Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 49
Passado.




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No mesmo momento em que Molly furiosamente avançou contra Mario procurando respostas em relação a Wilson uma vez que Krom Hellrock – ou seu espírito – havia dito que o viajante do tempo tinha alguma informação sobre o paradeiro do caolho, Mario nem pensou duas vezes e decidiu apertar o botão. No intervalo de tempo em que Mario apertou o botão de sua máquina do tempo portátil até o instante em que não estava mais naquele universo ou pelo menos não mais naquela linha temporal, Robin Tenyst Wood acordou e sua mente deixou de participar do ritual de criação de um portal pandimensional que levaria Wilson e Mestre do Universo até o lugar onde todo o perigo se encontrava – que tudo indica ser o universo de Shepard.

Há alguns capítulos foi citado um trecho da vida de Mario quando o mesmo procurava respostas para uma área que todos da cidade julgavam como radioativa. Mario deparou-se com uma figura estranha que o impedia de continuar explorando a área em questão. Mario foi teimoso e continuou. Foi não só a primeira vez em que Mario atravessou as barreiras entre universos como também atravessou de uma linha temporal para outra linha.

O curioso é que também foi a primeira vez em que Mario pisou em um solo extraterrestre. Estava fora da órbita do planeta grande e azul que ironicamente foi nomeado pelos humanos idiotas de Terra, porque obviamente terra é azul. Mario olhou ao redor e obviamente não reconheceu toda aquela arquitetura e engenharia futurística. Não sabia onde estava, e nunca pensou que naquela área houvesse tamanhos monumentos ou infraestrutura – normalmente era tudo gelo. Então obviamente pensou que toda história de fábrica e acidente era apenas fachada para encobrir uma coisa ainda maior e maior que o jovem estava prestes a descobrir.

Andava vagarosamente e enxergava as paredes pintadas de cinza e com listras roxas que para dar ideia tridimensional ao visualizador. Inicialmente Mario andou vagarosamente e olhando atentamente cada detalhe do local. Havia samambaias e outras plantas anexadas a vasos de areia, coisa que Mario nunca havia visto em sua vida já que morava em meio ao deserto congelado. Começou a sentir-se abafado e fazia sentido, estava vestido como um homem na Antártida enquanto a temperatura era algo que mesmo sem todo aquele traje o jovem já se sentiria meio tonto por não estar acostumado. Seus passos eram vagarosos e tentava ao máximo fazer o mínimo de barulho. Foi então que o rapaz olhou para trás e houve um fato que não ocorreu a sua mente encontrar uma resposta.

Estava andando e não havia porta e nem gelo aonde vinha, o que não fazia sentido algum porque estava caminhando ao gelo dois minutos atrás. Começava a duvidar da lucidez de sua mente. Isso não fazia nenhum sentido em sua cabeça de adolescente, mas chegou até a conclusão que não estava mais no universo em que estava acostumado a viver isolado e sem família. Ou pelo menos não mais no mesmo país. Sempre ouviu falar das regiões fora de Pinball Wizard, mas nada tão tecnológico como aquilo. Foi então que olhando para os lados apenas por precaução encontrou uma câmera.

Outra coisa que Mario nunca havia visto antes. E não correu ou se desesperou porque alguém estava te vendo – o que era o óbvio a fazer, porque não era suposto do rapaz estar naquele local – mas examinou o dispositivo que seguia seus breves e leves passos que estavam se encaminhando até um vidro de onde enxergava um grande pátio. O momento mais memorável da primeira viagem de Mario foi quando avistou pela primeira vez aquelas criaturas que ele não fazia ideia do que era.

Eram de seu tamanho e completamente roxas. Anatomia próxima da humana e logo os categorizou como humanoides. Não eram humanos, não era burro o suficiente para pensar nisso e também comprovou sua teoria de que não estava mais no solo do planeta que costumava pisar. Todos andavam em torno de computadores, item que o rapaz raramente via, e carregavam dispositivos eletrônicos que com seu embasamento cientifico e acadêmico o futuro viajante no tempo não conseguiria descrever caso lhe fosse pedido. Em geral, vestiam uniformes colados que conseguiam expor bastante a simetria entre seus corpos e a fisiologia humana. O garoto estava chocado. Não queria continuar mais aquela viagem e como um covarde preferia voltar para casa.

Mas como voltaria, então? Pediria que os alienígenas levassem-no para casa fazendo favor, meus caros? Isso é meio claro que não daria certo. Alienígenas geralmente eram seres maléficos e egoístas que sempre tinham complexos de superioridades, não conseguiam aturar humanos e sempre buscam destruir a humanidade – segundo a ficção cientifica. Nunca havia lido nada sobre a existência de vida em outros planetas apesar de ocasionalmente pensar em seu quarto sozinho e discutir consigo mesmo que, se o universo é infinito, obviamente há vida inteligente no espaço. E nunca mais precisaria discutir novamente isso consigo mesmo ou se alguma pessoa chegasse a Mario que estava tomando alguma cerveja vagabunda no barzinho dizendo “É ÓBVIO QUE ALÍENIGENAS NÃO EXISTEM”, então Mario reagiria indiferentemente porque era um garoto humildade e que gostava de guardar conhecimento descoberto por si para si mesmo e apenas isso, a não ser que alguém o abordasse em relação à possível existência de vida inteligente no meio extraterrestre. Mario responderia “Sim, meu caro” e se lhe fosse perguntado o porquê do sim ele diria “Porque eu vi ao vivo e a cores, meu caro”.

Observou por mais alguns segundos os alienígenas e provavelmente esqueceu que de uma forma ou outra acabaria tendo que enfrentá-los verbalmente – ou fisicamente – porque as câmeras que cercavam o local já o haviam dedurado. Encostou-se a parede e ainda ficou observando-os perplexamente, não entendendo o que realmente estava acontecendo ou como voltaria para casa. De tantas as perguntas que Mario fez, nesse capítulo ou no que cronologicamente deu sequência a esse, mentalmente, ele podia agora responder que “Sim, meu caro, tem alguma coisa realmente muito grande envolvida com aquela área lá e com certeza tem a ver com todos esses alienígenas que aparentemente estão trabalhando bastante sério”.


– Ah... Meus caros... O que eu vou fazer agora... – indagava baixinho para si mesmo.

Ocorreu então que o rapaz tomou um choque, mas para ele apenas desmaiou de nervosismo. Descobriu mais tarde que tomou um choque não-letal de uma das armas de nocaute dos alienígenas porque um deles mesmo confirmou isso para eles tirando a hipótese de que o rapaz estava tão tenso com toda a situação que apenas desmaiou.

Quando abriu seus olhos estava em uma sala tão claro que instantaneamente fechou-os um pouco e ficaram quase que fechados. Era uma sala grande e vazia. Apenas estava Mario sentado e preso a essa mesma cadeira por meio de cordas. Depois, quando sua pupila se acostumou com a luminosidade, conseguiu abrir mais os olhos e percebeu que um alienígena grandão encarava-o de um telão. Conferiu que havia mais três imagens desse mesmo homem ao revirar o pescoço para esquerda, direita e para trás. “Ah, meu caro, o que está acontecendo??? Hoje não é o meu dia, meu caro”.

– 42asdasas56488787878h786a7sad87sad8asdsada – disse um dos alienígena no telão em frente a Mario.

– 7777asdadsadaasdadsdasasdadsasdghhjkklllllll11 – respondeu o outro que estava a sua esquerda.

E a conversa continuou, numa língua em que o rapaz não conseguia entender nem um pouquinho do que a conversa se tratava. Era algo muito distante de tudo que havia aprendido até o momento em então. Percebeu logo que não eram três copias do mesmo alienígena, e sim que eram quatro diferentes deles – todos fisiologicamente iguais – que estavam discutindo e pareciam estar realmente revoltados em relação ao assunto, tirando o que estava atrás de Mario que nem sequer havia se pronunciado uma vez.

– Bem, parece-me que o senhor já acordou – disse o em frente. – Eu sou 44abc.

Em uma situação comum o jovem teria também se apresentado e estariam todos sorrindo.

– Pode me explicar o que está acontecendo, meu caro?

– Eu sou 55abc – disse o de trás, pela primeira vez se pronunciando.

– Eu sou 33abc – disse o na esquerda.

– E eu sou o 7bbc, prazer – concluiu.

44abc encarou a situação de Mario e ficou intrigado. – Algum de vocês podem me explicar por que esse jovem rapaz está preso se ele não tem nenhuma capacidade mental de conseguir escapar dessa sala ou de machucar-nos? Estamos em uma sala há quilômetros dele, sério, quem prendeu o jovem?

7bbc se pronunciou. – Temos que tomar todas as precauções possíveis, você sabe quem ele é.

– 475asdas75b7b7yyyyyyyyy 88888-------aaaaaa – 33abc pareceu estar realmente enfurecido com a situação atual.

– 77777777777777777777777777777777777777777777777777777777b – acalmou 55abc.

– Eu entendo que os senhores prefiram dialogar em nossa língua-mãe, mas precisamos nos comunicar na linguagem do terráqueo para que ele consiga entender tudo o que está acontecendo – esclareceu 44abc para o bem de Mario que além de estar numa situação bem improvável de se pensar quando se acorda de manhã e se pergunta “O que é que vou fazer hoje depois do almoço? Hm... Já sei. Acho que vou sair para investigar a área radioativada para então descobrir um portal para uma outra dimensão onde serei obrigado a me comunicar com seres que tem números em seus nomes e que depois me torturem”. Óbvio que não estava sendo torturado e nem foi, mas pelo que Mario sabia sempre que alienígenas e humanos se encontravam rolava tiro, porrada e bomba e sangue jorrava pelo chão.

– Estou tentando entender como esse rapaz conseguiu atravessar nossa segurança e chegar até nossa base principal – disse 33abc.

Mario estava com vontade de rir, mas sinceramente não estava em posição para isso. Nossa segurança? Fala sério.

– Responde a sua pergunta, 44abc, é porque eu não consigo encontrar meios para esse jovem ter atravessado por nossa segurança inteira sem que ele tenha utilizado a fonte genética de poder que todos sabemos que ele tem. Afinal vocês sabem quem ele é – explicou 55abc.

7bbc concordou dizendo apenas sim.

– E nós todos sabemos que ele não tem capacidade mental ou física para conseguir controlar toda a força que nós sabemos que ele tem.

– Que força é essa, meus caros? Só eu não estou entendendo o que é que está acontecendo aqui, meus caros?

– Vá com calma, nós vamos chegar a esse ponto e explicar tudinho para você. Mas primeiro para que sejamos honestos com você, tem que ser honesto conosco. Como que você conseguiu cruzar toda a segurança? Você realmente conseguiu e descobriu como usar seus poderes?- pediu 44abc.

– Eu não sei de poderes nenhum, meu caro. Eu apenas corri porque o homem de cor diferente tais quais as suas, mas não exatamente de coloração igual, era um babaca e não queria deixar-me passar, meus caros. Foi simples assim.

Todos se entreolharam.

– Eu sabia que aquele homem não era o suficiente. Sabemos do potencial que esse jovem tem e que a vinda dele para esse planeta, principalmente para nossa base principal, acaba colocando nossa operação toda em risco... Sinceramente... Colocaram apenas um homem lá. Óbvio que ele não aguentaria uma vez que sabemos quem ele é – disse 33abc.

– Agora podem me explicar quem eu sou, meus caros? – perguntou Mario.

– Você é Mario, ora bolas. Não sabes teu próprio nome? – indagou 7bbc.

– Óbvio que sei meus caros, estou querendo saber o que é esse poder que estão dizendo desde que esse diálogo começou – isso quando não estão conversando com números e letras completamente aleatórias – e eu não estou entendendo isso direito.

– Pf... Nem ele sabe do próprio poder, 33abc e 7bbc. Vocês não tem o que temer – disse 55abc.

– Alguém, por favor, pode fazer o favor de soltar ele? Quem está com o controle? – indagou 44abc.

7bbc mostrou o controle e apertou um botãozinho que fez Mario conseguir mover-se novamente. As cordas foram desamarradas e as luzes diminuíram para um clima um pouco menos diurno, passando para umas seis e quinze da manhã quando o sol estava começando a raiar bem distante da visão do protagonista.

– Agora podemos conversar civilizadamente. – Sorriu 44abc.

A sala permaneceu quieta, o que deixou claro para o jovem que ninguém ali tinha reais intenções de explicar a Mario toda a situação. Mas seus olhares também diziam que a vinda do rapaz para a base principal teria que resultar nas perguntas de Mario sendo respondidas, pois essa era a única maneira de tentar colocar as coisas novamente no lugar. 7bbc olhou para 44abc que então desviou o olhar para 55abc. A diferença foi que esse sempre teve grandes problemas em situações assim. Era tímido e simplesmente ficava paralisado quando pediam sua ajuda para alguma coisa, e os olhares de seus colegas de trabalho diziam que eles precisavam da ajuda de 55abc.

Iria dizer a Mario um pouco do que estava acontecendo, não tudo até porque isso ocasionaria num grande problema na operação. A operação em si não foi revelada, apenas a base central da operação: Recolher as amostras biológicas que Mario deixava no ambiente glacial e então estudá-las. E foi isso que disse ao rapaz, que se indagou internamente por qual motivo que eles estudavam exclusivamente Mario, e não outro ser humano qualquer. Foi então que levou essa pergunta a público pronunciando com seu sotaque de Pinball Wizard, ou que até então pensava que era Pinball Wizard.

– Eu não estou entendendo, meus caros. O que vocês estão dizendo está realmente bagunçando todo o meu cérebro e eu preciso entender isso. Vim aqui atrás de respostas, mesmo tendo me acovardado e o nervosismo foi tanto que acabei desmaiando. Não me leve a mal, meus caros, não sou uma galinha que voa levemente, mas nem realmente chega a voar, da briga quando ela chega, mas é óbvio que eu me assustei com o que aquele portal significava. Teorias e teorias surgiram na minha ilustre cabeça e até agora nenhuma das palavras ditas pelos senhores, a não ser pelos seus nomes que estão combinados por números, deu-me alguma resposta significativa. Então estou no aguardo de melhores respostas. Percebi pelos seus olhares que estão escondendo algo e eu acho que isso não é necessário, podemos falar abertamente, meus caros.

– Quem dera se pudéssemos. Comprometeríamos tudo que conseguimos há mais de quinze anos em simples palavras. Óbvio que depois de saber da realidade você não nos veria da mesma forma. O que acha que somos? Alguns alienígenas babacas e bonitões que apenas estão falando bobagens? Tudo que dizemos é verdade, mas certas coisas nós não podemos esclarecer porque você não está preparado para isso – disse 44abc.


7bbc estava claramente muito entediado com a situação. Sentiu-se em meio de vários intelectuais de pouco pensamento de sua espécie. Qual seria o problema de contar ao futuro viajante no tempo o que ele tanto pedia? Era inofensivo, por enquanto. Demonstrou sua contrariedade em relação à opinião do colega com as seguintes frases:
– Por favor, 44abc... Poupe-o dessas palavras sem sentido. Nós todos sabemos que esse rapaz não controla nenhuma habilidade sobre-humana para acabar com a nossa pesquisa. Eu não vejo problemas em dizer-lhe a realidade.

– Mas um dia ele controlará o seu poder genético. E se nós dissermos o que ele quer e ainda assim nós deixarmos ele ir, ele voltará enfurecido para vingar-se. Ele sabe que sua posição aqui é como a de um prisioneiro – com privilégios – portanto se lhe dissermos, apenas permanecerá com o mesmo olhar porque sabe que nada pode fazer sobre isso, só que em seu interior nascerá a grande estrela do ódio. Os senhores sabem o que acontece com uma estrela? Ela cresce, cresce, cresce e então explode. Esse rapaz fará como sua meta de vida destruir-nos sabendo que tem em seu corpo o suficiente para isso e ainda mais! Fará de tudo para aprender a controlar suas forças e então voltará, destruindo-nos. – 55abc estava muito preocupado com a situação. Olhava para os seus colegas com uma seriedade tremenda enquanto dizia essas palavras, enquanto 7bbc encarava o orador com grande desprezo enquanto narrava suas próprias palavras. Achou a parte das estrelas hilária, mas não riu porque era um homem diplomático e um homem diplomático tem que fazer o que um homem diplomático tem que fazer.

– Suponhamos que ele faça isso... Mas... De que forma ele viria até nós? Não até outros nós, mas exatamente nós? A nossa raça, nesse universo, e nessa linha do tempo? Ele nem sabe em que universo estamos, e não há tecnologia em seu habitat para que consiga viajar pelo espaço livremente. Vocês sabem muito bem o que eu estou falando... Esse rapaz vai voltar para o pedaço de gelo que criamos para ele e continuará sendo o que era antes, sem possibilidades de conseguir tecnologia para levá-lo até nós ou mestres para ensinarem-lhe como dominar o poder genético escondido.

Se Mario estava entendendo bem, Pinball Wizard não era Pinball Wizard.

– O que você quer dizer com pedaço de gelo que criaram para mim, meu caro?

– Aquilo não é um universo real, é um plano de universo simulatório de quatro variáveis. Nunca percebeu o quão previsíveis são as pessoas ou que seu território é tão limitado? Provavelmente não porque para você isso era normal, nunca viu seres humanos de verdade, a não ser você mesmo.

Mario estava começando a ficar intrigado e também a acreditar na teoria da estrelinha que vai explodir de ódio. Essa revelação havia rasgado lá dentro, bem na sua alma. Continuou olhando-os indiferentemente, mas sua consciência estava claramente inconformada com a situação, como se essa informação não tivesse afetado o seu psicológico. Mario colocou suas mãos no bolso e pensou “Talvez esses alienígena só estejam falando besteiras para tentar me fazer lavagem cerebral, talvez isso nem esteja acontecendo; sim, é um sonho!”.

7bbc virou sua face na direção do rapaz e expressou claramente em seu olhar que “não, isso não é um sonho”. Mario pegou a mensagem e se assustou, mas continuou não externando nenhum de seus sentimentos.

Mario estava começando a montar as coisas. Eles estavam coletando seus vestígios biológicos para estudar o poder oculto na genética de Mario, ou algo assim. Óbvio que não fariam isso em um mundo aberto. Era muito mais fácil colocar o rapaz numa gaiola.................. Puta merda, não é mesmo um sonho.

– Continue meu caro – pediu Mario. – Digam-me tudo o que preciso para entender.
– Que parte exatamente você não entendeu até agora? – indagou 44abc.

– A parte em que os meus caros disseram que eu tenho poderes especiais e etc etc – disse Mario.

– Ah, isso é simples – disse 7bbc.

– NÃO, 7BBC. NÃO ESTAMOS EM POSIÇÃO DE DIZER-LHE ISSO.

– Eu estou. Vocês que são uns palhaços. – Foi então que deixou de ser o diplomático 7bbc para o homem 7bbc, a pessoa 7bbc. – E eu vou falar. E vocês não tem nada para me impedir.

– 45asdas56d74sadsa56d4as65456b45b4b6546n54n564a56a5a4aaaAAAABBB-----------------------------CCCCCCCCARBONOAAAAA

Aaaaa – berrou 33abc. Não admitia que 7bbc arriscasse a operação assim.


– 7777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777777nnnnnnnnnnnnnnnm – expressou-se também 44abc. Furioso, tal como o outro colega acima que também ia contra ao que 7bbc estava para dizer.


– Ah, 7bbc... Como você é filha da puta... – Conformou-se, por sua vez, 44abc. Já estava tudo ferrado mesmo, uma revelação a mais não faria diferença.

Mario observou os seres roxos berrarem palavras em silêncio, números e letras, também berrando símbolos gramaticais e matemáticos. Pareciam estar todos revoltados com a ideia de contar o que Mario era de verdade. Apenas observava ansioso para saber a verdade.

– É porque você é quase um deus.

De todas as respostas essa era a única que Mario não havia ainda pensado, e estava longe de seu pensamento. Deus? Fala sério. Isso não faz o menor sentido. Mario ficaria com uma mente mais limpa e mais organizada se não lhe fosse dito isso, mas como 7bbc foi legal em fazer questão de revelar a verdade, o rapaz ficou com a mente completamente suja e sem conseguir ter nenhum senso ou de como ligar as coisas. Como assim, era um deus? Como assim? Havia muitas coisas que Mario conseguia acreditar, inclusive na química ou até mesmo em Lamark, mas não conseguia crer em religião. E muito menos de que ele era um deus, ou uma santidade, ou um anjo – seja lá o que aquilo realmente significava, Mario tinha certeza de que não era aquilo.

Óbvio que se indignou, Mario não tinha conhecimento acadêmico o suficiente para saber o que realmente são os deuses. É como quando você lê pela primeira vez “Via Láctea” e logo imagina carros atravessando furiosamente uma estrada de leite, porque você não sabe que esse é o nome de uma galáxia. Galáxia onde vivem os seres humanos, planeta Terra. Planeta em que o próximo capítulo começará.


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