Letterman escrita por Dandelion


Capítulo 6
Julie Stevens


Notas iniciais do capítulo

Eu to produtiva xente u.u Mentira estou de férias permanentes :p

Eu particularmente gostei do capitulo. Hope u Enjoy :)



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Ir a escola é uma tarefa cotidiana a muitas pessoas. As vezes interessantes, outras vezes estressantes. Para Julie Stevens não era diferente, a menina adorava ver os amigos, os professores, a escola. Enfim ela adorava tudo. A menina gostava de aprender coisas novas e compartilhar seu conhecimento com outras crianças, ela se sentia inteligente assim.

Julie sempre ia a pé a escola, que ficava próxima a sua casa, sua mãe já a deixava ir sozinha, afinal era um bairro sossegado, e com seus nove anos, Julie sentia-se responsável e adulta. No entanto, hoje seria um dia diferente para ela. Julie completaria dez anos de vida, uma década carregada de aprendizado. Ir para escola hoje seria especial, todos falariam parabéns para ela e a professora de artes cantaria “Parabéns Pra Você”. Depois da escola, ela e seus colegas voltariam para sua casa e fariam uma festa. Festa que Julie vinha planejando a mais de um mês, chamaria todo mundo, até o encrenqueiro do Isaac, que vivia puxando seu cabelo e lhe chamando de feia.

Hoje seria um dia especial, não fosse o homem de capa preta que tinha lhe perguntado a idade noutro dia aparecer, ele tinha o rosto simpático, Julie gostou dele, o homem deu um bilhete para ela e foi embora, o bilhete dizia: “Parabéns Julie”. Ela sorriu, e ao sorrir não percebeu o vulto atrás de si, nem sentiu dor ao ter a garganta cortada de ponta a ponta, muito menos ficou triste ao perder boa parte do cabelo, que amava. Julie morreu sorrindo, feliz e pura como sempre fora.

Ela errou em dizer ao homem sua idade com tanto orgulho e a data de seu aniversário. Hoje ela não teria uma festa, muito menos iria para escola, não lhe cantariam parabéns. Hoje seus pais e amigos chorariam por ela. Pobre Julie.

–----X----

Castiel chegou primeiro a cena do crime. Era um bairro e calmo, muito próximo da casa de seu irmão. Estava frio e nublado, dando um aspecto mais mórbido a pequena menina que já arroxeava. Ele abriu caminho entre as pessoas, que se aglomeravam para ver o que mais lhe interessava a morte. Castiel não entendia essa fascinação que as pessoas tinham em ver coisas mortas, talvez essa repulsa fosse obra de seu trabalho, ou talvez de seu próprio ser. Identificando-se a um dos policiais, ele pediu um pequeno relatório.

–Vitima não identificada. Aproximadamente nove anos. Caucasiana, cabelos pretos, olhos castanhos. Foi encontrada por populares. Provavelmente se dirigia a escola do bairro. Foi morta com um corte na garganta. –o policial diria mais coisas, não fosse o grito de horror vindo do meio da aglomeração. Uma mulher pequena de cabelos enrolados e pretos veio correndo até a barragem policial.

–Julie! Não! Meu deus não! –gritou a mulher chorando. Um homem de cabelos pretos chegou atrás dela e abraçou. Castiel pediu que o policial fosse pedir os nomes do casal e mais informações sobre a criança chamada Julie.

Dirigindo-se ao pequeno corpo, Castiel tentou analisar o mais friamente possível a cena. Viu o que era óbvio, mas tentou ver além disso. Enxergou a menina indo sozinha para a escola, havia poucas pessoas passando na rua devido o frio e o horário. A menina esta distraída, alguém chega por trás dela e corta sua garganta. Alguma coisa estava errada. Mas o que?

–Descobrimos o nome da vitima. –Castiel se virou para olhar e viu Nathaniel parado atrás dele com as mãos no bolso. –A menina chama Julie Stevens, e aqueles ali são os pais dela. Robert e Alison Stevens. Hoje era o aniversário dela. O que houve com os cabelos dela? -Castiel olhou para o rostinho de Julie esperando por alguma resposta.

Lembrando-se da ultima carta de Letterman, ele sentiu sua mente clarear. Esse assassinato era idêntico ao descrito na ultima carta, os cabelos e a garganta cortados, a menina parecida com aquela desenhista. Tudo se encaixava.

–O resultado da necropsia vai nos dar mais informações. Mas eu acho que esse assassinato tem ligação com a morte de Katie Johnson.

Nathaniel assentiu e chamou o pessoal do necrotério para tirar o corpo. Assim que eles levaram Julie, ele viu um papel caído no chão, manchado de sangue. Mesmo não vendo importância naquele papel ele se abaixou para pegá-lo. Sua surpresa foi enorme quando leu o que estava escrito nele. Nas mãos de Nathaniel estava uma prova, ele só esperava que as impressões digitais do assassino continuassem intactas.

–---X----

Ele estava no meio da aglomeração. Viu quando o policial moreno chegou. Achou até engraçado o jeito dele. Parecia um macho alfa. Viu os Stevens chegando, quase se escondeu até lembrar que a filha deles estava morta, então eles não pensariam em mais nada. Humanos são tão egoístas quando se trata da própria dor. Nunca vem nada além deles mesmos. Balançando a cabeça ele decidiu se afastar. As pessoas ao seu redor concordavam com ele. Imbecis. Essas pessoas provavelmente achavam que ele não acreditava na brutalidade do crime. Quando era ele o autor dele.

Passando a mão por sua peruca, ele sorriu ao sentir os fios novos do acessório se ajeitando naturalmente. Ele não se importava de pagar tão caro por elas. Perucas eram sua paixão. Por serem de cabelos naturais ninguém suspeitava que fosse careca. Ele odiava o próprio cabelo. Fios grossos e feios, nunca arrumados, sempre espetados. Herança daquele militar arrogante.

Parando a poucos metros do ponto de ônibus, ele a viu. Caro. Invejava os cabelos longos e lisos dela. Sentia vontade de mandar seu plano para os infernos e arrancar cada precioso fio um por um. Precisava sentir os cabelos dela na mão. Tudo ao seu tempo.

–---X----

Armin chegou esbaforido no ponto de ônibus. Caro não tinha o acordado, de pirraça provavelmente, ele tinha a irritado no outro dia, com uma capa preta dizendo que ele era o assassino e que queria os cabelos dela. A amiga não aceitou muito bem a brincadeira e acabou chutando suas partes intimas, ele ainda suspeitava que não teria filhos, apesar de não sentir mais dor lá.

–Por que não me acordou? –perguntou ele arfando. Recebeu apenas um olhar gelado de Caro em sua direção. –Cara, o que eu posso fazer pra você me desculpar. Faz dois dias que você não conversa comigo. Eu preciso de conselhos a respeito da Cindy, aquela da pericia. Será que terei de comprar cash pra você ficar feliz?

–Leve-me ao rink de patinação central. Amanhã. –disse ela com um sorriso. Caro estava cansada de ignorar Armin, ele tinha se tornado um bom amigo e ela sentia falta das histórias dele.

–Oki doki. Agora chega pro lado que eu tenho que te falar o que a Cindy me pediu.


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Notas finais do capítulo

E ai? De novo, algum suspeito? :0
Mas no geral gostaram de tudo?
E esse passeio do Armin e da Caro no que vocês acham que vai dar?

Não perca o próximo capitulo de Letterman ~tcha tcha~

Até mais u.u
Bj bjs

P.s: O Oki doki é do Mário, ouçam: http://www.youtube.com/watch?v=_nXLsWFMOd0



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