Além Da Neve de Natal escrita por NoemeGuimarães, Lady Stew, pseudoescritora


Capítulo 1
Chapter One


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, você que nessa noite de véspera de Natal, procurando uma boa fanfiction para se distrair, eu a LadyS e Noeme G, te convidamos a lê nossa especial de Natal, boa leitura.



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Chapter One

New York, 23 de Dezembro

Renesmee levanta da cama, e caminha em direção a janela. Fica alguns minutos observando a neve começar a se acumular na árvore defronte ao seu apartamento. Bufando de raiva, ela volta correndo pra cama.

Ótimo, além de filha desnaturada vai ser acusada por não aparecer na festa da família em plena quase véspera de Natal. Enrola mais um pouco na cama e decide se levantar, caso a neve permita-lhe viajar, será legal levar presentes, apenas para reduzir sua pena de filha desnaturada.

Toma um banho quente na banheira, demorando um pouco mais que o normal, veste-se com um vestido bege com uma fina cinta preta, calça seus scarpins também preto e põe-se diante do espelho, penteando seus longos cabelos ruivos. Passa um pouco de base no seu rosto pálido, blush nas bochechas, rímel nos cílios e um singelo batom rosado nos lábios.

Estava pronta, pega sua bolsa verificando seus documentos, dinheiro e cartões de crédito. Tranca bem sua porta, e desfila até a garagem. Admira seu Porsche prata por alguns instantes, entra e logo inicia sua pequena viagem até o centro da cidade, ou melhor, para o maior shopping da cidade.

(...)

Lojas de grife, lojas de brinquedos, lojas de maquiagens, lojas de variados tipos. Inúmeras sacolas em mãos e um sorriso largo no rosto, Renesmee se sentia realizada por ter saciado sua vontade de gastar momentaneamente, logo ela teria que vir repetir a dose, caso não fosse possível mesmo viajar. Ela quase desejava que houvesse mais neve, pelo menos seria uma desculpa plausível.

Um choro de criança lhe chamou a atenção, ela nunca gostara de crianças, ainda mais as choronas e melequentas. Mas a criança era o menino mais lindo que ela já vira, os cabelos lisos espetados e desgrenhados, o rosto angelical, a cor castanha bronzeada, seu jeito de rapazinho. O menino mais lindo que ela já viu, com toda certeza.

Quando deu por si, estava caminhando na direção do menino, que enxugou os olhos e a encarou, curioso. Ela estendeu a mão para ele, que hesitante segurou. Caminharam até o banco mais próximo, ele continuou a encarando e ela não sabia o que fazer, ela sorriu e o menino voltou a chorar.

– Ei, não chore pequeno... - o menino fungava, enxugando os olhos. - Qual o seu nome?

Nick– ele respondeu, ainda fungando. Ela assentiu, olhou de um lado a outro. Ele só podia ter se perdido da mãe, e estava assustado por causa de uma megera de olhos grandes e cabelos ruivos ter o abordado no meio do shopping.

– Certo... Nick é apelido de Nicholas, certo? - ela perguntou, o menino assentiu. - Qual sua idade, Nick? Está perdido?

– Tenho... - o menino hesitou, levantando uma mão e contando os dedos, diminuiu dois e sorriu fraco. - Três... - ele soluçou mais uma vez e encarou Renesmee, com uma carinha linda. - Me perdi do meu tio...

– Não chore mais, certo. Vou te ajudar a encontrar seu tio, você está com fome? - ela perguntou, num tom doce qual ela não costumava usar. Nicholas assentiu, envergonhado. Já fazia muito tempo desde a última vez que viu seu tio, o Titio Noel.

(...)

Comeram no McDonalds, Nicholas estava terminando seu sorvete, sorriu mostrando seus dentinhos brancos e as bochechas sujas de chocolate, Renesmee sorriu e pegou um guardanapo para limpar o rostinho de Nick, ele ficou ainda mais envergonhado com esse gesto.

– Alimentado, senhor Nick? - ela perguntou, sorrindo. Era surpreendente como o Nicholas foi capaz de "muda-la" em poucas horas, andaram juntos pelo shopping passando pelos locais onde Nick dissera ter passado, e nem sinal do tal tio do garoto. Provavelmente já tinha anoitecido.

– Nessie... - murmurou Nicholas, lambendo a colher do sorvete.

– O que disse? - ela perguntou, o avaliando. Ele corou, aquele rostinho lindo todo vermelho de vergonha.

– Seu nome... é bem estranho, tia. - ele disse, dando de ombros e olhando para seu sorvete. - Eu gosto do monstro do Lago Ness, meu tio me contou a história... - ele falava rápido, meio que se embolado nas palavras. - Eu gosto de Nessie, você se importa?

Um monstro? Que ironia, mas Renesmee apenas sorriu e assentiu, Nessie soava legal como apelido de Renesmee, sua mãe deveria estar com um big baseado de maconha quando mandou seu pai lhe registrar.

Terminado o sorvete, Nicholas se recostou na cadeira do restaurante e piscou os olhos repetidamente.

– Oh... - Nessie murmurou, ela já vira isso em filmes. Ele estava alimentado, se sentindo seguro com ela e agora pode se permitir adormecer.

Ela olhou para suas inúmeras sacolas, e depois para Nick que estava sonolento, abrindo a boca num bocejo, a fazendo bocejar também. Ela riu baixo, e tomou a decisão mais improvável de sua vida. Abandonou as sacolas e pegou Nick nos braços.

Uma moça de aproximadamente trinta e poucos anos, se aproximou deles. Nessie a encarou por um instante, indagando pela sua expressão o que ela queria. A mulher se encolheu, e estendeu as mãos.

– Posso ajudar até a saída, eu seguro o menino enquanto pega as sacolas ou o contrário - disse a mulher, num tom bondoso.

Mas Renesmee não iria deixar o Nick nas mãos de qualquer uma, já basta que ela era qualquer uma, já que só o conhecia há algumas horas.

– Não... obrigada. Fique com as sacolas, eu saio com meu... sobrinho - ela decidiu, assentindo para a mulher que ficou estupefata.

Na verdade, a mulher tinha mesmo intenção de ajudar, era quase Natal e geralmente as pessoas se sentem mais solidárias nessa época.

Também ela era moça humilde, tinha duas filhas pequenas que estavam a aguardando em casa, para ceiar uma mesa modesta, e agora ela saía do shopping qual fora ajudar numa limpeza para ganhar uma mini cesta de Natal, estava cheia de sacolas de grife, com roupas, calçados e acessórios lindos, quais ela nunca poderia comprar pra si ou pra suas filhas.

De fato, o espírito natalino existe e habitava naquela moça bonita de olhar presunçoso e belos cabelos ruivos...

(...)

Não sabendo como prosseguir, Nessie levou Nick para sua casa. Tirou seus sapatos, sua jaqueta e o deitou em sua cama, ele se aninhou em seus lençóis egípcios e seu travesseiro de pena de ganso. Abriu seu notebook e conectou-se a Internet.

O que fazer quando encontra uma criança perdida?

Clicou no link que lhe pareceu mais confiável e começou a ler as descrições... Uma outra pessoa havia feito essa mesma pergunta e recebera isso, como resposta: Quem deve ser acionado é o Conselho Tutelar, que deverá adotar as medidas cabíveis à situação em tela. Através de diligências, poderá a criança ser encaminhada aos pais ou parentes, mediante termo de entrega, ou mesmo colocada em instituição de abrigo. Poderá a genitora e/ou o genitor do menor serem responsabilizados criminalmente por abandono de incapaz, inclusive. Caberá, dependendo da situação, a destituição do poder familiar nos termos do artigo 1.638 do Código Civil.

Renesmee franziu o cenho, nem lhe passara pela cabeça, chamar o Conselho Tutelar ou até mesmo se dirigir ao centro de segurança do shopping. Nicholas não falara muito sobre si, apenas que tinha se perdido do seu tio que estava trabalhando quando ele resolveu ver uns joguinhos eletrônicos na vitrine e quando se virou, não sabia pra que direção ir. Virou-se na cadeira, e observou Nicholas ressonando tranquilo.

Agora não adiantava muita coisa, apenas esperá-lo acordar e perguntar se ele sabe algum número de telefone, algum endereço, alguma pista que leve ao seu responsável. Após seu banho, ela enrolou-se no lençol ao lado de Nicholas, fechou os olhos e sentiu duas mãozinhas se fechar em seu colo, sorriu minimamente e adormeceu, abraçada ao pequeno estranho do shopping.

(...)

Batidas nas portas, e gritos. Renesmee forçou-se a levantar, caminhou devagar para fora do quarto, adaptando seus olhos ao escuro da noite. Olhou rapidamente para o relógio digital na sala, quase uma da manhã. Quem diabos bateria e gritaria em sua porta uma hora dessas?

Esfregou os olhos, chegou bem perto da porta e tentou ver pelo olho mágico. Viu apenas um gorro vermelho e dois olhos negros bem zangados.

Ela riu baixo e girou a chave, depois a maçaneta e o barbudo invadiu sua casa. Ele a olhou de cima a baixo, ela deveria sentir medo, mas ela estava rindo.

Você! - ele berrou com um dedo em riste. Ela assentiu, sorrindo. O barbudo a encarou, estreitando os olhos. Céus, a mulher que roubou meu menino é desequilibrada, pensou consigo mesmo. - Onde está o Nick?

Isso a fez despertar por um instante, ela apontou para o quarto e foi andando na frente, ligou o interruptor e o barbudo suspirou aliviado ao ver seu pequeno dormindo tranquilamente na enorme cama branca.

– Viu, Papai Noel.. - ela começou, sonolenta. Indo em direção a cama, ela se deitou novamente ao lado do Nicholas e o aninhou em seu peito. - O Nick está bem, hoje ainda não é Natal e... já que está aqui você devia aproveitar, e deixar logo o presente dele aqui.

Louca! Gritava a mente de Jacob, mas ele estava paralisado enquanto observava seu pequeno Nick tão a vontade aninhando-se na ruiva maluca, ele deixou seus preconceitos em relação a ela de lado, sentou-se cautelosamente na cadeira dela, e continuou os olhando.

Ela fechou os olhos, encostando seus lábios na testa de Nick, que deu um sorriso sem dentes, totalmente adormecido. Renesmee se mexeu novamente, e esticou uma mão na direção do barbudo.

– Noel... você pode dormir aqui, tá nevando e o frio tá... - ela falou, preguiçosamente, bocejou e riu baixo. - Pavoroso, vem...

Incapaz de conter a ligação quase magnética que a ruiva lhe induzia, ele tirou a barba falsa, o gorro e os sapatos sujos de neve e terra, hesitante ele foi ao encontro da ruiva maluca e do seu menino.

Jacob inicialmente, estava irritado, frustrado e com milhões de xingamentos já propostos para a mulher, que para ele havia roubado seu pequeno Nick. Mais como poderia soltar o verbo com alguém completamente anormal?

A ruiva havia atendido a porta com um moletom enorme cinza que ele julgava caberem duas dela dentro. Cabelos completamente desgrenhados e com um olho aberto e outro fechado.

Pobre Nick, pensou Jacob ao pensar no sobrinho sozinho com uma maluca. Mas até que ela era bonitinha, tudo bem, ela era bem bonita, muito bonita mas isso não vem ao caso. Jacob não parava de matutar ideias a respeito da desconhecida.

Mas como a ruiva havia feito pouco caso da sua presença, Nick dormia tranquilamente e a neve não o deixaria chegar nem na esquina para entrar no seu carro atolado e ele não poderia sair com Nick naquele frio, e a que a ruiva não parecia representar perigo algum enquanto dormia, ele resolveu deixar-se embalar pelo sono que o consumiu.

E ali na cama de Renesmee, que encontrava-se todos os dias vazia, apenas com seu corpo miúdo, agora estava completa por uma grandão e uma criança linda. Quem não os conhecia, diria que eram uma linda família se aninhando no frio.

New York, 24 de Dezembro

Quando o sol fraco surgiu entre as brechas da cortina branca do quarto de Renesmee, ela despertou ainda sonolenta e abriu os olhos.

Primeiro viu os desenhos de borboleta do teto do seu quarto e depois catou seu pequeno hospede na cama. Aaah, que linda era a cena de vê-lo dormir, parecia um anjo.

Renesmee não sabia por que, mais sentia-se quase transbordando de alegria. Mas espera, tinha outra pessoa na cama também. “Oh céus!” exclamou Renesmee mentalmente. Sorrateiramente Renesmee colocou-se sentada na cama e puxou o lençol branco e qual não foi seu susto ao ver um homem enorme deitado em sua cama.

Colocou a mão na boca em sinal de desespero. Como esses bandidos estão terríveis, eles roubam e ainda acomodam-se na cama dos outros. O que ela faria agora? Tinha Nick, ela não poderia assustá-lo.

Olhou para todos os cantos do quarto, em busca de alguma “arma” para abordar seu invasor e nada. Então resolveu pegar seu travesseiro, se pós de pé e caminhou até o lado direito da cama onde o homem dormia e então o acertou com seu travesseiro.

– Acorde seu meliante! O que faz na minha cama? – Renesmee espaçava o pobre Jacob com o travesseiro, mais o mesmo não sentia nada. - L-E-V-A-N-TA!

Jacob abriu os olhos e sentou-se na cama completamente atordoado.

– O que você está fazendo garota, enlouqueceu foi?!

– Você... – Renesmee apontou para Jacob. – O que faz na minha casa? Como entrou?

– Bom dia... e você mesma abriu a porta pra mim, sua desequilibrada.

– Eu abri a porta para o Papai... Noel... – Renesmee mantinha-se pensativa.

– Eu sou o Papai Noel – Renesmee o olhou confusa. – Quer dizer, eu que estava vestido de Papai Noel. – Jacob bufou impaciente com a lerdeza da moça.

Renesmee estava pronta para discutir com o Jacob mais olhou ao redor do quarto e encontrou as botas, o casaco, o goro e até a barba falsa de Jacob em sua cadeira.

– Oh meu Deus, eu pensei que era um sonho! – exclamou Renesmee completamente confusa. Foi inevitável que Jacob não risse.

Sua fileira de dentes brancos contrastou-se com a pele morena, e só ai Renesmee notou finalmente sua beleza. Como ela poderia imaginar que por de baixo daquela roupa de Papai Noel havia um deus grego de braços fortes, e que braços! Mas pera, Renesmee ainda não sabia quem era aquele homem.

– Por que você invadiu a minha casa? Pago um absurdo de condomínio e não tenho segurança! Eu vou chamar a policia! – Ameaçou Renesmee ainda com o travesseiro a postos para continuar a espancar Jacob.

– Epaaa, quem tem que chamar a policia aqui sou eu, sua ladra de crianças. – Jacob levantou-se da cama indo em direção a Renesmee.

– AAAAh, então você é o tio do Nick?

– Sim, eu sou. - Mas eu não sou ladra de crianças, e apenas o ajudei, tá?

– Você trouxe a minha criança pra casa, tem noção do quanto fiquei louco?- Jacob resmungava.

– Não deveria ter o deixado a toa!

– Eu não o deixei a toa, tá? – Jacob exaltou-se.

– Xiiiiii, o Nick está dormindo!

– Porque você não procurou a segurança do shopping? Ou a policia?

Renesmee o olhou pensativa. - Não me passou nada disso pela cabeça, tá?

– Você é uma louca, eu deveria ter chamado a policia. - Como você me achou? – perguntou assustada.

– Pelos vídeos de segurança do shopping. Fui até umas das lojas que você comprou e achei o seu nome e endereço.

– Como vou saber de você é mesmo o tio do Nick? – perguntou desconfiada.

– Você é maluca, mulher? – Jacob passou a mão no cabelo frustrado.

– Você chega na minha casa vestido de Papai Noel, cheio de neve, em plena madrugada, dorme na minha cama e eu ainda sou a maluca? – Renesmee perguntou incrédula.

– Será que vocês podem parar de brigar? – foi a vez da voz dengosa de Nick ecoar pelo quarto. - Por favor?!

Ele estava sentado na cama, coçando os olhinhos com suas pequenas e gordas mãos.

– Tia Nessie, porque você tá brigando com o tio Jake? Jacob deu um sorrisinho sarcástico para Renesmee.

– Você tem certeza que ele é seu tio Nick? Ele chegou aqui vestido de Papai Noel e ele é estranho... – Renesmee falou sentando-se na cama para ficar perto de Nick.

– Sim tia Nessie, ele é o meu titio Noel.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? O próximo é logo logo, Merry Christmas que o espírito natalino invada o coração de vocês e nós recebamos comentários lindos, beijos da Lady e da Noeme s2'