O Diário do Príncipe Mestiço escrita por Severus Gio


Capítulo 13
Corações Incompreendidos - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal.
Desculpas por estar a quase um mês sem postar. Tive que estudar muito para não levar bomba nas provas bimestrais. Sei que vocês também fizeram e vão concordar que é chato, mas é necessário não?

Agora sem mais delongas vamos a um bom Capitulo - narrado por mim - para recompensar
(Avisos nas notas finais)
Boa Leitura!!!



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Autor – Severus Gio

Glacius! — um velho de cabelos grisalhos, vestes purpuras e estranhas botas verdes de salto havia aparecido do nada ao lado de Thobias, já desacordado, encima do filho. — Congelar Chamas!!!

O fogo parou de queimar os objetos e com outro encantamento, o velhote extinguiu todo o fogo. Imediatamente, alguns outros bruxos aparataram no corredor queimado.

— Meu Merlin! — disse um homem novo, de cabelos loiros e encaracolados. — Esse garoto causou muito estrago Albus! Os vizinhos estão na rua, querendo saber o que houve... Precisamos contatar a Central de Obliviação!

— Ah... creio que minha funcionaria, a Profa. Minerva já fez isso. — disse Albus, com a voz calma. Fixou os olhos nas vítimas caídas. — Enquanto a eles, precisam esquecer o que aconteceu. O garoto vai passar por muitas provações. Poderes e responsabilidade andam juntos.

— Mas senhor... ele usou magia. — uma velha gorda caduca tomou a palavra. Suas roupas de bruxa eram pretas e mofentas. — Olhe o estrago!

— Magia fora de controle Batilda... lembre-se de minha irmã. — Albus a fitou misteriosamente através de seus óculos de meia lua. — Agora por favor, usem magia para restaurar a casa e levem o Sr. Snape e o pequeno Severus para seus quartos. Madame Pomfrey, dê algumas poções a eles. Ptolomeu — se dirigiu ao bruxo loiro. — Tente acalmar as pessoas lá fora. Vou para a sala de estar, sinto que a Sra. Snape vai aparatar lá a qualquer momento.

Todos fizeram o que Albus ordenou. Este usou magia para secar a escada molhada. Ao descer consertou toda a cozinha e sala de estar. Assim que se sentou na poltrona e tirou um sorvete de limão da capa. Eileen aparatou com um saco de compras bem a sua frente.

— Boa noite Eileen. — ele saudou-a serenamente.

Esta deixou as compras cair no chão. Dumbledore fez um movimento com a mão e as sacolas saíram voando para a cozinha.

— Pro-fessor Dumbledore! — ela balbuciou, assustada, piscando para certificar-se se era real o que via. — O-que o Sr. está fazendo aqui?

— Assunto meu... seu... e do Ministério da Magia.

— Sobre o que? — perguntou, olhando para todos os lados. Dumbledore deu um sorriso leve.

— Ele está dormindo Eileen.

— Como... o que...

— Espie pela cortina. — disse Albus. Eileen obedeceu e ficou boquiaberta com o que viu.

Havia um aglomerado de pessoas na frente da casa. Ela reconheceu imediatamente algumas pessoas. Profa. McGonagall, Horácio Slughorn e Dorea Black. Eles e alguns outros bruxos estavam disfarçados. Tentando acalmar a população. Um bruxo entrou no carro de bombeiros e enfeitiçou o motorista, fazendo-o ir embora.

— O que aconteceu?! — Eileen voltou-se para Dumbledore.

— Sua casa estava em chamas.

— Quê?! — ela berrou, indignada. — Minha casa está perfeita e arrumada.

— Eu usei magia para dar ordem as coisas.

— Não! Não tem como ter pego fogo e.... espera ai... O ministério não se intromete nesse tipo de coisa a não ser que tenha...

— Magia envolvida. — Dumbledore completou a frase. — Seu filho, Severus Snape, perdeu o controle e explodiu. Isso geralmente é causado por frustrações... mas vamos ao que interessa. Os trouxas.

Eileen se sentou no sofá, perplexa.

— Severus vai ser proibido de usar magia não vai... não vai para Hogwarts.

— Claro que vai... para perder o controle dessa forma, cara Eileen, o bruxo tem que ter muito poder. Mas agora aos trouxas, incluindo seu marido.

— O que tem ele? — ela perguntou, crispando os lábios — Ele fez alguma besteira?

— Não... mas presenciou a parte do ocorrido. Ele sabe que você é uma bruxa, mas o que ele viu hoje ultrapassa qualquer coisa normal para um trouxa. Associaria a coisas demoníacas e quem sabe mais o que.

— Eu sei, mas... por que o Sr. está me falando isso?

Dumbledore fez a taça de sorvete desaparecer e mudou de posição na poltrona, desconfortável.

— Vamos ter que usar um feitiço da memória nele.

— Não!!! — ela se levantou, nervosa. — Não podem fazer isso... pode causar danos a mente dele. Por mais que ele seja um ogro as vezes, se a mente dele for prejudicada... não sei o que faria.

Antes de Dumbledore dizer algo, ouviu-se gritos furiosos do andar de cima. Ele se levantou e usou um feitiço que emitiu um barulho ensurdecedor.

— Para não os trouxas não escutarem nada lá fora. — Ele disse subindo as escadas logo atrás de Eileen.

Entraram no quarto humilde de Thobias e o viram no canto da parede.

— Se afastem de mim! — Ele gritou tentando repor a blusa queimada. — Não vou tomar isso sua velha!!!

— Vamos homem, vai curar as queimaduras! — retrucou Madame Pomfrey — Meu Merlin que homem teimoso.

— Eileen! — ele berrou, a fitando furioso. — Tire esses... esses loucos daqui!

— Thobias! É só um remédio.

— EU NÃO VOU TOMAR NADA DESSAS CRIATURAS!!!

— Mais que grosseria... — rezingou Batilda Bagshot. — Chega! Vou cuidar do menino bruxo.

Ela virou a cara e saiu resmungando.

— Albus... sinceramente. Assim não dá. — Falou Madame Pomfrey. — Faça alguma coisa.

— Eileen... você ficaria mais tranquila se eu fizesse o feitiço da memória? — perguntou Dumbledore.

Eileen viu o estado assustado do marido e fez que sim com a cabeça, pensando que se arrependeria de ter permitido isso.

— O que ele vai fazer comigo?! — Ele gritou, fazendo menção de correr. — O que são feitiços de memória?! Saia de perto de mim seu demônio roxo!!!

Ele ia correr, mas Dumbledore agitou a varinha e ele continuou no mesmo lugar, batendo no ar como se um vidro tivesse se erguido a sua volta. Ele não conseguia dar mais de dois passos a qualquer direção.

— Me larga!!! Eu odeio magia! Socorro! Polícia!

— Você tem que se acalmar! — Albus pegou seus braços e os segurou com mais força que qualquer senhor de idade conseguiria. O feitiço da prisão invisível não tinha efeito com ele. Dumbledore o fitou. — Você vai se esquecer desse momento, do incêndio e do descontrole magico de Severus.... Você chegou em casa e Severus já estava dormindo. Você tomou um banho quente, caiu na cama de tanto cansaço e não viu Eileen chegar da feira.

Dumbledore o soltou e Madame Pomfrey e um outro bruxo coroa se posicionaram logo atrás de Thobias.

— Vocês estão loucos!!! Como uma pessoa pode esquecer...

Albus ergueu a varinha.

— Desculpe-me. — ele disse, fazendo um movimento giratório com o pulso. — Obliviate!

As pupilas de Thobias dilataram, ele parecia meio avoado e leve quando desmoronou para os braços do bruxo coroa e de Papoula, que o colocaram na cama.

— Ele vai acordar bem. — disse Madame Pomfrey. — Só vou dar-lhe os remédios e passar um pouco de essência de losna nas queimaduras.

Todos os presentes observaram Papoula fazer seu trabalho até Batilda anunciar que Severus estava acordado.

— Faça Severus esquecer também... — Eileen sussurrou e Dumbledore assentiu.

— Concordo que é coisa demais para uma criança. — ele respondeu ao entrar no quarto.

— Quem é você? — Severus perguntou de imediato ao ver Dumbledore.

Ele estava sentado na cama. Tudo estava como antes.

— Será que posso conversar a sós com o garoto? — ele perguntou gentilmente, sem tirar o olhar de Severus.

— Eu quero um pouco de água. — disse Batilda, azeda.

— Ah claro. — respondeu Eileen, olhando com desdém pelas costas da velha.

Elas saíram e Dumbledore fechou a porta. Severus estava com poucas queimaduras no rosto, estas cobertas por essência de losna. Estava sem blusa, cobrindo o corpo com o lençol.

— O Sr. é um bruxo? — ele perguntou, observando Dumbledore de cima a baixo.

— Ah sim... — respondeu Dumbledore caminhando até a janela, observando as luzes acesas das casas. — Interessante os trouxas, não?

— Nem um pouco. — Severus falou com azedume. — Os trouxas são deploráveis.

— Entendo por que acha isso, mas você tem que se controlar. — Dumbledore o fitou, falando de maneira branda, mas misteriosa. — Ah... você é um mago poderoso jovem Snape.

— Por que está falando isso? Um mago poderoso não incendiaria a própria casa.

— De fato. Mas sentimentos são, na minha nada humilde opinião, fontes inesgotáveis de poder. — seus olhos cintilavam. Severus sentiu um arrepio na espinha. — Não foi culpa sua. Bruxos menores de idade podem perder o controle sobre suas habilidades.

— Como pode ter tanta certeza? — Severus indagou.

Dumbledore deixou escapar uma gargalhada engraçada.

— Por que eu já fui um... ah muito tempo. — ele disse, abafando o riso e tomando postura séria. — A diferença é que para um descontrole, isso que você fez foi muito poderoso. Há bruxos que mal conseguem fazer algo levitar...

— Abortos... — deduziu Severus.

— Correto... Seu poder ultrapassa as expectativas de um bruxo novo como você, o que transforma um mero descontrole em algo catastrófico.

— Então eu sou um perigo para todos. — disse ele emburrado.

— Não... Não é. — Dumbledore negou imediatamente se aproximando tanto dele que Severus teve que levantar a cabeça para vê-lo. — Agora escute. Você vai passar por muita coisa. Grandes poderes não vem para qualquer um. Sempre tem algo a mais, as vezes... uma cruz que mal conseguirá carregar. Isso é para seu bem, entenda.

— O que é para meu bem?

Dumbledore, passou o dedo sobre o nariz torto e fez uma expressão de lamentação.

— Você vai para Hogwarts aprender a controlar e usar seus poderes, mas até lá... você não pode estar ciente da capacidade que tem acima dos outros. Essa revelação veio na hora errada. Você tem que descobrir de outra forma... Tem que controlar seus sentimentos... rancor trás o mal, mas amor traz a paz.... — Dumbledore tirou os óculos e fitou o garoto profundamente. —. Você não vai deixar nada que tenha acontecido antes desta noite de lado. Irá se esquecer de mim, das curandeiras e da sua magia avançada. O incêndio foi mera ilusão, nunca aconteceu, nem em sonho. Não deixará de lado o quer que tenha acontecido antes de chegar em casa. Eu poderia alivia-lo, mas você precisa enfrentar a vida.

— O que o Sr. está...

— Eu sinto muito. Não gosto de modificar a mente humana, pois está precisa de liberdade, mas é necessário. — Dumbledore sacou a varinha e a sacudiu com leveza, tocando a testa de Severus. — Obliviate!

Sr...

Ele ficou exatamente com seu pai, desligado do espaço real, depois desabou na cama.

Dumbledore percebeu que o ruído de pessoas conversando do lado de fora se foi. Ele desceu as escada e encontrou os bruxos, que vieram ajudar com o caso de magia.

— Não devemos descartar que você é uma gênia Profa. McGonagall! — exclamou Horácio.

— Se diz “um gênio” Horácio, mesmo para as mulheres. E eu não sou estas coisas todas. — disse Minerva corando.

— O que houve? — perguntou Dumbledore.

— A Profa. McGonagall usou o feitiço Repello Trouxatum para fazer os trouxas voltarem para suas casas, era impossível usar feitiços da memória com todos eles olhando. — respondeu Madame Pomfrey.

— Claro que antes ela usou um feitiço de alistamento, para pegar o nome e endereço de todos. — continuou Dória.

— Agora, para completar os obliviadores estão “fazendo uma visitinha” básica na casa de cada um. — terminou Eileen.

— Agora que tudo foi resolvido... — Falou Dumbledore com voz grave. — Vamos embora.... e queira Deus que o Ministério não me mande para essas missões de última hora... Aliás, eu sou um diretor, não um funcionário ministerial.

Depois de todos se despedirem. Dumbledore bradou:

— Adeus Eileen! Tenha uma boa noite.

E com vários estalos simultâneos, que mais pareciam fogos de artificio, a sala de estar ficou vazia e silenciosa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem ai vai. não custa nada.
Aviso:
— O nosso Severus vai voltar a narrar os caps ok?
— Voltaremos ao Drama Lily-Severus-Petúnia
— Logo vai chegar o dia em que Severus vai a Hogwarts!



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