Hawk Eye escrita por Little Mitch


Capítulo 2
O Ataque à Aldeia Candor




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Sammy's PoV

Bem, aqui estamos. Duas semanas antes de a minha vida virar de ponta cabeça. Só pra explicar, eu estava fugindo dos capangas do Black. De novo...

Enquanto eu corria desesperada por entre as ruas eu só conseguia pensar: "Como esses malditos me acharam tão rápido?". Não fazia nem quatro horas desde que eu os tinha despistado pela última vez. Claro, eu sabia como. COM AS FÃS IDIOTAS DO MEU PAI! Basta eu tentar ser legal ("Prazer, sou Samantha Hawk") que leva mais ou menos dez minutos pra notícia de que a filha de Andrew Hawk está na região se espalhar e uns poucos minutos para alguns caras mascarados e armados me alcançarem.

Recapitulando: loucos armados do mal atrás de mim.

Derrubei alguns barris enquanto corria pela rua, mas os malditos desviaram com facilidade. Virei para a esquerda e para a direita, dando de cara com um beco sem saída.

– Ótimo! - resmungo para mim mesma - O que a gente faz, Spectro?

– E eu vou saber? - ele me responde mentalmente.

É, nós nos comunicamos desse jeito. Ele não chega a me mandar mensagens mentais, ele solta aqueles guinchos fofos das lesmas e eu simplesmente sei o que ele quer dizer. É quase um tradutor na minha cabeça. Isso acontece porque uma enigmo pode ver e sentir a aura de uma lesma e sentir o que ela sente. Caso lançador e tal lesma sejam próximos o suficiente para isso, eles podem se comunicar mentalmente e sentir o que o outro sente. É um caso raro e, bem... é o meu caso.

Quando me viro para ir embora, noto que os capangas de Black já me alcançaram, apontando os lançadores para mim. A quantidade de lesmas fantasmas chega a me deixar tonta. Não é como se eu passasse mal de ver lesmas fantasmas ou algo assim. Na verdade, Spectro pode sentir o mal que a água escura faz para elas e, consequentemente, eu sinto também. Mas não posso demonstrar fraqueza.

Pego Stereo, minha lesma calmante e a posiciono no lançador.

– É com você. Apague eles!

Miro bem no meio do grupo e disparo. Stereo se transforma e começa a cantar, fazendo todos dormirem na mesma hora. Vendo uma chance, escalo o muro atrás de mim e salto para o outro lado ilesa.

Mas aqueles caras, além de persistentes, são irritantemente numerosos. Assim que ponho os pés no chão, já tem uns dez caras apontando os lançadores para mim. Dessa vez, a tontura é terrivelmente forte e repentina. Caio de joelhos na mesma hora.

– Ha. - caçoou um deles - Você é bem mais fraca do que dizem.

Faço força para levantar e me manter de pé. Depois de eu me acostumar, a tontura nem incomoda tanto.

– Nos dê a sua enigmo e nós lhe deixaremos em paz. - gritou um deles tom de ordem (pedir que é bom...).

– SÓ POR CIMA DO MEU CADÁVER! - eu grito apontando o lançador para eles. Com um tiro de uma lesma calmante, o problema está resolvido.

Só há um problema: a lesma calmante está do outro lado do muro. E eles são muitos para eu deter com uma única lesma.

Pego Spectro e o olho pensativa. Talvez fosse a hora de nos separarmos, embora eu não quisesse admitir. Tudo que eu queria era vê-lo seguro, mesmo que para isso precisássemos nos separar.

Mas não dá sequer para colocá-lo no lançador quando a fumaça roxa e verde de uma lesma tóxica atinge os capangas de Black. É uma chance. Coloco minha jellyish, Bob, no lançador e disparo. Ela se transforma e expele uma gosma verde e de rápido endurecimento, prendendo meus inimigos no chão.

Corro até a praça central de Candor, mas ainda há capangas do Black por todo lugar. Porém, dessa vez, há mais gente para combatê-los. Disparo minha arachnet em um dos caras que estava atacando um toperoide. Apesar de feios, guardo certo carinho por essas coisas...

Durante minha distração, um dos capangas de Black tira Spectro do meu ombro. Eu, obviamente, noto. em preciso correr até ele, já que o idiota resolveu parar para comemorar. Então apenas o imobilizo, quebro seu braço e lhe dou um golpe estilo ninja, derrubando-o no chão. Tudo isso em no máximo dez segundos.

– Nunca. Encoste. Na. Minha. ENIGMO!

Finalizo dando um soco em sua cara, fazendo-o desmaiar.

– Belo soco. - diz Spectro enquanto pula para meu ombro novamente.

– Obrigada.

Levanto rapidamente, pensando num jeito de escapar. Não há. Um garoto de cabelos negros azulados, montado num mecha de lobo, se aproxima. Ele é bem bonitinho, não vou mentir.

– Vamos! - ele me oferece a mão. É quando noto lesma infurnus em seu ombro acenando para nós.

Eu sei quem é o garoto do mecha, bastava olhar para a Infurnus para saber. Mesmo não indo muito com a cara dele, lhe dou a mão.

É o tal Eli Shane. - fala Spectro alarmado – Achei que não gostasse dele.

– E não gosto. - resmungo para ele - Mas é nossa última chance de salvação.

– Perdão, - Eli me chamou - falou comigo?

– Não. - respondo fria - Apenas nos tire daqui.

Ele sorriu galanteador e saiu em disparada com o resto de sua gangue atrás. Apenas espero que as lesmas que deixei para trás saibam achar o caminho de casa. E, claro, que eu e Spectro estejamos seguros com esses caras...


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Notas finais do capítulo

Spectro-
http://pt-br.slugterra.wikia.com/wiki/Enigmo

Stereo-
http://pt-br.slugterra.wikia.com/wiki/Slyren

Bob-
http://pt-br.slugterra.wikia.com/wiki/Jellyish



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