Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 90
Capítulo 89


Notas iniciais do capítulo

Lá vem capítulo pra emocionaaaaaaaaaaaar *--------*
E com trilha sonora! A primeira música só posso dizer que me "iluminou" na cena. Passei meses com ela no celular... Mas num posso contar o que tô guardando pra dpois com essa cena em questão hohoho guardem ela no coração, tá?

Sorry a demora do cap, pessoal. Ando numa correria sem tamanho, que, olha, às vezes é complicado até pra escrever. Mas vcs sabem que num desisto, vou findar essa fic, pode ter certeza!

Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/453816/chapter/90

Caminho para fora do saguão do hotel e me refresco com a brisa leve que bate e alvoroça meus cabelos. Inspiro e me aquieto, enquanto dou tchau à imagem distante do táxi que levava o velho senhor que pode ser considerado um outro vô-sogro e imaginando uma conversa sincera entre ele e Vinícius. Quando Silveira se deixa levar, ele pode ser muito mais que um senhor irrequieto e brigão. Na verdade é bem gentil e conversador, conta histórias e nos puxa para dentro delas.

Ouço os passos do sapato social de meu sogro bater na calçada conforme se vira para seguirmos para seu carro e eu só quero me demorar mais uns segundinhos ali, nessa despedida. Silveira não tinha se programado para ficar muito tempo, e nessa noite acabei vindo parar aqui, jantar com ele e presenciar uns momentos engraçadinhos da amizade duradoura dele com Filipe. Como estive naquela outra reunião lá no escritório, em que os dois faltaram se engalfinhar, foi meio estranho vê-los tão amigos nessa noite. Estranho no bom sentido, pois ficava feliz de não estarem mais se confrontando.

Assim que perco o táxi de vista, volto-me para o caminho que Filipe fizera e o segui, com uma diferença pouca de passos, para onde o carro estava estacionado. Ao desativar a trava do carro, Filipe manda pra mim, cuidadoso:

– Ainda posso te deixar na faculdade.

Ah, sim, esse detalhe. Eu tava matando aula pela segunda sexta-feira seguida. Posso até imaginar que Max esteja pensando que estou evitando suas aulas. Mas que culpa tenho eu de ter arranjado compromissos importantes nesses dois dias? Diria que ando muito vagaba, mas quando se precisa de um tempo pra organizar as coisas, é apenas isso. Outras coisas sempre vão ficar pela metade. Os rolos da faculdade no caso.

Não me arrependo nem um pouco.

– Melhor não, não tô muito no clima de aula. Mas só pra deixar clar...

– Eu sei, você não é de faltar. E isso que me preocupa.

Entramos no carro ao mesmo tempo e acho bonitinho que ele se preocupe, mesmo fazendo mais graça por isso do que realmente se preocupando.

– E não é incrível que pela segunda sexta-feira o senhor é minha companhia nessa de matar aula?

– Só por isso vou relevar. Te deixo em casa?

Também não quero ir pra casa. Mesmo sabendo que o Gui não estaria mais lá e sim na faculdade, não quero ainda ter que voltar. Ficar off é minha vontade do momento. Off até dos meus amigos.

– Podemos ir pro apê?

Filipe me olha enquanto ajeita algo no seu aparelho de som antes de manobrar o carro e imagino que eu tenha pegado ele de surpresa mesmo. Por isso acrescento:

– Digamos que hoje eu só queira respirar um pouco.

– Tudo bem. Ah, tem gelatina lá, Iara que fez. Certo passarinho contou que você adora.

– Certo passarinho está corretíssimo!

~;~

Toda vez que apareço no apartamento de Filipe, ele ou Iara dizem pra eu “não reparar na bagunça” e até hoje não entendo de que bagunça estão falando. É sempre tudo tão arrumadinho!

Filipe me deixou uns minutinhos sozinha enquanto tomava um banho rápido e fiquei passando canal na sua Tv. Não tinha nada de bom, então fiquei me deliciando com gelatina de abacaxi – meu novo sabor preferido – mais relaxada no sofá. Como diriam os dois, Iara e Filipe, era pra ficar à vontade. Não me esparramei, claro, só tirei a sandália e cruzei as pernas na posição de ioga com uma almofada a tiracolo.

E, bom, ficar sozinha é condição o suficiente para me fazer viajar em pensamentos. Nem percebo quando meu sogro volta, com sua tigelinha com gelatina também. É, realmente, viciei TODO MUNDO. Só o vejo mesmo quando se senta na poltrona ao lado do sofá onde estou e ele nota que a Tv está em volume baixo. Bom, eu noto que ele está de pijama largado e evito qualquer comentário, porque né, ainda não o tinha visto nestes trajes tão relaxado.

– Então... você parece distraída.

Inspiro devagar e dou de ombros, dando-lhe mais razão.

– Uma vida de arrumar confusão, só isso, que posso eu fazer?!

– O que h...? Ah, me desculpe, eu não quero invadir sua privac...

– Não, que é isso, tudo bem. É só que... ora e outra uns pensamentos retornam. Ando discutindo muito com o Gui. E ontem... Bem, eu dei um basta. Um basta de todos os bastas. E logo depois ele apareceu na minha porta.

– Pra pedir desculpa?

– Pra arrumar um lugar pra dormir.

Foi. Um pouco depois de eu ter chegado em casa, meu celular tocou e, cansada, por instinto só atendi sem ler a identificação. Minutos antes Murilo tinha até me dito: “vai ter algum dia que você vai chegar e dizer que vocês dois não brigaram?” e isso foi ficando na minha cabeça. Aí essa ligação repentina do Gui, pedindo pra passar a noite na minha casa, que ele não poderia pedir pra Flávia e não tinha mais ninguém no mundo que ele pediria por isso.

Nessa hora, juro, a voz do Bruno perpassou pela minha cabeça, sobre uma vez que conversamos e ele comentou algo como “queria ver pra quem ele recorreria se fizesse uma tamanha besteira”, porque as pessoas costumam me procurar quando a coisa tá bem feia. Bruno já havia feito isso, inclusive, mas não estava sendo hipócrita. Ele estava apontando era que o Gui estava.

Ao atender a ligação, eu quase dei uma dura no meu amigo, achando que ligava por causa de nossa briga de mais cedo, mas antes que eu o repreendesse, Gui revelou que fora sua mãe que pedira pra ele dormir fora de casa essa noite. O tom da sua voz, penoso, entregava que era sério e suspeito o suficiente. Tinha algo muito estranho rolando na sua casa e nem sua mãe queria dizer o que era. E aí ele procurou por mim.

Acha ele que os pais vão se separar. Mas por que teria que sair de casa nessa noite em especial? De qualquer maneira, que eu podia fazer a respeito? Negar abrigo? Mesmo chateada com ele?

Nessas horas a gente até esquece.

Murilo não esqueceu, apesar de ter aceitado calado. Calado não, ele fez um único comentário antes do Aguinaldo aparecer. Disse-me:

– Ô, Lena, quando eu falei que era pra vocês se separarem, não queria dizer que era pra ele ficar no quarto de hóspedes.

Com um risinho sem muita graça, dei uns tapinhas no ombro dele enquanto me levantava para arrumar as coisas e respondi:

– Eu sei, eu sei.

Troquei a colcha, coloquei lençol, enfim, aprontei o quarto de visita. Também orientei meu irmão para atender ao Gui quando chegasse. Orientei no sentido de “falei pra ficar na dele, sem arrumar discussão, ninguém precisava disso no momento”. Assim que Gui apareceu, já quase meia-noite, mal dei as caras na sala e avisei que tava tudo organizado para receber o hóspede. Não conversamos, embora ele tenha tentado se aproximar e Murilo foi mais rápido pra intervir. Me despedi com um boa noite no corredor e fui deitar.

Estava prestes a dormir, os olhos já bem baixos e minha bateria de vida nas últimas após trocar mensagens com o Vini quando veio a primeira mensagem do Gui: tá acordada? E a segunda: eu sei que você não quer me ver nem pintado de diamante, nem pra me vender, mas... tá tudo tão de cabeça pra baixo, M.

Ouvi isso do Murilo uma vez, durante uma das nossas últimas crises. Tá tudo tão de cabeça pra baixo. Fiquei tentada a responder algo, mas já não tinha o que escrever pra falar a verdade. E assim ficou, meus olhos pesaram, dormi. Foi só pela manhã que notei a terceira mensagem. Dizia: me desculpa.

Se pedir perdão com a própria voz quase nunca dá resultado, imagina por mensagem de texto. E ele sabia. Sabia, inclusive, que me machucava. Já tínhamos uma coleção de brigas que a essa altura já tínhamos demonstrado o que isso tudo representava para cada um. Pra mim, sempre a sensação de perda. Pra ele, uma tentativa de proteção ou cuidado.

Pela manhã, dona Bia não pôde aparecer, precisou ir a uma reunião de contrato de seu negócio de cookies, então sobrou pra mim fazer o café da manhã. Quer dizer, o Murilo fez o dele antes de sair de casa, mas não deixei de aproveitar a mão-de-obra do outro pra fazê-lo lavar louça. Visita ou não, Gui não estava em posição de reclamar. Não falamos nada praticamente, nem na hora de comprar o almoço e ir para o serviço. Só sei que a mãe dele ligou quando chegamos no estacionamento da empresa, só que eu logo saí do carro e basicamente não nos vimos mais.

Mandei uma mensagem para a Flávia avisando que não iria para a aula e fiz a Iara repassar o mesmo recado ao Gui. Isso porque encontrei com Filipe por acaso numa saleta do RH e lá ele comentou que iria jantar com o Silveira. Que, inclusive, eu tinha sido convidada, porém Filipe avisou que eu tinha aula à noite. Nessa hora me ouvi dizendo: não, tudo bem, eu vou.

Foi a melhor decisão, tenho certeza.

– Por que tanta briga?

– Ele ainda não compreendeu certas verdades...

Filipe assente, como se estivesse me entendendo. Ele não estava, eu sei, comigo falando coisa com coisa. Por isso mesmo acabo desabafando. Diferentemente de Murilo, Vinícius, Flávia e Iara, meu sogrinho pode ser aquele tipo de ouvinte que não precisa ouvir toda a história, só deixar que o outro – no caso eu – fale pra aliviar o peso.

Sem falar que isso mostra que tenho confiança nele além.

– Lembra que o senhor uma vez me disse que não poderia estar mais feliz por ver a Iara com alguém que ela goste e que ele goste de volta? Digamos que o Gui não aprova.

Filipe até levanta a cabeça de repente, de onde estava com o olhar vago para a tigelinha, me ouvindo. Surpreso, ele não tem noção de quão maior é essa história. De qualquer forma, não pretendo revelar mais que o devido, principalmente sobre o que houve naquela viagem, que foi onde tudo embaralhou de vez.

– Por que não?

– A treta é um pouco grande. O caso é que ele vem se comportando mal. O Gui, não o Sávio. E eu apenas cansei disso. Mas tudo bem, não precisa se preocupar, estou sabendo lidar. De qualquer modo, não quero falar de coisas tristes. Podendo mudar de assunto, o senhor faria sua norinha muito feliz.

Agora sim ele voltou a rir. E saborear a gelatina. Era mais engraçado porque ele tirava um pedaço com a colher e ficava balançando ela pra que a gelatina ficasse tremelicando.

– Gostou da noite?

– Muito. Ele estava bem mais calmo hoje.

Silveira estava um doce perto daquela nossa primeira reunião.

– Gosto mais dele quando está assim. Sentia falta do meu amigo, até mesmo dele nos meus ouvidos, falando algumas baboseiras e... Milena, me diga uma coisa. Sabe se alguém filmou aquela apresentação da sua amiga?

– Acho que tem umas imagens sim, a pizzaria tem divulgado essas apresentações. Quer guardar aquela música?

– Quero mandar para o Silveira. Aposto que ele vai paralisar como eu.

Paralisar é uma boa colocação para o que se sucedeu naquele show em particular. Foi bem inesperado.

Tudo começou com uma chave e uma ligação. Duas ligações na realidade. E alguém rodopiando tanto que esbarrou em um garçom que atravessava o salão de bandeja cheia. Dessa vez eu tava bem longe, viu! Não foi nada comigo. Na verdade, eu não sei bem como foi, porque saí pra atender a ligação do Vini. Pelo que o Bruno contou, a Iara tava dançando Roxette (sim, chegamos a esse nível de antiguisse) junto com ele, Gui e Flá, até uma hora que eles foram trocar de par de novo, alguém rodopiou perto deles e bateu no garçom que passava. Eu perdi a hora que pedaços de pizza voaram e perdi a hora que eles atingiram em cheio as duas, Flávia e Iara.

Quando voltei pra mesa, elas já estavam no banheiro tentando se limpar. Eu ia até lá para ver se elas precisavam de algo, mas aí o celular da Iara vibrou ainda na mesa e me chamou atenção. Na tela, dizia Filipe. Beleza, peguei o celular e tomei um corredorzinho pra me afastar do barulho das pessoas e que me levasse mais direto para a área dos banheiros.

– Alô? Iara?

– Oi. Não, é a Milena. A Iara tá no banheiro. Vi a ligação e atendi.

– Ah, tudo bem. Eu só queria confirmar o endereço dessa pizzaria que ela falou. Percebi que a Iara ficou com a minha chave do apartamento, porque ela perdeu a dela e ainda não tirou cópia... enfim, praticamente estou preso do lado de fora.

– E o porteiro? Ele não teria uma chave extra?

– Digamos que o porteiro não vai muito com a minha cara, sabe.

Ri junto com Filipe e evitei perguntar o porquê. Iara já havia me contado várias histórias sobre algumas discussões desses dois, que são dois teimosos e que brigam por besteira. Por fim dei as coordenadas a ele, encontrei as meninas lamentosas no banheiro pelo estrago e Iara me passou a chave para entregar a Filipe. Já na entrada, ele apareceu na calçada e me espantei por ele ter encontrado tão facilmente uma vaga para estacionar, que naquele dia a gente teve dificuldade nisso. Lá fora o som chegava baixo e abafado, mas até que compreensível e acompanhável.

Trilha citada/indicada: Billy Joel – Tomorrow is Today

(não achei uma versão de vocal feminino, então fica por conta da imaginação)

Quando fui entregar a chave, Filipe pareceu alheio, prestando atenção ao som que vinha da entrada. Eu não tinha percebido, ao contrário dele, que logo se familiarizou com a música que iniciava com um tecladinho. Em breves segundos, todo o semblante, todo o corpo de Filipe, endureceu. Na minha frente estava uma estátua atônita. Ele voltou a se mexer quando a voz de Dani soou longe com os primeiros versos e isso teve um efeito tremendo nele, que ficou a ponto de chorar ali.

– Essa voz... e-essa música...

Fiquei paralisada junto porque não sabia o que fazer, de tão pega de surpresa que fui. Se eu o afastava, se o aproximava, se o levava para o saguão ou de volta para seu carro.

– É a Dani cantando.

Dani?

Por um momento, desnorteado, ele não pareceu reconhecer de quem eu falava.

– A Daniela, minha amiga e do Vini. O senhor a conheceu no níver dele, lembra?

– S-sim, acho que me lembro dela. Que voz... linda. Eu não ouvia essa música desde... não sei. Era... era uma das preferidas de Viviane.

E aí não deu outra, eu o levei para o local onde estavam todos os convidados e, de canto, ficamos espiando a desenvoltura de Daniela dominando seu público, que ora e outra cantava junto e todos pareciam emocionados, tão emocionados quanto Filipe ao meu lado assistindo aquela apresentação. Quando dei por minha conta, ele ainda segurava minha mão de quando eu havia o puxado para entrar.

Eu não vi as garotas, eu não vi os garotos, eu só olhava de Dani para Filipe e vice-versa. Ela tinha uma voz doce, calma e a cada verso, deixava que a música a guiasse. Em dados trechos mudava a voz para algo mais grosso – que descobri tempos depois que era próprio do artista que ela cantava – e depois voltava à doçura. Cantava com paixão e de um modo que, não sei, era até um pouco atípico dela. O tecladista também parecia estar bem ligado àquela apresentação.

Eu não cheguei a perguntar para a Dani a respeito, sobre o porquê de ter mexido tanto com as pessoas assim. Eu nem conhecia a música, mas já tratei de colocá-la na minha playlist diária e tenho ouvido desde então. Ao fim da apresentação, Filipe tentou esconder de mim lágrimas que marcavam seu rosto e, emocionada junto, a minha vontade maior era de abraçá-lo. Então abracei, ué, sem me importar com qualquer coisa ao nosso redor.

Logo se iniciou outra música e foi nessa hora que não resisti ao impulso e o chamei para dançar comigo. Ainda com marcas de expressões emocionadas, ele não negou meu pedido. Dançamos ao som de Every Breath You Take, de The Police – essa eu conhecia! Quem assumiu o vocal foi a Dani e um dos guitarristas da banda.

Trilha indicada/citada: The Police - Every Breath You Take

Logo que as meninas saíram do banheiro, visualizei Iara chegando na mesa e se surpreendendo por ver o pai no salão, comigo e dançando. Era mais ou menos o meio da música acho, que tinha um instrumental lindo por parte da banda, e aí eu acenei pra ela, que sorriu e aceitou assumir a dança com Filipe. Foi muito bonito.

Afetuosa, encosto a cabeça na ponta alta do sofá e observo quão mexido Filipe ainda se mostra, mexido de um jeito bom.

– Do tanto que vocês já falaram da voz de Viviane, dá vontade de ouvir.

– Você pode, sabia? A Iara encontrou uma fita... Algumas músicas, se bem me lembro, foram gravadas pela voz dela. Só não temos um tocador. Fiquei de sair à procura de um, mas tenho andado bem ocupado com a empresa. Quase não tenho tempo de ver nem Tv. Hoje foi exceção.

– As duas sextas, o senhor quer dizer, né?

– Ah, sim, verdade. Eu tinha uma bela de uma papelada me esperando no carro... mas quando ouvi aquela música, aquela voz... E-eu...

– Paralisou.

Sem jeito, ele apenas assentiu.

– Bom, eu poderia conhecê-la de outra forma... se o senhor não se importasse.

– Como seria?

– Me falando sobre ela.

Primeiro as sobrancelhas dele se levantam sugestivamente, mas de um modo bem agradável. Acho que ele não esperava que eu perguntasse isso – e pra falar a verdade, nem eu. Acabamos pousando as tigelinhas na mesa de centro da sala enquanto ele desata a falar, acho que contente em falar abertamente sobre isso.

– Viviane? Apenas uma das pessoas mais doces e casqueiras com quem eu já topei nessa vida. Literalmente.

– Sério?

– Ela tinha um gênio bem parecido com o do Vini.

– Assim o senhor me deixa suuuuuuuper curiosa. Conta mais!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou ser bondosa e deixar dois trechinhos só pra animar vocês - e pra limpar a barra de meus supostos sumiços #ops

"Seguro a alça da minha bolsa transversal contra mim e titubeio um pouco, mordendo o lábio. Quando avisto mais uma vez a moto de Iara, sei que ele percebe para onde meu olhar bate.
— Se... Se a Iara... e o Filipe... Se eles se mudassem pra cá, você deixaria de vir?
Num primeiro segundo, Vini não responde. Ele amassa o panfleto, joga num conjunto de lixo que estava um tanto próximo, joga como se fosse acertar a bolinha num cesto e depois caminha cabisbaixo até mim, que seguro a respiração à espera da resposta. Ao ficar bem na minha frente, tento decifrar algum spoiler do que diria, mas ele está tão indecifrável, que eu não consigo colher nenhum indício, pista ou coisa do tipo.
E como nada vejo, abaixo o olhar, já pensando o pior, mesmo que meu coração diga a todos os meus neurônios para pensar o contrário. Fico tão ansiosa que mal posso me mexer e quando ele toca em mim, segurando minhas mãos e balançando-as de leve, como se estivesse me consolando, amasso um lábio no outro pra evitar que fique tão evidente meus reais sentimentos sobre isso, que não deveriam inferir e nem interferir na opinião direta dele."

e

"Iara bate o seu ombro no meu ainda de olho no seu pedaço de bolo:
— Entãããããããão... Já soube o que você fez, bonitinha!
— Vai ter que ser mais específica nessa acusação, I.
— Oxi, tô te elogiando.
— Então não para, continue, continue."

O que será que vem aíiiiiiiiii, hein?

Bjos,

Alexis :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mantendo O Equilíbrio - Finale" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.