Harry Potter - A nova geração escrita por Júlia França


Capítulo 11
Professora Minerva




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_ Umbridge? – Hermione perguntou desesperada.

_ Sim... depois da guerra ela foi condenada em Azkaban, mas o ataque no ministério não serviu somente para matar Kingsley, isso eles poderiam ter feito quando o ministro estivesse sozinho, mas o principal propósito foi libertar os comensais que estavam na prisão. Com a confusão no ministério, todos os aurores se encaminharam prá lá, e deixaram Azkaban na vigilância dos dementadores, que não tem um lado definido, então foi mais fácil ocorrer a invasão. – Harry contou.

_ E eles têm mesmo que ir para lá?

_ É o lugar mais seguro, e apesar de ainda ser perigoso, é bem mais previsível do que do lado de fora. – Rony afirmou.

_ Então é melhor nós irmos logo. – Hermione afirmou, pegando o sobretudo perto da lareira.

_ Mas como vamos viajar? De carro é muito perigoso, as crianças não podem usar magia e não temos autorização prá usar Pó de Flu. – Gina disse.

_ O ministério está em colapso. Eles ainda não conseguiram reorganizar tudo, tenho certeza que ainda não estão rastreando Pó de Flu. – Harry confirmou colocando as malas dentro da lareira, enquanto os outros se despediam da avó e do avô.

_ Mas e os outros? Fred, Roxanne...?

_ Eles também já estão usando Pó de Flu! Agora vamos! – Rony apressou, e assim, todos entraram na lareira.

GINA POV.

Deixar as crianças vai ser muito perigoso, mas pelo menos Neville e Cho (ainda não gosto muito dela, mas enfim...) vão cuidar deles enquanto Umbridge estiver no comando.

_ Atenção crianças! Entrem no trem imediatamente! – Cho Chang disse. Ela estava com um ferimento na testa, o que prova que os professores tentaram resistir à invasão. Fomos até ela.

_ Vai cuidar bem deles não vai? – Hermione perguntou.

_ Sim. – Ela respondeu, mas logo depois olhou para mim.

_ Acho que precisamos ser aliadas agora não é? – Perguntou. Confirmei com a cabeça. – Isso merece um abraço. – Antes que eu pudesse negar Cho me apertou contra si, mas não foi “apenas” um abraço, ele era só um pretexto para que ela dissesse: “Minerva está na torre mais alta da zona leste de Azkaban. O beijo dos dementadores está programado para mais ou menos daqui a duas horas.” E me soltou. Acenei com a cabeça para confirmar que tinha entendido a mensagem.

_ Muito bem... Neville não pôde vir, mas está desejando boa sorte. – Cho agora era professora de voo, mas ela só estava no corpo docente há um ano.

_ Agradeça a ele. – Harry disse formalmente.

_ Claro. – Cho confirmou e entrou no trem, que logo começou a andar rumo à Hogwarts.

_ O que foi aquilo? – Rony pergunto para mim quando já estávamos em casa, depois de usar novamente Pó de Flu.

_ Minerva está em Azkaban. Vai receber o beijo de dementador a qualquer momento. – Confirmei.

_ E porque não nos disse antes?

_ Pelo mesmo motivo que ela não disse em voz alta! Tinha comensais da morte disfarçados lá!

_ Temos que ajuda-la imediatamente.

_ Como?

_ Capa de Invisibilidade. – Harry foi pegar a Capa que sempre ficava na sua maleta de trabalho, por precaução.

_ E como chegamos lá? Não é por conta de rastreamento, mas nenhum tipo de magia ou Pó de Flu é permitido para entrar lá.

_ Vamos ter que usar vassouras. – Afirmei.

_ Mas elas são muito visíveis!

_ São nossa única chance também!

_ Ok. Mas só temos uma capa.

_ A capa vai servir para quando chegarmos lá. Cabem duas pessoas nela. Dois entram e dois ficam de guarda. – Harry disse fazendo cálculos de espaço.

_ Ok. Gina e Hermione ficam de guarda. Eu e o Harry entramos.

_ O espaço não dá. Elas são mais baixas. A capa não vai servir para nós dois. Um alto e um baixo é nossa única chance.

_ Então acho que eu devia entrar. Sou boa em feitiços de ataque. – Confirmei. – E Hermione também. Ela pode ficar de guarda.

_ Então eu entro com você. – Rony ponderou. – Harry vai ser muito protetor e isso é perigoso.

_ Certo. Então eu e Hermione ficamos de guarda enquanto vocês entram com a capa.

_ Tudo bem. Vamos. – Pegamos as vassouras, e depois de conseguir o grande feito de colocar Hermione em cima de uma delas, partimos em alta velocidade para Azkaban, sempre preferindo becos escuros, para que não fossemos vistos.

_ Ótimo. Vamos entrar. Casos a gente precise de ajuda lá dentro vamos avisar com um lampejo de varinha vermelho.

_ O mesmo para a gente.

_ Então tchau. – Brinquei, como se não fosse mais voltar.

_ Gina. – Harry me chamou. Virei a cabeça para a sua direção. – Tome cuidado, por favor. –Fiz sinal de sim com a cabeça e o abracei em seguida.

_ Por onde começamos? – Rony perguntou baixinho quando já estávamos dentro da prisão, com a capa de invisibilidade nos cobrindo e com varinhas em punho.

_ Temos que descobrir onde é o leste. – Disse, fazendo um feitiço silencioso para que uma bússola de desenhasse no chão, mostrando onde é o norte. – Ok. É para lá. – Afirmei, mostrando um corredor mais escuro que os outros, onde a tristeza dominava mais que nos outros lugares, que já não eram lá muito felizes.

_ Tem certeza? Você não está olhando errado não?

_ Não, Rony. O leste é para lá. E faz todo o sentido na verdade. Dementadores trazem infelicidade, e eles sempre ficam mais nas torres, onde estão os prisioneiros de alta periculosidade.

_ E que te ensinou isso? Posso saber?

_ Meu marido é auror, esqueceu? Ele sabe de algumas coisinhas.

_ Ok. Vamos logo então. – Caminhamos lentamente procurando por possíveis dementadores que pudessem atrapalhar nosso caminho, ou até mesmo por comensais da morte. – Esse lugar deve estar chio de aranhas. – Completou falando mais para si mesmo do que para mim.

_ Você AINDA tem medo de aranhas?

_ Sim, por quê?

_ Achei que você já tivesse se acostumada, pelo tanto de aranhas que já viu na sua vida. – Dei de ombros.

_ Ali. – Rony mostrou onde estava uma cela solitária, e não havia mais escadas para subir para outro andar. Aquela era a torre leste.

_ Qual é o plano? – Perguntei sem pensar que não tivemos tempo para fazer um plano.

_ Pega a velha e sai correndo.

_ Que jeito sensível de tratar a diretora. Ok. Ela está ali. – Mostrei uma senhora deitada em uma espécie de cama de feno mofado no lado mais escuro da cela. Não tinha nenhum comensal ali a vista, então bati na grade.

_ Professora! – Rony gritou o mais baixo que podia, em uma altura que talvez ela escutasse.

_ Ronald! Ginevra! – Minerva correu até a grade quando tiramos a capa somente o suficiente para que ela nos reconhecesse.

_ Vamos tirar a senhora daqui. – Eu disse olhando para o meu irmão, à procura de um jeito para fazer isso.

_ Vamos precisar fazer barulho. De qualquer forma ela não cabe na capa, não vai ter importância se vamos ser vistos. – Então eu mandei que os dois se afastassem e grite alto.

_ BOMBARDA! – A porta explodiu. Sinceramente eu não esperasse que tivesse efeito, por ser uma prisão de segurança máxima, imaginei que feitiços não funcionassem, por outro lado, ela estava em constante vigilância e ninguém conseguia penetrar lá.

_ Vamos professora. – Rony disse, ajudando Minerva a se levantar, que tinha colocado a cabeça sobre o feno, para se proteger dos possíveis escombros que viessem a atingi-la.

_ Obrigada, crianças. – Ela sempre se referia a nós dessa maneira. Saímos correndo sem nem nos preocupar com a capa, que repousava dobrada no meu braço direito. Encontramos alguns comensais no caminha, mas nada que não conseguíssemos dominar com um bom patrono.

Chegamos às pressas na entrada da prisão, onde vimos Harry e Hermione batalhando contra uns dez dementadores. Começamos a lançar feitiços e com certa dificuldade os vencemos. Provavelmente nossos aliados nem tiveram tempo de pensar em mandar o sinal.

_ Vamos embora logo! – Harry disse, pegando a capa e colocando nos ombros, não para se proteger, mas para que eu conseguisse subir na vassoura mais rápido. Minera subiu atrás de mim e então levantamos voo, seguidas pelos demais.

A Toca estava a menos de um quilômetro agora, tamanha era a nossa velocidade, mas do nada seres encapuzados começaram a aparecer. Projetei um capo de fora ao redor de Minerva, que não tinha uma varinha à disposição e comecei a lançar feitiços aleatórios nos meus oponentes, quando não tentava me proteger da chuva de Avada Kedavras que com certeza nos atingiriam se não fossemos muito bons em feitiços defensores.

No desespero, enquanto tentava ajudar a retirar um dos comensais do encalço do marido, Hermione foi atingida por uma maldição Cruciatus e gritou de dor, e então tudo deu errado. Rony se desesperou e meio que perdeu a noção do perigo, correndo em alta velocidade para cima da mulher, que ainda era atingida. Realmente foi uma sorte que ele não fosse atingido por algum feitiço da morte que passava a cada segundo sobre sua cabeça. Harry e eu fomos um pouco mais espertos. Tentamos eliminar o perigo direto da fonte: o comensal que ainda projetava a dor em Hermione. O primeiro feitiço da morte não o atingiu, e ele tentou revidar para cima de mim, que estava mais perto. Eu sabia que naquela distância mínima seria praticamente impossível bloquear, então gritei um “Se segura” para a Minerva, que se agarrou na minha cintura e rodei 360º com a vassoura. Foi então que eu percebi que tinha dito tarde demais. A diretora ainda não estava firme o suficiente quando eu virei, então ela ficou pendurada na vassoura, mas senda atacada daquele jeito, eu não podia fazer nada no momento.

Graças a Deus, Minerva se manteve firme e a batalha não demorou muita a acabar. Harry espantou o último com um Incendiumna parte de palha da vassoura e o comensal se desesperou, e nisso Hermione lançou o Estupefaça final.

_ Me ajudem aqui! – Gritei, segurando a mão da Minerva, que já estava suada. Harry veio rápido e ficou em uma posição embaixo da minha vassoura que se ela pulasse cairia sentada.

_ Pule! – Ele gritou e Minerva soltou a minha mão, indo para na vassoura do meu marido. Continuamos voando e graças a Merlin, não encontramos mais comensais durante a travessia para a Toca.

Quando já estávamos quase chegando eu percebi que tinha cantado vitória antes da hora. Do nada percebi minerva guiando a vassoura sozinha.

Harry estava caindo enquanto nós gritávamos e eu ia ao seu encontro. Só depois que o peguei percebi que ele gritava de dor, com a mão sobre a cicatriz.


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