Harry Potter - A nova geração escrita por Júlia França


Capítulo 8
Reencontrando a família


Notas iniciais do capítulo

Desculpe por não ter postado ontem, é que com a correria do ano novo não deu tempo.



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ROSE POV.

Nossos pais partiram logo que a reunião acabou. Nem conversamos muito, afinal nos encontraríamos alguns dias depois, no início das férias. Por incrível que pareça, Ashley conseguiu despistar Draco até sua partida e nós ficamos impressionados com isso, quer dizer, ele tem que ser um pai muito desnaturado para não perceber que tinha alguma coisa errada.

Estávamos nesse exato momento retirando as nossas coisas particulares do armário da sala de poções. Slughorn ficava olhando atentamente para Alvo como se esperasse que ele fizesse algumas perguntinhas sem resposta.

_ Porque Slughorn olha tanto prá você? – Julie perguntou do lado dele.

_ Sei lá. Acho que ele não é mais muito certo da cabeça. – Alvo deu de ombros.

_ Acabamos. – Mary disse radiante. Eram muitos frascos com poções e os armários estavam muito bagunçados.

_ Vocês vêm? Estamos indo arrumar as malas e ver se não esquecemos nada. – Ashley perguntou para Alvo e Julie que tinham ficado na sala.

_ Não. Eu tenho que pegar um remédio com a Julie na enfermaria. – Alvo disse simplesmente. Os dois andavam escondendo alguma coisa, isso era fato. Tínhamos tentado arrancar a resposta do meu primo a força mas ele não disse nada.

_ Ok então. Você tá doente? – Perguntei olhando para a Sonserina na minha frente.

_ Não. São só vitaminas. De um médico trouxa. – Ela respondeu.

_ Então vamos? – Alvo perguntou e eles saíram da sala depois de se despedirem da gente mais uma vez.

_ O que tá acontecendo hein? – Mary perguntou quando estávamos caminhando pelos corredores desertos.

_ Não sei. Não deve ser nada. Eles diriam se fosse.

_ O que está acontecendo com quem? – Scorpius perguntou atrás de mim.

_ Seus pais não te ensinaram a não se meter na conversa alheia Malfoy? – Perguntou mal humorada. Prá falar a verdade ultimamente ele estava me estressando mais que o normal, mesmo que não fizesse tantas brincadeiras sem graça.

_ Na verdade não é conversa alheia. Essa é a minha irmã. Meu pai mandou eu tomar conta dela, então é o meu dever saber o que vocês estavam conversando.

_ Não é o seu dever. – Ashley revirou os olhos. – Papai também mandou eu tomar conta de você e sinceramente o senhor não me disse nada sobre os agarramentos que está tendo com a Parkinson no armário de vassouras e no vestiário de quadribol!

_ Mas isso não é da sua conta!

_ Então a minha conversa também não é da sua!

_ Como descobriu?

_ Tenho as minhas fontes.

_ Julie. – Ele disse simplesmente e começou a andar mais rápido, provavelmente tentando encontrar a garota.

_ Então o seu irmão está ficando com a prostituta de esquina de quinta. – Pois é. O apelido tinha pegado, e agora só falávamos da criatura desse jeito.

_ Já disse que não gosto dela? – Perguntei, concentrada em ler uma mensagem do meu pai pedindo desculpas por não ter se despedido.

_ É... umas mil vezes. – Ashley disse pensativa. – Dei de ombros. Chegamos nos dormitórios e eu subi direto para o meu. Aquele papo do Scorpius e da Parkinson tinha mexido comigo, de um jeito desconhecido. Ter um dormitório só meu muitas vezes é legal, mas é solitário demais.

_ Quem é? – Perguntei assim que ouvi as batidas da porta. Só depois me lembrei que tinha combinado com o Malfoy de vistoriar os armários das salas de aula e devolver os pertences que ainda estivessem lá. Abri a porta e subi para me trocar rápido.

_ E então? Do que vocês estavam falando? – Ele perguntou insistente quando me viu no pé da escada.

_ Sobre ninguém que te interesse. – Respondi.

_ Você sabe que me interessa.

_ Olha aqui Malfoy. Eu não sei o que te interessa, e prefiro continuar não sabendo tá?

_ Nossa! Que mau humor é esse hein ruivinha?

_ NÃO ME CHAMA DE RUIVINHA!

_ Tá bom! Qual é o seu problema afinal?

_ Não é da sua conta.

_ TPM?

_ E se for? Eu disse que não é da sua conta.

_ Tá. Vamos logo então, antes que você me deserde sem motivo.

_ Sem motivo, sei. – Eu disse baixo mas ele escutou. Sorte que não levou a sério, porque na verdade nem eu sei qual era o motivo.

_ EU VOU MATAR AQUELA DESGRAÇADA! – Ouvimos Ashley berrar quando passamos na porta do salão comunal da Grifinória.

_ O que é isso – Scorpius perguntou com a varinha em punho, mas teve que desviar da porta quando a irmã saiu como um furacão cheio de ódio. Bem que nós tentamos alcança-la mas não sabíamos ao certo em qual corredor ela tinha entrado. – Ela vai fazer alguma coisa errada, com certeza.

_ Você acha? Até parece que não ouviu ela dizendo que ia matar alguém! - Eu estava preocupada. Ashley era da Grifinória, mas tinha o sangue Malfoy correndo nas veias. O celular de Scorpius tocou.

_ Julie. – Ele afirmou logo depois de olhar o nome no visor. – Oi? – Ela respondeu alguma coisa, mas parecia estar muito alarmada, porque podia perceber seus gritos, mesmo não podendo decifrar a mensagem. – Eu tô indo aí agora. – Ele disse suspirando.

_ O que foi?

_ Ashley desceu até as masmorras e bateu na porta da Sonserina até que alguém abrisse, e agora ela tá tentando, literalmente, matar a Parkinson. Julie teve que confiscar a varinha dela.

_ Porque?

_ Eu não sei! – Ele respondeu simplesmente. Corremos esbaforidos até as masmorras. Scorpius disse a senha de entrada em alto e bom som, e nem percebeu que eu estava com ele e tinha o ouvido falar. – Ashley! – Gritou assim que viu a irmã tentando a todo custo ultrapassar a barreira que Julie tinha feito entre ela e a criatura sentada no sofá. Parkinson parecia com medo, e acho que nem se quisesse ela conseguiria revidar algum feitiço, era realmente ruim nessa matéria.

Eu e Scorpius corremos até a loira que estava sendo observada por toda que estavam na sala e a arrastamos para fora. Ela só parou de espernear quando saímos das masmorras e já tínhamos quase chegado na Grifinória.

_ O que você fez? – Perguntei ainda sentindo a adrenalina.

_ A Parkinson contou!

_ Contou o que? – Nem eu ou Scorpius estávamos entendendo uma única palavra do que ela queria dizer.

_ Ela contou para o papai. – Ashley parecia não conseguir terminar a frases. Ela respirava com dificuldades. Parkinson tinha mesmo passado dos limites dessa vez.

_ O que? – Scorpius já estava impaciente. E eu também.

_ Que eu sou da Grifinória. – Só então percebi a gravidade da situação. Tentei reparar melhor no estrago que a criatura da esquina tinha feito na minha amiga. Os olhos estavam vermelhos, provavelmente de tanto chorar, o que me surpreendia. Ashley era durona. Eu não a vi chorar desde que chegamos à Hogwarts. E os cabelos estavam muito bagunçados.

_ Mas como você sabe? – Perguntei já sabendo mais ou menos qual seria a resposta.

_ Ele me mandou um berrador. Disse que eu sou desnaturada e não posso voltar prá casa. Eu teria matado ela se a Julie não tivesse impedido.

_ Aliás, onde ela tá?

_ Droga!

_ O que foi?

_ Ela se machucou tentando segurar a Parkinson. No começo ela revidou.

_ Como assim se machucou?

_ Foi um Sectumsempra. Acho que só atingiu o braço mas ela continuou me segurando. Deve estar na enfermaria agora. – Ashley parecia estar preocupada e se sentido culpada.

_ Ash... e agora? A Minerva vai ficar sabendo! – Eu não contaria nada, mas os Sonserinos com certeza iam falar que a Ashley atacou sem motivo.

_ Você tem que falar com ela. Antes que ela fique sabendo de outro jeito.

_ Mas...

_ Eu vou me ferrar de qualquer jeito. Se você não contar vai ficar pior. E você pode falar todos os lados da coisa. Os sonserinos não vão falar a verdade.

_ Certo. Vocês podem ir comigo. Vamos agora que a gente tenta mostrar o machucado da Julie. Você não chegou a dizer nenhum feitiço, chegou?

_ Não. Nem peguei a varinha, Julie tirou do meu bolso por segurança.

_ Então ela foi a única que lançou um feitiço?

_ Foi.

_ Ótimo. Podemos pedir prá minerva ver qual foi o ultimo feitiço dela.

_ Vamos logo então! – Scorpius apressou e fomos todos juntos para o gabinete.

_ Professora Minerva, preciso falar com você. – Eu disse depois que ela nos deixou entrar e deu um copo de água para a Ashley, que ainda soluçava.

_ Claro que precisa! O que foi? – Ela perguntou apontando para Ashley que estava sendo abraçada pelo irmão. Contei toda a história. Ashley acabou levando uma bronca por não ter contado para o pai antes e porque deveria ter falado com a Minerva antes de atacar, mas ficou livre de qualquer coisa. Parkinson não teve tanta sorte. Os pais dela foram chamados, a varinha revistada e Julie recebeu uma visita surpresa da Minerva enquanto madame Pomfrey costurava o talo do seu braço com todo o cuidado que podia. Ela foi obrigada a passar o reto do ano ajudando Filch a limpar o jardim.

ASHLEY POV.

Entrei no salão comunal e me sentei exausta. Eu realmente achava que iria me ferrar. Ninguém sabia do acontecido. Todos exceto Mary (que eu tranquei no banheiro) estavam na biblioteca, então ninguém podia me impedir de arrancar o pescocinho daquela criatura.

_ O que você fez? – James perguntou me fazendo sentar no seu colo.

_ Como assim o que eu fiz?

_ Todo mundo já sabe! Você partiu prá cima da Parkinson!

_ Eu te disse que eu não chorava...

_ Você bate nas pessoas. Mas porque?

_ Ela me entregou para o meu pai!

_ Ele sabe sobre a Grifinória?

_ É! E ainda me expulsou de casa. Preciso ver onde eu vou ficar ainda.

_ Isso é meio óbvio não é?

_ Como assim?

_ Vai ficar na minha casa. – Ele disse, agora beijando o meu cabelo. Acho oque isso já tinha virado um vício. Sempre que estávamos perto ele beijava o meu cabelo.

_ Mas e se os seus pais não deixarem?

_ Vou ligar prá eles. – James correu escada à cima prá achar o celular. Esperei por quase dez minutos. Eu já estava pensando que eles estavam traçando planos para eu não ir prá casa dos Potter.

_ E aí? – Perguntei quando ele desceu.

_ Você vai ficar comigo! – Ele disse me abraçando.

_ É sério? – Perguntei.

_ Claro que é sério.

_ Vou ver a Julie! – Alvo disse, passando pelo retrato pela terceira vez, para fazer a mesma coisa.

_ De novo?

_ É! Não tenho nada prá fazer! – Reviramos os olhos quando ele saiu. Resolvi terminar de arrumar as minhas coisas, porque iriamos partir no outro dia cedo. James só me deixou subir depois que me deu um beijo longo e calmo.

_ Droga! Já estamos atrasadas! - Nos trocamos rápido e saímos correndo com os malões na mão.

ROSE POV

O tempo dentro do trem passou muito rápido. Eu tinha marcado com o Scorpius de ensinar um pouco da teoria das poções na viajem e depois que terminamos ficamos conversando por um bom tempo, e eu tenho que admitir que ele não era tão ruim assim.

Descemos do vagão e eu praticamente pulei em cima do meu pai, que não sabia ao certo onde nós estávamos. ele retribuiu o abraço e me rodopiou no ar, me levando para a minha mãe, que já estava com os braços estendidos para mim.

James foi apresentar Ashley, que foi muito bem recebida. Entramos no carro e fomos alegremente até a Toca, onde a minha avó com certeza nos esperava com o almoço pronto.


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Notas finais do capítulo

Feliz 2014!!!



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