O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 7
Eu fiz a minha escolha


Notas iniciais do capítulo

Ola galerinha como vão?
foi muuuito dificil escrever esse capitulo, tem muita cisa na minha cabeça que está misturando tudo, já tenho a ideia mas está dificil colocalá no papel, ou no caso no teclado. se eu não postar essa semana me desculpe é que eu vou ter visita e talvez não de tempo.
espero que gostem



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P.O.V. Katniss!

Hoje fazem exatamente 3 meses desde o fim da revolução. Mas eu sei o que você quer saber. Peeta e eu somo, eu acho, amigos, ou o mais próximo disso. Ele vem todos os dias, de manha, faz o café, ele sai para resolver alguma coisa no distrito, eu pergunto o que é, mas ele diz que só vai me contar me mostrando, e eu prometi para mim mesma não sair mais daquela casa! Ele volta horas depois, nós conversamos então ele faz alguma coisa para nós comermos. Greasy da uma passada, agora eles dois vem juntos, e não só para me fazer comer, mas para me distrair e me atualizar. Greasy vai embora Peeta faz o jantar. Ele sempre come comigo, ele diz que não faz sentido fazer comida duas vezes, então sempre faz o suficiente para mim ele e Buttercup que tem adorado essa vida de barriga cheia, ele está mais gordo, e mais preguiçoso. Prim iria adorar vê-lo assim!

Tenho com versado bastante com Peeta, mas ele evita o assunto visões da capital. Até agora ele não tentou me matar, apesar de ter admitido varias vezes que quase chegou a esse ponto.

Estou cansada, e entediada. Quando Peeta não está eu fico perambulando pela casa, abro as janelas e me esforço para ouvir as crianças brincarem, mas é difícil, varias vezes cheguei a abrir a porta, mas eu não tenho coragem de sair. Peeta me disse que as casa da vila estão sendo desocupadas conforme as novas estão ficando prontas. Ele disse também que todas as casas desse lado já estão prontas e a capital está mandando os moveis e as cestas básicas para sustentar as famílias.

Greasy me disse que a fabrica está ficando cada vez maior, e que estão reformando a estação de trem, que agora vai funcionar 24 horas por dia para todos os distritos. Agora as pessoas podem escolher onde vão morar. Mas por enquanto, enquanto as coisas ainda estão se ajeitando as pessoas só tem duas opções, ficar onde estão ou voltar para o distrito de origem, mas só por enquanto.

Peeta saiu tem 3 horas, ou seja se ele cumprir a rotina que eu o fiz estabelecer, eu ainda tenho 2 horas de tédio. O telefone toca. Normalmente eu o deixaria tocar até que parasse, mas não sei por que eu resolvi atender.

— Um milagre do senhor! — é a primeira coisa que ouço quando coloco o fone empoeirado no ouvido. — Katniss? Diga-me que é você!

— Primeiro me diga quem é você! — dou uma limpada básica na parte de falar com a manga da camisa.

— OWN, eu não acredito! É você! E está falando!

— De novo! Quem é você?

— Não me admira que você não me reconheça pela voz, não me ouviu falar muito, mas tenho certeza de que se eu começar a roncar você vai me reconhecer.

— Dr. Aurelius?

— A que honra, Katniss Everdeen se lembra de mim! Que bom que você atendeu! Já estava sem desculpas para enrolar Paylor, ela ia acabar me fazendo ir ai! A que devo a honra de ouvir a sua voz?

— Estou no tédio!

—Pelo menos você está falando no tédio! O que me vem a crer que você não está tão deprimida quanto antes.

— Eu não estava deprimida, estava em um estado de torpor.

— Também serve! Bom vamos iniciar a sessão de terapia! Como você está?

— Já disse estou no tédio!

— Peeta me contou sobre a sua saída! E o resultado dela.

— Achei que você e Peeta só conversassem sobre as visões.

— Eu sou mais do que o terapeuta dele! Nós conversamos sobre tudo, e já que você também é minha cliente e não estava me atendendo, e ele estava ai tão perto de você, achei que ele pudesse me manter informado sobre a sua situação.

— E qual é o seu veredicto?

— você está melhor que Peeta! — vejo ai a oportunidade para arrancar tudo aquilo que eu quero saber.

— Não vejo como. Não consigo nem sair de casa.

— Eu sou um terapeuta Katniss, trabalho com a mente. E a sua está melhor do que a dele.

— Como estão as... Visões? — espero que ele morda a isca.

—Quanto de tudo isso Peeta informou a você? — se eu disser a verdade ele pode não me contar, então eu resolvo mentir.

—Muito, mas eu não compreendo do jeito que ele fala, acho que a visão de um medico me explicaria melhor já que eu convivi com uma a minha vida inteira! — ele demora um pouco, mas acaba falando.

— É confuso! Muito confuso. A mente dele foi de certa forma dividida e isso atrapalha a terapia. Trabalhar com um Peeta seria bom. Mas os dois ao mesmo tempo, é impossível. Não sou tão bom a esse ponto. — eu não entendi nada. Mas eu afirmo com a cabeça, então me lembro de que ele não pode me ver.

— Compreendo. Você vai fazer de tudo para ajudá-lo não vai?

— O que estiver ao meu alcance.

— Vai precisar de mais do que isso.

— Impressão minha ou você está tentando dar um fim na ligação!

— Não, não é impressão sua. Não tenho nada a dizer. Pode usar o tempo que sobrou para tirar o seu cochilo.

— Ah meus cochilos, sinto falta deles. Uma ultima coisa Katniss. A mente de Peeta pode estar confusa, mas ele é capaz de trazer o antigo Peeta de volta. Aproveite isso. Ajudem um ao outro, é o melhor que vocês podem fazer. Já salvaram a vida um do outro inúmeras vezes. Mais uma não vai atrapalhar! — eu fico em silencio analisando o que ele me disse. —eu vou falar com Paylor que você está bem. É capaz de ela te ligar. Atenda, e se não estiver a fim de falar, diga que tomou um remédio para dormir e que ele está fazendo efeito.

— Ótima ideia. Dr. Acabei de tomar um remédio para dormir e acho que ele está fazendo efeito! — eu bocejo para enfatizar.

— Engraçadinha. Vejo que já está bem melhor. Ligo daqui a alguns dias. Atenda! — então ele desliga e eu também; Greasy entra pela porta, a neta dela corre e pega Buttercup no colo.

— você atendeu o telefone?— ele me pergunta assustada.

— Atendi! — eu digo, e me sento na cadeira da cozinha.

— Que bom, aquele toque já estava me irritando. —Ela faz um chá enquanto fala da obra de sua casa. Eu filho prestar atenção enquanto vejo a neta dela brincando com Buttercup. Uma vez eu disse que nunca iria ter filhos. E mesmo agora que os jogos acabaram que não há mais perigo, não consigo me ver grávida ou segurando uma criança. — Vai ficar bem maior do que eu imaginava, Paylor deu permissão porque eu vou morar com Simon, Sebastian e Samanta. E a esposa de Simon e a de Sebastian, e os filhos deles.

— Quantos netos você tem?

— Três por enquanto!— acho que o constante fluxo de pessoas que conviviam com ela a fez querer continuar assim, três filhos, três netos e ela querem mais? — Tem o Thomas, e a Alicia! — ela acaricia a cabeça na neta que está sentada comendo um biscoito, e tentando enfiar outro no goela de Buttercup. — Que são do Sebastian, e a Maria Eliza que é do Simon, mas a esposa dele que ter outro, e acho que a de Sebastian também. Samanta é nova ainda, mas está de paquera com um cara do 13, e acho que pode vir a me dar mais um netinho também. Vamos todos morar na mesma casa! — ela volta a falar da casa e eu volto a fingir que estou ouvindo, se Sebastian e Simon tivessem os filhos que suas esposas querem já seriam cinco crianças, e se Samanta resolvesse ter o dela, seriam seis, mais os três filhos dela nove, mais as esposas, onze, mais o namorado de Sam, doze, treze com Greasy. Acho que eu ficaria com claustrofobia com tanta gente assim.

— Ô de casa! —Peeta entra. Buttercup sai do colo de Alicia e corre pela porta, ele tem saído agora, mas sempre volta. Alicia se levanta e começa a correr atrás dele, mas Peeta a pega e joga nos ombros. — Maltratando o gatinho de novo Ali?

— Não! — ela ri. Greasy também está sorrindo, e quando vejo percebo que eu estou sorrindo.

— Que bom achei que estava! — ele a coloca no chão, ela ri mais e sai correndo pela porta.

— Não vá longe Ali! — Greasy grita!

— Estavam falando sobre o que? — Peeta se senta e Greasy pega uma xícara para ele.

— Meus netos. Os atuais e os futuros. E você quando pensa em ter os seus?

— Meus netos? — ele pergunta— Não tão cedo. Eu só tenho 17 anos.

— Se fosse a minha época você já estaria casado, com alguém que seus pais achassem digno. No seu caso eu acho que seria Delly! — não estou confortável com esse assunto, eu quero sair daqui e bater a porta com força, mas não faço isso porque quero ouvir a resposta.

— Sem chance. Delly era minha melhor amiga quando éramos crianças!

— Verdade! Então acho que Madge! — ela diz e serve o chá. Agora eu realmente não estou nada confortável com esse assunto! Bebo o chá para me distrair.

— O que? Eu mal a conhecia!

— Tem razão Madge seria de Gale! — eu me afogo com o chá. Eles me olham.

— está quente! — eu tento disfarçar.

— Não sei não! — Peeta diz! — Uma vez ela namorou por um tempo com meu irmão mais velho, não sei por que eles terminaram. E não acho que se fosse naquela época o prefeito deixaria Madge casar com o Gale!

— Tem muita gente no distrito. De qualquer modo, você já estaria casado. Os dois. — me engasgo de novo.

— Minha mãe jamais conseguiria me fazer casar.

— Naquela época sim.

— Nem naquela época nem em época nenhuma! Casar e ter filhos nunca esteve nos meus planos! — eu digo, Peeta me olha.

— Nunca? — ele me pergunta. Sua expressão é entranha, ele está desapontado?

— Eu quase não consegui me sustentar, quanto mais um marido e filhos, minha mãe e minha irmã ocupavam esse espaço. E tinham os jogos, jamais conseguiria fazer um filho passar pela colheita, então não eles nunca passaram pela minha mente.

— Nem agora? Que tudo já acabou?

— Não tive tempo para pensar em nada. — nós nos olhamos fixamente. E Greasy percebe o climão, não entendo porque ele ficou chateado.

— Então o que teremos para o jantar? Estou pensando em ficar por aqui!

— Ta tudo bem Greasy. Pode ir para casa, acho que ninguém lá consegue fazer uma sopa igual a sua! — eu digo, ainda olhando para Peeta.

— Tudo bem. Eu volto amanha de manha.

— Pode deixar que eu venho! — diz Peeta ainda olhando para mim.

— Tudo bem. Alicia! — ela junta suas coisas e sai.

Ainda estamos no contato visual quando ele se levanta.

— Vou fazer o jantar.

— Como você mesmo disse. Eu só tenho 17 anos.

— Eu não disse nada! — ele diz e se vira para o fogão. Eu não acredito nisso, ele está realmente chateado com isso? Não pode ser o que eu estou pensando ele não pode estar... Não agora. Depois de tudo isso, ele foi mudado, seus sentimentos foram mudados, ele não pode..... O que foi que o Dr., disse? Ele é capaz de trazer o antigo Peeta de volta. Mas será que junto com isso ele poderia trazer os sentimentos do antigo Peeta também.

— Peeta eu posso não te conhecer como outras pessoas te conhecem, mas eu sei o suficiente para saber que você está... — ele me interrompe.

— Não é o que você está pensando! — ele diz e se vira se apoiando de costas no fogão. — É só que... Você nunca chegou a pensar em um futuro, onde tudo aquilo um dia pudesse acabar, você sempre conviveu sabendo que poderia morrer. E agora que está a salvo se quer pensou em um futuro. Parece que você ainda espera morrer.

— Todos nós vamos morrer um dia.

— Por isso seria bom ter uma vida. Ao lado de qualquer um, mas de alguém. — eu estava vendo onde essa conversa iria chegar. Eu me lembro de uma conversa que eu ouvi dele com Gale no porão de Tigrs.

— Todos acham que minha vida amorosa se resumiu entre a escolha, Peeta ou Gale. Mas isso não é verdade. Minha vida amora se resumi a eu não querer uma porque todo mundo que eu amo acaba indo embora, ou sofrendo na mão dos meus inimigos. E eu não quero isso, eu não quero que ninguém que eu ame acabe sofrendo, é por isso que eu nunca quis ter filhos. Mas sabe agora que acabou eu não tenho mais porque não pensar nisso, mas eu não tive tempo, porque eu acabei de perder quase todo mundo, eu não sou uma pessoa sensível que a primeira coisa que faz e pensar em sentimentos. Eu tive sentimentos por minha irmã e ela morreu, tive sentimentos por minha mãe e ela foi embora, por meu pai, e ele morreu, tive sentimentos por Rue e ela morreu, morreu, morreu, morreu. Se você prestou atenção vai ver que sentimentos não me trazem boa sorte. você tem sorte de ainda estar vivo. — Eu desabafei de um jeito que a muito tempo eu não fazia, e se quer prestei atenção no que disse no final. Eu desabo na cadeira, e coloco os braços na cabeça.

— Eu só quero que você pense no amanha, metas nos fazem querer continuar vivos. Eu sei que não é junto te pedir uma coisa desasa agora. Mas é o único jeito de eu saber que você ainda vai estar viva amanha, eu já fiz os meus planos. Você quer ouvir? — eu nego com a cabeça, mas ele ignora. — Tratar das minhas visões até que um dia eu esteja livre delas, e cuidar todos os dias para que você se recupere e volte a ter a vida que você tinha antes.

Eu o encaro, ele não me fez uma declaração de amor. E eu agradeço, porque quer dizer que talvez ele não tenha percebido que eu quase fiz uma. Lembro-me novamente da conversa no porão. Minha vida amorosa depende sim de uma escolha, mas não é a que todos pensam ser. É entre a minha antiga vida, e uma nova vida, as escolhas. Eu levanto a cabeça e me levanto da cadeira, fico de frente para ele.

— Eu posso não querer ter a vida antiga de volta. —ele parece desapontado, olha para chão e permanece até que eu falo. — Eu posso querer construir uma nova vida! — então ele me olha e sorri! Acho que ele sabe, eu fiz a minha escolha!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
o proximo e POV Peeta, só para avisar as coisas vão começar a esquentar depois do capitulo 10
espero que não se cansem até lá
bjs da escritora que ama vcs
comentem