Letterman escrita por Dandelion


Capítulo 2
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Hey c: Como estão? Mais um capitulo para vocês u.u

Boa leitura :3



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Caro estava em sua mesa, fazendo uma projeção geográfica de um bairro de Railroad para uma investigação da policia, quando um rapaz de cabelos preto apareceu na porta.

–Com licença, eu posso pregar esse panfleto aqui? –perguntou o rapaz de olhos azuis, Caro levantou o rosto rapidamente e sentiu uma leve vertigem. Acenou para ele sem dar muita importância e voltou a seu trabalho. –Ei, você é nova aqui? Me chamo Armin e você?

–Sou sim. Caro, muito prazer. –disse ela com um sorriso impaciente no rosto.

–Se você conhecer alguém que precise de um lugar para morar. Mande ligar neste numero aqui. –Caro olhou para ele interessada.

–Bem, eu preciso. É uma republica? Você pode me falar um pouco dela?

–É uma republica sim, eu e mais quatro pessoas moramos lá, e precisamos de mais uma pra dividir as despesas. A casa é grande e tem três quartos, e... Ah, vamos comigo até lá depois do expediente e você vê com os seus próprios olhos. Agora tenho que ir, eu te espero em frente ao pavilhão da DDE, ok? –e saiu.

Caro se sentou de novo sorrindo, esperava que conseguisse a aprovação de seus pais, porque havia gostado do rapaz e se todos os moradores fossem legais como ele, seria uma bela parceria.

–---X----

O pavilhão da DDE mais parecia o prédio de uma faculdade de Design do que um prédio da policia. Os funcionários não vestiam fardas, na realidade, eles davam a impressão de ter acabado de acordar. Armin O’shea estava em pé próximo a entrada do prédio, fumava um cigarro enquanto esperava a garota gordinha que estava interessada em um lugar na republica, queria que ela gostasse da casa e aceitasse a morar lá. Com a saída de Franco, ele e os colegas precisavam de uma ajuda no pagamento das contas.

Ele avistou Caro numa barraquinha de hot dog, jogou o cigarro fora e foi ao encontro dela. Pediu um lanche também e se sentou numa das mesas para acompanhar a garota.

–Cara, estou faminta! Eles deveriam colocar uma máquina de docinhos próxima ao meu setor. –bufou Caro enquanto dava mais uma mordida em seu lanche.

Eles comeram em silêncio. Enquanto observavam o pavilhão. Assim que eles terminaram de comer, foram em direção ao ponto de ônibus. Durante o trajeto Armin explicou o sistema de transporte a Caro, disse que ao final do mês o gasto com o ônibus era menor do que o gasto com o metrô. Quando chegaram ao destino deles, Caro já sabia mais do que qualquer funcionário publico, a cotação de ônibus de linha.

Eles andaram por mais uma quadra até chegar a republica. Era uma casa bonita, com um pequeno jardim na frente. Assim que entraram foram recebidos por gritos e xingamentos. O rosto de Armin antes calmo se tingiu de vermelho enquanto ele olhava horrorizado para a bagunça que estava a casa.

–Alexy seu viadinho! Saia desta merda de banheiro! –gritou uma voz feminina vinda do andar de cima.

–Espere um minuto. –disse Armin subindo as escadas rapidamente. Caro tentou ouvir alguma coisa, mas só ouviu gritos contidos. Deixando de lado os gritos do andar de cima, Caro observou melhor a sala, sem aquela camada de bagunças, era um lugar muito bonito e aconchegante, o piso era de madeira e tinha uma pequena lareira num dos cantos, com uma televisão em cima e o sofá em forma de “L” dividindo a sala em dois. No outro lado havia uma mesa que poderia ser chamada de “mesa de jantar” não fossem os papeis, roupas e restos de comida por cima.

–Olá! Posso ajudar em alguma coisa? –Caro se assustou e olhou para o garoto de cabelos roxos que tinha falado com ela.

–Eu vim aqui com o Armin para ver a casa.

–Ah certo. Meu nome é William, pode me chamar de Will, e o seu? –se apresentou o garoto dos cabelos roxos.

–Caro.

–Não liga para a bagunça, estamos sem empregada há dois meses e é meio difícil limpar depois de um tempo. –Will deu um sorriso sem graça.

Os gritos no andar de cima pararam e Armin desceu seguido por outro homem, que tinha cabelos azuis e olhos verdes, provavelmente lentes de contato porque era um verde muito claro e brilhante.

–Então Caro, gostou da sala a primeira vista? Acho que não né? –Armin deu uma risada sem humor algum. –Quer conhecer o andar de cima?

–Oi! Meu nome é Alexy, você é a Caro né? Muito prazer, espero que você decida morar aqui. Será uma ótima aquisição para nosso time.

–Alexy! Seu corno, onde você colocou meu secador? –Uma ruiva tingida e miúda desceu as escadas olhando com ódio para o garota de cabelos azuis. Desviando o olhar rapidamente ela cumprimentou Caro e voltou a olhar assassinamente para Alexy.

–Bom, acho que você só não conheceu a Rita, mas ela tá viajando, aquela ruiva ali é a Maria. Todos trabalhamos com alguma coisa ligada a lei, menos a Rita e a Maria, as duas são comissárias de bordo.

–Eu sei o que você está pensando. –disse Alexy com um sorriso no rosto. –Como somos agentes da lei e temos o cabelo colorido? Hoje vamos a uma festa e meu Willie e eu decidimos pintar os cabelos. –O garoto deu o braço ao outro e sorriu confiante para Caro. Mas a pergunta em sua cabeça era outra: por que dois homens tão lindos são gays?

Depois do rápido bate papo, Armin levou Caro para conhecer os quartos e o resto da casa. Caro foi embora com a promessa de responder a Armin até segunda da próxima semana. Assim ela teria tempo de convencer os pais e o namorado.

–---X----

Duas semanas depois a mudança estava feita. Caro estava radiante, nunca tinha morado sozinha, sem os pais na verdade, por que ela iria morar com mai cinco pessoas estranhas para ela. Ela esperava fazer amizades ali, e estava confiante disso porque era uma pessoa fácil de conviver até certo ponto e tinha gostado muito dos colegas. Ela iria dividir o quarto com Maria, a comissária de bordo ruiva. Armin iria dormir no mesmo quarto que Rita, ou seja, sozinho, por que mesmo morando oficialmente ali, a outra comissária nunca estava na casa, sempre que ficava em terra ela dormia na casa do namorado, mas como gostava dos companheiros de republica continuava a pagar o quarto.

Caro estava arrumando suas coisas no quarto quando bateram na porta. Era Abbe. Ela abriu um sorriso, que logo foi se apagando ao ver a expressão pesarosa dele.

–Caro precisamos conversar. –ela engoliu em seco, odiava quando começavam uma conversa assim. –Lembra que eu estava em busca de uma bolsa de estudos na Europa? Então eu consegui.

–Isso é ótimo Abbe. –ela o abraçou, Caro sabia muito bem o que isso significava, mas estava muito feliz por seu melhor amigo e namorado. –Quando você soube?

–Hoje mesmo, e vim correndo te contar. Mas eu não sei se quero ir. –diante da expressão de duvida no rosto dela, Abbe completou. –Não quero te deixar sozinha, Caro...

–Ora pare de falar asneiras. Esse foi sempre seu sonho, eu sei que você deseja isso mais do que qualquer coisa. E além do mais não estarei sozinha, eu farei amigos aqui e no meu trabalho.

–Não quero que você arranje outro namorado. –disse ele com uma expressão manhosa no rosto, o que fez Caro rir, apesar do nó na garganta, ela odiava despedidas.

–Olhe pra mim Abbe, e diga que você não vai encontrar uma nova namorada lá. –ele hesitou por um momento, e foi o suficiente para Caro abrir mais o sorriso como que comprovando sua tese. –Viu? Abbe, nossa história foi muito legal, e eu sempre vou te amar, mas agora nós precisamos seguir caminhos diferentes. Quem sabe quando você voltar nós não fiquemos juntos.

–Mentirosa, você vai encontrar alguém e vai me esquecer. Te conheço Senhorita Parker, desde que nós éramos crianças para ser mais exato. –Caro revirou os olhos e ele riu.

–Quando você vai?

–Tenho que buscar meu visto no consulado e vou pra Alemanha sexta feira no máximo.

Caro sorriu e o abraçou, Abbe retribuiu o abraço como se fosse o ultimo da sua vida. Eles se afastaram o suficiente para um ultimo beijo. Caro se sentia em casa ao beijar Abbe, ele tinha um cheiro familiar e estável. Eles se separaram e encostaram as testas e sorriram uma para o outro.

–Boa sorte Abbe.

–Boa sorte Caro.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam dessa separação?
Até mais u.u

Bj bjs



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