Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 164
Capítulo 163


Notas iniciais do capítulo

DIFÍCEIS E GOSTOSAS DESPEDIDAS.
Com gosto de milho, casa, amor e saudades ♥



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A manhã pós-Natal começa bem cedo com mamãe alvoraçada pela casa. Pelo que pude ouvir, eu ainda na cama, ela procurava por algo que tava deixando o Murilo doido, que já tinha checado alguns lugares e mamãe pedia pra verificar de novo. Sento na cama com calma, ouvindo os dois agoniados por sabe-se lá o quê. Papai intervém, enfim, e acho que ele encontrou a tal coisa, pois ouço um “graças a Deus” de mamãe e acho que o Murilo resmunga algo.

Já ia me esticar para pegar o celular na cômoda ao lado quando ela vem com toda sua energia abrindo a porta do meu quarto.

— Ainda bem que tá acordada! Bora, bora, amorzinho, que temos que agilizar seu banho. Te vejo em dois minutos no banheiro. Nada de pensar, só levantar, pra a gente não se atrasar.

Pisco diante do furacão de pessoa que ela é e apenas sigo sua instrução. Meio fora do ar, levanto e já me preparo para o banho, sem distrações. Vez que já conseguimos certa prática, o processo já não é tão demorado quanto antes e posso relaxar a cabeça em algum nível com a água geladinha. Mamãe se encontra tão apressada que nem me olha muito pra perceber que tem algo diferente no ar. Nada também que eu queira esconder, mesmo que possa disfarçar com a despedida da minha família.

Abraço papai na cozinha toda molinha porque não acredito que ele já tem que ir. Quer dizer, sei que precisa voltar, mas queria tanto que ele pudesse ficar mais. E vovó e vovô. Na verdade, queria que pudessem ficar pra sempre. Que se mudassem pra capital de novo. A vovó está mais estável e... infelizmente, eles têm a vida deles no interior. A minha agora é ficar aqui e ser adulta. Só que no momento, só quero colinho e meus pais juntinhos nessa casa. Ser adulta dá muito trabalho, com muitas decisões difíceis.

Largo de papai apenas quando Murilo nos serve o café e coloca os ovos mexidos sobre a mesa. Mamãe ainda está toda atarantada pela casa, ao invés de colar junto. Quero que ela sente e respire e tenhamos um bom café da manhã, mas tô tão fora do ar, como uma ressaca atrasada, que nem consigo dizer muita coisa. Mas ao menos papai pede para que ela pare de furar o chão da casa indo para um lado e outro, que tá tudo no lugar.

Ela enfim passa por nós na cozinha e por um acaso, vê o que deixei na lixeira.

— O que é isso?

Três cabeças perdidas se viram para ela, eu inclusa, que encara o pequeno balde com a sacola de lixo.

— Por que sua plantinha está aqui, filha?

Acontece que ontem, ao chegar em casa, pedi pro Murilo se livrar daquele girassol. Não queria ter que matar um ser vivo, mas era melhor se despedir de uma planta do que uma pessoa real. Murilo hesitou, porém, fez o que pedi, jogando-a no lixo. Vi que ele tava um pouco arrependido de ter me levado até a casa da Flávia e eu, ainda digerindo tudo, não sabia dizer bem o que sentia.

Trocando olhares vagos com o Murilo, digo apenas a primeira desculpa que me vem à mente:

— Eu topei sem querer e o vaso quebrou com ela junto.

Mamãe enfim se senta conosco, muito interessada nessa história.

— Como conseguiu topar nela?

— Fui me segurar na janela num momento de desequilíbrio e bati no jarro, que caiu e sujou por ali tudo.

— Mas dava para colocar em outro lugar, não só jogado fora.

Dou de ombros enquanto coloco o café na xícara dela.

— Não sei muito de plantas, mãe. Mal cuido desse coisa aí.

Se antes Murilo estava com um olhar pesaroso, agora está com um bico zangado. Ele já estava meio assim quando cheguei à sala, com mamãe fazendo pressão nele para sairmos cedo. Ontem era ele que fazia pressão em mim para irmos à casa do seu Júlio e nem posso dizer que o que vai, volta, porque estava o usando para desviar do assunto.

Mal terminamos de comer e o relógio já batia o tempo final de nós juntos. Mamãe corre para terminar de colocar umas sacolas no carro, como se fosse ela que iria viajar, e papai segue para o quarto, para uma última checagem antes de sair de casa. Me levanto pra ajudar o Murilo a colocar as louças sujas na pia e ao final ele me cutuca, ainda com seu bico zangado.

— Só te perdoo porque sinto que fiz besteira ontem.

Com essa ele sai pela porta que leva à garagem para atender mamãe, que outra vez fazia algum escândalo sobre perder o horário do ônibus. Suspiro e penso logo em ir pro carro. Quando me viro, dou de cara com papai todo suspeito.

— O que ele fez ontem?

— Ele quem?

— Teu irmão. Ele disse que fez besteira.

Para disfarçar, jogo a pergunta de volta, andando no máximo que dá para poder entrar no banheiro e escovar os dentes.

— Quando é que o Murilo não faz, né, pai?

— Vocês não brigaram não, né?

— Não, tamo de boa. Era só ele me atazanando como de costume. Nada demais.

— Sei. Acho bom vocês se comportarem. Se não, volto só pra puxar a orelha de vocês.

Com essa, e já na porta do banheiro, abro um sorriso enfim.

— Não seja por isso, pode ficar à vontade, porque o que a gente mais faz é não se comportar. Aí o senhor fica mais com a gente.

Isso derrete ele na hora, e não minto que a mim também, principalmente quando ele tira a mochila e vem me abraçar apertado.

— Queria eu, filha. Mas preciso voltar pra loja.

— Eu sei.

Fungo um pouco, porque não quero mesmo que ele vá. Não quero que esse tempo bom termine. Não quero mais distâncias.

— Só queria poder perturbar o juízo de vocês com mais frequência. E ouvir mais a voz de vocês no dia a dia sem que seja...

— Por telefone, eu sei. Mas é o que temos no momento. E temos muito.

— Temos mesmo?

— Temos. E temos muito orgulho.

Sei que ele embroma, embora não deixe de ser verdadeiro.

— Tá na hora, tá na hora!

Antes que mamãe venha nos deixar mais doidos, seguimos cada qual para um banheiro para agilizar a saída e o fim dessa curta viagem.

~;~

Fazia dias que eu vinha sentindo umas vontades – e não falo de namorar o namorado – mas isso fica tão mais claro pra mim quando chegamos na rodoviária e tinha uma lanchonete vendendo milho cozido. O cheiro me pegou no segundo que desci do carro e fiquei procurando a fonte dele como personagens de desenho animado seduzidos por alguma comida. Desse jeito, parecia que nem tinha tomado um café da manhã reforçado. No final das contas, resisti ao cheiro inebriante de algo caseiro e só fui seguindo meus pais para o local de embarque, pois estávamos em cima da hora.

Por uma graça divina, o ônibus estava atrasado, ainda não chegara ao seu ponto, porém, não devia demorar. Era pouco mais de 8h da manhã e o local estava bem agitado. Bem natural da temporada de festividades. Muitas pessoas também se despedindo e eu novamente pega por essa vontade de não deixar ninguém ir. Diferentemente de outras vezes que mamãe e papai nos visitaram, esse período que ficaram me foi muito mais significativo. Fora que juntou tanta coisa ao mesmo tempo.

Nem processo a ideia de como vai ser quando mamãe tiver que voltar, porque uma hora ela vai. Me atenho então ao que tenho que lidar no momento, me despedir de papai e de meus avós – que estão um pouquinho atrasados e deixa mamãe doida de novo. Colo em papai outra vez enquanto mamãe insiste em ligar pra vovó e saber por onde estão.

Antes mesmo de ela conseguir completar a ligação, avisto Iara chegando com seu Júlio. Mais atrás, meus avós e Djane. Vinícius e Filipe devem ter ido estacionar o carro, assim como foi o Murilo.

— Graças a Deus! Já era pra vocês estarem no ônibus!

— O ônibus ainda nem chegou, mãe.

Implico porque sim, porque gosto e porque, como disse a papai, quero sempre que puder perturbar o juízo deles. E sabe-se lá até quando vou poder aproveitar isso de tão perto.

— Mas horário é horário, tem que chegar na hora.

Saio do ombro de papai para o ombro de vovô e acho que seria capaz de ir com eles, assim, simplesmente, sem mala, só para não os ver partir. Me pergunto se é assim que se sentem toda vez que vão nos deixar na rodoviária para viajar de volta.

Com certeza é.

— Está sentindo o mesmo que eu, Milena?

— Vontade de ir pra casa com vocês?

— Não, o cheirinho de milho cozido.

Rio um riso solto porque vovô é apaixonado por milho. É claro que ele não ia deixar essa passar.

— Acho que vou comprar uns pra lanchar na estrada.

— Vai ficar um cheiro doido dentro do ônibus daqui até...

— Um cheirinho gostoso, você quer dizer. Vem, que não temos muito tempo.

Com essa, ele me pega pela mão e saímos pela tangente das famílias se cumprimentando e conversando para atravessarmos a rodoviária até a lanchonete que avistei quando cheguei. No caminho, passamos rapidamente pelo Murilo, Vinícius e Filipe, que estavam se encaminhando para a área de embarque. Só deu tempo de dizer que o ônibus tava atrasado e a gente já iria voltar.

Compramos umas cinco espigas de milho e a senhorinha da lanchonete conseguiu colocar tudo num pote bem lacrado. Assim ao menos os passageiros não matariam meu avô. Com uma sacolinha, retornamos mais leves e divertidos para a despedida final.

Vovó é a primeira a colocar a mão na cintura e balançar a cabeça para a ideia de seu maridinho. É claro que vovô provoca!

— Tá me olhando assim agora, mas quando for a hora de lanchar, vai pedir um que eu sei.

Errado ele não está e certo esteve em comprar a mais. Papai não é exatamente amante de milho, mas também sei que ele toparia. Vovô ainda me oferece, porém, como ainda estava um pouco cheia do café da manhã, recuso. Mesmo ele sabendo que eu tava sa-li-van-do por um. Acho que queria ver até onde eu iria. Se resistiria.

Poderia eu ter mudado, mas ele ainda me conhecia tão bem.

E como vovô, dona Marília me pega pela mão para nos afastarmos do grupo. Risonha e chorosa, vou. Perto da grade de proteção, ela me posiciona a sua frente e me ajeita os cabelos, sem deixar de fazer suas observações.

— Vocês dois sempre aprontando alguma.

— Aproveitando o quanto ainda dá. E nem fizemos muito.

Vovó fica mais séria.

— Você estava mais quietinha mesmo.

Não queria ter que desviar do assunto outra vez neste dia, mas quero realmente me concentrar nos meus familiares.

— Porque foi a senhora que abalou esse Natal, com sombrinha, passos e cinto brilhante. E ideias insanas.

Isso a balança um pouco, mas volta para sua expressão sóbria e de seriedade.

— Mas vi seu rostinho desde que cheguei. Você não me engana, Milena.

— Sei que não, vó. Ao mesmo tempo, fiquei muito feliz de vocês terem vindo. Muito feliz mesmo.

Não era uma mentira e esse gancho parece conduzi-la para outros lugares.

— Foi bom estar aqui. É estranho voltar e encontrar tanta coisa diferente. Não só os prédios e avenidas, mas a vida em si. E meus netinhos queridos.

Ela bem sabe como dar voltas e chegar no ponto certo. Papai aprendeu muito dela em suas abordagens e eu dessas duas figuras. Ainda assim, meus olhos se preenchem outra vez e sei que ela nota isso também.

— A gente ficou tão pouco tempo juntas.

Grudei nela o quanto pude ontem numa mesma espreguiçadeira que o Murilo só não meteu uma de ciumento porque tava com a Lia. Mamãe também estava tão envolvida com Djane e papai que não reclamou atenção.

— Porque a gente já ficou juntas por toda uma vida.

— Ai, vó, não fala assim.

— E tô mentindo, por acaso?

— É que faz parecer... que a senhora vai... Eu não quero me despedir assim.

Ela mexe em meus cabelos novamente, dessa vez colocando-os por trás de meus ombros e alisando-os com carinho.

— Só tô dizendo – mais uma vez – que vocês estão em outra fase da vida, querida. E uma muito bonita, apesar de ora e outra perderem o brilho. O que é completamente normal. Mas o mais importante é ver que estão unidos e junto de pessoas maravilhosas. Você e o Murilo encontraram um grupo muito acolhedor.

Como uma garotinha receosa, abaixo o olhar e respondo, lamuriosa:

— Mas não são vocês.

— Essa parte também é difícil pra a gente. Mas respeitar o momento de vocês não deixa de ser amor.

— É amor vocês terem que ir tão cedo?

— Parece sua mãe falando, sabia?

Ela sorri um sorriso contido e traquina, do jeito que gosto.

— Alguns dias com ela e já peguei todas as chantagens emocionais.

— A parte boa e a parte ruim vem num pacote só.

— Como seu exercício do Natal, né?

— Fiquei muito feliz pelo modo com que você falou e se abriu, querida. Na verdade, todos. Foi muito importante fazer aquela roda de conversa. Algumas coisas precisavam ser ditas.

— A senhora tá dizendo que foi planejado?

Não sei porque ainda me choco.

— Não diria que foi planejado exatamente... Mas quis sim que seus pais assumissem algumas posições por si e falassem sobre algumas coisas. E deixei a cargo de cada um dizer o que queria, podendo ser qualquer história. Poderia ser da coisa mais boba para um e da coisa mais dura para outro, e sei que agora isso vai ficar na cabeça de muitos. Eu só... juntei o útil ao agradável e senti que o grupo de pessoas que reunimos tinha uma conexão forte para isso. Não funciona com qualquer grupo.

Mal dá de reagir a essa sua confissão porque avisto o ônibus chegando à plataforma, o que me faz apertar mais as mãos de minha avó e não me sentir preparada para a próxima parte.

— Sei que você vai ficar bem, minha netinha linda.

— Linda até toda chorosa?

Solto uma mão minha das suas para coçar os olhos marejados, e quase posso rir de notar que realmente peguei a chantagem emocional de mamãe.

— Linda de todas as maneiras. Uma mulher feita. Com toda uma vida adulta.

Logo eu, que não tava nem querendo pensar seriamente sobre nada ou ter responsabilidades hoje. Termino por confessar isso com um jeitinho acanhado:

— E eu só querendo colinho.

— Quem disse que colinho é coisa de criança? Peço pro seu pai até hoje.

Falando nele, ele atravessa o portão com vovô, Murilo e o Vinícius para despacharem as malas. Me volto a ela, pra não perder esses últimos momentinhos. Acabo milenando novamente ao tentar amenizar a tensão da despedida com alguma graça. E é vovó que vai longe demais.

— Então a senhora também apronta, né?

— Como você disse, aproveitando o quanto ainda dá.

— Vó!

Repreendo sim porque não quero atrair nada de negativo para ela, muito menos a morte.

— Sabe que esse dia acontecerá, não é?

— É, mas não hoje. Ou amanhã. Ou nos próximos vinte anos.

— Vou fazer o que puder, prometo.

— Não doeu, doeu?

Dessa chantagem emocional eu não me arrependo. Mas o tempo tá correndo e vovó parte logo para o encerramento.

— Te amo muito, querida. Do tamanho do universo.

— Te amo um tantão maior, vó.

Sigo com ela pela área do embarque, as lágrimas agora descendo sem eu mais tentar amparar, só saindo livres, sem também ligar para quem estivesse vendo. Quando chegamos à porta do ônibus, ela entrega seus documentos ao funcionário e ao se voltar para mim, só me abraça forte.

— Liga assim que der, vó. E descansa bastante.

— E você, minha querida.

Murilo surge para se despedir dela também e ter seu último momento. Me afasto e topo com vovô com uma espiga de milho partida às mãos.

— Um último mimo antes de ir.

Recebo sem cerimônias, até porque abraço-o de pronto, com cheirinho de milho e tudo. De casa, de amor, de saudades desde já. Logo ele recebe os documentos de volta do funcionário e segue com vovó em busca de seus assentos. Procuro por papai e vejo que está se despedindo de mamãe ali perto. E assim sou envolvida pelos braços do namorado, que me move um pouco para deixar que outras pessoas entrassem.

Assim que passo uma mão ao rosto para dissipar um pouco das lágrimas que me borravam a visão e molhava as bochechas, Vinícius é outro que se mostra saudoso:

— Também queria que pudessem ficar mais. Já estávamos tão mais parceiros.

— Ele não aprontou nada contigo não, né?

Claro que falávamos de vovô.

— Nadinha. Até porque agora somos cúmplices também.

— Cúmplices de quê?

— Segredo.

— Hmmmmm.

— Te disse que ia conquistar ele.

— Sendo você mesmo, não tem problema. Só me chamem pros esquemas.

— Sempre. Agora esse milho... Vai deixar eu dar uma mordidinha ou vou ter que comprar um?

— Ainda bem que tu sabe que vai ter que comprar um.

Com essa, abro a espiga, dou uma mordida generosa e cheia de milho ainda me viro pra dar um beijinho estalado no seu rosto, que ri da minha audácia.

— Não sei nem porque eu ainda perg...

Deixava-me levar pela leveza do Vinícius quando de repente uma voz conhecida nos surpreende em nossa bolha:

— Cuida da minha netinha, viu! Se não eu volto pra estourar a tua bola.

Quase engasgo com esse retorno.

— VOVÔ!

— Prometi não ser ranzinza, mas tenho todo o direito de cobrar isso. Ele sabe.

Vovô faz um carão de malandro e acena pro meu namorado enquanto meu coração ainda dá hiper saltos e badaladas de susto.

— Enfim, só vim saber onde tá teu pai que ainda não apareceu. O motorista já vai dar a buzina final.

Procuro novamente papai pelo mar de cabeças que estava o local de embarque, com gente de outros ônibus se misturando com o deles e então o Vinícius aponta para a área do bagageiro, onde Murilo e papai pareciam estar numa conversa séria, com mamãe próxima. O motorista enfim buzina e eles se despedem. Vovô adianta para o funcionário os documentos do filho e é chegada a hora do último abraço. Outra buzina é o que nos apressa.

— Te amo, pai.

— Se cuida, meu amor. Me liga pra qualquer novidade. Vejo você em breve.

Mais uma buzina e tenho que deixá-lo ir. Recebo dele seu beijo de pai na testa e mais um de vovô e assisto eles subirem os degraus para seguirem aos seus assentos. Por fim, me junto a mamãe e Murilo para dar tchau a eles pela janela. Vovó já estava com sua máscara para dormir a postos e vovô ajustava com papai a mochila no compartimento de cima. Assim que sentam, o ônibus começa a se mover e a gente a jogar beijos e variedades de tchaus. Me junto a mamãe nas fungadas, mordiscando meu milho. Ela até rouba de mim um pedacinho e quando o Murilo mostra que ia fazer o mesmo, respiro fundo e só digo:

— Vamos comprar mais milho?


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Notas finais do capítulo

QUEM EU SÓ QUERO COLINHO TAMBÉM???

"Não seja por isso, pode ficar à vontade, porque o que a gente mais faz é não se comportar. Aí o senhor fica mais com a gente." ♥

"Mas o mais importante é ver que estão unidos e junto de pessoas maravilhosas. Você e o Murilo encontraram um grupo muito acolhedor." VERDADE VERDADEIRA ♥

"- Alguns dias com ela e já peguei todas as chantagens emocionais.
— A parte boa e a parte ruim vem num pacote só."
AMO? AMO!

Esse encontro das famílias foi TUDO! E o retorno do vovô Lins pra atazanar e engasgar a Milena também HAHAHAHA

Trechinhos do próximo?

"- Ai, pai, desse jeito parece que tô inventando. É sério.
— Não duvido não, filha. É só que não imaginei ganhar um netinho nesse Natal."

JOGUEI E SAÍ CORRENDO HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA



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