Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 36
Eu pago a cerveja.




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Para o estudo das energias com total é foco é necessário do leitor três características:

– Ser paciente.

– Não ficar perguntando a si mesmo se isso é fisicamente possível.

– Zerar todo o conhecimento acadêmico em relação à física de seu mundo, pois não é o mundo em que se passa a história.

Mas isso não será estudado aqui porque essa obra não é A Teoria das Energias, então, compre logo seu exemplar caso tiver alguma vontade de saber um pouco mais sobre esse assunto tão importante nesse enredo.

E nessa noite Dom Picone pegou novamente um ônibus para que chegasse o mais rápido possível ao apartamento que um empresário de sobrenome Sparrow havia sido morto, acreditando que seu amigo – filho desse homem – também estava em maus lençóis. Mas não se preocupava muito com isso porque sabia que Ikovan podia se defender sem muita ajuda – ele era um dos mais fortes integrantes de finada ABC Works afinal.

Enquanto em pé no ônibus, no infinito engarrafamento entre as avenidas próximas ao restaurante que não tinha encontrado o amigo que procurava seus trabalhos há alguns dias atrás, começou a pensar sobre essa série de assassinato. Só que percebeu que pensar muito não ajudaria muito, precisava se concentrar para o trabalho que viria a seguir. Identificando alguma espécie de rastro de energia Dom poderia descobrir tudo o que estava realmente acontecendo. Era sua maior preocupação no momento.

Mas realmente parecia que havia sinais de uso de alguma espécie de energia segundo as palavras de Hand. Ligou novamente para ele enquanto esperava o ônibus no ponto, ás vezes era melhor andar entre os carros procurando o ônibus que com certeza também estava parado naquele trânsito, mas naquele dia Picone esperou e esperou bastante por sentir-se levemente traumatizado com toda essa situação. Hand falou que o único sinal de que outra pessoa além do velho tinha entrado no apartamento era a parede feita de vidro emburacada e não era humanamente possível escalar até o décimo-quarto andar ou algo parecido.

Mas Dom Picone sabia que os limites humanos eram muito maiores que isso. Já tinha visto pessoas; voando, movendo prótons de átomos e usando a gravidade como uma arma perfeitamente controlada e não se estranhava com isso. Talvez você também não se estranhe mais com esse time de coisa após trinta e tantos capítulos, ou talvez sim, mas o senso comum diz que essas coisas são impossíveis até mesmo para as máquinas. O ser humano muito mais.

Dom Picone chegou à cena do crime quase que uma hora depois. Cumprimentou o perito e foi ao trabalho. Colocou algumas luvas comuns na sua mão para que não alterasse a cena do crime, teria que tocar muitas coisas dali para perceber se houve o que suspeitava. Estava ansioso e por alguns minutos Hand observou Picone andar em volta do local olhando de diferentes ângulos para diferentes caminhos até a rachadura no vidro.

– Não diga se encontrar algo, dê-me apenas uma análise completa. Foi o que Hand dissera primeiramente, mas, droga, queria saber logo. Estava ansioso também.

A coisa estava complicada para Picone. Não era o mais indicado para Análise de Energia, não era esse o seu setor na finada ABC. Mas se alguém tivesse que fazer aquilo, que fizesse logo e a única opção era que Picone tentasse com seu pouco conhecimento. Se um perito no assunto estivesse ali em seu lugar muito provavelmente o caso já estaria resolvido, mas há vários truquezinhos para esconder rastros de energia e Dom sabia que o assassino não havia sido idiota para deixar a sua cara estampada no crime. O assassino era bastante cauteloso para ter ido ao ponto de escolher rastros de sua energia, uma vez que era muito difícil de prever que tentariam essa forma para rastreá-lo. Mas a verdade é que mesmo encontrando algum fóssil, era um longo protocolo para que fosse descoberto quem matou Mormada.

“Eu vejo algumas mechas de partículas subatômicas presentes... Mas eu não conseguiria nada com elas. Preciso de algo mais concreto, que o cara não deixou, obviamente. Mas como Jesus Cristo disse: errar é humano. Não é possível que ele tenha tido o trabalho de camuflar toda a energia que deve ter fluído dele em todo o ato. Se realmente o fez, é trabalho de dias.”

– Há quanto tempo ele está morto?

– Um funcionário ligou para polícia e depois de algumas horas apenas pude analisar.

– Mas há quanto tempo julgam que ele está morto?

– No máximo dois dias.

– Dois dias contando com hoje?

– Sim.

“Isso é tempo suficiente para ter escondido tudo.” Dom não gostava disso.

– Você está com paciência hoje, Hand? – perguntou Picone.

– Desde que o caso seja desvendado – respondeu sinceramente.

– Eu não posso resolver esse trabalho. Parece sim que houve rastros de energia. Eu vou tentar te explicar um pouco. – Picone suspirou profundamente, sempre é difícil explicar essas coisas para os ignorantes no assunto, mas como seu amigo pelo menos acreditava na existência disso tudo, seria um pouco mais fácil: As pessoas emitem certa quantidade de energia ao longo da vida, e isso depende um pouco da pessoa. Por exemplo, você está emanando energia agora, e eu também. Existem vários tipos de energia diferentes, mas o que vamos lidar para rastrear esse vagabundo é a que eu estou falando. Essa energia ela é emitida e permanece no local. A energia que você está emitindo, por exemplo, vai ficar aqui para sempre. A energia do assassino está aqui, só que há vários truques e como eu não sou perito nesse assunto eu não posso ajudar muito. Mas houve sim um assassino, sabe por que Hand?

– Não. – Óbvio que não sabia o motivo.

– Por que esse rastro também deixa rastro. Não pense muito nisso, mas quando você tira a bosta do cavalo na rua, ainda fica uma marca e é disso que estamos falando. Essas marcas são MUITO difíceis de camuflar, não que seja impossível, mas isso duraria anos e óbvio que o assassino não tinha esse tempo. Então, eu te digo, eu encontrei essa marca de bosta de vaca.

– Isso é bom. Podemos encontrar o assassino com isso?

– Não. Desculpe-me, mas não.

– E então...?

– Eu tenho muitos amigos que realmente estudaram isso. Se estiver tudo OK posso ligar para um deles e ele vem examinar isso amanhã de tarde.

Hand não podia fazer nada em relação a isso já que não entendia do assunto. Entendeu a explicação de Picone porque era bastante simples, mas sabia que o assunto era muito mais profundo e complexo. Muito mais.

– Não posso fazer mais nada. Desculpe-me, amigo.

– Ok. Eu pago a cerveja hoje.


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