Megan pov's

Acordei e flashes do que aconteceu ontem passaram em minha mente. Eu preciso sair daqui.

Levanto do chão frio e olho para a Davina/Esther. Tanto faz.

─ O que quer de mim? ─ pergunto

─ Seu sangue. Eu transformei meus filhos em monstros, mas Niklaus foi o pior. Se eu der seu sangue a ele, ele perde a imortalidade e morre, assim como a linhagem dele.

─ Não fala assim do meu pai!

─ Ele não é seu pai.

─ O que você sabe sobre família?

Grito e corro até ela. Ela ergue a mão e sou jogada contra a parede.

─ Pelo visto você não vai se entregar fácil.

─ Nunca!

─ Não queria ter que fazer isso, mas preciso te deixar fraca.

Começo a sentir fortes dores na cabeça. Mordo o lábio para não gritar, mas é inevitável. Coloco as mãos na cabeça e sinto as lágrimas saindo dos meus olhos. Minutos depois ela para.

─ Eu tenho amigos, Esther. Eles vão estranhar o fato de eu não ter nem ligado para eles hoje.

─ Você está desligada. Você não ligaria para eles mesmo.

─ Damon sabe que eu não desliguei de verdade.

─ Não vai ser um Salvatore que vai me impedir.

─ Tem a Rebekah, Kol, Katherine, uma hora eles vão chegar.

─ Eles são fáceis de controlar.

─ Klaus está em Nova Orleans.

─ Você está enganada. Usei seu celular enquanto você dormia para mandar uma mensagem para ele.

─ Você sabe mexer no celular? Você não estava nem viva quando ele foi lançado.

Ela revira os olhos.

─ Você não vai conseguir, Esther. Klaus é mais forte do que você imagina. Ele vai acabar com você.

─ Você que pensa querida

Ela ergue a mão para mim de novo e sinto a mesma dor de cabeça de antes. Começo a gritar de dor e ela para.

─ Por que você me odeia?

─ Eu não te odeio, mas eu preciso fazer isso. Não posso negar que você é esperta demais.

Olho para o lado e vejo um vaso. Esperei ela se distrair e joguei nela.

Ela me encarou com o rosto sangrando e não disse nada.

─ Vamos ver quem tem o poder aqui ─ ela diz

Ela ergueu a mão e eu começo a sentir uma dor insuportável. Era como se ela estivesse tirando meus ossos do lugar. Não, não era assim. Eu não se explicar, mas a dor era tão forte que nem forças para gritar eu tinha mais.

As lágrimas saiam dos meus olhos e do nada a dor parou. Olhei para a porta e vi Klaus.

─ Vai... Embora... Daqui ─ digo

Minha voz estava fraca e falhando. Davina/Esther sorria, mas Klaus continuava sério.

─ Não posso fazer isso, Meg. Ela te machucou e ninguém machuca minha filha ─ Klaus diz

Eu tentei sorrir, mas deve ter saído mais como uma careta, pois ele sorriu fraco.

Tentei levantar do chão, mas eu estava fraca demais para isso. Fiquei deitada tentando recuperar minhas forças.

─ Que bonitinhos! Momento pai e filha. Parece que você está com um lado mais paternal, Klaus ─ Esther diz

─ Cala a boca!

Ele avançou nela. Ela ergueu a mão e tentou joga-lo longe, mas ele continuei da mesma maneira. Vi algo brilhante no pescoço do Klaus e vi um colar. Mas não era qualquer colar, era o colar que me impedia de sentir o efeito de qualquer feitiço.

Ele a jogou na parede, mas ela não bateu as costas na parede e sim num móvel que estava todas as taças de vinho que tínhamos. Ela gritou e o armário caiu em cima dela. As taças quebraram e ela com seus poderes tirou o móvel de cima dela.

Era horrível ver Davina daquela forma. Ok, não era exatamente a Davina, mas para mim sim. A menina que eu tirei de Nova Orleans e trouxe para cá, pois queria que ela tivesse uma vida normal, coisa eu nunca tive.

─ Não a mate! ─ digo ─ Ela ainda é a Davina.

Klaus pareceu não ter escutado ou simplesmente fingiu não ter escutado. Ele continuou lutando com a Esther. Cansei de ficar parada e levantei. Corri até ela, mas ela simplesmente ergueu a mão e fui jogada para perto do Klaus. Bati no chão frio e rolei até encosta nos pés do Klaus.

─ Agora, filho, você vai mordê-la ─ Esther/Davina diz

─ Nunca! ─ Klaus diz

Ela faz algo com ele que ele começa a gritar. Os gritos dele eram horríveis. Depois de uns minutos ela para.

─ Ok. Eu mordo ─ Klaus diz

Ele me pega no colo, se transforma e aproxima a boca do meu pescoço. Ele pisca para mim e me joga na direção da Esther/Davina. Caio em cima dela e seguro os braços dela para ela não fazer nada comigo.

─ Quem tem o poder agora? ─ digo

Ela arregalou os olhos e levantei. Nós duas estávamos no chão. Coloquei o pé na barriga dela.

─ Quero minha amiga de volta.

─ Só tem um jeito disso acontecer. Ela precisa sentir uma emoção específica: dor ─ Klaus diz

Ele estava com uma faca na mão. Arregalei os olhos e neguei com a cabeça.

─ Não, não e não! ─ digo

─ É necessário

Ele me empurrou para o lado e aproximou a faca dela. Tentei empurra-lo, mas ele era mais forte que eu. Davina/Esther bufou e uma luz amarelada invadiu o local. Não conseguia enxergar nada direito.

Assim que tudo voltou ao normal, Davina estava sentada no chão olhando para os lados. Klaus soltou a faca e a ajudou a levantar.

─ O que você fez? ─ pergunto

─ O medo da facada fez com que ela desistisse de me dar a cura ─ Klaus diz

─ Obrigada pai ─ digo

─ De nada

─ Eu já fiz muitas besteiras nessa vida, Megan. Cuidar de você foi uma das melhores coisas que já fiz. ─ Klaus diz

O encarei sem saber o que falar e permaneço quieta.

─ Eu sei que tirar você dos seus pais quando você era criança foi errado, principalmente por ter feito isso para te matar. Você não precisa me perdoar, mas eu estou arrependido ─ Klaus diz

─ Eu sei que você não é o melhor pai do mundo, mas eu te amo e te perdoo ─ digo e ele sorri

─ Você tem um coração bom Megan e isso é uma das suas maiores virtudes ─ Klaus diz

Ele beija minha testa e sai. Abracei Davina e ela estava tremendo. Lágrimas saiam de seus olhos.

─ Eu sinto muito. Eu não consegui detê-la.

─ Não se sinta assim.

Ela me soltou e sorriu fraco.

─ Obrigada por cuidar de mim, Meg.

─ Você é como minha... Irmã mais nova.

Ela sorriu de novo e limpou seu rosto que estava cheio de lágrimas.

Ouvi a porta sendo aberta e vi Jeremy e Damon entrando.

─ Conseguiram? ─ Jeremy perguntou

Assenti. Ele correu até Davina e a abraçou. Ele a girou no ar e a beijou. Sorri. Esses dois mereciam ser felizes.

Olhei para Damon e corri na direção. O abracei e ficamos assim por uns minutos. Uma lágrima saiu do meu olho direito. Eu havia tomado uma decisão sobre tudo e nem Damon me faria voltar atrás.