Letterman escrita por Dandelion


Capítulo 1
Atrasada


Notas iniciais do capítulo

Oie :vEu sei, eu sei sou uma idiota. Criei "Where Am I?" e já exclui, mas como eu disse para a LilyLove, não estava satisfeita com ela. Acho que ainda estava muito apegada a AMP :pEnfim, tenho essa nova história e espero que gostem :3Boa leitura :3



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Atrasada, Atrasada, Atrasada.

Era assim que Caro Parker estava naquela manhã nublada de novembro. A garota estava atrasada para seu primeiro dia de trabalho na Policia de Railroad, seria a nova desenhista gráfica e manual de rostos da policia, quando acordou nesta manhã estava animadíssima com isso, afinal tinha dado duro nos cinco anos de curso de Design e no intensivo da policia.

Caro tinha muitas expectativas para esse emprego, que poderiam ser jogadas no ralo, se ela não se apressasse. Eram nesses momentos que ela se odiava por ser estar à cima do peso, se cansava muito fácil e quase sempre se atrasava, por que os ônibus especiais demoravam muito para passar em seu bairro e ir a pé estava fora de cogitação, já que Giardin Valley era um bairro muito afastado da cidade, ou da civilização como Caro costumava dizer a seus pais.

Os sinos da igreja principal começaram a badalar. 9h. Ela tentou andar o mais depressa que conseguia. Ignorando os olhares tortos que as pessoas lhe lançavam ao esbarrar nelas, Caro conseguiu chegar ao prédio Central da Policia. Sem antes, claro, esbarrar em um ou dois policias que conversavam na entrada.

Recuperando o fôlego, ela se dirigiu até a recepção e pegou seu novo cartão. Assim que colocou a mão nele se sentiu mais importante, como se fosse da policia. Caro Parker, 20 anos, desenhista Junior da Policia, Emoção de mais para uma pessoa só. Sua vontade era rodopiar pelo saguão da Central, mas ela resolveu se conter e encontrar logo Pierce Loterman, seu superior.

Pegou o elevador e foi até o “setor” dos desenhistas. Loterman estava de costas conversando com uma mulher, ele tinha papel e lápis na mão, fazia ocasionais perguntas a mulher que tinha os olhos muito vermelhos. Caro se compadeceu com a expressão de dor dela, imaginou milhares de situações para aquela mulher estar tão triste. Talvez tenha escolhido a profissão errada, não posso ficar sempre com pena das vitimas/familiares. Ponderou Caro. Ela esperou pacientemente até que Loterman tivesse acabado seu trabalho com a mulher e então se apresentou para ele.

–Caro Parker, muito prazer senhor Loterman, sou a nova desenhista.

–Finalmente mais alguém que vai mofar aqui neste moquifo comigo. –brincou o homem. Pierce Loterman era um homem magro e muito alto, tinha os cabelos ralos e brancos, olhos amendoados e uma expressão feliz no rosto. Caro se sentiu segura perto dele. –Muito prazer, senhorita Parker. Seja bem vinda. Bem, eu até teria feito uma festa de boas vindas, mas não temos verbas. Você se sentará nesta mesa e terá tudo o precisar desde o simples lápis, até essa máquina infernal que a DDE mandou.

Caro olhou para seu novo computador segurando o riso, Pierce Loterman iria lhe tirar boas risadas.

–---X----

O dia passou sem grandes casos, o que serviu para Caro terminar alguns desenhos próprios. Ela achou que trabalhar na policia seria uma coisa mais agitada, mas estava ciente que se desejasse agitação teria que ir para as ruas e isso não era o que ela realmente desejava.

Assim que saiu da Central, Caro foi até uma padaria comprar algo para comer, estava faminta a pequena marmita que ela tinha levado não tinha a satisfeito, ela reduzira a quantidade de comida para não assustar os possíveis colegas e aproveitar para iniciar uma nova dieta, mas o buraco em seu estômago era enorme e Caro estava faminta. Ela escolheu dois croassaints de chocolate e uma latinha de refrigerante. Ignorando os olhares de todos a sua volta, Caro comeu o primeiro pedaço do croassaint se sentiu completa. Adorava a mistura de doce e salgado que o doce tinha.

Quando terminou seu lanche, Caro se encaminhou para a estação de metrô. Teria que dar um jeito no problema moradia rapidamente, ou seu salário todo iria para a passagem de metrô. Estava sentada num banco quando sentiu alguém tampando os olhos dela. A mão era conhecida, um sorriso feliz surgiu nos lábios dela.

–Abbe. –O rapaz tirou as mãos do rosto de Caro e se abaixou para beijá-la. Abraham Motre, o único rapaz que suportou ficar perto da menina Parker por mais de dez minutos sem caçoá-la, não que Caro fosse feia ou nojenta, na realidade ela parecia uma boneca, a garota tinha olhos castanho claros, pele branquíssima por mais que ficasse no sol, um cabelo preto longo e liso, que ela sempre dizia que iria cortar, além de um sorriso bonito.

–Caro, como sabia que era eu? –Ela olhou para o rosto de seu namorado e sorriu de um jeito sábio. Abbe Motre era moreno, tinha os olhos castanhos e um cabelo indomável, os fios lisos do rapaz sempre lhe caiam nos olhos. –Trouxe isso para você.

Ela pegou o pequeno pacote das mãos dele e o olhou desconfiada, Abbe sempre a enchia de presentes sem motivo, mas ela adorava. Dessa vez era um par de alargadores.

–Eu sabia que você queria novos e os trouxe. Na verdade foi sorte eu ter te encontrado aqui. –Caro sorriu e o abraçou. –Mas como foi seu primeiro dia?

–Na real? Eu achei que seria mais dramático. –ela deu uma risada. –O Senhor Loterman, meu chefe, é bem legal, me fez dar muitas risadas hoje. Ele desenha muito bem, me fez treinar algumas coisas e pediu para eu fazer um desenho da mãe dele, e foi me contando como ela era, eu adorei. –Abbe sorriu diante da excitação da namorada. Ele adorava vê-la feliz e faria de tudo para deixá-la sempre com um sorriso no rosto.

–Abbe, estou pensando em sair da casa dos meus pais.

–Certo, mas para onde você vai? –disse ele enquanto comprimia os lábios.

–Não sei, uma república, talvez? Eu sei o que você pensa sobre repúblicas, mas é o que tem pra hoje. –afirmou ela em tom hesitante.

–Caro, tem minha casa...

–Abbe! Você mora tão longe da civilização quanto eu e além do mais, meus pais nunca concordariam. –Abbe bufou e olhou para frente com uma expressão pensativa no rosto, mas antes que Caro pudesse falar qualquer coisa para aliviar o clima com seu namorado seu trem chegou. –Tenho que ir. Até mais.–Eles se levantaram e se despediram rapidamente.

Caro sabia que Abbe iria pensar e repensar milhares de vezes sobre a mudança dela, mas isso era uma coisa inevitável, não podia gastar todo seu salário com transporte. Assim que se sentou em um banco, Caro pegou os brincos que o namorado havia lhe dado, eram alargadores simples de prata, mas mesmo assim ela apreciava o gesto, Abbe sempre lhe dava presente, desde uma simples flor, recém colhida, a colares caros, que ela quase não usava. Abbe Motre fora seu melhor amigo e primeiro namorado, Caro ainda sorria a lembrança do primeiro beijo deles. Estavam namorando a quase três anos, todos esperavam que eles se casassem, mas Caro sabia dos planos de Abbe em ir para a Europa e ela não sabia se encaixava-se nesses planos. Mas o lema deles era sempre o mesmo, viva o presente. E Caro estava mais do que disposta a aproveitar o presente.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam da Caro? Espero que tenham gostado u.uAté mais Bj bjsP.S: Comeram muito no natal?



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