não pensei em mim... Mas eu não consigo mais fingir que não sinto a sua falta, é como se cada passo seu fosse uma lança no meu coração... Você me olhar com indiferença é pior do que quanto você nem nota que eu estou no ambiente... Eu só, estou sentindo saudades e lamento tanto... Sinto muito Amy.

Oi?

Minha mente trabalhava a milhões, tentando checar cada palavra para ver se era verdadeira, porém a dor no meu peito era quase insuportável. Ele queria Sinead, queria poder abraçá-la e chamá-la de melhor amiga novamente. Mas eu não podia. Cada palavra dela poderia ser mentira e...

Ah...Dane-se!

— Sim, Si — eu disse com a voz fraca, me aproximando dela e tentando ignorar a plateia.. — Eu te perdoou ruiva, o que seria de mim, sem a minha irmã vermelha?

Eca de apelido, penso, fazendo uma careta.

— Ah Amy! — Sinead se jogou nos meus braços chorando, me abraçou e sussurrou o tempo inteiro, pedidos de desculpas e dizendo como estava arrependida.

— Sid — eu chamei. — Não quero saber disso. Se você fez o que fez por amor, quem sou eu para descrimina-la?

Sid não responde, mas sei o que ela pensa:

A pessoa que foi traída.

Mas nem eu nem Sinead parecemos dispostas a falar isso.

O passado ficou para trás, e eu tenho que ser a primeira pessoa a mostrar que não ligo, depois as outras pessoas, como Reagan e Madison, poderão perdoar Sinead também.

A vida de outra garota...

Depois de eu e Sinead termos conversado e voltado ao normal, o clima ficou leve para todos, Hammer sorria abertamente, enquanto as gêmeas Holt falavam animadas comigo e com Sinead.

Até mesmo Ian sorria, olhando por trás da irmã.

— Ok, gente — Nat reclamou a atenção que sempre fora sua. — Depois desse momento lindo, e eu estou muito feliz pelas ruivas mais lindas do mundo estarem conversando de novo, mas, vamos continuar o jogo? — Todos concordam para a alegria de Natalie. Ela gira a garrafa: Maddie pergunta, Reg responde.

— Verdade ou Desaf...

— Desafio. — Reg diz antes da irmã terminar, com os olhos brilhando e uma expressão, no minimo, assustadora.

— Eu te desafio a beijar o... — Maddie começa.

— VERDADE! — Reg grita.

— Hm... é verdade que você gosta do...

— Affs! — Reg diz. Nunca vou entender porquê o povo não mente em verdade ou desafio. — Desafio, vai anda.

— Te desafio a beijar o Dan. — Nat arregala os olhos.

Dan parece desconfortável, e Reg também, mas antes de qualquer um cometar qualquer coisa, ela sussurra alguma coisa no ouvido de Nat, e depois da um selinho rápido em Dan e senta ao lado da irmã novamente.

Dan e Nat nem piscam enquanto tudo isso acontece, e no final, Dan lança um olhar de desculpas para Nat, que simplesmente balança a cabeça e gira a garrafa novamente. Jonah pergunta, Nat responde.

— Desafio. — Nat diz sorrindo.

— Eu te desafio a me beijar. — Vez do Dan de arregalar os olhos, e Nat ri. Sério que essa gente só sabe se beijar neste tipo de jogo? Vejo Ian ficar tenso do lugar dele, mas ele nada diz enquanto a irmã se levanta e beija os lábios do Jonah. Depois do um minuto eles se soltam e o jogo continua, tirando o fato de Dan estar vermelho e Nat ficar rindo da cara dele, satisfeita pelo ciúmes causado.

— Estou com fome. — Declaro antes que venham com mais uma história de beijar fulano-de-tal.

— Vai pedir uma pizza, Amy — Nat diz, calma, e quase como se tivesse decorado essas palavras.

— Ahn...Ok...De quê? — cada um começa a dizer um sabor, e eu acabo tendo que pegar um papel para anotar tudo.

Desço as escadas, e fico pensando em como vou fazer com cinco caixas de pizza para subir, quando ouço o barulho de mais alguém descendo. Olho para cima e vejo Ian.

— Eu não ia deixar uma hospede procurar tudo sozinha. — Ele responde a pergunta feita pelos meus olhos, sorrindo.

Algo no seu sorriso faz borboletas aparecerem no meu estomâgo e me deixa sem ar.

— Ahn... Obrigada... — Forço-me a dizer sorrindo.

— Não por isso. — Ele se limita a dizer.

Ian e eu andamos lado a lado até a casa, o sol se pondo atrás de nós.

— Aquilo foi muito legal da sua parte — ele diz e eu o olho confusa. — Perdoar Sinead, quero dizer. Não sei se teria feito isso.Não depois do que ela fez com você...

Olho para os olhos cor de âmbar de Ian e me pergunto por que ele está aqui? Não faz sentido ele estar sendo tão gentil. A mera existência de Ian Kabra já me deixava confusa.

— A-acho que... Eu também estava sentindo saudades dela.. Pelo menos no todo. — Respondo, olhando para baixo.

— No todo?

— É... Si era, quer dizer, é, minha melhor amiga. Reg e Maddie são incríveis e Nat também, mas Sinead... Ela está comigo há tanto tempo, compartilhamos muitos segredos juntos...Sei lá...

Ele sorriu.

— Você me parece tão confusa...

— Talvez esteja. — Pondero. — Algo na minha vida parece fugir de mim, é como se eu não soubesse de tudo... — declaro, percebendo pela primeira vez a verdade nelas. — Sabe a sua festa de 10 anos? Eu não lembro da minha, na verdade eu não lembro de quase nada. Nem do Natal desse ano, nem do dos outros anos. Nada. Minha vida é em branco. É como se eu precisasse reescrevê-la e não estivesse fazendo um bom trabalho... — falo irritada..

A essa altura já chegamos a casa.

— Amy, você não está nada. Você está aqui. As pessoas gostam de você! Sua vida não é um sonho! Você é incrível, e não porque sonha ser, e sim porque é.

Sorri com as palavras dele.

— Obrigada Ian, você também é incrível. Mas...Vamos, pois temos muitas pizzas para pedir!

A vida de outra garota...

As pizzas estavam ótimas! Pedimos pizzas doces e estávamos comendo elas agora, Ian do meu lado e a gente conversava sobre a vida dele em Londres. O engraçado é que ele não lembrava de quase nada.

— Eu sei que morava com meu pai e minha mãe — ele disse, colocando uma pizza de chocolate com morango na minha mão. — Mas acho que minha mãe, Isabel como eu e Natalie chamamos ela, sumiu, sei lá, e meu pai nos mandou para cá.

— Mas que coisa maluca. — Pondero, mordendo a pizza de morango. — Essa é minha pizza favorita, sabia?

— Morango com chocolate? A pizza que você comeu quase inteira e que não deixou ninguém comer? Que pulou na hora de pedir? Nem sabia... — Ele responde irônico.

— Bobo. — Dei a língua pra ele.

— Ok, gente. – Nat chama, fazendo-me retirar os olhos de Ian para focalizá-los na sua irmã. — Vamos continuar esse jogo? Poucas polemicas até agora não? — Ela ri.

Garrafa: Nat pergunta , Ian responde.

— Droga. — Xinga Ian ao meu lado, me levando a rir de sua face.

— Verdade ou Desafio?

— Verd...

— Verdade ou Desafio? — Nat pergunta de novo.

— Verda... — Ian tenta de novo.

— Verdade ou DESAFIO!!? — Eu mordo o lábio para não gargalhar da cara de Ian.

— Anda logo, Natalie, você não vai me deixar escolher mesmo.

— Ótimo. — Nat ri. — Eu te desafio a beijar a pessoa mais linda dessa sala. Vale homem — ela pausa, pensando. — E vale a sua irmã — ela pisca.

Ian se levanta e olha em volta.

Entao ele fez uma coisa que me surpreendeu mais do que tudo.

Eu esperei ele beijar a bochecha da irmã, ou dar um beijo na Maddie, mas ao contrario disso.

Ele olhou para longe por alguns segundos, e depois virou para mim, me puxando e beijando-me.

Suas mãos na minha cintura, as minhas no pescoço dele, nossos olhos fechados, e os lábios dançando juntos alguma melodia não interpretada por meio de palavras. Sua língua pediu passagem pela minha boca e eu nem hesitei em conceder-lhe.

Ian beijava bem, tremendamente bem.

— Ei ei! — ouvi Dan chamar.

— Era para beijar, não se comer aqui, mano. — Natalie piscou para Ian assim que este me soltou.

Fiquei vermelha mesmo sem querer, e me afastei de Ian que sorria, vitorioso.

— A-acho... Que já deu de jogo. — Disse, com dificuldade, sentindo o gosto dos lábios de Ian nos meus. Realmente, o merda de jogo que só rola beijo.

— Também acho. — Natalie concordou, surpreendendo-me. — Cada um vai ser feliz, amanhã a gente se encontra de novo.

E dito isso, eu saí, quase correndo da casa na árvore, e voei até o quarto das meninas, passando por várias pessoas conversando e rindo ao longo da casa.

Quando entrei no quarto, peguei as minhas coisas e deitei em um dos sacos de dormir no canto, fechei os olhos e fingi que estava dormindo, e passei a noite com a mão no lábios, lembrando dos lábios de Ian nos meus.

A vida de outra garota...

De manhã, Nat me chamou de volta pra casa na árvore, e percebi que a festa dela era quase privada. Ela não estava dando atenção a ninguém, mas todos estavam se divertindo muito.

Ao subir na casa da árvore, Reg e Maddie me deram uma garrafinha de suco de laranja, e um sanduíche simples, comi sem falar nada, olhando para o chão, evitando todos os olhares, principalmente os de um moreno com olhos âmbar do outro lado da sala, que me fitava.

— Bem gente — Nat chamou atenção, como era de seu costume. — A Maddie teve uma ideia de gênio! E com base na ideia dela, a gente trouxe isso pra cá. — Ela tirou um pano da parede, deixando a mostra uma mini tv e um aparelho de karaokê.

Estou cada vez mais espantada com as coisas que os Kabra trazem pra cá!

Mas pera, a Nat quer que a gente cante? E foi ideia da Maddie?

Olhei acusadora para Madison que estava me olhando, ela riu e fez cara de: “ops”. Arggh!!

— E como sou a dona da casa, e não quero que ninguém sinta vergonha, vou começar cantando. — Ela escolheu uma das músicas na lista e sorriu. —Espero que vocês entendam a letra:

Nat fechou os olhos e quando os abriu ela parecia outra. Destemida. Corajosa. Linda. Natalie Kabra, o projeto de super modelo, estava simplesmente sendo ela.

(Perfume - Britney Spears)

Do I imagine it, or do I see your stare?

Is there still longing there?

Oh I hate myself, and I feel crazy

Such a classic tale

Current girlfriend, ex girlfriend

I'm trying to be cool

Am I being paranoid, am I seeing things?

Am I just insecure?

(Eu imagino ou eu vejo seu olhar?

Ainda existe saudade?

Ah, eu me odeio, e me sinto louca

É um clássico conto

Namorada atual, ex-namorada

Estou tentando ser legal

Eu estou sendo paranóica, estou vendo coisas?

Sou apenas insegura?) — Ela sorriu para Dan, mas seus olhos rapidamente mudaram de direção e ela olhou pela única janela da casa.

I want to believe

It's just you and me

Sometimes it feels like there's three

of us in here, baby

So I, wait for you to call

And I try to act natural

Have you been thinking 'bout her or about me?

And while I wait

I put on my perfume

Yeah I want it all over you

I gotta mark my territory

(Eu quero acreditar

É só você e eu

Às vezes parece que são três

de nós aqui, baby

Então, eu espero por você chamar

E eu tento agir com naturalidade

Você vem pensando nela ou em mim?

E enquanto eu espero

Coloco meu perfume

Sim, eu quero isso em você

Eu tenho que marcar o meu território)–— Natalie parecia uma “ninfa” cantando, sua voz era suave, as vezes ela dava giros, e mexia os braços, mas sempre de maneira carinhosa, sempre calma, sempre suave.

I'll never tell, tell on myself

but I hope she smells my perfume

I'll never tell, tell on myself

but I hope she smells my perfume

I hide it well, hope you can't tell

but I hope she smells my perfume

I hide it well, hope you can't tell

but I hope she smells my perfume

(Eu nunca vou dizer, dizer sobre mim

Mas eu espero que ela sinta meu perfume

Eu nunca vou dizer, dizer sobre mim

Mas eu espero que ela sinta meu perfume

Eu escondo bem, espero que você não possa dizer

Mas eu espero que ela sinta meu perfume

Eu escondo bem, espero que você não possa dizer

Mas eu espero que ela sinta meu perfume) — Dessa vez ela olhou para a Reg, mas logo voltou a olhar pela janela.

Dan fitava Nat como se ela fosse uma deusa, e eu fiquei impressionada em com aquela menina havia conseguido encantar ele.

— I wanna fill the room

When she's in it with you

Please don't forget me

Do I imagine it, or catch these moments

I know you got history

But I'm your girlfriend

Now I'm your girlfriend

trying to be cool

I hope I'm paranoid

That I'm just seeing things

That I'm just insecure – Nat sorriu no final, parecia sorrir para ela.

(Eu quero preencher o lugar

Quando ela estiver nele com você

Por favor, não me esqueça

Eu imagino ou pego esses momentos

Eu sei que vocês tem história

Mas eu sou sua namorada

Agora eu sou sua namorada

tentando ser legal

Espero que eu seja paranoica

Que eu esteja apenas vendo coisas

Que eu sou insegura)

I want to believe

It's just you and me

Sometimes it feels like there's three

of us in here, baby

So I, wait for you to call

And I try to act natural

Have you been thinking 'bout her or about me?

And while I wait

I put on my perfume

Yeah I want it all over you

I gotta mark my territory

I'll never tell, tell on myself

but I hope she smells my perfume

I'll never tell, tell on myself

but I hope she smells my perfume

I hide it well, hope you can't tell

but I hope she smells my perfume

I hide it well, hope you can't tell

but I hope she smells my perfume — Nat terminou a música sorrindo para Dan.

(Eu quero acreditar

É só você e eu

Às vezes parece que são três

de nós aqui, baby

Então, eu espero por você chamar

E eu tento agir com naturalidade

Você vem pensando nela ou em mim?

E enquanto eu espero

Coloco meu perfume

Sim, eu quero isso em você

Eu tenho que marcar o meu território

Eu nunca vou dizer, dizer sobre mim

Mas eu espero que ela sinta meu perfume

Eu nunca vou dizer, dizer sobre mim

Mas eu espero que ela sinta meu perfume

Eu escondo bem, espero que você não possa dizer

Mas eu espero que ela sinta meu perfume

Eu escondo bem, espero que você não possa dizer

Mas eu espero que ela sinta meu perfume)

Nat sorriu ao receber os aplausos e saltitou até o lado do Dan, deixando o “palco” disponível e eu fiquei impressionada quando Reg se levantou e foi até lá na frente, pelo que eu sei, quem cantava era a Maddie.

Ela sorriu para todos, e sussurrou algo perto de Jonah, que riu, e se postou ao lado dela, sem dizer mais nada, ela começou:

(Let me go - Avril Lavigne)

— Love that once hung on the wall

Used to mean something

But now it means nothing

The echoes are gone in the hall

But I still remember

The pain of December

Oh, there isn't one thing left you could say

I'm sorry is too late

I'm breaking free from these memories

Gotta let it go, just let it go

I've said goodbye set it all on fire

Gotta let it go, just let it go — Ela riu.

(O amor que uma vez esteve pendurado na parede

Costumava significar algo

Mas agora não significa nada

Os ecos sumiram no corredor

Mas eu ainda me lembro

A dor de dezembro

Oh, não há nada que você poderia dizer

Sinto muito é tarde demais

Eu estou me livrando destas lembranças

Tenho que deixá-las ir, deixe-as ir

Eu disse adeus, queimei tudo

Tenho que deixá-las ir, deixe-as ir)

Deuses, mas será que todas as meninas dessa sala amam o Dan?

Jonah sorriu para Reg e continuou:

— You came back to find I was gone

And that place is empty

Like the hole that was left in me

Like we were nothing at all

It's not what you meant to me

I thought we were meant to be

Oh, there isn't one thing left you could say

I'm sorry is too late.

(Você voltou para descobrir que eu tinha ido embora

E aquele lugar está vazio

Como o buraco que foi deixado em mim

Como se fossemos absolutamente nada

Não é o que você significava para mim

Pensei que fossemos destinados um para o outro

Oh, não há nada que você poderia dizer

Sinto muito é tarde demais)

Agora os dois cantam juntos:

I'm breaking free from these memories

Gotta let it go, just let it go

I've said goodbye set it all on fire

Gotta let it go, just let it go

I let it go (and now I know)

A brand new life (is down this road)

And when it's right (you always know)

So this time (I won't let go) – Jonah pegou a mão da Reg, sorriu para ela, soltou e se sentou no seu lugar.

(Eu estou me livrando destas lembranças

Tenho que deixá-las ir, deixe-as ir

Eu disse adeus, queimei tudo

Tenho que deixá-las ir, deixe-as ir

Eu as deixo ir (e agora eu sei)

Uma nova vida (está neste caminho)

E quando é certo (você sempre sabe)

Então, desta vez (não vou largar))

Reg continuou sozinha:

There's only one thing left here to say

Love's never too late

I've broken free from those memories

I've let it go, I've let it go

And two goodbyes led to this new life

Don't let me go, don't let me go

Oh, Oh

Oh (don't let me go, don't let me go, don't let me go)

Won't let you go

Don't let me go — Reg terminou a música com um suspiro triste.

(Só há uma coisa a dizer aqui

O amor nunca vem tarde demais

Eu me livrei daquelas lembranças

Eu as deixei ir, eu as deixei ir

E duas despedidas trouxeram esta nova luz

Não me deixe ir, não me deixe ir

Oh, Oh

Oh (não me deixe ir, não me deixe ir, não me deixe ir)

Não vou deixar você ir

Não me deixe ir)

— Mas por acaso, todas as meninas dessa sala estão apaixonadas? — Deixo escapar e vejo milhões de olhares na minha direção.

Merde!


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Notas finais do capítulo

{Que coisa enorme! Mil desculpas se vocês cansaram.
Primeiro beijo, canções bobas... Ai, ai... Como eu amo festas - menitra, nem saiu de casa.}
[corrigido e revisado]