Earth Ruins escrita por MH Lupi


Capítulo 1
Capítulo 1 - Dia Longo


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE, eu sei que demorei um tempo, mas eu voltei com um "presente" de natal pra vocês :3
Certo, hoje eu vou postar o primeiro e o segundo capítulo, e o resto apenas as próximas semanas, já que eu estou demorando pra escrever, e, muito provavelmente, vou enfrentar minha primeira recuperação esse ano
Enfim, fiquem com o Capítulo e FELIZ NATAL
HO-HO-HUE



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~~POV Lupi

O MEU DESPERTADOR HOJE É A VOZ DE ELENA. O seu cabelo castanho voa enquanto ela acerta o travesseiro em mim. Escuto seus gritos, enquanto afundo meu rosto nos lençóis.

-LUPUS BRIAN ATTICUS – Elena grita histericamente. Eu me encolho no colchão. Isso não acabaria bem – SÃO SETE HORAS E CINQUENTA, AS AULAS COMEÇAM EM DEZ MINUTOS E...

-Eu vou me atrasar – completo, escutando minha voz ser abafada pelo travesseiro.

-É!

-Eu sei.Sou demais.

Elena grita de frustração, tentando me arrancar da cama.

-Já chega – escuto a voz de Isa entrando no quarto, e me encolho ainda mais.

Droga. No próximo segundo, estou sendo arremessado contra a parede do quarto. A madeira estala, e eu caio no chão com um baque surdo. Eu coço minha cabeça, meus olhos se acostumavam à luz forte vinda da janela. Elena e Isa olhavam pra mim com aqueles olhos verdes que poderiam julgar um camelo por ele tomar água.

-Tão desnecessário.

-Vá se arrumar – Elena fala, jogando meu travesseiro de volta na cama – Eu tenho um compromisso.

-Huh – Isa ri, saindo do quarto – Eu aposto que sim.

­-O que exatamente você quer dizer com isso? – Elena segue Isa pelo corredor, me deixando sozinho no quarto.

-Ah, você sabe o que eu quero dizer.

As suas vozes desaparecem no final do corredor. Eu rio enquanto me levanto. Elena tem vinte e sete anos, e se comporta como Isa, que, bem... É dez anos mais nova que ela.

Eu vou até o banheiro com os olhos fechados, e deixo a água quente se espalhar no meu corpo. Eu tinha uma sensação que hoje o dia seria bem longo.

~~

Eu pego meu celular enrolado nos fones de ouvido, o jogo na minha mochila junto com o meu notebook, e os deixo em cima do sofá, subindo ao meu quarto outra vez.

-Cinco minutos para oito horas – Isa repete, subindo ao meu lado.

-Eu tenho um relógio, Isa – digo, levantando meu pulso esquerdo. Ela soca meu braço de leve. – Eu só esqueci uma coisa, e você também.

Eu entro no meu quarto, e ela corre pro seu. Olhando agora, de olhos abertos e quase totalmente acordado, eu vejo o estrago que Isa causou na parede. Um buraco do tamanho da minhas costas se abria na parede, e o chão estava cheio de lascas de madeira quebrada, e poeira caída do teto. Muito desnecessário.

Eu procuro o pequeno amontoado de papeis na minha cômoda, uma redação que eu demorei um dia inteiro para poder terminar, e corro de volta pra sala no primeiro andar. Eu corro, pulo os degraus, aterrissando no andar de baixo, e correndo pra fora da casa.

Elena nos esperava no meu carro, retocando furiosamente a maquiagem. Isa passa por mim me atropelando, e entrando em desespero no carro. Eu fecho a porta, e decido ir no banco da frente. Ela chuta meu acento, e então o de Elena.

-Corre!

Tinham se passado três meses desde que fomos atacados no Grand Canyon. E dois que nos estabelecemos em Las Vegas, á aproximadamente 300 quilômetros do hotel onde ficamos após isso. Las Vegas... Uma cidade ridiculamente perfeita para se esconder. Cassinos e hotéis em todas as esquinas do centro, uma multidão é uma coisa comum. Loucos andam entre elas sem ganharem atenção. O único jeito de me destacar seria usar um letreiro luminoso na testa, escrito “Sou um Semi-Alien, prazer”. E eu realmente duvido que façam letreiros luminosos tão pequenos.

Chegamos na escola poucos minutos depois. No estacionamento, estavam Matt e Brandon. Eles não conversavam muito animadamente, e olhavam pra baixo o tempo todo.

O cabelo loiro não-tão-natural de Matt estava totalmente bagunçado, o que era novo pra mim. Na parte superior de sua bochecha direita, um corte contornado pela tonalidade vermelha, que não era completamente visível devido á sua pele bronzeada, pelas várias horas treinando debaixo do sol do Arizona . Seu corpo alto e de estatura forte estava curvado pra frente, e ele segurava algo contra suas costelas direitas. E, mesmo tão longe, podia ver que um dos seus olhos azuis estava rodeado por um sombreado roxo, indicando que tinha levado um soco.

Brandon estava sentado sobre o capô de seu carro, usando seu cabelo negro um pouco longo para cobrir um corte em sua testa. Ele devia ser cinco ou seis centímetros mais baixo que Matt, e menos musculoso. Mas, no campo, era duas vezes mais hábil, o que o ajudava, já que atuava como Recebedor e Running Back. Seus olhos castanho-claros estavam cheios de fios vermelhos.Não dormira – Não bem, pelo menos - ultima noite, agora me restava descobrir o porquê. Ambos estavam de calça jeans e camisetas de mangas compridas, mesmo fazendo 30 graus. Isa corre pra fora do carro, entrando, ainda em desespero, na escola.

-Qual o problema dela?

-Ela disse que ia ajudar na organização do Baile – Elena diz, vendo algo em seu celular – E ela é horrível com essas coisas.

­-Sim, muito. Te vejo no jantar... Ou talvez não.

Ela grunhe, e sai de ré pelo estacionamento da escola.

Eu ando na direção de Matt e Brandon, mas sou interrompido por uma Isa com cara de eu-não-faço-ideia-do-que-estou-fazendo. Ela me olha de um jeito psicótico, murmura algo, e me puxa para o prédio.

­-Você vai me ajudar – ela brande, apertando meu braço.

-O quê? Quando eu...

-Emma! – Grita. Respiro fundo, enquanto giro nos calcanhares e percebo ela atrás de uma porta de armário. – O Lupi vai nos ajudar.

Isa entrelaça forte o braço no meu – provavelmente sabia que tentaria correr – e me arrasta na direção de Emma. A primeira coisa que vejo quando ela aparece são as novas mechas azuis em seu cabelo castanho-claro comprido. Seus olhos tinham o mesmo tom das novas mechas em se cabelo: Um azul forte, que brilhava cada vez que ela sorria. Ela também entrelaça o braço no meu – ela também sabia que tentaria fugir - e, antes mesmo que pudesse pronunciar uma única palavra, me arrasta pelos corredores.

A escola era relativamente grande, com seus dois andares, seu campo de futebol americano, o ginásio, e o salão de festas. Enquanto andávamos, Emma e Isa – vomitavam as palavras em mim, enquanto gritavam – explicava-me calmamente a situação um tanto quanto, para ela, desesperadora.

-Faltam duas semanas pro baile, e não temos quase nada pronto. – Emma se vira em minha direção numa velocidade que quase me dera inveja – Você entende o porquê do desespero?

-Eu... Estou tentando entender.

Estava olhando pra tudo à minha volta. Realmente a situação estava desesperadora. Principalmente por que eu não entendia nada.

~~

Finalmente sento-me em minha carteira. Isa estava ao meu lado, tentando segurar sua risada. Matt soltara alguma piada sem graça que não consegui ouvir. Sra. Harris entra batendo os pés na sala, com sua carranca de sempre. Eu não achava que alguém que viu bruxas sendo queimadas na idade média fosse apta para dar aula, mas eu, infelizmente, estava errado. Sra. Harris joga os livros em sua banca, atraindo atenção o suficiente para ficar feliz, e pega de uma gaveta um giz.

-Abram os livros na página 75 – Fala, com sua voz áspera e forte, antes de começar a escrever algo no quadro.

Abro meu livro, preparando-me pra uma hora inteira de puro tédio. E, pelo visto, esse dia realmente seria longo.


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Notas finais do capítulo

Bem, vejo vocês no capítulo dois... Eu acho, pelo menos.



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