Letterman escrita por Dandelion


Capítulo 8
Caso Letterman


Notas iniciais do capítulo

Oie :3

Primeiro queria dizer olá para os novos leitores: UnicornVibe, WarWorld e Clark u.u (e até pra quem não comenta e eu não sei o nome u.u)
Segundo, queria dizer Obrigada suas (seus) lindas(os) que me acompanham desde sempre.
Terceiro, o que acharam da capa nova?

Enfim, boa leitura u.u



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Castiel estava sentado com os pés em cima de sua mesa na Central de Policia enquanto lia o relatório geral sobre o caso Letterman. Atrás de sua mesa existia um quadro, com as fotos, cartas e outras informações relacionadas com o caso pregadas nele, que servia como um mapa nas investigações. O relatório em suas mãos era conciso e direto. Foi analisado todo e qualquer vestígio possível das cenas do crime e das cartas. Não era um dos casos mais fáceis que Castiel tinha pego, mas era o mais organizado, talvez por que sua vida pessoal estivesse organizada, dizem que o trabalho reflete a pessoa, quem sabe isso não esteja certo.

Nathaniel entrou na pequena saleta que dividia com Castiel segurando dois copos cheios e fumegantes de café e com uma pasta marrom embaixo do braço, o tenente tinha um sorriso frouxo na boca e uma marca de batom rosa na bochecha. Levantando-se para ajudar o amigo, Castiel pegou seu café e resolveu implicar um pouco com ele.

–Você e a Iris parecem dois coelhos, deveriam tomar cuidado, nem bem casados são e já estão nessa corda toda, qualquer dia desses vocês acabam se reproduzindo.

–Fala o cara que chega atrasado e descabelado as reuniões de grupo. –retrucou Nathaniel enquanto bebericava o café, sabia que as implicações de Castiel não passavam de uma brincadeira, o amigo bem sabia que ele não desejava ter filho algum.

Castiel revirou os olhos, o loiro estava aprendendo rápido demais, talvez tenha feito errado ao promover a autoconfiança dele. Quem sabe.

–O relatório geral do caso Letterman chegou. Quer dar uma olhada? –Castiel pegou a pasta e estendeu para o colega, que negou com um gesto e pediu para Castiel contar rapidamente para ele enquanto tomava suas próprias notas. –Certo. Lembra aquele fio estranho de cabelo que um dos peritos encontrou no chapéu? Então era de uma peruca, ainda não identificamos o produtor, mas é bem mais restrita a pesquisa já que é um fio de cabelo natural, e são poucas as lojas em Railroad com esse tipo de peruca.

–Vou pedir pro Armin pesquisar essas lojas pra gente. –disse Nathaniel escrevendo rapidamente em seu bloco.

–O resultado da balística nos deu um novo olhar compatível com uma das informações que Letterman deu na Carta, a arma está registrada no nome de James O’Neil, um comandante do exercito, ele morreu em 2000, mas tem um filho, Louis O’Neil. Precisamos investigar esse garoto. –disse Castiel enquanto pausava seu relatório para tomar um gole de café. –Não achamos nenhuma digital, além das de Julie, no papel que você encontrou. Estou me esquecendo de alguma coisa?

Ele pegou o relatório e começou a folheá-lo em busca de alguma coisa que tenha deixado passar. E continuou:

–Ah claro. O IP do e-mail enviado para Caro Parker, foi rastreado num Lan House próxima a Central, o que quer dizer que Letterman sabe onde ela trabalha e possivelmente onde mora. Temos que manter pelo menos alguém do nosso pessoal protegendo Caro.

–Ela já não mora com Armin? –perguntou Nathaniel enquanto batia ritmadamente a caneta em seu bloco. –Poderíamos usar ele.

–Alguém falou meu nome? –Armin apareceu no vão da porta com um sorriso no rosto. Castiel acenou para o irmão e se preparava para cobrar rapidez na analise dos vídeos quando foi interrompido. –Antes que você fale qualquer coisa, aqui está. Agora pare de encher meu e-mail com essas coisas estúpidas. Tenho coisas mais importantes para ler lá.

Castiel pegou o relatório que o irmão lhe estendia e viu uma mancha de suco na borda do papel, ele olhou para Armin com reprovação e se perguntou se um dia ele se tornaria mais responsável. Se bem que Castiel adorava o jeito descontraído do irmão.

–Claro, como e-mail de jogos. –Armin encolheu os ombros, como quem diz “o que eu posso fazer”, e ia sair da sala quando Castiel lembrou-se de uma coisa. –Armin! Preciso que você pesquise lojas em Railroad que façam perucas de cabelos naturais.

–Mas seus cabelos ainda não estão caindo, ou já estão? Lembre-se que você tem mais propensão a ficar careca do que eu. –Armin deu uma risada divertida enquanto via o irmão pegar um lápis de cima de sua mesa e ameaçar jogar nele. –Certo, certo. Já estou pesquisando.

Castiel suspirou e deu uma rápida olhada no relatório, reviu tudo o que sabia e soube um pouco mais sobre o assassinato de Julie Stevens, mas nada do que ele não pudesse ter imaginado.

–Então vamos agitar esse caso? –perguntou Nathaniel que até agora observava divertido a cena dos dois irmãos.

–---X----

Era final de expediente e Caro esperava Armin sentada em uma das mesas do pavilhão da DDE para voltarem de ônibus para casa. Ela desenhava os contornos de alguém enquanto ouvia musica, então não percebeu muito quando um homem não muito alto parou próximo a ela. Ele a obsevava de longe há algum tempo, Caro parecia tão serena enquanto desenhava que ele tinha medo de interromper esse momento dela.
Sentando-se na frente dela ele abriu um sorriso enorme, mesmo assim demorou um tempo até ela perceber que existia um mudo real, além dela e de seu desenho.

–Oi Armin. –cumprimentou ela com um sorriso nervoso. Por que ele está sorrindo assim pra mim?

–Quem está desenhando? –perguntou ele curioso.

Ela olhou para o desenho e viu os olhos claros e bonitos de Armin no papel, felizmente ela não tinha terminado o desenho. Caro estava desenhando muito aqueles olhos ultimamente. Não deveria fazer isso.

–Ninguém importante. –disse ela virando a folha.

–Por que não me desenha? Sou um modelo muito lindo. Do tipo o Gambit em X-men Origens. –pediu ele fazendo uma pose que considerava ser máscula, mas que no mínimo era ridícula.

–Posso desenhar sim, mas não vai ser igual a ele, porque o Gambit é outro nível. Você tá mais no nível do Dead Pool vídeo game. Quer que eu desenhe agora? –Armin ignorou a comparação que ela havia feito e acenou sorrindo para ela. Queria ser desenhado por ela a tempos.

Caro respirou fundo, pegou uma nova folha e começou a traçar o rosto de Armin na folha, ela se sentia constrangida por ele estar tão próximo e por olhar seu desenho. Como o tempo estava nublado os olhos claros de Armin ficavam mais ressaltados. Seria impossivel desenhar com toda aquela pressão não fosse a musica que a estava relaxando.

Armin começou a se sentir ansioso por ficar parado enquanto Caro o desenhava, queria ver o que ela estava fazendo e era difícil não olhar para ela. Com o tempo nublado Caro estava incrivelmente mais pálida e mais bonita, na opinião dele. Os cabelos pretos e lisos emolduravam o rosto dela, fazendo com que Caro parecesse uma boneca. Armin sentia um frio na barriga cada vez que os olhos de Caro passavam por seu rosto, sentia vontade de se esconder. Não queria que ela visse as emoções passando pelo rosto dele. Por que eu estou pensando isso? Perguntou-se ele.

–Armin, pare de fazer caretas. –ordenou Caro em tom sério.

Depois de vinte longos minutos para os dois, Caro terminou o desenho e mostrou para Armin que sorriu, tanto de alivio quanto por achar graça no desenho, Caro tinha captado o “melhor dele”, ou não.

Os dois se levantaram e foram finalmente embora. Mesmo achando estranho até para ele mesmo, Armin abraçou Caro de lado e deu um beijo em sua cabeça.

–Adorei o desenho. –disse ele dando um aperto final nela e a soltando. Felizmente ele não olhou para o rosto dela naquele momento ou veria um rosto coradíssimo.

–---X----

Sentado em um dos bancos do pavilhão da DDE, ele observava o casal. Nunca havia imaginado que Caro pudesse encontrar outro namorado tão rápido depois de terminar com o outro. Mas talvez eles fossem apenas amigos. Que amigos se abraçam daquele jeito?

Ele sabia que se arriscava cada vez que vinha até a Central de Policia, mas achava a adrenalina e o frio que subia na espinha, quando ele via um dos investigadores do caso Letterman, excitantes. Ele gostaria de rir de todos, os policiais, os jornalistas, de todos que especulavam que seria aquele monstro. Ele não um monstro. Era apenas mal compreendido.

Caro deveria compreendê-lo afinal tudo aquilo era para ela. Por causa dela. E por ela.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Quem vocês acham que é o assassino? e.e
Se tiver algum erro favor me avisar u.u vlw flw
Bom.... Até o próximo u.u

Bj bjs



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