O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 19
Toca toca telefone!


Notas iniciais do capítulo

Ignorem o nome do capitulo! estava tentando arrumar algum que não desse spoiler e deu nisso.
tem uma parte lá no final que eu meio que chorei escrevendo!
e gente me desculpe se apartir dos proximos capitulos as coisas ficarem um pouco românticas demais, é porque (dando um completo spoiler) eles vão começar a se aproximar como casal e tal, e não tem como fazer isso sem ter mel. então se ficar meloso demais me avisem!
espero que gostem!



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P.O.V. Katniss.

Acho que nunca passei tanto tempo com alguém em minha vida! Mesmo quando eu passava horas na floresta com Gale, mesmo quando eu passava a noite acalmando Prim dos pesadelos. Até mesmo com o meu pai, Peeta ultrapassou o meu pai no quesito tempo que eu já passei.

Mas isso está dando certo. Não vou dizer que estamos bem, felizes, e saudáveis, porque não estamos, faz uma semana que Peeta e eu aderimos a nova terapia, e ela vem diminuindo as coisas, não acabando com ela. Peeta ainda tem recaídas, mas elas são menos frequêntes, o que acontece diariamente e a qualquer momento são as “lembranças”, ele não tem mais me tocado, por causa disso, eu fiquei um pouco chateada por isso.

Nós não passamos o dia inteiro nos olhando sem fazer nada, como algumas pessoas, ou melhor, Haymitch, pensa. Nós fazemos varias coisas, deixamos a padaria para de noite, ela já está quase pronta, acho que essa noite vai ser a ultima. Nós estamos trabalhando no livro, e ajudamos a terminar a obra de Greasy, agora só faltam os moveis.

Os três voltaram a funcionar então cada vez mais pessoas estão chegando, as casas estão sendo ocupadas rápido. Ainda tinham muitas casas para serem ocupadas, tinham algumas vilas em cada canto do distrito, algumas no norte, algumas no sul, e no leste e no oeste, e cada vila tinham entre 12 e 20 casas, eles estavam fazendo 12 em cada, mas resolveram aumentar a quantidade para as gerações futuras. A praça ficava exatamente no centro do distrito, e tudo estava sendo construído em volta dela. Por enquanto era isso, já era um grande avanço do monte de cinzas que isso era a 10 meses atrás.

Hoje é o sétimo dia que Peeta está dormindo aqui em casa, o primeiro dia foi bastante constrangedor, mas quando ele parou no quarto com aquela faca minha mente foi a mil, pensei em milhões de coisas ao mesmo tempo, eu fiquei com medo de ele ter... Não ser mais ele, e que tentasse enfiar aquela faca em mim, mas eu sabia que qualquer movimento que eu fizesse poderia causar algum tipo de surto nele, e qualquer coisa que eu falasse também, então não me mexi, olhei fundo nos olhos dele, eles estavam normais, não tinha porque eu ter medo, eu não tinha medo dele, tinha medo do que aquilo poderia fazer com ele, e não comigo, eu já fui quase morta milhões de vezes, mas ele não merecia aquilo, eu não estava preocupada comigo estava preocupada com ele, com o que ele faria se me causasse qualquer coisa, em como ele se sentiria quando voltasse a se ele, mas ele naquele momento era ele. Foi bom eu não ter me movido, eu vi que ele estava me testando de certa forma, vendo como aquilo tudo me afetava. Quando ele me entregou a faca, eu logo me imaginei, deitada na mesa da cozinha com uma garrafa de bebida na mão, eu jamais iria virar o Haymitch, eu disse a ele que eu o trancaria no quarto, mas não acho que uma porta trancada o iria impedir de fazer algo se ele quisesse, mas ele não percebeu isso, graças a Deus. Depois que demos bom dia e ele virou de bruços para dormir, eu o fiquei olhando por um tempo, vendo o jeito que suas costas se mexiam enquanto ele respirava, vendo os cachos loiros balançarem quando ele se mexia, e aos pouco a paz invade minha mente e eu pego no sono do jeito que estou, olhando para ele.

Quando acordei, ele estava virado para mim, olhos fechados, respiração profunda, ele não roncava, e não se espalhava na cama, do jeito que ele dormiu ele ficou só a cabeça que mudou de lado e estava virada para mim, o observei por um tempo, como já sabia, ele era muito bonito. Sinto-me corar quando ele abre os olhos e me pega o observando, mas não desvio o olhar. Dormi tão bem que acabei dormindo demais, não tive nenhum pesadelo, mas também não tive nenhum sonho bom, só dormi

Na segunda noite as coisas estavam melhores, menos tensas, ele me fez ajudar a fazer o jantar, então eu fiz muita porcaria na cozinha, e ele comentou varias coisas sobre isso de manha, ele tinha levado uma bolsa com uma muda de roupa e coisas de higiene, de manha assim como na primeira noite, fui me trocar no antigo quarto de Prim, e quando voltei, ele estava arrumando as cobertas.

— Obrigado! — eu lhe disse. Peguei alguns lençóis e guardei no armário, e quando me virei de volta ele estava tirando a camisa! Virei-me de volta para o armário e esperei alguns segundos, e me virei, ele estava com a blusa de volta, que bom, mas não estava com a bermuda, joguei meu cabelo na frente do rosto e sai do quarto. Tudo bem! É só um cara que dormiu na minha casa trocando de roupa, nada demais. A mesma coisa aconteceu nas manhas seguintes, então depois da terceira manha, eu simplesmente não voltava para o quarto depois de me trocar. Eu esperava alguns minutos, e só depois eu entrava.

Hoje assim que entrei no quarto ele tirou a camisa, tudo bem, eu sei o que ele estava fazendo.

— você está fazendo isso de propósito! — eu digo e taco o travesseiro nele. Ele ri.

— Fazendo o que?— ele ri e colo outra camisa.

— Trocando de roupa na minha frente! — ele ri, ri muito pra valer. Eu taco outro travesseiro nele. — Isso não tem graça!

— Tem sim! Tem muita graça! É por isso que eu faço!

— Então não faça mais!

— Seu excesso de pudor é muito fofo! — ele me diz se sentando na cama para amarrar os sapatos.

— Eu não tenho excesso de pudor. Só não gosto que as pessoas fiquem se trocando na minha frente.

— Não tem nada demais Katniss!

— Johanna também acha isso, porque você não vai lá se trocar com ela? — eu estava realmente brava? Ele ri. — O que é?

— Eu estava me lembrando dela, da Johanna no elevador depois do desfile dos tributos!

— A você estava? — eu pergunto. Ele me olha e ri. — Está rindo do que?

— De você com ciúmes!

— Eu não estou com ciúmes!— ou estou? — Eu me lembro perfeitamente de você com altos papos com ela enquanto olhava para os peitos dela! — ele ri!

— Katniss depois de tudo aquilo pelo o que a gente passou você ainda é a pessoa mais pura que eu já conheci!

— Eu não sou pura! — ele ri descendo as escadas.

Nós comemos e eu ainda estou um pouco brava com ele então não conversamos muito. Quando o telefone toca é ele quem atende.

— Bom dia doutor! — eles põem no vivo a voz e se senta na cadeira de volta.

— E então como andam os meus amantes desafortunados favoritos?

— Nós não somos amantes! — eu digo.

— Já desafortunados depende do sentido em que você quer dizer!

— Então vocês estão bem! Se vocês não estivessem bem, teriam dito: Estamos bem.

— Já que o senhor já chegou a essa conclusão, a sessão está encerrada?

— Não! Lembram? Eu preciso manter Paylor informada. Como vai a terapia?

— Para mim tem funcionado bem! Sem pesadelos!

— Para mim também tem dado certo, as crises tem diminuído bastante, e geralmente elas não evoluem para algo mais que visões, imagens diabólicas causadas pelo veneno.

— Isso é bom, muito bom! Vejo que a minha teoria estava certa! — eu coro, quando Peeta me contou sobre a teoria eu também corei, era algo muito romântico e poético, eu nunca fiz parte de algo assim, só quando estava encenando para as câmeras, mas agora é real, e eu até que estou gostando, olho para Peeta e ele também está levemente corado.

— Doutor não é verdade que rir ajuda? — pergunta Peeta. Aonde ele quer chegar?

— Sim, eu já te falei isso, pensamentos felizes, felicidade, suprimem isso.

— Viu Katniss!

— Desde que não sejam as minhas custas você pode rir a vontade! — ele ri.

— Do que se trata?

— Peeta me provocando para poder rir!

— Que tipo de provocações? — eu não quero falar sobre isso, porque estamos falando sobre isso?

— Do tipo que provocam doutor, o tempo já não acabou? — eu me levanto e vou lavar os pratos, Peeta ri, muito.

— Do tipo doutor... — eu me viro e nego com a cabeça, ele me ignora. — Do tipo que afetam o excesso de pudor da Katniss.

— Não compreendi! — diz o doutor!

— Doutor eu tenho certeza de que o tempo já acabou.

— Não tenho nada para fazer agora, podem ficar a vontade. — mas que droga!

— Katniss é pura demais para certas coisas doutor! Lembro-me que muitos tributos na segunda arena zoavam com a cara dela por causa disso.

— E você era um deles!— digo. Acho que Aurelius compreendeu porque ele ri.

— Vocês são os melhores clientes que eu poderia ter. Mas Katniss tem razão, eu tenho que ir. E Peeta não abuse da hospitalidade de Katniss. É capaz de vocês receberam uma ligação importante hoje! Atendam! —

Então ele desliga Peeta ainda está sorrindo. Deixo a louça lá e vou para a sala, não gosto que riam de mim, não gostava antes e não gosto agora! Pego o livro da família na mesa e me sento no sofá com a caneta pra reforçar as escritas. Minutos depois Peeta se senta ao meu lado no sofá.

— Posso? — ele me pergunta indicando o livro.

— Não precisa! — eu digo sem olhar para ele.

— Ei para com isso!

— Não estou fazendo nada, só falei que não precisa! — ele puxa o livro da minha mão.

— Me desculpa! — eu olho para ele, seus olhos são tão azuis, foco Katniss, você estava brava com ele. Mas por quê? Foi só uma brincadeira, e não foi de todo o ruim, quer dizer, ele não é uma pessoa feia, e não tem um corpo nem magra nem gordo. O que eu estava falando mesmo?

— Tudo bem! — eu digo.

— Eu estava pensando em pedir o material para fazer uma capa dura para ele, vai durar mais. — eu me sento de pernas cruzadas virada para ele. O telefone toca e ele se levanta par atender.

— Deve ser a ligação especial que o doutor falou. — ele atende. —Alo? Sim é da casa da Katniss. Quem esta falando? Peeta, e quem é você? — eu me viro para trás, e ele me olha — Paylor? — eu dou um salto do sofá e vou até o telefone, ele coloca no vivo a voz e nós nos sentamos-nos à mesa da cozinha.

— Paylor!?— eu digo.

— Katniss! Dá ultima vez que eu ouvi a sua voz você esta gritando para que seu amigo a matasse! Não mentira, a ultima vez que ouvi sua voz, foi você cantando no quarto da capital quando estava em julgamento.

— você ouviu aquilo? — eu perguntei, eu sabia que tinham câmeras no quarto, mas não gravadores.

— Todos ouviram, passou no seu julgamento para atestar que você não estava com a saúde mental em dia!

— Não sei nem o que dizer!

— Não diga nada! O Dr. Aurelius tem me mantido informado sobre o estado de vocês, ele só me permitiu entrar em contato agora, ele me disse que a situação de vocês está próximo do estável.

— Dessa eu não sabia! — diz Peeta. — você sabia de alguma coisa? — ele me pergunta.

— Ninguém me disse nada! — nós rimos.

— Parece que é verdade! — Paylor ri. — Eu vou começar a passar nos distritos, falando sobre a reconstrução e explicando o que vai ser feito. Só depois que toda Panem estiver reerguida podemos pensar em outras coisas!

— Como andam as coisas ai na capital? Como as pessoas estão reagindo? — pergunta Peeta, tirando as palavras da minha boca.

— Bem melhor do que eu esperava. Eles estão colaborando bastante, ainda tem alguns seguidores eternos de Snow que insistem em continuar com as vidas que levavam, mas logo eles vão perceber que os luxos acabaram a capital vai ter que se contentar com a mesma coisa que os distritos ganham, agora que não terá mais uma especialidade para cada distrito, e nada mais vai ser entregue diretamente para a capital.

— Como vai funcionar isso Paylor? — eu pergunto.

— Exportação, cada um vai ser responsável pelo negocio que quiser, se tiver como mantê-lo assim como Peeta terá a padaria, e Greasy Sae terá o Prego, mas os distritos continuarão a produzir, e cada distrito vai receber uma quantidade de coisas necessárias, de cada produção.

— As coisas não vão ficar escassas desse jeito? — pergunta Peeta.

— Podem até ficar no inicio, mas temos o projeto de ampliar todas as produções, e vão ter varias coisas a mais, distritos como o 4 que só estavam acostumados a frutos do mar, terão carne do 10, e legumes do 9, e frutas do 11. Pode ter pouco, mas terão pouco de varias coisas, e isso já é mais do que sonharíamos no ano passado!

— você não ligou apenas para nos atualizar nas informações não foi?

— Não! Já que vocês já estão se sentindo melhor, eu liguei para refazer o convite para vocês vi... — Peeta a interrompe,

— Não acho que seja uma boa ideia Paylor!

— Johanna aceitou.

— Johanna vai aceitar qualquer coisa para sair do tédio! — eu digo. — Onde ela está? Ai na capital?

— Não ela está no 7. Tudo bem, eu não vou insistir, vejo vocês quando eu começar a passar pelos distritos, certamente passarei ai.

— Tchau Paylor.

— Melhoras! Paro os dois!

— Obrigado, até!

— Vamos ter visitas em breve! — Peeta diz, e coloca o telefone no lugar e segue de volta para o sofá. Eu o sigo.

— É vai ser maravilhoso ter Johanna aqui! — eu digo ironicamente, ele ri.

— Não seja malvada com ela. Ela passou por bons bocados!

— Assim como todos nós. E

— Vocês se aproximaram mais depois que o 13 nos resgatou!

— Sim, mas ela ainda é a mesma Johanna de sempre, imprevisível e feroz, e que pode arrancar a roupa a qualquer momento! — ele ri.

— Seria muito engraçado se no meio do discurso ela resolvesse que estava calor da mais e resolvesse tirar a roupa para refrescar.

— Isso provavelmente aconteça no 4, e ela ainda vai dar um mergulho no mar.

— Pobre Annie! — ele diz.

— Como será que ela está?

— Ela está com a Família! Dr. Aurelius uma vez me disse que o terapeuta dela teve que se mudar para o 4, para estar presente sempre. Ele me disse que ela não aceita morte de Finnick, ele me disse que ela acha que ele ainda está na guerra lutando por ela, e pelo filho deles. — pelas minhas contas Annie já estava grávida de 9 meses, o bebê iria nascer a qualquer momento, eu me senti egoísta por estar aqui ao em vez de estar lá.

— Eu queria estar lá com ela, para ajudar em tudo. O bebê dela vai nascer a qualquer momento. Sinto-me uma egoísta estando aqui.

— Eu também, Mas não sei se eu iria conseguir olhar para ela e a ouvir dizer que o Finnick está lutando na guerra.

— Eu também não! Não seria capaz de olhar para o filho dela e não pensar em como Finnick estaria feliz, ele estaria radiante. — Uma lagrima caem sem que eu perceba e molha uma das paginas do livro que estava apoiada em uma perna minha e uma dele, ele me olha, eu olho para ele. Ele não diz nada só fecha o livro coloca na mesa e me abraça.

— Um dia, quando a gente estiver bem, ou pelo menos melhor do que agora, nós vamos lá! Eu não vou deixar que o filho dele cresça sem saber quem ele foi, e o que ele fez! — eu não consigo dizer nada, abro a boca, mas não sai som. Então eu só o abraço, é o primeiro contato que temos desde que ele deixou a marca que agora já havia sumido. Ele me solta e levanta meu queixo com a mão para que eu olhe em seus olhos! — Eu prometo! Nós vamos juntos! — eu concordo com a cabeça. Eu olho nos olhos que me dão tanta confiança, e então o telefone toca. —eu não acredito, um dia não toca e o outro toca demais? — eu me levanto e enxugo as lagrimas.

— Eu atendo! — vou até o telefone — Alo?

— Katniss?! — minha voz fica presa na garganta, mesmo com a mudança na voz causada pelo telefone eu reconheceria essa voz até mesmo se eu fosse surda!

—Mãe?!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, obrigado por voltarem a comentar e continuem assim!
e só um aviso
TayNip sai na terça feira, e como não vai ser muito grande, eu só vou postar duas vezes por semana! e eu vou deixar a fic de PJO para depois que TayNip acabar.
comentem! ]adoro vocês